Como as igrejas evangélicas escolhem seus políticos?

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Andrea Dip

Os pastores do Congresso

Da Agência Pública

Homens de terno e mulheres de saia com a Bíblia na mão vão enchendo o auditório. Alguém regula o som do violão e dos microfones. A música que celebra “júbilo ao Senhor” estoura nos alto-falantes, e a audiência canta junto. Em um púlpito no palco, os pastores abrem o culto com uma oração fervorosamente acompanhada pelos fiéis.

Uma descrição comum de um culto evangélico não fossem os pastores, deputados, falando de um o púlpito improvisado no Plenário Nereu Ramos da Câmara dos Deputados de um país laico chamado Brasil. E se o (até então) presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), anunciado do púlpito ao entrar no recinto pelos pastores João Campos (PSDB/GO) e Sóstenes Cavalcante (PSD/RJ), não tivesse deixado de lado a agenda oficial para participar da celebração e tirar selfies com pessoas que se amontoavam ao seu redor.

Certamente seria bem menos estranho se logo atrás de mim, no fundo do auditório, assessores de parlamentares não estivessem fazendo piadas de cunho homofóbico e rindo alto durante boa parte do evento, que se tornou show com a chegada da aclamada cantora gospel Aline Barros, vencedora do Grammy Latino 2014 e um dos cachês mais altos do mundo gospel brasileiro. Ela tinha viajado do Rio a Brasília com o marido, o ex-jogador de futebol e hoje pastor e empresário gospel Gilmar Santos, especialmente para cantar e orar naquela manhã de quarta-feira no Congresso. Ao final do culto/evento, todos receberiam um CD promocional de Aline.

Aline Barros entoou alguns de seus sucessos com o auxílio de um playback, antes da pregação do marido. O tema é a luta do profeta Elias contra Jezebel, a princesa fenícia que se casou com o rei de Israel e, uma vez rainha, perseguiu e matou profetas israelitas. A imagem da mulher poderosa de alma cruel é usada por dezenas de sites religiosos, que comparam Jezebel à presidente Dilma Rousseff, ameaçando-a de acabar como a rainha, comida por cães.

“Em Tiago capítulo 5, versículo 17, está escrito que Elias era um homem como nós. Ele orou e durante três anos e meio não choveu. Depois ele orou de novo e Deus manda vir a chuva”, diz o pastor Gilmar, dirigindo-se aos parlamentares. “Muitas vezes a gente tem orado ‘Deus sacode esse país, traz um avivamento, faz algo novo’. Deus está fazendo. Mas a forma que Deus está fazendo nem sempre é do jeito que a gente quer, da nossa maneira. Muitas vezes a gente queria que Deus fizesse chover dinheiro do céu, que fizesse anjo carregar a gente no colo pra levar a gente pra todos os lados e queria pedir pra Deus pra sentar numa rede, pra ele trazer um suco de laranja e operar, trabalhar. ‘Manda fogo, destrói aquele endemoniado, aquele idólatra.’ Mas Deus não faz dessa forma.” Por que Deus escondeu Elias? Por que Deus tem escondido muitos de vocês e ainda não estão nos jornais como sonharam ou não tiveram reconhecimento como sempre sonharam? […] Deus está te escondendo, querido. No momento certo tudo vai acontecer, você vai ser exaltado. Deus sabe como honrar. […] Pode ser o momento mais difícil do seu mandato, mas continua confiando. Muitas pessoas podem estar vivendo uma seca nesse país. Nosso país pode estar vivendo o momento mais seco da história. Vidas secas. Mas o céu nunca vai estar em crise. Nunca tem crise, nunca tem crise.”

Sem crise

O número de evangélicos no Parlamento cresceu, acompanhando o aumento de fiéis. Segundo os últimos dados do IBGE, que são de 2010, o número de evangélicos aumentou 61% na década passada (2000-2010). Por sua vez, a Frente Parlamentar Evangélica (FPE), encabeçada pelo deputado e pastor João Campos, agrega mais de 90 parlamentares, segundo dados atualizados da própria Frente – os números podem variar por causa dos suplentes – o que representa um crescimento de 30% na última legislatura.

A mistura de política e religião é a marca da atuação dos pastores deputados. Campos, por exemplo, é presidente da Frente Parlamentar Evangélica, autor do projeto de lei apelidado de “cura gay” e defensor destacado da redução da maioridade penal, como a maioria da chamada “bancada da bala” – em 2014 ele recebeu R$ 400 mil de uma empresa de segurança para sua campanha. Cavalcante ex-diretor de eventos do pastor Silas Malafaia, seu padrinho na fé e na política, é presidente na Comissão Especial que trata do Estatuto da Família.

Encorajada por Eduardo Cunha, que assumiu a presidência da Câmara dizendo que “Aborto e regulação da mídia só serão votados passando por cima do meu cadáver”, a bancada evangélica tem conseguido levar adiante projetos extremamente conservadores, como o Estatuto da Família (PL 6.583/2013), que reconhece a família apenas como a entidade “formada a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos”, que deve seguir para o Senado nos próximos dias.

A PEC 171/1993, que usa passagens bíblicas para justificar a redução da maioridade penal, também foi aprovada na Câmara e aguarda análise do Senado, sem previsão de votação. O próprio Eduardo Cunha é autor do PL 5.069/2013, que cria uma série de empecilhos para o direito constitucional das mulheres vítimas de violência sexual realizarem aborto na rede pública de saúde. Esse está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. Também foi nesta legislatura que a bancada conseguiu barrar o trecho que trata do debate sobre identidade de gênero nas escolas no Plano Nacional de Educação.

