O reducionismo na análise do cristianismo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Jorge Rebolla

Comentário referente à publicação É Natal: cristãos sanguinários estão felizes e isto me deixa preocupado
 

As guerras entre cristãos não são incomuns, como também entre quaisquer outros grupos humanos. O crescimento dos impérios em todas as regiões do mundo sempre ocorreram com base na conquista militar. O acúmulo de poder e a posse de riquezas cada vez maiores são traços inerentes à civilização. Desde os seus primórdios. Não foi uma criação européia e muito menos cristã. A guerra é fundamentalmente cruel e o instinto violento do homem antecede em muito o nascimento de cristo. Nos acompanha desde o início. Restos humanos com sinais de mortes provocadas por outros homens antecederam a agricultura e só aumentou desde então.

No mesmo período que os cristãos europeus matavam-se entre si o mesmo ocorria em todas as demais regiões do mundo. A rivalidade sangrenta entre grupos que dizem professar a mesma fé não é exclusividade do cristianismo, o islamismo a possui praticamente desde o começo, com o conflito entre xiitas, sunitas e outras denominações.

Atribuir todos os erros, vilanias e demais condutas infames inerentes ao ser humano que habita o dito ocidente como produto do cristianismo é pura má fé, além de demonstração explícita de uma mente tosca.

Curtas:

Escrever sobre o que desconhece muitas vezes produz erros monumentais. Santa Joana D’Arc foi canonizada em 1920! Séculos depois de sua morte. Muitas vezes é preciso pesquisar um pouco antes de digitar, afinal falar que quase quinhentos anos é apenas “algum tempo depois”…

O confronto no leste europeu tem muitas motivações, nenhuma delas movidas pela fé religiosa. O fato do cristianismo ser a religião de muitos russos e de muitos ucranianos nada tem a ver com o atual confronto. O que está em jogo é o cerco da Rússia pela OTAN. Poder, recursos materiais e o isolamento do inimigo dos americanos e dos seus capachos da comunidade européia. A agressão leva a Rússia a se defender, uma escalada bélica nada terá a ver com religião. É a política, estúpido!

Então o autointitulado estado islâmico não está promovendo uma carnificina entre muçulmanos xiitas e minorias religiosas no Iraque e na Síria, apenas prepara-se para um conflito futuro contra os cristãos. Afinal contra estes malvados eles precisam precaver-se.

Os torturadores dos porões da ditadura militar cometeram os seus crimes como cristãos? Oh! Que coisa! Então o que movia e move os verdugos dos irmãos Castro, da antiga URSS e demais tiranias comunistas?

O chamado iluminismo e a sua suposta esposa a razão produziram filhos muito mais sanguinários que os religiosos medievais, além de uma descendência essencialmente mentirosa e totalmente desprovida de honestidade intelectual.

Na segunda década, do terceiro milênio D.C., quais são os seguidores de uma fé religiosa que encabeçam a lista dos mortos por a professarem? Você sabe sabichão? (…)

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. “O último cristão morreu crucificado”

     

    Acredito que o post original se originou na premissa básica de que no cristianismo se deveria a outra face, deveríamos amar nossos inimigos, entre outros pequenos detalhes. Quanto às outras religiões, não sei, mas por exemplo, nunca vi nunhum budista em guerra.

    Na verdade não tem nenhum cristão aí. A direita americana é representada por um bando de facínoras que manipulam a religião e as pessoas para atingir seus próprios objetivos, nenhum deles cristão: poder, dominação, riqueza, entre muitos outros que eu nem saberia citar. 

     

    1. Elelê..

      Quanto às outras religiões, não sei, mas por exemplo, nunca vi nunhum budista em guerra.

       

      Ver, talvez não tenha visto, mas deve ter ficado sabendo. Se não ficou, tem que estudar um pouco a história.

      Ou pelo menos se interar através dos noticiários dos massacres que busdistas radicais promovem contra outras religiões em todo sudoeste asiático, como na Birmânia ( ou Myanmar ), no Sri Lanka, etc

  2. O maior estadista do século 21 é cristão

    E chama-se Jorge Mario Bergoglio, vulgo “papa” Francisco.

