Pseudociência espírita no século XXI, por Valério Andrade Melo

Pseudociência espírita no século XXI

por Valério Andrade Melo

A tônica do cruzamento entre espiritismo e ciência, em período mais recente, está voltada para as múltiplas faces da regressão, reencarnação e vidas passadas e também da crítica aos paradigmas da ciência convencional, nutrindo-se de argumentos oriundos do campo semântico da “complexidade”, das organizações emergentes, do “holismo” new age como visão de mundo alternativa, áreas permeadas de um esoterismo pós-moderno de forte popularidade entre cientistas dissidentes e setores periféricos do mundo acadêmico.[1]

Publicada há 11 anos, esta é uma síntese do discurso da série sobre crenças-dogmas do kardecismo neste GGN. Detalhes dessas postagens serão desconsiderados porque “cirurgia espiritual” e outras blasfêmias contra a Ciência não merecem atenção. Se merecessem os onco, cardio, neurologistas e, principalmente os ortopedistas, seriam totalmente dispensáveis.

Cientistas verdadeiros já demonstraram a falsidade do discurso espírita, que desde sua criação no século XIX tenta se envernizar com falácias e negações da realidade.[2] Ainda naquela época, Michael Faraday confirmou experimentalmente que espíritos não movem “mesas girantes”.[3] Até hoje nenhum “cientista espírita” teve a audácia de repetir um experimento tão simples. Discursos relativistas, negacionistas e pós-modernistas não são capazes de alterar resultados de experimentos.

As crenças-dogmas principais dessa religião, que se autoproclama “ciência”, são a chamada “mediunidade”, que permitiria supostos contatos com pessoas mortas, e a “reencarnação”, crença em um suposto retorno à vida de pessoas também mortas. Segundo os espíritas ambos aspectos teriam suporte na pseudociência da parapsicologia.[4]

Essa ciência pervertida[5] e seus espíritos clandestinos[6] foi refutada inúmeras vezes, principalmente por causa das fraudes e da má conduta dos parapsicólogos.[7][8][9] Além disso, os textos da “série espírita” ignoram deliberadamente a vasta literatura que descreve as origens religiosas e pseudocientíficas do espiritismo. (A bibliografia final complementa as referências com alguns desses estudos)

Em tempos temerários é frustrante constatar que até este GGN divulga crendices tão primitivas e obscurantistas. Em nome da pluralidade das ideias, poderia abrir espaço também para negadores do holocausto, criacionistas, negadores do aquecimento global e outros perseguidos pela Ciência. E em nome da pluralidade religiosa e do ecumenismo, poderia dar espaço também para crentes de outras religiões divulgarem suas verdades absolutas.[10][11] Simplesmente bloquear os comentários nas postagens espíritas não criará uma realidade paralela.

Referências

[1] B. Lewgoy, Representações de ciência e religião no espiritismo kardecista: antigas e novas configurações, Civitas – Revista de Ciências Sociais, vol. 6, no. 2, pp. 151–167, 2006.

[2] R. Brandon, The spiritualists: the passion for the occult in the nineteenth and twentieth centuries. London: Weidenfeld and Nicolson, 1983.

[3] M. Faraday, Experimental investigation of table-moving, Journal of the Franklin Institute, vol. 56, no. 5, pp. 328–333, 1853.

[4] M. Aubrée & F. Laplantine, A mesa, o livro e os espíritos: gênese, evolução e atualidade do movimento social espírita entre França e Brasil. Maceió: EDUFAL, 2009.

[5] E. Goode, Paranormalism and pseudoscience as deviance, in Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem, M. Pigliucci & M. Boudry, eds. Chicago: The University of Chicago Press, 2013, pp. 145–163.

[6] J. Vasconcelos, Espíritos clandestinos: espiritismo, pesquisa psíquica e antropologia da religião entre 1850 e 1920, Religião e Sociedade, vol. 23, no. 2, pp. 92–126, 2003.

[7] H. Houdini, magician among the spirits, 5th ed. New York: Harper & Brothers, 1924.

[8] J. E. Alcock, Parapsychology: science of the anomalous or search for the soul?, Behavioral and Brain Sciences, vol. 10, no. 4, pp. 553–565, 1987.

[9] T. Hines, Pseudoscience and the paranormal: a critical examination of the evidence. Buffalo: Prometheus Books, 1988.

[10] K. J. B. Kloppenburg (Frei Boaventura), Espiritismo: orientação para os católicos. São Paulo: Edições Loyola, 1991.

[11] E. Macedo, Orixás, caboclos & guias: deuses ou demônios? Rio de Janeiro: Unipro Editora, 2006.

Bibliografia

* Arribas, Célia da Graça. No princípio era o verbo: espíritas e espiritismos nmodernidade religiosa brasileira. Doutorado em Sociologia. FFLCH-Universidade de São Paulo, 2014.

* Giumbelli, Emerson. Heresia, doença, crime ou religião: o espiritismo no discurso de médicos e cientistas sociais. Revista de Antropologia 40, no. 2 (1997): 31–82.

* Goulart, Fernanda Loureiro. Entre a ciência e a não-ciência: uestudo de caso sobre a parapsicologia e a psicologia anomalística nacademia brasileira. Doutorado em Política Científica e Tecnológica. IGEO-Universidade Estadual de Campinas, 2014.

* Greenfield, Sidney M. Treating the sick with a morality play: the kardecist-spiritist disobsession in Brazil. Social Analysis: The International Journal of Social and Cultural Practice 48, no. 2 (2004): 174–194.

* Hess, D. Religion, heterodox science and brazilian culture. Social Studies of Science 17, no. 3 (1987): 465–477.

* Isaia, Artur Cesar, ed. Orixás e espíritos: o debate interdisciplinar npesquisa contemporânea. Uberlândia: EDUFU, 2006.

* Isaia, Artur Cesar & Ivan Aparecido Manoel, eds. Espiritismo & religiões afro-brasileiras: história e ciências sociais. São Paulo: Editora Unesp, 2012.

* Lewgoy, Bernardo. Chico Xavier e a cultura brasileira. Revista de Antropologia 44, no. 1 (2001): 53–116.

* Pigliucci, Massimo & Maarten Boudry, eds. Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem. Chicago: The University of Chicago Press, 2013.

* Pracontal, Michel de. impostura científica edez lições. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

* Stoll, S. J. Religião, ciência ou auto-ajuda? Trajetos do espiritismo no Brasil. Revista de Antropologia 45, no. 2, (2002): 361-402.

Redação

44 Comentários

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  1. concordo

    Acompanho o site do nassif a uns 15 anos, e nunca tinha visto tantas matérias sobre espiritismo.

    E alguém do site está “patrocinando” isso, pois TODAS as postagens de espiritismo vão parar no blog do Nassif, mas as que contestam NUNCA.

    Além disso o  site bloqueia os comentários. Eu não descobri como fazer isso,  acredito que é feito pelo pessoal que administra o blog.

     

    Nesses anos todos, não lembro do Nassif tem defendido ou se declarado espírita.

    Essa enxurrada começou no final do ano passado.

    Acredito que alguem com a função de gerenciar  o site esteja fazendo isso.

    E nem adianta perguntar ao Nassif através do blog, acredito que as mensagens são recebidas pela mesma pessoa que patrocina o espiritismo.

     

     Uma pena, este era um ótimo site para debater idéias, agora virou um difusor de pseudociências.

     

  2. A própria “Ciência” é “pseudo”

    Questões não resolvidas nos fundamentos da Física e outras Ciências levam a uma sequência de equívocos, como uma reação em cadeia.