Ainda segundo os dados fornecidos pela FPE, a maioria dos parlamentares pertence a igrejas pentecostais: a Assembleia de Deus é a que mais congrega esses fiéis, seguida pela Igreja Universal do Reino de Deus, que tem como figura de destaque o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). Também tem representantes no Congresso as igrejas Sara Nossa Terra e a Igreja Quadrangular.

Como acontece com os partidos na política, os membros também trocam de denominação. Eduardo Cunha recentemente trocou a Sara Nossa Terra pela Assembleia de Deus, onde já estavam os colegas João Campos e Marco Feliciano. Entre os membros das protestantes históricas estão Jair Bolsonaro (batista) e Clarissa Garotinho (presbiteriana).

O sociólogo e escritor Paul Freston, professor catedrático em religião e política da Wilfrid Lauries University, do Canadá, explica que as igrejas pentecostais se diferenciam das protestantes históricas principalmente pela ênfase da crença nos dons do Espírito Santo, como “falar em línguas” e agir em curas e exorcismos. “Por ser uma forma mais entusiasmada de religiosidade, depende menos de um discurso racional, elaborado. Você pode não saber ler ou escrever, pode ser alguém que não ousaria fazer um discurso racional em público, mas sob influência do Espírito você fala. Por isso pode-se dizer que a igreja pentecostal também tem esse poder de inverter as hierarquias sociais”, explica o professor. E destaca: “Por ser mais próxima da cultura do espetáculo e menos litúrgica, também são as igrejas pentecostais que se dão melhor com as mídias”.

Nos gabinetes

“A Frente Parlamentar Evangélica [FPE] tem exercido um papel muito importante em contribuir com o processo legislativo porque ela priorizou algumas bandeiras que são relevantes para a sociedade brasileira como, por exemplo, a defesa da família tradicional”, diz João Campos, que recebeu a Pública em seu gabinete de número 315 no anexo IV da Câmara, após muitos dias de negociação com seu assessor. “Outra bandeira nossa é a defesa da vida desde a concepção, os direitos do nascituro, a proibição do aborto, do infanticídio, os direitos da mulher também, mas principalmente os direitos do ente humano que está sendo gerado. Temos uma postura clara a favor da reforma política, sobre a reforma tributária e sobre a violência que tem inquietado a sociedade”, continua o deputado.

O segredo do sucesso? “A gente atua a partir desses temas, e isso faz com que a Frente seja ouvida no Parlamento. A Frente nem é a que congrega o maior número de parlamentares, mas é uma das mais ouvidas. Porque não é a quantidade, é a atuação dela”, diz com orgulho. Pergunto sobre sua trajetória política e religiosa, em que momento as duas se misturam. Ele me conta que aos 16 anos já era líder de jovens em sua igreja (Assembleia de Deus) e há quase 20 foi ordenado pastor. Também fez carreira na Polícia Civil de Goiânia. Começou como escrivão de polícia, se tornou delegado, participou de greves – “sempre fui muito ativo”, diz. Passou a atuar na classe, foi presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, até que “naturalmente” se candidatou a deputado federal. “Eu sempre exerci liderança na igreja e na segurança pública.

E essas duas vertentes apoiaram minha candidatura e me elegeram”, resume Campos, 53 anos, atualmente no quarto mandato como deputado federal. Quando pergunto se a igreja tem sido um ambiente fértil para a formação de líderes políticos, ele desconversa: “A igreja tem ocupado um espaço e se colocado mais na política tendo ela própria como referência”.

Sua colega de bancada evangélica, Clarissa Garotinho (PR), é uma jovem deputada federal que tem política e religião no pedigree. A filha dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho é da Igreja Presbiteriana, como todos de sua família. E, como fez a mãe, todas as vezes que seu pai, Anthony Garotinho, mudou de partido, ela o acompanhou “mesmo a contragosto”, confessa. E não foram poucas vezes: o radialista de sucesso começou a carreira política no PT, depois foi para o PDT, para o PSB, PMDB e PR.

Clarissa fala do jogo da política com a naturalidade de quem viveu isso em casa desde pequena, mas faz questão de dizer que nunca foi pedir voto em igreja. “Visitei algumas igrejas quando me convidaram, mas não foi o foco da minha campanha.” Descreve o início de sua carreira política como a de líder estudantil que se tornou diretora da UNE e foi eleita vereadora – a contragosto do pai, sublinha. “Nessa época, eu tinha me formado em jornalismo e fiz estágio com a Xuxa no programa dela a convite da Marlene Matos. A Marlene me convidou para ir para um programa na rádio Globo, eu já era gerente comercial da empresa dos meus pais, e ele não queria que eu entrasse na política. Dizia que a vida dos políticos ficava muito exposta, que dava muita dor de cabeça. Comecei a campanha sozinha, eu e a juventude do partido. Pensava: ‘Meu pai foi governador, minha mãe foi governadora, eu não posso perder uma eleição de vereadora porque, se eu perder, eu vou estar comprometendo o nome deles”, conta.

De vereadora Clarissa passou a deputada estadual e em 2014 foi eleita deputada federal com a maior votação obtida entre as mulheres. Sobre sua atuação na bancada evangélica, ela diz que só participa das atividades quando acha necessário. “Quando houve algumas manifestações na parada gay que satirizaram a imagem de Cristo. Nesse ponto, a bancada reuniu inclusive católicos. Quando tem alguma causa que a gente entende que precisa se unir, eu participo das reuniões.”

