Bispo quer que Temer interfira em bancos públicos para financiar mais igrejas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O bispo Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra – frequentada por Eduardo Cunha (PMDB) – e presidente da Confederação de Pastores pediu a Michel Temer que desse um jeito de direcionar linhas de financiamento de bancos privados e públicos para a construção de igrejas evangélicas.

Segundo informações do Painel da Folha, esse pedido de “lobby” é feito a Temer e ao ministro Henrique Meirelles (Fazenda) desde julho, quando o peemedebista assumiu a cadeira de Dilma Rousseff por decisão do Senado no processo de impeachment.

O pedido afronta o inciso I do artigo 19 da Constituição Federal, que afirma que “o poder público não pode subsidiar cultos religiosos ou igrejas ou manter com eles relações de dependência”.

Na visão de Rodovalho, as igrejas merecem ser tratadas como “clientes comuns”. “Hoje, diz, quando tentam pegar empréstimos, as instituições não aceitam.”

“A demanda de Rodovalho é que o governo ajude na articulação com os conselhos de administração dos bancos.”

Segundo o bispo, o patrimônio das igrejas, conquistado com o pagamento de dízimo pelos fiéis e com doações, é apresentado aos bancos como garantia, mas nenhuma aceita.

A Sara Nossa Terra tem cerca de 3 milhões de seguidores.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

19 Comentários

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  1. Receber dinheiro financiado,

    Receber dinheiro financiado, tudo bem. Agora, se for para pagar imposto como todo mundo, pergunta a ele se ele quer também…

  2. E o estado mínimo?

    Muitas dessas igrejas, que adotam o evangelho da prosperidade, defendem o estado mínimo e apoiam um discurso liberal.

    Mas como todo liberal, o estado tem que ser mínimo para a população, sendo só constituido em proveito da acumulação de riqueza e manutenção do status quo de uma minoria.

    Se isso ocorrer, todos pagarão os 10% em díziimo, não será mais restrito aos fiéis dessas congregações!

    Imaginem, além de bancar todo o sistema rentista com nossos impostos, será que teremos que carregar mais esse fardo?

     

    Que Deus nos ajude!

  3. Avisa pro bispo que na fila

    Avisa pro bispo que na fila jå estão os piguentos em estado terminal. A editora da vesga é a primeirona mas ainda tem um monte de jornal e emissoras de rádio e tv em estado pré falimentar. Só o dinheiro público Salva!

  4. Esses fiéis tolinhos deviam

    Esses fiéis tolinhos deviam fazer uma campanha forte: Devolvam meu dízimo, fariseus! E esse não é aquele pastor que foi preso com a mulher nos EUA?

  5. Nenhuma novidade. Isto apenas

    Nenhuma novidade. Isto apenas confirma um cenário traçado por mim há algum tempo:

    A destruição do Estado comandada por Michel Temer engendrará uma cultura de destruição pela destruição. A oferta de bens e serviços será afetada pelo clima de caos. E os lucros começarão a declinar de maneira consistente reduzindo a arrecadação tributária. Mesmo que queira o Estado não estará em condições de intervir na economia de maneira positiva. Excluídos e marginalizados os pobres irão rejeitar qualquer tipo de organização institucional. O crime se tornará mais organizado e menos civilizado.

    O prestígio das carreiras jurídicas irá desaparecer. A imprensa que drogou a população contra o PT, não é capaz de inventar um antídoto.  E a figura do “justiceiro implacável” se tornará cada vez mais comum, substituindo o Juiz de Direito e o político eleito. Este fenômeno que já ocorre nos morros cariocas se espalhará pelo país. E então até mesmo Sérgio Moro e seus colegas irão correr o risco de ser julgados nas ruas com padrões de justiça que eles mesmos inventaram (nenhum processo legal, acusação mediante convicção, tortura para obter a prova e, é claro, execução sumária em nome de algo mais elevado).

    As igrejas evangélicas irão proliferar como cogumelos. O alucinógeno que elas distribuem se tornará mais e mais tóxico e sectário. Conflitos entre líderes religiosos provocarão pequenas guerras civis. Antes que o STF perceba ou possa fazer algo, a dinâmica que domina a vida cotidiana no Oriente Médio terá se tornado a única Lei vigente no Brasil.

    https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/era-uma-vez-um-pais-que-se-chamava-brasil

    Sobre o mesmo assunto vide ainda:

    Os ricos brasileiros não voltarão a consumir como os belgas, pois eles não deixaram de fazer isto durante os governos Lula e Dilma. O mais provável é que no futuro os ricos sejam ainda mais ricos e passem a consumir como seus duplos na Alemanha, enquanto os pobres brasileiros afundam numa miséria estrutural pior do que aquela que existia em 2001.

    Uma coisa é certa, daqui a 20 anos o Haiti provavelmente estará numa situação igual ou pior do que na atualidade. Ninguém quer investir naquele país, nem os ricos haitianos. Em consequencia da PEC de Michel Temer, daqui a duas décadas os pobres brasileiros serão tão ou mais pobres que os haitianos.

    Portanto, o projeto de Temer não é recriar a Belíndia de Edmar Bacha. O que ele criará será a Alemanhaiti ou o Haitimanha, país dividido por muros e muralhas. De um lado riqueza, opulência e conforto. Do outro, miséria e desesperança. Entre ambos uma PM cada vez mais homicida. O tráfico de drogas vai explodir, pois a única forma de manter os miseráveis desorganizados e desligados do mundo é oferecendo a eles a ilusão química.