    Os conceitos nos quais o pesquisador doutrinou-se enquadram a realidade dentro de seu modelo mental, no momento do experimento, fazendo com que o resultado seja reflexo e valide tais conceitos.

    Isto pode ser provado cientificamente, de acordo com a Teoria da Lei Universal do professor Stankov, a qual recomendo entusiasticamente para estudo profundo por todos:

    http://www.stankovuniversallaw.com/2017/06/an-easy-propaedeutics-into-the-new-physical-and-mathematical-science-of-the-universal-law-ebook/

    1. Pseudo é a mãe

      Os conceitos nos quais o pesquisador doutrinou-se enquadram a realidade dentro de seu modelo mental, no momento do experimento, fazendo com que o resultado seja reflexo e valide tais conceitos

      Acho que vc está tentondo desacreditar a ciência misturando com uma falsa compreeensão de mecânica quantica. Bem na moda dos pegadores de trouxas que se aproveitam de uma teoria que realmente é difícil de entender..

       vale ler o texto abaixo, que já postei aqui antes:

       

      https://universoracionalista.org/gato-de-schrodinger-volta-a-vida-apos-nao-aguentar-ver-tanta-deturpacao-da-mecanica-quantica/

      Gato de Schrödinger volta à vida e cai morto ao mesmo tempo após não aguentar ver tanta deturpação da mecânica quântica

       

      O Jornal GGN ataca novamente, mas desta vez com uma deturpação medonha da mecânica quântica para defender crenças no sobrenatural. Para facilitar o que está sendo criticado, citarei cada parágrafo seguido de uma objeção:

      1. “Como demonstrado em texto anterior por referência a fatos irrefutáveis e a experimentos científicos consistentes, nós somos espíritos que continuam vivendo após a morte do corpo. Este texto tem o objetivo de tornar ainda mais fácil a aceitação científica desse fato da natureza pelos mais céticos.”

       

      Em primeiro lugar, o fato é algo que envolve o estado ou mudanças de estados de coisas concretas, tais como átomos, campos, partículas ou pessoas. Como disse Mario Bunge em seu Dicionário de Filosofia, “se não são tais coisas, não são fatos. Assim, a análise de qualquer fato deveria partir da identificação de coisa(s) envolvida(s), tais como reagentes, no caso de uma reação química, e cérebros, no caso de um processo mental”. Então, o termo “fato irrefutável” não faz sentido, porque fatos ocorrem, independente do poder explanatório de uma teoria existente (por exemplo, a constatação de que existe uma pessoa atravessando a rua em um dado momento e local, e a existência de uma hipótese ou teoria que sugira uma velocidade média para que o pedestre atravesse a rua antes do semáforo fechar). A teoria, embora seja baseada em evidência, não é irrefutável, ainda que demonstre uma suposta “perfeição estética” em sua capacidade de explicar um fato, isto porque novas evidências podem surgir para refinar ou refutar a explicação atual. O mérito da ciência está em sua característica de reavaliar e melhorar (melhorismo) às suas teorias e não em ficar fechada em um sistema de crenças inalteráveis (dogmatismo). Em conclusão, a característica de irrefutabilidade não é uma característica da ciência, porque é antidogmática per se, mas da religião e da pseudociência, pois preservam os seus sistemas de crenças, independente das evidências disponíveis. Por último, o autor ainda menciona que “somos espíritos que continuam vivendo após a morte do corpo”, mas não cita qualquer estudo científico para corroborar essa afirmação.

      2. “Segundo os próprios espíritos ensinam e conforme ficou constatado pela experiência empírica de milhares de médiuns especialmente a partir do século XIX, todos os seres humanos, salvo raras exceções, são dotados de alguma mediunidade, o que significa, a grosso modo, a capacidade de conexão com as dimensões espirituais.”

      O autor assume a priori, isto é, sem basear-se em qualquer estudo controlado, que existem espíritos, que eles interagem (e ensinam ainda!) com o mundo físico e que existe uma conexão entre dois mundos ontologicamente diferentes. O primeiro problema consiste em definir o que são espíritos, algo que o autor não define, mas usa como referência a obra O Livro dos Médiuns de Allan Kardec. O segundo problema é que, caso o autor esteja usando a definição de “espírito” de Kardec, que é a ideia de que existem “seres inteligentes, mas extracorpóreos, que povoam o universo, além do mundo material”, isto seria impossível de acordo com as leis da termodinâmica, porque o “espírito” teria que ter a propriedade de possuir “energia”¹ para interagir com o universo. Em lógica, o “espírito” deixaria de ser extracorpóreo (imaterial). Assim, a conclusão seria a de que espíritos não existem, ou não podem interagir com o “mundo material”, porque ontologicamente eles não podem possuir energia e, portanto, ser materiais. O último problema é o de admitir, novamente sem qualquer evidência, que existe outro mundo além do nosso e ontologicamente diferente.

      ¹ Em ciência, “energia” não é sinônimo de “alma”, “fluído espiritual”, “cargas que pessoas carregam” (como se fossem pilhas) ou algo que transcenda a experiência empírica. Como afirma Bunge em seu Dicionário de Filosofia, “energia é a extensão para qual uma coisa real muda ou pode mudar”. Em síntese, “energia” é a propriedade universal (uma grandeza física, um atributo mensurável e quantificável) de entes concretos (campos, matéria e radiação) do universo.

      3. “Inúmeras pessoas têm intuições sobre o que vai acontecer, pré-ciências, como Chico Xavier teve várias que se concretizaram. Outras têm intuições a respeito do que devem pensar, fazer, escrever.”

      A intuição não tem nada de espiritual, paranormal ou sobrenatural, pois é apenas uma “habilidade cognitiva” para entender ou produzir novas ideias, ainda que seja falível e dependa da experiência, a prática da razão ajuda a fortalecê-la. Agora, diferente do que afirmam os parapsicólogos, a intuição não tem relação alguma com a precognição, isto é, “a capacidade de prever o futuro”. Além disso, o Conselho de Pesquisa dos Estados Unidos concluiu que “não há nenhuma evidência científica a partir das pesquisas realizadas durante um período de 130 anos para a existência de fenômenos parapsicológicos” (clarividência, mediunidade, precognição, et cetera).

      4. “Inevitavelmente, todos estão ligados entre si (vide Teoria da Não Localidade), com os seres humanos desencarnados e com o próprio Planeta Terra por vibrações (vide Teoria da Gaia), por um canal energético. É por isso que muitos sentem as energias dos outros, como dores de cabeça quando estão perto de pessoas carregadas. É por isso também que vegetais, como plantas que murcham, reagem mal em ambientes de energia carregada.”

      Esse parágrafo contém inúmeros equívocos, mas vou destacar apenas três. Em primeiro lugar, a não-localidade da mecânica quântica refere-se apenas a sistemas quânticos, em especial partículas, e não seres humanos. Serve para designar a correlação entre os estados de duas ou mais partículas emaranhadas em um ponto no espaço. Outro problema, é que a hipótese da Gaia é a noção de que a biosfera está ligada com outros componentes físicos da Terra (atmosfera, hidrosfera e litosfera) que formam um complexo sistema que regula o ambiente interno, de modo a manter uma condição estável mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico, controlados por mecanismos de regulação inter-relacionados. Além disso, como expliquei acima, a ideia de “energia” (e “vibração”²) mencionada pelo autor não encontra respaldo na literatura científica.

      ² “Vibração”, diferente do que pregam os parapsicólogos em um sentido espiritual, é um termo usado na física, que pode ser usado para designar o movimento periódico (oscilação) de uma partícula, sistema de partículas ou de um corpo rígido em torno de uma posição de equilíbrio.