Pergunto sua opinião sobre o aborto, e sua expressão se fecha: “Tem temas que para nós não são negociáveis. Eu sou contra o aborto”. Sem que eu pergunte, emenda: “Mas você quer saber do Cunha? Eu não apoiei o Eduardo Cunha para presidente da Câmara só porque ele era evangélico. Não basta ser evangélico e eu presbiteriana para eu votar se acho que a postura dele como político não é boa pra representar a Câmara e não é boa para o Brasil. Fui uma das poucas deputadas evangélicas que não votou nele. Fizeram reuniões com os membros da bancada pra apoiar, mas eu não participei. Não gosto do estilo dele de fazer política. Ele usa chantagem pra conseguir vantagens, é o chanteageador geral da República. O Eduardo é considerado um deputado muito temido aqui. Dizem que ele é vingativo, que tem um temperamento difícil. E ele ainda tem muito apoio aqui apesar dos escândalos”.

O começo de tudo

A igreja pentecostal começou a se envolver na política brasileira na década de 1960 através da Brasil para Cristo, que elegeu um deputado federal em 1961 e um estadual em 1966. Depois disso, porém, a igreja só voltaria a eleger candidatos na década de 1980, como explica Paul Freston: “A maior participação vem em 1986, no fim do regime militar, com a Assembleia Constituinte. A Assembleia de Deus é o motor disso inicialmente, e se organiza desde a cúpula para ter um candidato oficial em cada estado, um deputado. Eles se organizam e tentam apresentar esse candidato nas igrejas, falar pras pessoas votarem nele. É o que dá origem à bancada evangélica, é a primeira vez que se fala nisso. E a grande novidade é que a maioria é pentecostal”.

Os pentecostais deslancharam na política com a Igreja Universal do Reino de Deus, que criou um plano político mais estruturado dentro da instituição, segundo a autora da tese “Religião e política: ideologia e ação da ‘Bancada Evangélica’ na Câmara Federal”, Bruna Suruagy (leia a entrevista completa aqui). “No início da década de 1990, a Igreja Universal começou a atuar com um plano político estruturado”, explica. Em sua pesquisa, Bruna chegou ao seguinte desenho do plano político da Universal: “A cúpula da igreja, formada por um conselho de bispos da confiança de Edir Macedo, indica candidatos em um procedimento absolutamente verticalizado, sem a participação da comunidade. Os critérios para a escolha desses candidatos geralmente têm base em um certo recenseamento que se faz do número de eleitores em cada igreja ou em cada distrito. E cada templo, cada região, tem apenas dois candidatos que seriam o candidato federal e o estadual. Ela desenvolve uma racionalidade eleitoral a partir de uma distribuição geográfica dos candidatos e a partir de uma distribuição partidária dos candidatos. Isso mudou um pouco agora porque existe um partido que é da Universal, o PRB, que fica cada vez mais forte no Congresso”, explica, destacando também a importância da mídia religiosa como interface entre a igreja e a política.

A Pública fez contato com a assessoria de imprensa da Igreja Universal e obteve como resposta a que a instituição não se pronunciaria a respeito “porque não se envolve com política”. Ao insistir para obter a entrevista, a assessoria pediu que as perguntas ao bispo Edir Macedo fossem feitas por e-mail e não respondeu mais. Mesmo o site do PRB, que tem grande parte dos filiados ligados à Universal, incluindo o presidente do partido, Marcos Pereira, não deixa clara essa conexão entre o partido e a igreja. Mas, entrevistado pelo deputado federal Celso Russomanno ao vivo durante a festa de dez anos do PRB, no dia 25 de agosto, diante da plateia do auditório Nereu Ramos, Pereira revelou que sua carreira e o PRB caminharam de braços dados com Edir Macedo. Ele contou que é bispo da igreja desde 1999, foi vice-presidente da Rede Record de Televisão em 2003, ano em que também se tornou sócio da LM Consultoria Empresarial – holding que controla todos os negócios da Igreja Universal do Reino de Deus – e então se tornou presidente do PRB em 2011.

Modelo brasileiro

Ainda segundo a pesquisadora Bruna Suruagy, a Universal se tornou um modelo para outras igrejas brasileiras justamente porque a cada novo mandato havia um aumento significativo dos parlamentares. “A Assembleia de Deus, que hoje tem a maioria dos deputados, não funcionava assim”, diz. Ela explica que isso não significa que o funcionamento institucional das duas denominações seja o mesmo. “A Assembleia é uma igreja com muitas dissidências e muitas divisões internas, por isso não é possível estabelecer hierarquicamente os candidatos oficiais. As igrejas têm fortes lideranças regionais e uma fragilidade do ponto de vista nacional. A sede não tem tanta força e, por isso, eles criam prévias eleitorais. As pessoas se apresentam voluntariamente ou são levadas pela própria igreja, e ainda há a ideia de que alguns são indicados por Deus porque mobilizam grandes multidões, ou contagiam, como dizia Freud, o que também termina sendo um critério. Então tem uma lista, depois uma pré-seleção que passa por um conselho de pastores – isso em cada ministério, porque a Assembleia é uma igreja que tem várias subdivisões internas. É interessante que os que pretendem se candidatar assinam um documento se comprometendo a apoiar o candidato oficial caso ele não seja escolhido, para evitar candidaturas independentes e para manter a fidelidade que se tem na Universal.”

O sistema de escolha de candidatos é confirmado pelo pastor Caio Fábio, enquanto conversamos no belo jardim de sua casa, em Brasília. “A maioria dos políticos que temos hoje foi produzida em berço pentecostal. Portanto, eles nascem do único poder que habita esse ambiente que é o do carisma pessoal. E esse carisma não tem absolutamente nada a ver com inteligência, instrução ou cultura. Por carisma entende-se a capacidade de comunicação popular intensa, tanto mais poderosa quanto menos escrupulosa seja. São em geral pastores, bispos e apóstolos. A Universal é um caso à parte, assim como as igrejas neopentecostais, que são igrejas pós-macedianas, porque o projeto político lá é totalitário, vem do Macedo a determinação de quem é e quem não é”, critica. “As igrejas reformadas [também conhecidas como protestantes históricas] são democrático-representativas. A cada cinco anos no máximo, tem uma eleição de pastores.

