A atuação dos médicos cubanos no Rio Grande do Sul

Sugerido por Gunter Zibell – SP

Do Zero Hora

Revolução cubana nos postos de saúde
 
Itamar Melo, Júlia Otero e Larissa Roso

Pouco depois das 7h, seis mulheres saem de uma casa no centro de Guaíba para trabalhar. Vestem-se com simplicidade e carregam a marmita do almoço. Uma delas segue a pé. As outras ficam na parada de ônibus, com o vale-transporte à mão, rumo a cinco bairros distintos, em viagens de até 40 minutos. A rotina é idêntica à de milhões de trabalhadores, mas tem um aspecto surpreendente. As seis mulheres são médicas.

As seis profissionais do amado e odiado programa Mais Médicos representam um personagem novo, surgido no fim do ano passado em muitos rincões do país: o “doutor” cubano que vive modestamente, faz a faxina da casa e ganha um salário apertado, assim como muitos de seus pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).

As novidades são sentidas no consultório. Os pacientes costumam se supreender ao entrar na sala de Marlyn Paneca Gómez, 47 anos, na unidade de saúde do centro de Guaíba. Encontram a médica do outro lado da mesa, mas não acham uma cadeira diante do móvel, para sentar. Como outros médicos cubanos, Marlyn gosta de colocar a cadeira do paciente colada à sua.

O mapa de Cuba no RS

— A mesa é uma barreira na relação médico-paciente. Explico que preciso estar perto, tocar. Mas os brasileiros não entendem. Não estão acostumados. Vão arrastando a cadeira. Depois de um tempo, ela já está do outro lado da mesa — diz.

Marlyn é um dos 285 cubanos em ação no Estado, aos quais vão se somar mais 138 em março. No Brasil, eles são 5,4 mil, o equivalente a 80% dos estrangeiros ou formados no Exterior que participam do Mais Médicos. Ela fazia um curso preparatório no Espírito Santo, em outubro, quando foi comunicada de que iria para Guaíba:

— Vi (na Internet) que era uma cidade pequena, com um lago lindo. Gostei. Tem muitas coisas bonitas. Já trabalhei na Venezuela e em Honduras, em lugares bem mais complicados, com muita pobreza.

Em 1º de fevereiro, Marlyn e as outras cinco compatriotas foram instaladas na casa do centro de Guaíba, um imóvel mobiliado de 198 metros quadrados. As médicas aprovaram. A casa tem três quartos (todos eles com split), três banheiros (incluindo banheira), uma biblioteca (forrada de enciclopédias), um salão de festas recém-concluído (com churrasqueira), uma cozinha ampla e todos os utensílios e equipamentos necessários (desde louça até freezer e TV). A prefeitura alugou a casa por R$ 5,5 mil e banca água, luz e internet.

— A casa é muito boa. E ainda tem a vantagem de morarmos todas juntas, como uma família — elogia Maritza Cañada Castillo, 41 anos, que já trabalhou no Paquistão, na Bolívia e na Venezuela.

A casa pertence a Carmen Tejada e seu marido, Telmo, que viviam no imóvel até a chegada das cubanas e mantêm uma oficina mecânica na parte da frente do terreno. Para aproveitar a oportunidade de alugar a casa, mudaram-se em caráter provisório para a residência de uma parente. Acabaram virando amigos das médicas.

— São seis pessoas novas na família. Já combinei de levá-las a jantares e festas da paróquia. Também estou organizando a inscrição delas em uma academia. Quando elas vieram conhecer a casa, eu disse o que tinha ao redor: mercado, farmácia. Quando mencionei a academia, ficaram animadas e disseram que queriam — conta Carmen.

Médicas levam marmitas para fazer a refeição no trabalho

A rotina das médicas começa às 6h, quando uma delas levanta mais cedo para preparar o café. O toque cubano no cardápio são as tortillas de ovo. Às 6h30min, as demais saem da cama e vão para a mesa. Todas começam a trabalhar às 8h. Ao meio-dia, pegam a marmita, aquecem a comida no micro-ondas e fazem a refeição no próprio posto, com outros funcionários. O expediente termina às 17h.