      Conclusão

      O artigo possui inúmeros equívocos em cada parágrafo, o que faz com que cada objeção seja maior do que a própria afirmação. O autor demonstra um desconhecimento total dos conceitos mais básicos e fundamentais da ciência moderna. Existe um abuso de “jargões científicos” aplicados de maneira imprópria e, supostamente, proposital para dar uma suposta “validade científica” para a crença teológica do autor. Em síntese, dediquei-me para objetar apenas o que está escrito no início do artigo, pois são conceitos mal difundidos (e pouco explicados) para o senso comum.

       

    2. O cara tem ideias muito das

      O cara tem ideias muito das excelentes, nao vou poder concentrar nelas pois ele tambem caiu nas “irrefutaveis” besteiras de Goedel sobre a “invalidade da matematica”.

      “Mathematics cannot prove its validity with its own means”

      Filosoficamente eu acho que isso esta aa beira da indigencia, especialmente clamando pelo Argumento De Autoridade De Goedel(!).

      Autor acha que ja que toda matematica ja esta aprendida e conhecida so se precisa de uma prova, a Magica Prova De Goedel, para a invalidar por inteiro!  Eh um pensamento  tao rustico que eh de dar pena…  Goedel invented his own universe in order to prove that the universe he lived in wasn’t quite “good enough”.  Except that Goedel did NOT PROVE THAT THOSE FUCKING ORDERS OF EXISTENCE ACTUALLY EXISTED:  he only said they did, and therefore “invalidaded mathematics” with the diagonal proof of his non-existent “orders”.

      E porque eh que eu tou falando isso mesmo?  Ah, seria por ter reduzido E8 ao numero 30 ou ter achado o mapa de distribuicao de massas do universo ou por ter achado o proton magnificavel ou ter reduzido todo fluxo atomico aos momentums ou por ter descoberto o grafo primo ou por ter dito que so existem 4 letras do DNA porque so existem 4 “maquinas” elementares, que sao, todas, exatamente identicas, exceto diferentes -e eu as mostrei aqui- ou porque eu ja disse que o desenrolar das voltas de um segmento de DNA te resultaria em um segmento do grafo primo ou…???

      (TUDO em que eu jamais encostei eh pro hi bi do de ser repetido em publico, ok?  E nao eh por eu nao ser cientista nao, eh porque eu sou espirita primeiro, segundo, terceiro, e quarto.  E eu nao tou aqui pra educar esses filhos da puta.)

      Se eu reduzo tudo ao grafo primo, do proton ao mapa do universo ao DNA, eu tenho razao de sobra pra desconfiar que logo o Famoso e Respeitado Goedel subitamente “descobriu” uma linha do tempo magica e totalmente imaginaria que oferece a ele -mas nao a mim!- tudo que NAO existe nem ordinalmente nem cardinalmente.  Ate o proton e o “mapa do Universo” caem pra dentro do grafo primo, mas porem contudo todavia as nao-diagonais de Goedel sao oh-tao-importantes que eu tenho SOMENTE a palavra dele pra acreditar que elas existem!

      E eu tou suposto a calar a boca, porra!

      Fuck the fuck off, Goedel!  (voce tambem, Chaitin.  Voce nao me engana.)

      Tambem tenho problemas filosoficos com varias coisas que ele fala, com a a maneira que ele fala especificamente.  Mas estou achando a leitura um prazer enorme!

      (ainda estou lendo o resto)

    3. Os fanáticos da religião Ciência

      Os fanáticos da religião “Ciência” não percebem o tamanho e a intensidade de seus próprios Dogmas!

      Deixo o espiritismo e os espíritos abertos ao debate e à discussão… apenas trago um espelho aqui para revelar que o tamanho da arrogância apontada sobre a “pseudo-ciência” está na verdade apontando para a própria Ciência, desqualificando-a.

      Um espírito verdadeiramente científico não vai descartar novos fatos apenas porque não corroboram as teorias em que acredita, apenas para que não tenha que reciclar suas hipóteses.

      É justamente a “observação sistemática e controlada” a arapuca em que se fecha o pseudo-cientista. O seu laboratório é uma igreja. O seu método é um ritual. A sua atuação é de padre. Que vem arrogantemente pregar sua Ciência “verdadeiramente científica” porque baseada em observações repetitíveis… !!! …seu brilhante empirismo… que… poderia resultar em qual outro resultado? Se o método é tão sistemático e controlado assim?!

      É tudo extremamente cômico.

      De joelhos perante o altar da Ciência… debochando da Religião!

      Na síntese harmoniosa da Ciência e da Religião – aí sim está a Verdade. Quem rechaça um ou outro prova que ainda tem o que aprender.

      Após reler agora o artigo aqui comentado… lembrei-me do intuito de meu primeiro comentário. Não foi o de defender o espiritismo. Assim como quando eu fiz campanha para Dilma… eu não estava defendendo a Dilma, mas sim evitando que Aécio se tornasse presidente. Longe de mim defender espiritismo – onde a meu ver a ignorância rola solta. Digamos assim: assino embaixo do artigo. Com ressalvas, claro.

      O intuito do comentário foi chamar a atenção que a própria CIÊNCIA atual é tão “fajuta” e “indemonstrável” quanto o “espiritismo” que é atacado.

      Assim como o jornalismo da grande mídia não informa, mas deturba e manipula a opinião pública… do mesmo modo, o nível da atual produção científica é tão baixo quanto o dos jornalistas da Rede Globo. Atacar o espiritismo com tal “ciência” equivale a atacar o comunismo com artigos do Rodrigo Constantino. Meu foco não foi no “espiritismo” ou no “comunismo”. Meu foco foi na invalidade da “ciência” invocada para invalidar o “espiritismo”.

      Os tais “verdadeiros cientistas” invocados são do naipe de Ayn Rand. Faz-me rir.

      Galileu Galilei – hoje sim todos louvam seu espírito científico. Mas à época teve que fugir da “Santa” Inquisição. Hoje, os petistas, opa, quero dizer, os esquerdistas – opa, não, eu quis dizer os espíritas… não não não… eu não quis dizer alguém bitolado numa instituição, mas somente alguém que afirma a continuidade da existência do indivíduo após a dissolução de seu corpo físico… tal indivíduo está condenado à fogueira pelo Tribunal da Santa Ciência Científica.

      Ainda bem que a História não pára. Os Galileus perseguidos de hoje sabem que é só questão de tempo para que uma “heresia” como afirmar que a Terra gira em torno do Sol – e não o contrário – deixará de ser tema polêmico no seu devido tempo.

       

       

       

       

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  3. Também concordo.Eu mesmo

    Também concordo.Eu mesmo cheguei a pensar que o GGN estaria se tornando um blog confessional, já que  o assunto seria muito frequente no blog. Se a proposta era um debate, então não faz sentido bloquear comentários discordantes. Uma pena!

  4. Ate que enfim surgiu alguem

    Ate que enfim surgiu alguem para combater esses charlatões. Fale sobre qualquer questão para um espírita que ele tem uma resposta ´racional´para qualquer fato. Explica tudo e por isso tem aumentado a quantidade de seus adeptos. Na França poucos aceitam essa seita. No Brasil, a cada dia aumenta a sua força. Pobre Brasil!!!

  5. Um tolo!

    Valério Andrade Melo fica a meus olhos como um tolo.

    Para que tanto esforço para negar alguma coisa que aparentemente não lhe diz respeito, uma vez que “crê” negativamente no espiritismo?