As episcopais [pentecostais] são mais por sucessão, indicação do bispo. E, se os demais acolherem, eles são afirmados. Nas pentecostais, os pastores vão colocando seus filhos na linha sucessória na igreja e na política. Aconteceu assim com Malafaia, por exemplo. O pai dele era pastor e o filho também é. Os protestantes históricos são mais silenciosos, mas não quer dizer que não sejam homofóbicos, por exemplo. O Bolsonaro frequenta uma igreja batista e é… O Bolsonaro.”

E o que querem os políticos evangélicos?

Mais do que os temas morais como aborto, violência, drogas e sexualidade, são os interesses institucionais que unem a bancada evangélica segundo os pesquisadores. “A conquista de dividendos para as igrejas como a manutenção de isenção fiscal, a manutenção das leis de radiodifusão, a obtenção de espaços para a construção de templos e a transformação de eventos evangélicos em culturais para obtenção de verbas públicas estão nesse páreo”, explica Bruna Suruagy. Paul Freston dá um exemplo: “Na época da Constituinte, teve a questão do mandato do Sarney, do quinto ano. Para conseguir esse quinto ano, ele comprou muita gente no Congresso. A moeda de troca para muitos pentecostais era uma rádio, coisas ligadas à mídia”.

Um estudo realizado pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser) em 2009 mostrou que de 20 redes de televisão que transmitiam conteúdo religioso, 11 eram evangélicas e 9 católicas. Apenas a Igreja Universal controla mais de 20 emissoras de televisão, 40 de rádio, além de gravadoras, editoras e a segunda maior rede de televisão do país – a Rede Record.

Larissa Preuss, autora da tese de doutorado “As telerreligiões no telespaço público: o programa Vitória em Cristo e a estratégia de mesclar evangelização e preparação política”, destaca a enxurrada de pastores eletrônicos na televisão brasileira nas décadas de 1980 e 1990. “O RR Soares é o mais antigo, está no ar desde o fim dos anos 70, e o Silas Malafaia entra em 1982. Ele é quem fala mais explicitamente sobre política na televisão, apesar da maior articulação política ser da Universal”, lembra.

A pesquisadora conta que estudou os programas de Malafaia de 2014 para entender a relação de seus discursos com as eleições. “Ele assume que existe uma briga política e deixa claro que quer influenciar e por isso não se candidata. Ele fala diretamente ao público, mas também fala muito aos líderes religiosos, tanto que Malafaia dá cursos de formação de pastores em locais como a Escola de Líderes da Associação Vitória em Cristo (Eslavec) e está construindo um império, hierarquizando igrejas dentro da Assembleia de Deus, que não tem essa cultura. O Malafaia se coloca no lugar do profeta, que é aquela autoridade que unge o rei e denuncia o sacerdote, e isso é muito forte. Ele incentiva os líderes a influenciar seus fiéis para que Deus possa agir na política.”

A hipótese de Larissa é que os pastores midiáticos migram para a política justamente para garantir as concessões de radiodifusão. “Porque as outorgas são ratificadas ou podem ser abolidas pelo Congresso. Então é uma retroalimentação: eles estão na televisão, influenciam a eleição de certos candidatos que vão garantir sua permanência na televisão. A informação hoje é poder. A imagem é uma moeda valiosa. E os evangélicos estão na política como nunca. Basta dizer que o tema da última Marcha para Jesus foi ‘faxina ética’”.

Continue lendo a reportagem aqui.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

20 Comentários

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  1. Em resposta aa pergunta to

    Em resposta aa pergunta to titulo:  burramente, como tudo que eles fazem.  Eles sao mentalmente aleijados pela religiao deles e comeca do berco.  Antes fosse so no Brasil.

  2. Os vândalos, bárbaros

    Os vândalos, bárbaros arianos* e gananciosos que invadiram o norte da África no século V submetendo e saqueando todas as cidades romanas que lá existiam, também odiavam e perseguiam ferozmente homossexuais.

    Estes pastores e seus seguidores não são cristãos, nem evangélicos. Eles são apenas vândalos arianos tardios.

     

    *Arianos: facção religiosa que rejeitava vários dogmas católicos cujos adeptos usavam a violência de maneira sistemática para converter os padres que caíam nas suas garras. Esta heresia foi totalmente destruída quando as legiões do Império Romano do Oriente invadiram a Vandália e restabeleceram a ordem no norte da África.

  3. Religião e ordem civil

    http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/sentidos-do-mundo/religiao-e-ordem-civil

    Religião e ordem civil

    Por: Luiz Fernando Dias Duarte

     

     

    O mundo contemporâneo é constantemente sacudido por dramas e polêmicas envolvendo a relação entre a religião e a ordem civil, pública, moderna.

    O paradigma iluminista concebeu a condição política moderna como distante da esfera dos valores religiosos, independente de seus ditames; por força das resistências muito acirradas que a maior parte das forças religiosas institucionalizadas no mundo europeu antepôs a essa nova ordem.

    Por outro lado, essa ordem emergira a partir de processos ideológicos internos à própria dinâmica religiosa do Ocidente, como se ressalta hoje de modo cada vez mais frequente, sublinhando a raiz cristã do que se conhece como um universalismo, um humanismo e um secularismo.

    A intrínseca valorização da interioridade e integridade do fiel, garantida pela graça divina, e sua relativa liberdade na gestão dos rumos terrenos com vistas à salvação é um dos diversos pontos de ancoragem do ideário republicano moderno no mais profundo imaginário cristão.

