MP sobre saneamento básico não será lida e deve perder vigência

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

da Agência Câmara Notícias 

MP sobre saneamento básico não será lida e deve perder vigência

por Carol Siqueira

Um acordo entre os líderes partidários adiou mais uma vez a leitura e a inclusão na pauta da Medida Provisória 844/18, que facilita a privatização de empresas públicas de saneamento básico, estimula a competitividade no setor e obriga o pagamento de tarifas mesmo sem conexão ao serviço de água e esgoto.

Esse novo adiamento torna mais provável que a MP perca a vigência, já que ela precisa ser votada na Câmara dos Deputados e no Senado até a próxima segunda-feira (19). É possível, no entanto, que o novo governo reedite o texto em uma outra oportunidade.

A principal polêmica é a mudança na lei de consórcios públicos (11.107/05) para permitir que continue vigente o contrato entre a empresa pública de saneamento a ser privatizada e os municípios para os quais presta serviços no âmbito do consórcio formado entre eles. Antes da MP, esse contrato teria de ser extinto.

A proposta também determina a realização de licitação pelos municípios para a prestação dos serviços de saneamento, com possível aumento de tarifa.

Partidos de oposição

Esses pontos têm sido considerados como “privatização da água” por partidos de oposição, que têm feito obstrução contra a medida. O deputado Afonso Florence (PT-BA) disse que os partidos negociaram com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, mas não houve acordo para permitir a votação do texto.

“De fato, nós negociamos muito com o governo e com instituições, mas não houve acordo para retirar o ponto que determina licitação para serviços de saneamento. São 22 governadores contrários à proposta”, disse Afonso Florence.

O líder do PCdoB, deputado Orlando Silva (SP), disse que a oposição venceu. “A nossa resistência venceu o governo contra um projeto que ia privatizar o saneamento. As cidades pequenas ficariam inviabilizadas de receber investimentos, porque [a medida] só interessa às grandes cidades”, disse.

Já o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) afirmou que vai ser contrário à leitura ou votação de qualquer outra medida provisória enquanto não se colocar em pauta a MP sobre saneamento. Ele lembrou que várias cidades brasileiras convivem com esgoto a céu aberto e que a proposta poderia resolver o problema dessas populações.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

MPV-844/2018

Edição: Pierre Triboli

 
Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. SOMOS ASSIM TÃO IMBECIS? É MUITA MAMATA NA PRIVATARIA

    Não aprendemos nada com nossa história, com nossos erros? Somos acéfalos? ‘O que é bom agente mostra, o ruim a gente esconde’. ‘Estamos no limite da irresponsabilidade’. Para que serve mesmo o BNDES? Para bancar Privatizações de Empresas Estatais Brasileiras para MultiNacionais Estrangeiras com o próprio Dinheiro Brasileiro, sem Empresas Particulares precisarem colocar Dinheiro no Negócio !!!!!! E tem gente que diz que a Irresponsabilidade do BNDES, nos Governos Petistas, foi alavancar Empresas Genuinamente Brasileiras? !! Onde perdemos nosso cérebro?! Dois Neurônios, pelo Amor de Deus !!!!!! Voltaremos a doar o País, Cidadania, Soberania, Liberdade, Futuro?!! Até a àgua, que tentaram Privatizar (lembram dos Cartões Pré-Pagos? Da ONU impedindo tal imbeciliadde?) voltou a ser a Jóia da Coroa das novas Privatarias. O que será depois? Privatizar o Ar? Até para ser Imbecil é preciso ter limites.   

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