    Sou espírita sim, mas abomino a prática do proselitismo (seja pró ou contra), e sempre achei equivocada as tentativas de trazer o assunto a este espaço, simplesmente porque aqui fica deslocado, exatamente pelas características do site e do público que o frequenta.

    Acompanho o Nassif faz tempo, porém para questõs de política, economia e crítica à mídia.

    O que este artigo vai influenciar minha vivência, tendo eu experimentado pessoalmente nas salas mediúnicas uma plêiade de fenômenos espirítas, os quais bem embasados por anos estudando a doutrina deixada por Kardec, me traz uma compreensão diferenciada da vida?

    Tive a (sorte, chance, interesse?) oportunidade de experimentar (ver, ouvir, presenciar, entender) diversos fenômenos que me trouxeram convicção da realidade da vida espiritual, de reencarnação, da mediunidade e da “teoria” espírita.

    Nunca falei do assunto neste site. Acho que é de consumo íntimo, para compatilhar com pessoa próximas, e que sobretudo tenham a mente aberta e principalmente confiem na honestidade de quem lhe propõe o tema.

    No entanto, da mesma forma que me incomoda o proselitismo forçado, incomoda a negação sistemática, como esforço de inibir prematuramente o interesse de quem possa querer se aproximar de uma nova ordem de ideias.

    A tolice fica por conta não só do esforço de negação (pretenso defensor dos fracos e oprimidos contra os invasores de consciência alheia?) bem como da banalidade do trabalho de elencar meia dúzia de autores que venha confirmar seu “TCC”.

     

    1. primeiro

      Se isso que vocês chamam de “ciência espírita” é realmente oma ciência, onde está seu objeto de estudo, os tais fantasmas?

      Por favor, mesinhas flutuando não, por favor…

       

    2. segundo

      Minha questão maior contra esses caras é eles se aproveitarem de pessoas que estão sofrendo e tiram dinheiro delas com supostas cartas psicografadas e outras merdas do gênero.

      Já vi uma dessas cartas, que foi escrita por um desses MERDIUNS  supostamente pelo espirito de um amigo morto para a irmã dele. Podia ser do meu amigo, mas podia ser de um esquimó ou de um aborígene australiano, sei lá.

      Se aproveitaram que a irmã dele estava sofrendo e tiraram dinheiro dela.

       

      PILANTRAS!!!!!!

      1. Então Edson…

        Você é um dos comentaristas que mais leio, porque está entre os que mais admiro e comungo com suas colocações. Porém sempre no campo da política e outros assuntos que não permeiem a religião.

        Dá para notar que, digamos, você respira numa “atmosfera” bem diferente da minha neste quesito, no entanto respeito teu intelecto e postura.

        Tanto quanto você, fico indignado com fatos de charlatanismo como o que descreve, do qual sua irmã pode ter sido vítima.

        Pura pilantragem mesmo. No que diz respeito, acontece com frequencia algumas pessoas colocarem num imenso balaio, fatos, crenças, situações e “fenômenos”, como se fora, todos pertencentes à uma mesma matriz, um mesmo segmento ou movimento. 

        O estudo, ou melhor dizendo, o conhecimento mais aprofundado do que vem a ser o espiritismo, justamente permite às pessoa se livrarem destes embustes.

        Perdão pela expressão – o faço pela linguística, não pela conotação religiosa – é o que permite “separar o joio do trigo.”

        Mais não me estendo, porque começa a parecer, o que exatamente não desejo: trabalho de convencimento, fazer proselitismo. A intenção era de papear somente.

        Um abraço….

        e #fora temer!

         

    3. Tolices

      Imagino o quão mal educado você era antes da reforma íntima. Parabéns pela linguagem elevada, digna dos espíritos superiores que o secundam.

      Caso tenha interesse posso lhe orientar no TCC. Comece abandonando psicografias. Para a desobsessão, recomendo iniciar pela Lição 8 do Pracontal: “Espíritos e demônios, invocarás“.

      1. Oi Valério, não tive a

        Oi Valério, não tive a intenção de ofendê-lo, mas é inegável que você próprio se coloca nesta situação na medida em que insiste na sua “cruzada”…

        Quer tolice maior do que esta?

        ” Parabéns pela linguagem elevada, digna dos espíritos superiores que o secundam.”

        Para quem tem um mínimo de compreensão da Doutrina Espírita, uma provocação destas é muito pueril. Donde, esta pretensão? Tenho consciência plena da minha inferioridade, de outra forma não estaria aqui contigo nesta toada.

        Boa sorte na sua empreitada.

         

    4. apenas curiosidade

      Infelizmente a ciência se baseia em fatos, e pior que podem ser reproduzidos e conferidos. Quando não fica difícil chamar ciência. Espiritismo é espiritismo e pronto. 

      Mas fico doido de vontade de saber, assistir melhor ainda, se um espírito já demonstrou teoremas matemáticos, compôs uma sinfonia – pelo volume escrito, por que não? – ou se falam turco ou dialeto africano.

  6. modelos de pensamento e ciência

    Antes de qualquer coisa, eu devo dizer que não sou ateu nem cristão. Ao contrário do que Gregos e Troianos possam dizer, eu gosto e tenho conhecimento científico. Amiúde é frequente o ateu criticar um discurso religioso se valendo do modelo científico e desprezando toda e qualquer outra forma de explicar o mundo, a vida e o universo. Geralmente os ateus mais fanáticos [ateus fundamentalistas] reagem de forma violenta quando seus dogmas são questionados. Existem inumeras formas de conhecimento humano que usam outros métodos de percepção e modelos de pensamento que não o científico, então muita calma nessa hora antes de alegar que algo é falso.

    Evidente que um espírita irá falar apenas daquilo que o agrada. Assim como o cristão que só seleciona os trechos da Bíblia que o agrada, ignorando todo o contexto, a história, a evidência e a forma como esse texto sagrado foi compilado. Nos tempos do Orkut eu fazia parte de uma comunidade chamada “Evangelize-me Se For Capaz” e o assunto do Espiritismo também surgiu. Não basta simplesmente falar que é falácia ou pseudociência. Eu insto aos interessados que pesquisem, leiam e se informem.

    Os fatos e evidências contam contra o Espiritismo e suas alegações de que é uma ciência. Jornais, revistas e estudos científicos desmascararam muitas das pretensões do Espiritismo. Os ditos “experimentos” que os espíritas tanto citam como “prova” de suas alegações não puderam ser confirmados, nem repetidos, nem testados. Em termos de modelo científico, isso desautoriza qualquer afirmação que o Espiritismo é [ou baseia-se na] ciência.

    Ao contrário do que espíritas [e cristãos] possam alegar, a Ciência está constantemente questionando sua teorias e refinando suas explicações, mas é incoerente [e estúpido] dizer que a Ciência seja uma coletânea de “conceitos”. O que seria de esperar é que os espíritas [e cristãos] tivessem a mesma ousadia dos cientistas e questionassem suas crenças e suas certezas religiosas.

  7. Discordo.

    Tanto o post do Dr. Valério como o seu comentário já são a prova da contestação

    das matérias sobre o espiritismo aquí.

    O debate de idéias está aberto, limitado para alguns assuntos é verdade. É bom que

    as pseudosciências, as pseudos autoridades e os pseudos entendidos possam se

    expor. A própria ciência ainda não deu palavra final em assunto algum, e se todos

    só falassem do que entendem, reinaria um silêncio atroz no mundo. Nem haveria

    nessecidade do blog. Seria interssante saber quais são as credenciais dos que

    se arrogam capacitados a afirmar o que é ciência ou não.

    Então mandem mais que terei prazer em ler com todo carinho.

