Relato dos tempos de estudo em um colégio Marista

Comentário ao post “As lembranças da cultura católica do meu tempo

Estudei onze anos no Colégio Marista Santista (1964 – 1974), na minha época não havia alunos internos. Lembro do clima na escola totalmente masculina quando entrei, e a mudança depois que eu entrei no segundo grau, quando foram admitidas meninas. A maioria dos professores não era da ordem dos Maristas (ordem fundada pelo padre Marcelino Champagnat), mas os Maristas ficavam a cargo da administração, davam algumas matérias, e claro, aulas de religião.

Vivíamos a ditadura, aparentemente ela combinava com catecismo, missas, fofocas de irmãos comendo “carolas”, formação sexual rigorosamente castradora, e politicamente conservadora. Tinha muita coisa boa também, muita risada, muito estudo, muito esporte, muito investimento na formação do caráter de gente trabalhadora e correta. Um colégio de elite, que só frequentei devido a um tio rico que pagava meus estudos. Enfim, acredito que tive uma formação escolar sólida, mas o ser humano que sou teve que completar a formação intelectual com leituras e convívios mais “mundanos”. Formação complexa como a própria vida…

Todo aquele excesso não me fez ateu, mas com certeza me fez um anti religiões, e um anti clerical convicto… Certamente a ICAR forma seus melhores inimigos.

Um abraço.

Luis Nassif

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