Elas se reencontram por volta das 18h. É a hora de contar as experiências do dia, de bater papo, de estudar e de mexer no tablet fornecido pelo governo federal.

— Elas não gostam de TV. São mais ligadas na internet — conta Carmen.

A única que sai todas as noites é Marlyn. Às 19h, ela ganha a rua e caminha por uma hora e 20 minutos pela beira do Guaíba. Perdeu 10 quilos desde a chegada:

— Estou fazendo a preparação cardiovascular para quando começar a academia.

Cada noite, uma das médicas faz o jantar, que será também o almoço, levado na vianda. Nos fins de semana, elas arrumam a casa e passeiam. Costumam pegar o catamarã até o centro de Porto Alegre, onde combinam encontros com cubanos de outras cidades, olham lojas de Guaíba ou arrumam o cabelo em algum salão. Amigos já as levaram à Serra e ao Litoral.

— Elas adoraram Gramado. Acharam lindo. Encantam-se por coisas que para nós são simples, como a facilidade de encontrar produtos de higiene — diz a diretora de saúde de Guaíba, Fabiani Malanga.

A vida social gira em torno de amigos brasileiros, como os donos do hotel onde ficaram antes de alugar a casa. Lá, foram protagonistas da festa de Ano-Novo.

— Tivemos uma noite cubana. Elas trouxeram colegas de Eldorado do Sul e de Porto Alegre, prepararam pratos típicos e colocaram música de Cuba. Dançaram até as 3h. São pessoas animadas — diz Katia Sperotto, 46 anos, proprietária do hotel.

Uma das principais vitrines eleitorais da presidente Dilma Rousseff, o Mais Médicos nasceu, no ano passado, debaixo de ataques de entidades médicas. Para essas agremiações, não faltam profissionais no Brasil. Além disso, o fato de os participantes do programa terem sido liberados de revalidar seus diplomas no país representaria um risco à qualidade do atendimento.

— É um projeto demagógico e eleitoreiro. São profissionais que vêm ocupar espaço dos brasileiros. Eles são oferecidos como um milagre, como se o governo tivesse uma varinha de condão para tirar o atendimento médico de uma cartola. Já temos 400 mil médicos no Brasil e mais 17 mil são formados ao ano — critica Maria Rita de Assis Brasil, vice-presidente do Sindicato Médico (Simers).

Quando ficou claro que os médicos trazidos do Exterior seriam basicamente cubanos, o tom das críticas se elevou e foi reforçado por grupos políticos que viam no Mais Médicos uma forma encontrada pelo governo de fazer populismo eleitoral e financiar a ditadura dos irmãos Castro.

Enquanto os médicos de outras nacionalidades participantes do programa recebem uma bolsa mensal de R$ 10 mil, os cubanos ganham cerca de R$ 1 mil. O grosso do dinheiro vai para o governo de seu país. Os mais exaltados definem o acerto como trabalho escravo. No início do mês, a cubana Ramona Matos Rodríguez virou notícia ao abandonar o programa, com apoio do deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM). Ela disse que vai acionar o governo brasileiro na Justiça do Trabalho.

A atitude de Ramona é quase isolada até o momento. De 89 profissionais que abandonaram o Mais Médicos sem justificativa, só quatro vieram de Cuba — em um universo de mais de 5 mil. As médicas de Guaíba, por exemplo, garantem que a participação no programa é interessante do ponto de vista financeiro. Para começar, dizem, o salário que recebiam em Cuba continua a ser pago a suas famílias. Elas reconhecem que a remuneração de R$ 1 mil por mês é baixa, mas lembram que não é só isso que recebem. Do valor entregue pelo governo brasileiro, outros US$ 600 são depositados em uma conta bancária, que pode ser acessada quando voltarem ao seu país. Para os críticos, trata-se de uma forma de Cuba manter os médicos como reféns, obrigando-os a retornar para ter acesso ao dinheiro. Para os profissionais, acaba sendo um belo pé de meia.

Os benefícios recebidos incluem moradia, transporte e, no caso das cubanas de Guaíba, um auxílio mensal individual de R$ 500 para alimentação — a soma ultrapassa os R$ 3 mil mensais.