     

    1. Mentira:   ” Tanto o post do

      Mentira:   ” Tanto o post do Dr. Valério como o seu comentário já são a prova da contestação das matérias sobre o espiritismo aquí.”   

      R:  Os comentários nos posts sobre espiritismo foram bloqueados, vc só está comentando aqui por que não é um dos artigos do Vilas-Boas.

       

      Sobre ciência:

      ” o que é ciência ou não.”

      R: Ciência é um método. Um método de se buscar conhecimento embasado em observações e hipóteses  testáveis e de sempre questionar todo o conhecimento anterior, na busca de erros ou falhas.

      Só o conhecimento obtido através do método científico recebe o nome de ciência. O resto é… qualquer outra merda.

      Para o espiritismo, ainda falta demostrar o objeto de estudo, os fantasmas. Para o espiritismo, isso é incontestável, ou seja, um dogma. Isso é religião.

       

      Credenciais:   

      ” Seria interssante saber quais são as credenciais(…)”

      Seria sim. Quais suas “credencias” para ficar falando em sobre ciência?

       

      Sou engenheiro químico, mestre em engenharia, doutor em química e professor universitário.

    2. “É bom que as

      “É bom que as pseudosciências, as pseudos autoridades e os pseudos entendidos possam se expor”:

      Eh, eu vi.

      Nao recebi um “muito obrigado” em 10 anos por essa “exposicao” que essa putaiada me enfiou goela abaixo.  Ninguem falou por mim.  Ninguem me deu uma unica palavra de apoio.  Ninguem me deu uma unica escolha.  Ninguem abriu uma unica porta pra mim.

      Eh pra depender de trabalho escravo de mim?

      Entao morre TODO MUNDO.  Porque eu nao vou mover uma unica palha por ninguem.

       

  8. Stankov

    Pelo que afirma na “carta aberta aos cientistas” de seu site, em sua imensa imodéstia esse Stankov parece ser um alter ego secreto do Olavo de Carvalho… E bota pseudo nessa “ciência” dele…

    Sim, já não aguentava mais ver aquelas baboseiras sobre “ciência espírita” enfiadas a martelo quase todos os dias neste site. Basta de mistificação.

  9. Primeiramente, trata-se de

    Primeiramente, trata-se de uma questão que creio merecer espaço neste espaço de debates “contra hegemonicos”, ainda que muito espíritas não se reconheçam desta forma, somos uma minoria religiosa e como tal “outsiders”. Li o artigo procurando uma mior embasamento científico que respalda-se a afirmação inicial, não encontrei, apenas li a procura por uma negação e desqualificação aos preceitos do pensamento kardecista/espírita. Como disse um colega acima um “TCC” pouco aprofundado. Entretando creio ser válida sobretudo neste espaço a discussão longe do proselitismo e afeto as “contra correntes”.

     

  10. A diferença básica entre ciência e religião…

    É que a primeira lida com fatos, e a segunda, com ficção.

    Enquanto a primeira não aceita dogmas, posto que a base do método científico é o constante questionamento, a segunda depende de verdades absolutas e inquestionáveis, isto é, de dogmas.

    Autor: Lauro Chieza de Carvalho – Obra do próprio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15480489

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico#/media/File:Metodo_cientifico.svg

  11. Assunto espinhoso

    Allan Kardec utilizou método científico para analisar fenômenos naturais que a Ciência de sua época não estudava.

    Eliminando-se as fraudes, tais fenômenos só podem ser explicados admitindo-se a existência de um elemento imaterial, individualizado, pré e pós existente à morte do corpo humano e que ele denominou de “espírito”.

    Se cientistas, filósofos oue religiosos se recusam a admitir a realidade de tais fenômenos o assunto está encerrado. Sua opinião é indiferente. Não há o que discutir. Segue cada um no seu quadrado.

    Para os espíritas, tais fenômenos são reais e trazem implicações filosóficas (no campo da ética ou da moral) e religiosas. São essas implicações que nos movem.

    Cadastrem-se no blog para comentar os posts de Villas-Boas.

    1. suposição

      “Eliminando-se as fraudes, tais fenômenos só podem ser explicados admitindo-se a existência de um elemento imaterial, individualizado, pré e pós existente à morte do corpo humano e que ele denominou de “espírito”.”

      Isso é uma suposição. Nada errado em supor. Mas tem que demonstrar.

      Se não demonstrar, nunca deixa de ser uma mera suposição.

      Se aceita sem demonstrar, deixa de ser ciência.

      Copiou?

      ———————————–

      “Se cientistas, filósofos oue religiosos se recusam a admitir a realidade de tais fenômenos o assunto está encerrado.”

      Prove, que se for real a ciência vai aceitar.

      ———————————————————————–

      “Cadastrem-se no blog para comentar os posts de Villas-Boas.”

      MENTIRA!!!!  Não dá pra comentar, estou cadastrado nesse site desde sempre, os comentários estão bloqueados nos artigos do Vilas-Boas.

      Queria saber por que ele é o “protegidinho” do GGN.

      1. 1. Existe um fenômeno
        1. Existe um fenômeno natural. Vc pode refutar a explicação espírita, mas não pode negar a realidade do fenômeno.

        2. Se a sua explicação for melhor, ok.

        3. Ainda não entendi porque a Doutrina Espírita lhe ameaça tanto.

        No século XIX Allan Kardec teve seus livros incluídos no Index e queimados em praça pública no chamado Auto de Fé de Barcelona, o último suspiro da Inquisição Católica. Por algum motivo ameaçava a Igreja assim como ameaça a vc. Estranho pq o Espiritismo nunca pretendeu disputar o poder nem com outras religiões nem com outras ciências.

        1. ???????

          Fenômeno natural? Mesinhas levitando? OOOHHHH inexplicável…..

           

          Gostei que usou a palavra “doutrina”, já que espiritismo é mais uma bobagem religiosa como milhares de outras.

           

          O que me inocmoda é um bando de HIPÓCRITAS chegar falando que ciência não presta, que está errada, e blá blá blá, mas fazem isso usando a computador, internet que não existiriam sem a ciência.

          Dizem que “espíritos” curam doenças, enganam pessoas, e os tais médiuns se tratando em hospitais de ponta, com a melhor CIÊNCIA que o dinheiro dos trouxas enganados pode comprar. 

          Chegam aqui falando em “mistérios” e fazendo afirmações absurdas sem provas.

          “A ciência não sabe tudo” Grande novidade! Nunca disse que a ciência sabia tudo, ainda bem que não, a onisciência deve ser um tédio.

          A ciência é feita por humanos, e portanto é incompleta, muitas vezes incorreta também. Mas é o que de melhor a humanidade fez para entender o mundo que nos cerca.  A Ciência muda porque nossa compreensão do mundo fica melhor a cada ano, e não porque cientistas inventam mentiras, como vocês parecem achar.

          Se está querendo “verdades que nunca mudam”, enfie a cara em algum livro dito sagrado e se convença que tudo que está ali, escrito por alguns desses ezquisofrênicos não tratados que havia antigamente, é real.

          Me irrita ver pessoas repetindo besteiras escritas por charlatães.

          Claro, vender livros e emganar trouxas dá muito mais dinheiro e fama de que trabalhar em ciência.

          Se a ciência é só besteira para vocês, não a usem, não usem celular, computador, internet, automóveis, não vejam TV, não tomem remédios, e quando ficarem doentes procurem algum desses médiuns que vocês idolatram. Mas agendem visita antes de ir, tlvez o médium esteja no hospital se tratando de verdade…

          1. Ok
            Se vc não admite a realidade dos fenômenos naturais, que existem desde que o mundo é mundo, não há o que discutimos.

