Sabesp atrasa obras por falta de recursos e problemas em licitação

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Assistindo à queda nos lucros em função da crise hídrica em São Paulo, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado) está com dificuldades para obter empréstimos e executar as obras que prometeu para sanar o problema de abastecimento de água dentro do prazo. 

Já no final de maio, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a posição da Companhia apontando “enfraquecimento financeiro e expectativa de maior deterioração fiscal em razão da escassez de água.”

Isso, segundo reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta terça-feira (2), adicionará alguma atraso na conquista de recursos necessários para superar parcialmente a crise, embora a Sabesp tenha afirmado, em nota, que faz “todos os esforços para que [a obra] seja executada no menor prazo possível”, e que a decisão da Fitch não alterou as tratativas por financiamento do BNDES, “que estão bastante avançadas”.

Considerada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) a obra mais importante para reduzir a dependência do Sistema Cantareira, a transposição entre as represas Jaguari (na bacia do rio Paraíba do Sul) e Atibainha (Cantareira) deve ficar pronta somente em 2017, revelou o jornal.

A Sabesp pretendia começar as obras em maio e concluir a primeira fase do projeto ainda em 2016. Mas problemas financeiros e burocráticos empurraram a previsão de entrega para fevereiro de 2017. O projeto foi orçado em R$ 830 milhões.

Outra obra que já promete atraso é a a ligação do sistema Rio Grande (braço limpo da represa Billings) ao Alto Tietê, que também entrou em colapso. As obras deveriam ter começado há um mês, mas foram adiadas para setembro.

No primeiro caso, a Sabesp alega que houve questionamentos no TCE (Tribunal de Contas do Estado) que levaram ao atraso na licitação. “Além disso, embora esteja inserida no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a pedido de Alckmin, ainda não houve aval ao pedido de financiamento pelo BNDES.”

Segundo a Folha, o ministro Gilberto Kassab (Cidades) disse que os recursos do PAC, este ano, serão liberados de forma “alongada”.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Acionistas

    Ue, pede aos acionistas?! Nao é uma empresa quase privada, que prefere distribuir lucros a fazer os investimentos necessarios???!!!

  2. choque de gestão tucana!!

    e agora josé?

    nem pagando tantos dividendos, e agora estão caindo na avaliação. assim fica fácil entender o modo tucano de pensar.

    para deixar na mão destes administradores, melhor é privatizar. na mentalidade deles não há possibilidade de ser bem gerido o investimento público.

  3. Carta aberta de um

    Carta aberta de um ex-paulista ao governador Geraldo Alckmin

    FÁBIO DE OLIVEIRA RIBEIROTER, 02/06/2015 – 13:30

    Meu bisavô paterno foi Juiz Distrital na Comarca de Xiririca (atual cidade de Eldorado- SP). Meu avô materno lutou na guerra de 1932 contra a União, o tio dele (irmão do meu avô paterno) também foi soldado paulista. Conheci e admirei ambos. Como meu pai (que foi servidor municipal em São Paulo), também fui educado para ter orgulho de ser paulista.

    O Estado de São Paulo tem sido governado por uma quadrilha com ramificações no MP e no Judiciário. O Metrô-SP e a CPTM foram roubado em centenas de milhões de reais e nenhum político tucano foi denunciado pelo crime. A Sabesp distribuiu bilhões de reais de lucros na Bolsa de New York e deixou os cidadãos paulistas sem água. O risco de uma tragédia por desabastecimento de água neste e no próximo ano são reais.

    O sistema público de educação do Estado foi sucateado. Professores em greve são agredidos por policiais nas ruas. A subsede da APEOESP em Mogi das Cruzes foi invadida e destruída pela tigrada comandada pelos tucanos. Paulistas ricos batem panelas nas ruas em favor de um golpe de estado e apóiam na TV e na Internet a redução de direitos dos trabalhadores. Jovens paulistas fazem passeatas exigindo pena de morte sem limite de idade.

    A PM-SP mata em média 2 pessoas a cada 3 dias (exceto os dias em que mata mais pessoas do que isto), sempre na periferia. Ordens de serviço que vieram a público revelam que o racismo é uma diretriz para a atuação dos PMs de São Paulo. No Pinheirinho eles cometeram uma atrocidade totalmente ilegal. Ninguém foi responsabilizado pelas agressões e estupros cometidos contra os sem-terra com base numa ordem ilegal.

    O Judiciário paulista já foi acusado por uma corregedora do CNJ de receber dinheiro de precatórios e não repassar quantias aos credores. Isto para não falar em denúncias mais sérias envolvendo a atuação de Juízes e Desembargadores paulistas que são noticiadas pela imprensa.

    Na Assembléia Legislativa de São Paulo a paralisia é evidente. Nenhuma CPI é aprovada e realizada para apurar os desmandos cometidos no Poder Executivo, no Poder Judiciário e na PM-SP. Muito pelo contrário, oficiais notoriamente violentos tem sido enfiados na ALESP pelo PSDB para controlar e calar o Legislativo Estadual.

    A estrutura de poder político-policial viciada e criminosa está sendo mantida intacta em São Paulo. A imprensa paulista não critica o governo do Estado, aplaude a paralisia legislativa, protege o TJSP e, principalmente, esconde os desmandos cometidos pelo comando da PM-SP. O governo do Estado enfia centenas de milhões de reais nos bolsos dos donos de empresas de comunicação para fomentar a impunidade e a permanência no poder daqueles que roubaram o Metrô e deixaram os paulistas sem água.

    Os jornalistas paulistas fizeram intensa propaganda da “teoria do domínio do fato” e aplaudiram sua utilização contra José Dirceu, José Genoino e outros acusados do Mensalão. Não vi nenhum deles sustentar a utilização desta mesma teoria para que José Serra e Geraldo Alckmin fossem responsabilizados pela roubalheira do Metrô e da CPTM.

    Em razão destes e de outros fatos igualmente desagradáveis, não sinto mais orgulho de ser paulista. O próprio vocábulo “paulista” deixou de fazer qualquer sentido para mim, pois nas duas últimas décadas a maioria da população de São Paulo foi imbecilizada pela imprensa. Os jornais, revistas e telejornais locais transformaram os “paulistas” (cidadãos conscientes de sua realidade e capazes de criticar o governo estadual) em “sudestinos” atrasados que incensam a quadrilha tucana e culpam o PT e o governo federal por tudo de ruim que ocorre no Estado de São Paulo. Não sou “sudestino”, tampouco quero ter qualquer coisa em comum com os “sudestinos”. Portanto, doravante deixarei de atender pelo nome “paulista”, pois o considero ofensivo. Aqueles que a mim quiserem se dirigir terão que me chamar de “brasileiro” ou de “ex-paulista”.  

    http://www.jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/carta-aberta-de-um-ex-paulista-ao-governador-geraldo-alckmin

  4. MAD MAX 4

    Filmão!

    Mas estou mais ansioso pra ver no mundo real, quando o “MAD MAX – Agonia paulista” estrear, acho que irei pessoalmente a São Paulo conferir.

    Ansioso para ver eleitores do Immortal Joe (Alckmin), gritando: WITNESS! huahuahuahuahuaha

  5. até quando vamos achar

    até quando vamos achar natural que uma empresa pública (?) que presta um serviço essencial à vida seja vista como “de capital aberto”? morreremos sem ver este país trilhar os rumos da ética? do dever-ser das relações? então não haverá mais História, como dizia Marx bem antes de Fukuyama? seguiremos o curso desse tal “liberalismo” fingindo que temos governos voltados para os preceitos da CF88? 

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