— Os preços aqui são altos, mas como existem vários auxílios fica vantajoso. Mas o mais importante é o lado humanitário e o dinheiro que vai para Cuba, o que ajuda na economia e na saúde, que é gratuita — defende Marlene Muñoz Sánchez, 43 anos.

Esse tipo de discurso, sincero ou ensaiado, é característico dos cubanos. Eles se dizem agradecidos por ter podido estudar Medicina gratuitamente em seu país e afirmam que não o fizeram para ganhar dinheiro, e sim para ajudar. Diante da afirmação de que estão sendo explorados e vivendo na pobreza, reagem. Para eles, o estranho não é os médicos terem um padrão de vida simples, mas terem um padrão de vida superior ao das outras pessoas.

— No Brasil a gente nota uma grande distância social dos médicos para os pacientes — diz Diurbys Díaz Utria, 34 anos.

Contato por e-mail e pelo Facebock com familiares

A relação com os médicos brasileiros, aliás, não é tranquila. Os cubanos sentem-se incomodados com os ataques.

— Com os funcionários dos postos, a relação é muito boa, mas com parte dos médicos, não. Alguns nos receberam bem, mas outros não falam conosco nem nos olham — diz Diurbys.

Essa hostilidade, somada à deserção de Ramona, motivou muitos dos cubanos a evitar a imprensa. Dos 30 médicos de Porto Alegre e dos 10 de Canoas, por exemplo, nenhum topou falar com ZH.

— Eles estão fugindo de entrevista de tudo que é jeito. Não topam nada. No início, teve uma exposição muito grande, e eles resolveram se preservar — diz Marcelo Bósio, secretário da Saúde de Canoas.

À dificuldade vivida nos postos de saúde, com os colegas brasileiros, soma-se uma maior, de caráter pessoal: a distância da família. As seis cubanas de Guaíba têm filhos, alguns deles pequenos, que ficaram com parentes. O contato é por Facebook e e-mail. Para chamadas por vídeo, é preciso que o familiar em Cuba vá até um centro de comunicação, o que não custa barato.

— É a parte mais difícil. Mas não tenho tristeza. Toda manhã, quando acordo, abro o e-mail e tem um “bom dia” do meu marido ou dos meus filhos — conta Marlyn.

A saudade é aliviada, dizem as cubanas, pela recepção oferecida por pacientes e amigos brasileiros. Fabiani Malanga, a diretora de saúde da cidade, afirma que é comum a prefeitura receber reclamações sobre médicos locais. É raro alguém elogiar. Mas isso tem acontecido em relação às cubanas. Há alguns dias, Marlyn voltou faceira para casa, com um creme e um livro presenteados por um paciente.

 

Redação

33 Comentários

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  1. Eu fico emocionado com esses

    Eu fico emocionado com esses materias redundantes

    Ainda mais quando o objetivo seja fazer apologia rasa a determinado espectro politico

    Não que o Gunter esteja fazendo isso , acho que ele postou pois achou legal , mas o objetivo desse tipo de materia é falar o que todo mundo ja sabe e nunca foi negado, ou seja:

    -qualquer atendimento médico é melhor do que nenhum, e qualquer pessoa nesta condiçao ao ser entrevistada ou ter seu dia a dia registrado ira se desmanchar em elogios

    A questao nao passa por isso.

    A questao passa pela DEMAGOGIA politica em assunto serio , como saude.

    O mais medicos é apenas um projeto populista 

    populista pq foi depois de 8 anos de governo Lula ( que todo mundo dizia ter levado o pais condiçao de potencia ) que se constatou que havia um quadro tao ” tragico ” na saude que seria necessario trazer milhares de médicos de fora 

    Oras essa o problema nao é os medicos, e sim as condiçoes na qual eles trabalham.

    O que a esquerda nao vai admitir nunca é que a razao principal do programa é literalmente transferir dinheiro para o regime Cubano

    E disso que se trata, a carencia há e poderia ser suprida mas o que determinou a existencia do programa é socorrer Cuba financeiramente

    Do contrario ( como os 8 anos de governo Lula deixou bem claro ) nao haveria nada neste sentido…

    1. é bom para a população?