            De novo: não é a disputa com a Ciência que nos move, mas as implicações filosóficas, morais, éticas e religiosas da hipótese espírita sobre tais fenômenos.

            Não é a ciência que move o mundo. Mas a religião, mesmo para os ateus, pois no fundo de cada movimento humano há uma escolha ou decisão moral.

            Se a sua ciência torna vc uma pessoa melhor, mais sensível a dor e ao sofrimento humano, se ela o move em direção a um mundo melhor, ótimo. A minha religião faz isso também.

          2. mais blá blá blá

            realidade dos fenômenos naturais

            “realidade” que vocês NUNCA mostram, além de mesinhas levitando, claro. PROVEM, senhores, PROVEM!!!!

             

            Mas a religião, mesmo para os ateus, pois no fundo de cada movimento humano há uma escolha ou decisão moral.

            Outra apelação a crenças infundadas, desta vez a crença de que a moral está ligada a religião.

            Se assim fosse, todas as pessoas religiosas seriam moralmente superiores.

            Minha experiência mostra que isso não é verdade.

            Algumas das piores atrocidades foram cometidas por pessoas religiosas.

            Basta enfiar o nome de algum deus no meio e TUDO fica justificado.

            Fique com sua “moral” religiosa.

            Eu fico com meus princípios de ateu que nunca engana trouxas para tirar dinheiro deles e não uso deuses ou demônios para justificar meus erros.

             

  12. “curandeiros espirituais” vão se tratar no hospital…

    Vale lembrar que esses suportos “curandeiros espirituais” não se curam a si mesmos, nem procuram outros”curandeiros” para tratá-los,  mas vão procurar um bom hospital, mesmo. E no Sírio-Libanês, em São Paulo, porque ele usa bem o dinheiro dos trouxas (não são os trouxas do Harry Potter).

    http://www.opopular.com.br/editorias/cidade/m%C3%A9dium-jo%C3%A3o-de-deus-%C3%A9-internado-em-s%C3%A3o-paulo-1.1120074

     

    Médium João de Deus é internado em São Paulo

    Famoso internacionalmente por ser um ‘curador’ espiritual, o médium goiano João de Deus foi internado, no último sábado (16), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A informação é da coluna do jornalista Lauro Jardim, do O GLOBO.

    Segundo sua assessora, Edna Gomes, o João é internado regularmente, de dois em dois meses, para exames de rotina. Isso ocorre porque normamente ele não tem tempo para fazer os exames de maneira espaçada. João de Deus voltou para Abadiânia na segunda-feira (18). Ele está bem e atende normalmente na Casa de Dom Inácio de Loyola. De acordo com a assessora, nesta quinta (21), há mais de 2.000 pessoas na Casa para falarem com João.

    O médium, que atua em Abadiânia, no interior do Estado, e já tratou de pessoas famosas como o ex-presidente Lula e recebeu personalidades como a apresentadora americana Oprah Winfrey, sofreu, até recentemente, de um câncer de estômago em estado avançado. Ele comemorou com grande festa, no final de julho passado, o seu aniversário.

     

  13. Pseudo Ciência Espírita

    Engraçado como tem pessoas que misturam religião com religiosidade. Religião de Religare

    Quando eu estava na escola a gente estudava que um átomo consistia de um núcleo com elétrons circulando em volta. Hoje em dia existe a física quântica, em que existe a possibilidade de se encontrar um elétron na órbita do núcleo ou não. A fronteira entre matéria e energia não é tão distinta. Mas a ciência sempre afirmou que tinha provas desses fatos, assim como dizem e provam que tudo começou com o big bang.

    Não sou espírita mas na família, pelo lado da minha mãe, tive tias espíritas. Já participei de muitas sessões espíritas e presenciei muitas situações de difícil explicação.

    Me lembro de uma ocasião em que apresentei um amigo, médico e muito cético, a uma tia que era medium.Ela segurou a mão dele e pediu que ele pensasse em algum paciente. Ela começou a descrever o paciente, falar sobre a doença dele, o tipo de tratamento e até sugeriu um diagnóstco que não estava ainda claro para ele. Falou com detalhes de uma pessoa que ela nunca viu nem conhecia. Ficamos os dois de boca aberta. Não tem explicação.

    Acho que existência se manifesta em muitas dimensões que a gente não tem como perceber. Existem muitas frequências e vibrações que a própria ciência não tem como medir nem provar. As fronteiras entre existência e não existência são muito tênues. No meio disso existe uma coisa que chamam de consciência.

    Tem uma coisa que as pessoas que se dizem materialistas se recusam a aceitar que é o mistério. Penso que um cientista avançado e honesto, um buscador, corre o risco de se tornar um místico ao perceber o grande mistério que é essa existência.

     Muita gente pensa que misticismo tem a ver com religião ou algum deus. Tem a ver com o mistério.

    1. Misticismo

      Discordando, mas gostando do que foi exposto.

      Vejo o “misticismo” como a autêntica religosidade.

      Cristo era um poeta mistico assim como Rumi e vários outros, de todas as tradições.

      Um “olha os lírios do campo” , o outro se deleita com os “rubis e esmeraldas celestiais”; um se refere ao Pai, o outro ao Amado.

      A confusão se dá quando o místico tenta colocar em palavras a sua vivência da realidade.

      A nossa linguagem ordinária não dispõe dos recursos para a descrição desse mistério experimentado pelo verdadeiro místico (verdadeiro aqui no sentido de sério, longe dos esoterismos dos shoppings). Ela é dual e temporal, enquanto a experiência mística está além, tanto do tempo, quanto da dualidade.

      Diante dessa impossibildade da nossa linguagem usual, lançam mão de metáforas, como também das parábolas, para de alguma forma transmitir o que transcende a razão humana.

      Em relação à consciência, se esta é um subproduto da matéria, como afirmam os adeptos do materialismo, a matéria é então o próprio Deus. Rendamos culto à Deusa Matéria.

      A ciência esqueceu-se do seu princípio, do seu ponta-pé inicial, que é um não-saber. Assim como nos é impossível conhecer a primeira causa de algo, a ciência lançou mão de um corte aleatório para inaugurar a sua construção. Não sei o que isso inicialmente é, mas sei, percebo, que é diferente daquilo outro; e a partir daí, desse desconhecimento original, esse mistério, que ainda persiste, foi edificada essa ferramenta chamada ciência.

      Cego guiando cego, ignorância superposta a outra, e, mistério a decifrar mistério.

      Desse ponto de vista, o espiritismo se aproxima mais da ciência do que da religião (religiosidade) propriamente dita; ele busca provar, comprovar, a existência pós-morte e a inter-comunicação entre esses dois estados distintos do ser.

      Ao religioso – místico – que procura entrar e viver nesse grande mistério e que não se contenta com as descrições, essa questão espírita não tem tanta importância.

       

       

       

       

  14. Pessoalmente não me incomodo

    Pessoalmente não me incomodo com a série do Villas-Boas. E não vejo porque não poderia haver outras, por exemplo, sobre as religiões afro-americanas, o judaísmo, o cristianismo, o zoroastrismo, o xintoísmo etc..

    Fica a sugestão para nosso anfitrião Nassif e sua turma: a criação de uma sessão específica para as religiões. Poderia, por exemplo, ser incluído o tema “Religião” na parte de cima, onde diz “Política, Desenvolvimento, Economia, Cultura, Consumidor, Cidadania, Luis Nassif”. Ou ainda como um subítem do tema “Cultura”… sei lá. E quem não gosta, quando houver título em destaque na “primeira página”, não entra.