    Também na história da nação brasileira a questão vem sendo estudada, e uma recente tese, do antropólogo Eduardo Dullo, dispõe-se a compreender como dimensões importantes do catolicismo aqui desenvolvido se mobilizaram para produzir efeitos de valorização da pessoa humana que redundaram numa acrescida secularização.

    Como diz o autor: “a criação de um regime secular moderno no Brasil é não somente indissociável do cristianismo anteriormente existente e do que se consolidou ao longo da segunda metade do século XX como é, centralmente, uma secularidade que pode ser lida como efeito – ainda que não desejado ou não esperado – de diversas ações cristãs, e sobretudo de um determinado segmento católico, em sua busca pela ‘mundanização’ do cristianismo”.

    O ponto de partida para sua análise foi a figura notável do educador Paulo Freire (1921-1997), personagem crucial da história brasileira durante toda sua vida adulta, mesmo quando exilado pela ditadura militar.
     

    Raízes religiosas

    Quando Freire assumiu seu primeiro cargo público, em 1946, como diretor do Departamento de Educação e Cultura do Estado de Pernambuco e iniciou o seu trabalho de alfabetização popular, já se nutria de uma longa tradição de interesse social da Igreja Católica brasileira, trabalhada pela romanização de finais do século 19, desafiada pela perda dos privilégios imperiais com o advento do regime republicano, e reanimada pelo movimento da Ação Católica, criada em 1935 pelo Cardeal Sebastião Leme (1882-1942) e dirigida pelo intelectual e publicista Alceu Amoroso Lima (1893-1983).

     

    O processo de consolidação de uma esfera pública relativamente autônoma no Brasil devia contribuições também a outros movimentos religiosos, como o espiritismo kardecista e o protestantismo histórico, liberado dos entraves ao seu culto pela república. Mas o maciço pertencimento da população ao catolicismo, pelo menos nominalmente, fazia depender de maneira muito mais viva da ação da Igreja qualquer avanço na direção de uma ordem civil estabilizada.

    As contradições sempre foram muitas – e, no próprio corpo da Igreja, intensas forças conservadoras se contrapuseram às dinâmicas modernizantes e resistiram até mesmo aos ventos liberalizantes oficiais que sopraram do Concílio Vaticano II (1961-1965).

    As categorias de “consciência” e “conscientização” balizam a contribuição de Paulo Freire ao conhecimento e superação do que ele mesmo descreveu, em sua tese ‘Educação e Atualidade Brasileira’, de 1959, como uma “antinomia fundamental” entre a “emergência do povo na vida pública” e a fraqueza das “disposições mentais” decorrente da inexperiência democrática nacional.

    Donde a necessidade de uma verdadeira reforma moral, em que o seu método de alfabetização se desenhava como uma primeira fórmula do que veio a propor mais tarde como uma “pedagogia do oprimido”. A essa altura, sua disposição de valorização da pessoa humana se articulava com a teoria marxista, de libertação coletiva das forças políticas e econômicas que se antepunham ao reino da liberdade e da autonomia.

    Os desenvolvimentos da obra e da ação de Freire foram, nesse sentido, indissociáveis da formação do que se veio a chamar de Teologia da Libertação, exponencialmente defendida no quadro brasileiro por teólogos como Rubem Alves e os irmãos Clodovis e Leonardo Boff.

     

    Eduardo Dullo chama a esse movimento maior, que incluiu também, nos anos 1970, um Teatro do Oprimido (do teatrólogo brasileiro Augusto Boal) e uma Psicoterapia do Oprimido (do psicólogo argentino Alfredo Moffatt), de “paradigma da libertação”, para distingui-lo das fórmulas políticas que se aglutinaram nas décadas seguintes em torno de um “paradigma da inclusão”, articulado com as políticas neoliberais e com uma nova e generalizada ênfase na prosperidade individual. Seu trabalho dialoga assim com os que vêm analisando a ação das religiosidades cristãs pentecostais e carismáticas, e, dentro delas, particularmente o que se chama hoje de Teologia da Prosperidade. 
     

    Valores e contradições

    O complexo mundo pentecostal brasileiro contemporâneo tem colocado muita lenha na fogueira das relações entre a religião e a ordem civil. Por um lado, vem se reconhecendo o papel de empoderamento que cumpre junto às classes populares brasileiras, chamadas, nessas denominações, a um protagonismo moral e público intensificado.

     

    Por outro lado, têm se tornado notórias as ações políticas de alguns de seus segmentos de defesa de valores morais extremamente conservadores, exemplarmente denunciados como antagônicos à liberdade e à autonomia prezadas pelo ideário republicano moderno.

    Essas contradições não são exclusivas do quadro brasileiro. São mesmo de primeira linha nos EUA, nação em que a religião nunca esteve ausente do quadro da vida pública e civil, ainda que de formas muito peculiares. O acirramento de um fundamentalismo no cenário religioso estadunidense, ou seja, de defesa de posições morais e políticas derivadas de uma leitura literal dos textos sagrados, vem ecoando os desenvolvimentos homólogos emergentes no mundo islâmico ou hinduísta, para grande inquietação dos defensores da ordem civil secular longamente burilada na tradição ocidental.

    Esperemos que, assim como o secularismo moderno, com sua radical valorização da liberdade e da igualdade da humanidade, proveio de antigas raízes religiosas, assim também as renovadas religiosidades contemporâneas possam plasmar uma ainda mais alargada – e não amesquinhada – compreensão dos sentidos do mundo.

    Luiz Fernando Dias Duarte
    Museu Nacional
    Universidade Federal do Rio de Janeiro
     

    Sugestões de leitura

    Casanova, José. Public religions in the modern world. Chicago and London: The University of Chicago Press, 1994.

