Da Folha
Vaticano decide beatificar Irmã Dulce
Congregação reconhece novo milagre, mas Papa precisa validar o processo; cerimônia deve ser no fim do ano
Conhecida como “o anjo bom da Bahia”, poderá ser santificada se for comprovado mais outro milagre de sua autoria
DE SÃO PAULO
A Congregação das Causas dos Santos do Vaticano reconheceu a beatificação de Irmã Dulce (1914-1992) ao validar um milagre.
O anúncio da beatificação foi feito pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, d. Geraldo Majella Agnelo.
Segundo Agnelo, o processo precisa ser assinado pelo papa Bento 16. A cerimônia de beatificação deve ser marcada até o final do ano.
AconA congregação reconheceu como milagre de Irmã Dulce a recuperação de uma mulher sergipana que teria sido desenganada pelos médicos durante o parto, devido a uma hemorragia.
Em seguida, com a comprovação de outro milagre, a religiosa poderá ser santificada. O processo de Irmã Dulce começou a tramitar no Vaticano em 2000.
Conhecida como “o anjo bom da Bahia”, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, era devota de santo Antônio e começou a praticar caridade aos 13 anos, ajudando os mendigos das ruas de Salvador.
Cinco anos mais tarde, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição.
Durante a visita do papa ao Brasil em 2007, o então governador de São Paulo, José Serra, enviou carta pedindo a beatificação de irmã Dulce.
Em junho deste ano, o corpo de Irmã Dulce foi exposto ao público pela última vez antes de ser transferido para um túmulo lacrado na capela das Relíquias, em Salvador.
Exumado em maio, o corpo da religiosa estava mumificado e seu hábito (traje de freira), preservado.
MÁRTIR
No final de 2007, o Vaticano beatificou outra religiosa que morou muitos anos em Salvador -irmã Lindalva Justo de Oliveira, morta com 44 facadas no dia 9 de abril de 1993. O processo de beatificação da religiosa começou em 2000.
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