    Digo isso sabendo que há quem julgue aviltante chamar esse espiritismo kardecista de ciência, como há quem creia que não reconhecê-lo como tal é limitante. Se é ciência ou não, não vou entrar na discussão. Mas que é religião, isso parece que todo mundo concorda que é.

  15. Kardec, o Racista

    Incrível como em um país tão micigenado  como o Brasil exista tantos defensores de um racista.

     

    https://universoracionalista.org/a-face-racista-de-allan-kardec/

     

    Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 1804 – 1869) foi um educador, escritor e tradutor francês. Nascido numa antiga família católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia. O pseudônimo de Allan Kardec o notabilizou como codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado) também denominado de Doutrina Espírita, além de ser o próprio fundador da seita.

    Kardec, como parte de sua trajetória, realizou diversas investigações, na tentativa de estabelecer uma comunicação com os espíritos. O que seus seguidores não contam é que a teologia espírita em Kardec é extremamente racista e xenofóbica. Segundo o autor, a raça Adâmica (se referindo ao personagem bíblico) é uma raça superior por ser o tronco da raça caucasiana (brancos).

    Allan Kardec, embasado na frenologia (craniologia), considerada hoje como pseudociência, fundada pelo médico alemão Franz Joseph Gall (1758-1828), segundo o qual as formas anatômicas do crânio humanos teriam relação com o caráter, personalidade, moralidade e com a espiritualidade. Ele foi membro ativo por vários anos da Sociedade Frenológica de Paris. Kardec assume que o aspecto físico, morfológico e biotípico do negro expressa inferioridade intelecto-moral em comparação com a raça caucasiana. De acordo com ele, a raça branca seria mais evoluída espiritualmente, conforme vemos nos trechos da sua obra: 

    “Os negros, pois, como organização física, serão sempre os mesmos; como Espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muita coisa.”

    “Sob o mesmo envoltório, quer dizer, com os mesmos instrumentos de manifestação do pensamento, as raças não são perfectíveis senão em limites estreitos, pelas razões que desenvolvemos. Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas; mas, enquanto Espíritos, é outra coisa; ela pode se tornar, e se tornará, o que somos; somente ser-lhe-á preciso tempo e melhores instrumentos. Eis porque as raças selvagens, mesmo em contato com a civilização, permanecem sempre selvagens; mas, à medida que as raças civilizadas se ampliam, as raças selvagens diminuem, até que desapareçam completamente, como desapareceram as raças dos Caraíbas, dos Guanches, e outras. Os corpos desapareceram, mas em se tornaram os Espíritos? Mais de um, talvez, esteja entre nós.”

    “São seres tão brutos, tão pouco inteligentes, que seria trabalho perdido procurar instruí-los; é uma raça inferior, incorrigível e profundamente incapaz.”

    “Mas, então, porque nós, civilizados, esclarecidos, nascemos na Europa antes que na Oceania? Em corpos brancos antes que em corpos negros? Por que um ponto de partida tão diferente, se não se progride senão como Espírito? Por que Deus nos isentou do longo caminho que o selvagem deve percorrer? Nossas almas seriam de uma outra natureza que a sua? Por que, então, procurar fazê-lo cristão? Se o fazeis cristão, é que o olhais como vosso igual diante de Deus; se é vosso igual diante de Deus, porque Deus vos concede privilégios? Agiríeis inutilmente, não chegaríeis a nenhuma solução senão admitindo, para nós um progresso anterior, para o selvagem um progresso ulterior; se a alma do selvagem deve progredir ulteriormente, é que ela nos alcançará; se progredimos anteriormente, é que fomos selvagens, porque, se o ponto de partida for diferente, não há mais justiça, e se Deus não é justo, não é Deus. Eis, pois, forçosamente, duas existências extremas: a do selvagem e a do homem mais civilizado.”

    “O que é excepcional nos povos avançados, é a regra em certas raças. Por que isto? É um injusta preferência? Não, é a sabedoria. A natureza é sempre previdente; nada faz de inútil; ora, seria uma coisa inútil dar um instrumento completo a quem não tem meios de se servir dele. Os Espíritos selvagens são Espíritos de crianças, podendo assim se exprimir; entre eles, muitas faculdades ainda estão latentes. Que faria, pois, o Espírito de um Hotentote no corpo de um Arago? Seria como aquele que não sabe a música diante de um excelente piano. Por um razão inversa, que faria o Espírito de Arago no corpo de um Hotentote? Seria como Liszt diante de um piano que não teria senão algumas más cordas falsas, às quais seu talento jamais chegaria a dar sons harmoniosos.”

    Fontes: Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite, Abril de 1862.

     

    “O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um gato; mas não é belo no sentido absoluto, porque os seus traços grosseiros, seus lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem bem exprimir as paixões violentas, mas não saberiam se prestar às nuanças delicadas dos sentimentos e às modulações de um espírito fino.”

    “Eis porque podemos, sem fatuidade, eu creio, nos dizer mais belos do que os negros e os Hotentotes; mas talvez também seremos, para as gerações futuras, o que os Hotentotes são em relação a nós; e quem sabe se, quando encontrarem os nossos fósseis, não os tomarão pelos de alguma variedade de animais.”

    Fontes: Allan Kardec, Teoria da Beleza, in Obras Póstumas, p.131.

     

    “Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão?”

    Fontes: Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127.

     

    “O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados.”

    “Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral.  Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados.”

    Fontes: Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra, in Allan Kardec, A Gênese, Lake – Livraria Allan Kardec editora, São Paulo, p. 187.

    Leitura Complementar:

    Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127.

     

    1. demagogia…

      Se admitimos que Deus Tudo Pode Deus é inexorável e impotente contra o mal, que é o senhor do mundo.

      Por toda parte, o bem esmagado, ridicularizado, desprezado, e sucumbe sem que a divindade interfira.

      As preces e as suplicas almejando a intervenção que cancele com o sofrimento qdo. inevitável são em vão. Porque é o mal que reina, que distribui as riquezas e os gozos, que recompensa e eleva, que destrói e se vinga.

      A justiça celeste não se comove não interfere para que a Lei se cumpra, enquanto que o mal goza da estima geral e das honrarias.

      O Poder humano que prevalece neste mundo que condena e favorece a injustiça igualmente pede as bênçãos do céu.

      Sempre acontece o mesmo: o ímpio, o viciado, o blasfemador triunfa. O louco que se agarra ao bem, morre abandonado e miserável. É a lei do equilíbrio, que o maior domine, de qualquer lado que ele se encontre. O elemento mais fraco é absorvido pelo mais forte e neste mundo, o mais forte é o mal.

      É diante do mal que se deve curvar para não ser esmagado pela fatalidade. Porque tentar resistir as forças cósmicas que exigem a desordem, a desarmonia, o abuso e o sofrimento é vão pois são afastados do caminho tudo que lhes serve de obstáculo.

      O amor puro, desinteressado, ideal, não da a quem o pratica mais do que miséria e decepção. Porque não é o amor puro que exigem as forças desordenadas, os elementos desencadeados que governam este mundo.

      [b] O mal é  expressão da paixão brutal e egoísta próprio da animalidade de que provem a humanidade.

      1. Darwin na quarta dimensão

        na vida rea

        na vi

        Na vida real as pessoas são dirigidas pela ambição, cálculo, hipocrisia e sensualidade. A única satisfação verdadeira que a vida lhes dá é a riqueza e a vingança.

         Cético materialista insiste; — Mais do que nunca, duvido da Providência. É preciso ver como

        vejo todo dia – a morte, sofrimentos e miséria sob todas as formas.