    Duarte, Luiz F. D.; Barsted, L.; Taulois, M. R.; Garcia, M. H. ‘Vicissitudes e limites da conversão à cidadania nas classes populares brasileiras’. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 22, n. 8, 1993.

    Dullo, Carlos Eduardo V. ‘A produção de subjetividades democráticas e a formação do secular no Brasil a partir da Pedagogia de Paulo Freire’. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, UFRJ, 2013.

    Lima, Diana. “‘Trabalho’, ‘mudança de vida’ e ‘prosperidade’ entre fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus”. Religião e Sociedade, vol.27, no.1, julho 2007.

    Milbank, John. Teologia e Teoria Social. Para além da razão secular. São Paulo: Loyola, 1995.

    Paiva, Vanilda. Paulo Freire e o nacionalismo-desenvolvimentista. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1980.

  4. Investiguem, vai fundo nesta

    Investiguem, vai fundo nesta questão do post.

    Vou deixar mais uma para ir a fundo de como se movimenta estas pessoas “santas” Inclusive nas manifestações e pedidos..:

     

     

    PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 108/2015

    EMENTA:
    CONCEDE A MEDALHA TIRADENTES E O RESPECTIVO DIPLOMA AO DEFENSOR DOS DIREITOS CIVIS E ESCRITOR BENEDITO GOMES BARBOSA JÚNIOR, MAIS CONHECIDO COMO BENÉ BARBOSA, PRESIDENTE DO MOVIMENTO VIVA BRASIL.
    Autor(es): Deputados FILIPE SOARES, FLAVIO BOLSONARO

  5. Em BH, eles proliferam nas Câmaras

    Em BH eles proliferam nas Câmaras

    Há, por exemplo, uma situação curiosa no bairro Liberdade, em BH.

    Até hoje, na região da Pampulha, moradores insistem em chamar de Assis das Chagas a uma rua  – esse nome vigorava oficialmente há muitos anos – mas desde 2007 o nome oficial daquela rua  éAimee Semple McPherson, que uma porção de gente ouve com estranhamento e tem muita dificuldade de pronunciar. Aimee foi a fundadora da Igreja Quadrangular nos Estados Unidos e Canadá, em 1928, segundo a Wikipedia.

    Para trocar o nome da rua a Câmara dos Vereadores de BH fez uma lei,  de interesse de pelo menos uns dois vereadores e a lei foi aprovada. Na rua Assis das Chagas, muito perto da UFMG, deram início à construção de um templo  enorme, mas passados alguns anos a obra ficou abandonada e inacabada.

    Recentemente vi um anúncio da venda do terreno por R$ 20 milhões , com fotos e tudo. Parece que desistiram de fazer o templo por lá,  não sei porque. A rua continua com os 2 nomes: Assis das Chagas para a população, e Aimee Semple McPherson para correios, BHTrans, notificações, ou seja, há um nome agora oficioso, e o oficial, que não se sabe se vai ter continuidade. 

    Foto do anúncio, com as colunas que seriam do templo. A data da foto é de 2013, mas o anúncio é atual:

     Foto 6, Lote/Terreno, ID-56715766

    http://www.vivareal.com.br/imovel/lote-terreno-liberdade-bairros-belo-horizonte-7500m2-venda-RS20000000-id-56715766/

     

    1. Que horror!  Isso devia ser

      Que horror!  Isso devia ser prohibido!  So que ate nos EUA eh assim.  Eu disse que evangelico eh burro, nao disse?  Totalmente burros.

      Aqui perto de casa tem a Elmora Ave/North Ave/Rota seiseentos e tantos -esqueci o numero.  Ate minha rua tem dois nomes, Pine street pra dois blocos e Barbara Avenue pro resto(!!!)

      Isso eh um pesadelo!

      Pensando bem…  adoraria ver a Vaux Hall Avenue/Rota naoseiquenumero na minha cidade se tornar Tiririca Avenue pra eles verem o que eh bom pra tosse…  Se eles podem homenagear a defunta fundadora da igreja quadrangular e cubica no Brasil, porque eu nao posso homenagear o mais famoso palhaco vivo do Brasil?

  6. Religiosos querem “privatizar” praça pública

    Essa praça é pública ou não?

    Lei municipal proíbe eventos não religiosos na Praça da Bíblia (Foto: Samira Lima/G1)

    Lei municipal não permite a realização de eventos não religiosos na Praça da Bíblia (Foto: Samira Lima/G1)

     

    Deputado de RO emite nota contra uso de Praça da Bíblia durante Parada Gay

    Nota de Marcos Rogério (PDT) diz que ‘onda de secularismo varre o país’.
    Evento aconteceu na Praça da Bíblia, em Ji-Paraná, após decisão judicial.

     

    O deputado federal Marcos Rogério (PDT) de Rondônia divulgou nesta quinta-feira (15) uma nota de repúdio contra a realização da 5ª Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTT) na Praça da Bíblia, em Ji-Paraná (RO). O texto divulgado pela assessoria de imprensa do parlamentar classifica o evento como “flagrante desrespeito ao sentimento religioso”. A nota também é assinada pelas frentes parlamentares Evangélica, Católica e da Família do Congresso Nacional.

    Após criação de uma Lei Municipal em 2008, a Praça da Bíblia foi reservada apenas para eventos religiosos. Uma decisão judicial emitida pelo juiz Edson Yukishigue Sassamoto, na última sexta-feira (9), permitiu que a organização da 5ª Parada LGBTT usasse a estrutura da praça para o encerramento do evento, que aconteceu no último domingo (11).