    Numa distopia perfeita, com aquela desejada por Temer e seus amigos, o mesmo Estado que se recusa a dar educação e assistência médica a todos os cidadãos fornecerá crack gratuitamente aos miseráveis. Os pastores abocanharão verbas estatais para cuidar de inesgotáveis legiões de viciados e isto certamente irá garantir uma fonte inesgotável de riqueza e poder para as Igrejas Evangélicas.

    Os Templos lucrarão com a miséria e com a explosão do vício em drogas. Os Bancos e investidores manterão a distância social entre ricos e pobres drenando através de juros extorsivos os recursos estatais que poderiam ser utilizados para libertar o país da armadilha criada em 2016. Este é um futuro possível. Antes disto, porém, seremos sacudidos por uma guerra civil que inundará o país de sangue. 

    https://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/bem-vindo-a-alemanhaiti-ou-haitimanha

     

    Eu gostaria de estar enganado. Mas não estou, infelizmente. 

     

     

  6. Bispos, apóstolos, pastores,

    Bispos, apóstolos, pastores, padres e etc e tal, devem fazer suas reinvidicações a quem sabem do que vocês precisam! Ricardinho Boechat!

  7. Governo Outro, Tempos Outros

    Nassif: primeiro foi a impressão, pelo Judiciário, da Constituição brasileira em papel higiênico. O STF tem sido o campeão em manusear esta impressão. E fez escola. Agora, uma nova edição da Palavra de Deus (Bíblia), sai nesse mesmo papel, via os chamados “evangélicos avivados”.

    Logo que publicado o novo Código Civil (Lei 10.402/2002) estive com um Pastor evangélico de uma das chamadas Igreja “histórica”  e elas todas (que são menos de 7) gritavam que o art. 44 abria ao Estado (governo Lula) o poder de interferir nas instituições religiosas e até fecha-las.

    Tentei acalmá-lo, porque tal possibilidade era remotíssima. Mais fácil o “camelo passar pelo fundo da agulha”.

    Os “avivados”, àquela altura, estavam calados porque a deles era (e ainda é) dindim e só. Fechando uma, abrem outra, na esquena, com cânticos e alarde.

    Tempos depois este mesmo e sincero Servo de Deus estava eufórico com o advento da Lei 10.852/2003, que introduzira no art. 44 o inciso IV e o §1º. Falava ele, com a sinceridade de um verdadeiro Pastor, da força dos fieis no Congresso.

    Novamente, tive de contraria-lo, mostrando que tal inciso e parágrafo foram criados para dar respaldo ao inciso V e §3º, nascidos em parto cesariano, visando lavagem de dinheiro junto a nascente classe de fieis “avivados” que, como os coelhos, proliferavam abundantemente no Congresso federal. Encontrei-o em posteriores eventos, mas nunca mais tocamos nesse assunto, até porque acho inoportuno, como Igreja.

    Portanto, essa do Bispo da Igreja do “avivado” Cunha já era esperada. Desde que venha um dizimozinho, pouco importa a fonte. Churchill dizia que “se aliaria ao Diabo” para combater a Rússia.

    Quem pode negar que o aviso prévios dado por Curiba não tenha sido combinado para que o deliquente ex-Presidente da Câmara escorregasse a grana para o Reino dos Céus? Nem os garotos da Farsa-Tarefa, nem a polícia de FHC, encontraram alguma coisa. Como era de se esperar.

    Estão dizendo que se o FORA TEMER pegar também este renega a fé Maronita e passa, de corpo e alma, para o lado “avivado” dos Evangélicos. O batismo será no Brás, a nova Meca dos “avivados”. E os Bispos da região prometem imolar cem bois no Templo de Salomão.

    Como ato primus serão anulados no artigo 5º, os incisos VI, VII et VIII; 150; 210; 213 et 226, todos da atual Constituição. O art. 1º sofrerá modificação com a exclusão do Parágrafo Único. Mas a Pérola da Coroa sera a nova redação do art. 19, inciso I. Ela será adaptada do art. 5º da Constituição de 1824, e trará a possível redação: 

    “A Religião Evangélica Avivada será a Religião da República Federativa Democrática do Brasil. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo”.

    A “Concordata”, desta vez não será assinada com Roma, mas com Waqshington, no convés do porta-avião da IV Armada, nas cercanias do pre sal.

    Mas o melhor de tudo é que as Igrejas Avivadas serão sustentadas pelo Estado e subsidiadas pelo BNDES, a fundo perdido.

    Tempos novos? Um viva aos novos tempos…

     

  8. já está na hora

    Já esta na hora de enfrentar esse corja.

    Ou os enfrentamos agora ou vomos ser engolidos por eles.

    Já escrevi isso aqui.

    Eles têm dinheiro, rebanho, digo, eleitores e paciencia para tomar conta das instituições.

     

  9. É PROIBIDO, por lei

       E mesmo sem esta legislação, é postura de qualquer instituição financeira não emprestar dinheiro para : Igrejas, Hospitais, Clubes de Futebol sociais, independente de qual seja, exceções existem, menos para igrejas e hospitais filantrópicos, estes “sem chance”, não se aceita nem o pedido, a “igreja” pode ter um ótimo saldo médio, “produtos do banco” ( seguros, cartões personalizados, investimentos etc….), não tem jeito.

        

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