        É preciso visitar todos aqueles horríveis covis onde vegetam e morrem os desafortunados para não acreditar na invenção da “misericórdia divina”. Eu não poderia ser um sacerdote, pois é o sacerdote que vem para consolar estes infelizes, falando-lhes de “misericórdia” que não existe e de “justiça” que é a mais cruel das injustiças, ou ainda prometendo o distante “paraíso” como recompensa pela vida, que foi um inferno para eles. E ainda ameaça a menor queixa com a ira celestial que condena e dizima estes pobretões, antes mesmo que eles pequem.

        Não, eu nunca vi um Deus justo e bom; por todo lugar, o destino do homem é dirigido pelo cego, bruto e impiedoso acaso.

        O sujeito limitado pela visão quadrada da realidade debate-se inutilmente nas proprias duvidas e como afogado procura levar o incauto que desprevenidamente se lhe aproxime.

        Quando digo “materialista”,não estou me referindo às pessoas que negam Deus, e são vaidosos adeptos de uma ciência limitada; materialista – é um escravo da carne,dos prazeres baixos e instintos animais, que, com suas paixões desenfreadas, rebaixa a própria dignidade humana da qual tanto se vangloria. São indisciplinados – cruéis como animais selvagens e que não reconhecem nenhuma lei, exceto a da satisfação das próprias vontades, desprezando ao mesmo tempo qualquer obrigação, qualquer fé e qualquer amor puro e desinteressado.

         

  16. Pseudo-intelectual e amador falando de pseudo-ciência?

    Gostaria de ter tempo de aqui poder desmoronar cada frase digitada pelo autor e muitos comentários que acabo de ler nessa matéria, a qual possui um tom de preconceito, senso-comum, pseudo-analítica e com uma pitada subjacente de intolerância religiosa.

    No entanto, estaria apenas fortalecendo esse ciclo vicioso de teor intolerante e sem esclarecimento e responsabilidade.

    Assim, para quem conseguir ler minha humilde contribuição, espero galgar meu objetivo que é convidar à reflexão e esclarecimento conceitual, técnico, científico.

    A falta de critério historicizador é gritante e amadora!

    As “fontes” utilizadas, à exceção de Lewgoy, são desconexas e nada tem haver com o tema Espiritismo. Por exemplo, faz uso de experimentos de M. Faraday sobre eletricidade e magnetismo (o qual na época era ainda introdutório, muito diferente de toda a produção científica que hoje o campo da Física se utiliza). Tem a capacidade de fazer uso de E. Macedo! Demonstrando com isso, um amadorismo incrível na questão da temática dos estudos da religião (porque não fizeram parte dessa “verdade aqui escrita pelo referido autor da postagem”, autores ícones como Mircea Eliade, Joseph Campbell? só para citar dois).

    Quem sabe até geneticista Francis Collin e sua “Linguagem de Deus” ou ainda, professor Bruce Lipton e “Biologia da crença”. Fora inúmeros outros experimentos científicos que vem sendo desenvolvidos e comprovados em uma ampla quantidade desde a década de 1980.

    Lamentavelmente é ver um monte de leitores, sem conhecimento sobre o tema, se aventurarem a discorrer parágrafos e parágrafos ajuizando e asseverando “pontos de vista” (pois não passam disso, os fundamentos teológicos, conceituais, teóricos e mais pseudocientíficas ainda).

    Antropologicamente, não são poucos os estudos no exterior, só para citar um autor, Carlos Castañeda, visto que aqui no Brasil, ainda são recentes e em pouca quantidade os estudos referentes a essas questões. No entanto, majoritariamente, são estudos de seriedade e que deveriam ser lidos e estudados antes de se sair realizando matérias superficiais, de modo a não se correr o risco da ridicularidade.

    Com isso, fica claro que “nenhuma pesquisa séria” até hoje comprovou que os fenômenos espíritas são falsos, ao contrário, ajudaram a imunizar essa Doutrina do charlatanismo e da má-fé que, nas obras básicas codificadas já era alertado contra sujeitos que se aproveitam da boa fé das pessoas.

    A única coisa que esses estudos demonstraram até hoje é que esses fenômenos não tem nada de milagroso, místico, misterioso, sobrenaturais, supranaturais, etc! Apenas reafirmam o que o postulado espírita já afirmava, que os fenômenos espíritas são e devem ser testados pelo “crivo da razão” e que são “inteligíveis”.

    Fora isso, grande elementos espíritas, quando não comprovados eles “não são negados”! Aliás, em sua maioria são realizados com critérios, ferramentas e paradigmas mecanicistas, cartesianos, newtonianos (que é o erro mais gritante e desesperador que se pode ler! quando alguém tenta realizar uma crítica à luz de algumas leituras amadoras que fizeram e ajuízam verdades sob a desculpa do “esse é meu ponto de vista”, é triste!), a grande maioria de célebres cientistas que tentaram estudar esse fenômeno, não os negaram apenas o explicaram com instrumentos tecnológicos de seu tempo!

    Bom, algumas últimas sugestões para reflexão livre e séria. Estudar a obra “Estruturas das Revoluções científicas de Thomas Kuhn” para quem gosta de analisar, falar sobre outros temas, paradigmas e cosmovisão. Fica a dica acadêmica e científica! Indico essa obra, pois asseverar, pensar, refletir, dialogar e afirmar por meio da escrita sobre algo, fazendo uso de outros critérios, outros paradigmas gera falsa interpretação, má-interpretação, equívocos conceituais, interpretativas, discriminativas.

    Um exemplo real e concreto, primeira distinção que deveria estar bem claro à todos aqui: “reencarnação” não é termo cunhado por Kardec, essa noção acompanha a história e cultura da humanidade há milênios. “Comunicação com os ‘mortos’ por determinadas pessoas chamadas por Kardec de ‘médiuns’, sempre existiu, para todo sujeito judaico-cristão, Moisés é um dos primeiros, já que ele mantinha contado com um ‘suposto Deus’”. As “pitonisas” gregas e egípcias também. Os brâmanes, mahatmas, iogues orientais, também mantinham contato com entidades espirituais. Assim, fica claro que reencarnação e mediunidade (que são, ao que parece as duas grandes temeridades dos antiespiritismo) não são conceitos e fenômenos exclusivos desse sistema filosófico e religioso.

    Um exercício mental reflexivo e analítico seria ter a clareza de que, é incongruente se aventurar na análise de algo, como o espiritismo que se pretende livre e dissociado de pensamentos radicais, fundamentalistas e ortodoxos, com uma mentalidade ortodoxa, severamente radical e fundamentalista. É impossível realizar uma análise adequada acerca de qualquer tema espírita a partir de uma cosmovisão salvacionista e/ou apocalíptica. Haja vista que esses dois pressupostos (aliás, não são pressupostos, são crenças) são explicitamente criticados e não pertencentes ao que postula e foi codificado na doutrina espírita! Isso é só um exemplo que basta pra encerrar o assunto!

    Por fim, como o próprio diz, “em tempos temerários” é preocupante ver tanta gente postando, opinando e asseverando (pseudo)verdades com (in)certezas de tal modo que, de elucidativas e apologéticas à diversidade e tolerância, adentram o campo do fundamentalismo radical, intolerante!

    Desejo paz, luz e acima de tudo, “esclarecimento” à todos os simpatizantes e os que lamentavelmente se investem de uma postura rivalista, inimiga e adversária!

  17. A desgraça educacional do Século. Usar pseudociência para vender Energia Espírita como Energia Física.
    O coroamento da falência do ensino básico brasileiro.

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