Papa reconhece incoerências e costura reforma da Cúria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Pela primeira vez, o papa Francisco reconheceu publicamente as incoerências existentes na Igreja e costura sua reforma da Cúria – composta pelas autoridades que coordenam e organizam o funcionamento da Igreja Católica.

Segundo informações do jornal “O Estado de São Paulo”, o pontífice fez um mea-culpa durante a via-crúcis realizada na Praia de Copacabana, pedindo para que aqueles que estão insatisfeitos com as instituições católicas voltarem a colocar Cristo no centro de suas vidas. “Jesus se une a tantos jovens que perderam a fé na Igreja, e até mesmo em Deus, pela incoerência de cristãos e de ministros do Evangelho”, disse. Para a publicação, a referência realizada no discurso mostra que o papa terá de tocar em temas mais delicados à Igreja em algum momento, como a série de escândalos sexuais envolvendo padres e bispos que foram abafados ao longo dos anos, sob a condescendência da Santa Sé.

Em um discurso que misturou o português e o espanhol e se seguiu à Via Sacra, na Praia de Copacabana, o papa Francisco disse que, na cruz, Jesus se une às mais diversas vítimas de violência, intolerância e desigualdade. “Jesus se une a quem é perseguido por sua religião, por suas ideias ou simplesmente por sua cor da pele. Jesus se une aos jovens que perderam a confiança em suas instituições políticas por causa da corrupção e do egoísmo”, afirmou.

Nas pausas dos eventos da Jornada Mundial da Juventude, que se encerra neste fim de semana no Rio de Janeiro, Francisco realizou reuniões com grupos religiosos e cardeais da América Latina para estudar projetos de reforma. A principal meta é que seja formada uma estrutura que possibilite a diluição de brigas pelo poder e adotar uma gestão moderna dentro de uma instituição que não altera suas regras administrativas há muito tempo.

Para que essa mudança seja feita, o papa terá de construir consensos e atrair propostas, por conta de uma eventual resistência e, para isso, terá de convencer que o projeto é decorrente de uma série de debates.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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