     

    A nota divulgada pela assessoria do deputado tratou o episódio como desrespespeito às religiões pelo uso do espaço público na Parada Gay. “Os valores e crenças precisam ser respeitados e que um monumento à Bíblia não é o local adequado para eventos que atentem não somente contra os valores cristãos, mas também à moral da sociedade e de suas famílias”, diz o texto, que acrescenta que “somente a crescente onda de secularismo que varre o país explica o total desprezo aos valores da religião”.

    O organizador da 5ª Parada do Orgulho LGBTT, Fabrício Xavier, alega que qualquer cidadão tem o direito de usar a praça. “Eles têm o direito de emitir uma nota de repúdio. Mas o espaço é público e o único do município que tem um palco e que oferece uma estrutura para a realização do evento. O movimento seguiu a decisão judicial”, comenta.

    A presidente da Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil em Rondônia (OAB-RO), advogada Marília Benincasa, foi a responsável pelo pedido de liminar que autorizou a realização do evento no local. Ela afirma que o próximo passo será entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI).

    “A liminar foi a primeira ação para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos. Essa lei municipal é inconstitucional vai de encontro à Constituição Federal. Contra a livre expressão. Essa nota de repúdio das frentes parlamentares também é repudiada pela OAB”, afirma Marília.

    Liminar autorizou evento
    A Justiça concedeu uma liminar permitindo a utilização da Praça da Bíblia durante a 5ª Parada do Orgulho LGBTT que ocorreu no último domingo (11). A organização alega ter sido proibida pela prefeitura de realizar o encerramento do evento no espaço. Uma lei municipal proíbe eventos não religiosos no local.

    De acordo com a decisão do juiz Edson Sassamoto, a ação não pode ser impedida de ocorrer. “A Praça da Bíblia é um local público razão porque não podem ser impedidos de realizarem o evento. Postulam seja concedido salvo conduto aos participantes do evento visando a livre manifestação no espaço público”, expressa o texto.

    Leia a íntegra da nota divulgada pela assessoria do deputado Marcos Rogério:

    As Frentes Parlamentares Evangélica, Católica e da Família do Congresso Nacional vem manifestar seu repúdio pelos atos de flagrante desrespeito ao sentimento religioso consistente no uso da Praça da Bíblia da cidade de Ji-Paraná, Rondônia para encerramento do evento denominado Parada do Orgulho Gay, realizado neste domingo, dia 11.

    Não seria necessária a existência de lei municipal destinando a praça somente para fins religiosos para se concluir que os valores e crenças precisam ser respeitados e que um monumento à Bíblia não é o local adequado para eventos que atentem não somente contra os valores cristãos, mas também à moral da sociedade e de suas famílias.

    Se bens públicos podem ser destinados somente para lazer, cultura, esportes ou até mesmo fins comerciais, somente a crescente onda de secularismo que varre o país explica o total desprezo aos valores da religião. Todos os países que ignoraram o sentimento religioso de seu povo hoje são vítimas do terror produzido pelo ódio das religiões radicais de seus inimigos.

    Negar a tradição cristã do Brasil é negar sua história. Estado laico é Estado que não tem religião, mas que respeita o sentimento religioso de seu povo, o que inclui seus símbolos e tradições.

    Frente Parlamentar Evangélica
    Frente Parlamentar Católica
    Frente Parlamentar da Família

  7. Esquisito é que depois da

    Esquisito é que depois da história do meio bilhão do cunha movimentado na Suiça, sumiram os crentes das redes sociais. quase não temos mais pregação on line. Há males que vêm para o bem. 

  8. Acreditem, o cristão

    Acreditem, o cristão protestantes tradicionais não tem nada haver com essa turma de evangélico.

    Essa turma basicamente é composta de pastores lidados às igrejas pentencostais, e neo pentencostais.

    Algumas igrejas tradicionais proíbem seus líderes de participarem de qualquer ato politico.

    As igrejas tradicionais, proíbem até que seus membros que se candidataram façam qualquer tipo de divulgação politica dentro do templo.

    Essa bacada evangélica é uma vergomha, é composto por 66 deputados, 35 respondem algum tipo de processo.

    E mais, é a bancada menos inoperante na câmara.

    Eu como membro de uma Igreja tradicional, tenho vergonha dessa turma. São esses que fazem o verdadeiro evangelho de Cristo ser desmoralizado, desrespeitado.

    Quero mais que essa turma de lasque pela lei dos homens, porque pela lei de Deus (oniciente) já estão condenados.

  9. Eles vem devastando as areas

    Eles vem devastando as areas verdes aqui em manaus,mandam “obreiros” invadirem areas de preservação ambiental, em tempo recorde, desmatam. demarcam lotes,erguem barracos de forma desordenada,em seguida, empresas de construção geralmente de propriedade de pastores, despejam material para construção de casas de alvenaria,e,passam a exigir infra-estrutura para o local, já correm listas com os nomes e titulos dos ocupantes, com a habitual demora do judiciario para reintegração de posse das areas invadidas, politicos circulam nos locais durante os cultos, angariando apoio, pastores parlamentares fazem pregação até em tele-jornal (tudo vale para angariar uns votos), em caso de reintegração de posse, querem ser notificados antes para desmontar os barracos e invadir outro local, isto está sendo usado com meio de desmatar sem ser rsponsabilizado pelos orgãos do meio-ambiente, é só acusar os invasores (que são sempre os mesmos), há dias a pm efetuou uma reintegração deposse e notou algo que já é do conhecimento de toda a população, invasores deixaram a area em sus automoveis, donde se conclui que não se trata de sem-teto, são sem-vergonha.

    Mais semvergonha é o poder publico ao se deixar envolver em negociatas com igrejas protestantes, em troca de apoio para si e seus descendentes, a mais nova moda politica é fechar acordo com igrejas para eleger os rebentos.