    Estadista, pacifista e corajoso.

    Não há hoje liderança, religiosa ou não, que chegue perto da estatura do nosso argentino.

    Abraço geral.

    1. Vamos até quando!

      O último Papa que resolveu ser cristão, durou poucas semanas, como o Papa Francisco tem os Jesuítas o protegendo talvez a sua sobrevida seja bem maior!

    1. Não importa quem inventou,

       

       

      Mas no mundo contemporâneo, aquele em que nós vivemos e somos afetados, o hoje, o maior problema , a maior causa de conflitos, são os “cristãos” norte americanos e sua indústria bélica.

  3. Você se refere à má-fé, senhor “sabe-tudo”?

    Você se refere à má-fé, senhor “sabe-tudo”?

    E para “variar”, nas entrelinhas, uma tênue e implícita defesa aos “valentes” e “heróicos” torturadores da “redentora”!

    Levá-lo a sério, quem haverá de…

  4. Mas nesta instituição que
    Mas nesta instituição que aplica o Gerenciamento por Diretrizes, a diretriz #6, transmitida pelo dono e de próprio punho, informa aos seus funcionários que não se deve matar, sob pena de ser banidos da instituição.

  5. Qual a religião que sobrevive?

    Para se fazer uma análise histórica correta sobre religião temos que considerar as que sobreviveram e as que desapareceram.

    A criação de Deus pelos homens é algo constante na vida da humanidade, de tempos em tempos surgem profetas que alegando visões vislumbram novas religiões, estas religiões subsistem ou simplesmente desaparecem conforme a ideologia destas perante a violência.

    Se é criada uma religião baseada na não violência ela chega a um ponto que tem que escolher um caminho, ou ela por algum artifício aceita num primeiro momento uma postura defensiva perante a violência ela tem sérias chances de sobreviver, porém se ela segue na linha da não violência a qualquer preço ou ela não cresce e se desenvolve mantendo-se sobre a proteção temporária de determinado governante que professa outra religião ou ela cresce até um ponto crítico que começa a incomodar vizinhos guerreiros.

    Mesmo dentro de religiões tradicionais se tem cultos ou seitas que interpretam seus livros sagrados de forma diferente dos demais, todos estes cultos ou seitas que enveredam para a uma posição de absoluta não violência, geralmente são assassinados por membros da religião que os originou ou são devidamente contidos por outros meios e deixados de lado nas grandes decisões.

    O Cristianismo é um exemplo patente deste princípio, ou se adota a violência ou não se sobrevive, mas se procurarmos em todas as religiões desvios na direção de uma ideologia de amor e não violência, veremos como isto é uma constante. Lembre-se de que morreu Gandhi e a guerra que os indus mantiveram e mantém com as comunidades muçulmanas.

    Todas as religiões devem ter seus homens santos, e são usados como exemplos a serem seguidos mesmo se dizendo que a santidade é um privilégio de poucos, e de preferência seguido por poucos!

  6. Depois de mais de 2000 anos

    Depois de mais de 2000 anos de proselitismo e de pregação era de se esperar que o homem cristão fosse melhorzinho que os outros. Mas depois que papa elencou os 15 pecados presentes na alta cupula da Igreja nada mais podemos esperar. E olha que esses cardeais se confessam semanalmente e comungam diariamente e, ao contrario do dito cristão comum, sabem examente o que significam a confissão e a comunhão. Assim, só nos resta ir à igreja e fazer com muita fé o “Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos Deus dos nossos inimigos”.

  7. Depois de mais de 2000 anos

    Depois de mais de 2000 anos de proselitismo e de pregação era de se esperar que o homem cristão fosse melhorzinho que os outros. Mas depois que papa elencou os 15 pecados presentes na alta cupula da Igreja nada mais podemos esperar. E olha que esses cardeais se confessam semanalmente e comungam diariamente e, ao contrario do dito cristão comum, sabem examente o que significam a confissão e a comunhão. Assim, só nos resta ir à igreja e fazer com muita fé o “Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos Deus dos nossos inimigos”.

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