    E tome a trocar nome de ruas e praças: Rua Santa Isabel vira rua Carmen Miranda depois de mais de 100 anos, praça da saudade (onde antes havia um cemiterio), passou a ser praça da bilia, um prefeito mandou voltar o nome anterior e foi persegido pelo governador e religiosos perdendo a reeleição. atuam no parlamento para torpedear as outras religiões e ciicamente falam em pregar a “liberdade religiosa” paea eles é claro.

    Muito breve chegaremos ao nivel da cidade de “O bem-amado” de Dias Gomes, em toda a nação Tupiniquim, vamos encarcerar as “prostitutas” e exterminar os “gays” a contribuição da previdencia vai ser acrescida do dizimo descontado na fonte.

    Quem viver verá.

     

  10. Com licença do Nassif e dos

    Com licença do Nassif e dos leitores, vou fazer aqui um “comercialzinho” do meu último romance cujo título é SUCURSAL DO INFERNO (Ed. Prumo). Se não tiver na livraria peçam para encomendar. Mostra, como um trhiller policial, as relações asquerosas entre drogas, religião, homofobia, possessão demoníaca fajuta, lavagem de dinheiro etc, etc. E mais não conto para não tirar o gostinho. O Natal está chegando e creio que será um bom presente para muitos. Grato.

  11. É ou não é,a canalhice elevada á decima potência?

    Muitas vezes a gente tem orado ‘Deus sacode esse país, traz um avivamento, faz algo novo’. Deus está fazendo. Mas a forma que Deus está fazendo nem sempre é do jeito que a gente quer, da nossa maneira. Muitas vezes a gente queria que Deus fizesse chover dinheiro do céu, que fizesse anjo carregar a gente no colo pra levar a gente pra todos os lados e queria pedir pra Deus pra sentar numa rede, pra ele trazer um suco de laranja e operar, trabalhar. ‘Manda fogo, destrói aquele endemoniado, aquele idólatra.

  12. primeiro ocupam uma garagem e

    primeiro ocupam uma garagem e estoura os nervos dos vizinhos, sem qualquer incômodo do poder municipal. não satisfeitos tomam as praças com potentes caminhões de som, agora com ajuda do poder municipal. chegar aos parlamentos é o passo seguinte, natural. arranjos político-econômico-financeiro lhes dão vida longa. e as agendas progressistas ficam nas gavetas, enquanto a sociedade tem que suportar estes doentes. mas pior do que os “pastores” (hipócritas e pilantras) são suas “ovelhas” (igualmente hipócritas e pilantras – ou vamos achar que estas são “inguinorantes” e vítimas?) desgraça! 

  13. Fariseus hipócritas!

     lembrando Mateus 23:23-28

    “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas.

    Guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo.

    “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça.

    Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo.
    “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície.

    Assim são vocês: por fora parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade.

     

     

  14. A pergunta deve ser outra.

    Por que não são presos? Eu me recuso a acreditar que não há autoridade judicial ou policial que não veja que são um bando de marginais se locupletando.

  15. Velho ditado!

     

    É nesses momentos que me lembro do bom e velho ditado: ” O pior cego não é o que não enxerga, é o que enxerga, mas não quer ver” A Religião  Cristã, desde sua fundação não passou de jogo de cena, inicialmente com Constantino, que se viu em uma guerra que levaria a ruína de Roma, e de forma estratégica alegou um sonho em que ele via as cruzes indo a guerra e vencendo, então ele resolveu adotar o cristianismo como religião oficial de Roma, e graças  a isso uniu forças e conseguiu ir a guerra e sair vitorioso, após isso, clérigos viram a oportunidade de conseguir o poder que tanto almejavam, e assim o foi durante a idade média, a igreja tinha mais poder que o próprio rei, dona de terras e incontáveis toneladas de ouro, eis que surge as novas doutrinas calvinistas e luterana  do Séc XVI, com as ideias de destino manifesto (a pessoa nasce predestinada  escolhido por deus) e Lutero com suas 95 teses, questionando a igreja católica e sua cobrança de indulgência. 

    Onde quero chegar com essa história resumidíssima? logo de cara fica comprovado que a religião cristã não passa de pano de fundo para milhões de canalhas durante a história se aproveitarem da crença dos fiéis que são quase crianças cegas, que acreditam na salvação via pregação a uma religião que somente consome sua fé em forma de ganho de poder e dinheiro, desde Constantino até os pastores atuais nada mudou, somente a forma de como os fiéis são explorados, se antes era para garantir a vitória na guerra e a doutrina do poder através da palavras da bíblia, hoje sem nenhuma duvida 99% dos pastores, padres e etc… Só exploram essa gigantesca massa de manobra, que são instruídos a intolerância a aqueles que não defendam os interesses da igreja (no caso interesse dos pastores e afins), assim a religião que prega paz, amor ao próximo entre outras coisas (que só ficam na bíblia deles mesmo), eles defendem a pena de morte, desamparo aos pobres, redução da maioridade penal, egoísmo, individualismo, exploração para ganho próprio (antes ele do que eu) e etc…

    Só para complementar, fizeram uma pesquisa cientifica em que o resultado foi o seguinte:

    – Ateus tem muito mais compaixão ao próximo que os cristãos, enquanto os segundos se mostravam indiferentes ou mesmo ajudavam com medo de deus, já os ateus agiam por realmente sentirem altruísmo, se ajuda é porque não existe nenhuma moral que “os obriguem a ajudar”, pois realmente sentem compaixão ao próximo….. que fique isso para a reflexão, conheço muito mais pessoas que fazem e o que  o cunha, malafaia e Edir Macedo fazem do que pessoas que seguem o que o Senhor Jesus deles diziam para seguir.

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