      Leônidas,

       

      Demagogo ou não, o programa é bom e tem méritos muito maiores do que se entende com este discurso superficial e as vezes sórdido praticado por aí. Quanto a usar programas para fins eleitoreiros TODOS OS PARTIDOS O FAZEM, o que não tira o mérito de ninguém. O maior exemplo: Plano Real,  que foi muito bom para os brasileiros, mas foi usado para fazer POLÍTICA sim. Foi demagogo?!!! Talvez sim, talvez não… O programa de genéricos foi demagogo?!!! Talvez… O Mais médicos está ou não sendo bom para a população? Sim. É usado para política? Sim, como todos os outros…

      O que nossos amigos, parentes, conhecidos com formação médica reclamam na verdade é que o SUS, Prefeituras, Ministérios não pagam o que eles querem ganhar R$ acima de 20.000. Muito acima do que prefeitos ganham. Foi isto que fez uma médica pediatra parar de atender os pacientes aqui em minha cidade. Ela em comparação com colegas estava em desvantagem. E aí a população fica sem atendimento e sem qualidade de vida.

      Não dá para argumentar, faltam médicos nas cidades do interior sim, e então que venham mais médicos ainda!!!

      1. Na verdade a reclamaçao nao é

        Na verdade a reclamaçao nao é de salario superiro a 20.000 reais

        E garantia de vinculo empregaticio ou seja que a prefeitura nao começe pagando isso hoje e daqui a tres meses mude de ideia

        medicos sao pessoas tambem, tem familia e circulo social e profissional a ser levado em conta

        Ninguem pode sair de onde esteja e ir para o meio do nada sem garantias ao menos de medio prazo, para nao falar de infra estrutura minima

        Entao vamos debater sem argumentaçao partidaria que teima em ignorar fatos para legitima algo assim ok?

         

        1. ter
          Ok! Tai Leonidas, tens

          ter

          Ok! Tai Leonidas, tens toda razão quando afirmas :

          “Ninguem pode sair de onde esteja e ir para o meio do nada sem garantias ao menos de medio prazo, para nao falar de infra estrutura minima”

          “Entao vamos debater sem argumentaçao partidaria que teima em ignorar fatos para legitima algo assim ok?”

           

          Perfeito! Ninguem deve ser obrigado a fazer o que não deseja. Certíssimo! Do mesmo modo.  Assim como, não se deve tentar impedir, aos que desejam e aceitam trabalhar nas condições dadas. No mais, meu caro, Todos sabemos que, no fundo, a questão é de conotação ideológica. São maneiras e formas divergentes de vivenciar, de coexistir, de compartilhar. Por fim, tivemos a reação desproporcional das corporações da indústria mercantil médica, que terminaram por esquentar a pendenga.

          Evidentemente, não é fácil para um jóvem médico brasileiro, educado sob a égide ainda vigente, da ideologia da casa grande. É complicado para um pobre desinformado. Ou, mais precisamente, deformado por preconceitos comprender o que se passa na cabeça de um colega cubano.

          Aquele indivíduo originário de outra realidade. O profissional que, em vez de preço está mais preocupado com valores. Sendo que, há muito, a sociedade que mediou seu carater, desvencilhou-se dos destroços do cassino-bordel, posto abaixo pela povo cubano. O mesmo lixo que inferniza os brasileiros, alimenta as ações de tantos entes de nossas elites de merda. Mas, vamos superar tudo isso.

          Orlando

           

           

          1. Vamos mudar mesmo ! Eu bem

            Vamos mudar mesmo ! Eu bem que tentei, mas o leônidas se fez de desentendido. Vamos procurar  encarcerar os nossos empresários das grandes grifes,  que mantem os pobres colombianos como mão de obra escrava, c/ direito apenas a dormir no meio de suas máquinas após um dia extressante de trabalho estafante de até 12 hs. diárias. Que tal?

      2. Não alimente trols, por mais

        Não alimente trols, por mais que se sinta tentado  a  isso.  

        A ignorancia deles pede exatamente isso que você está dando a eles:  atenção.

        Deixá-los falando sosinhos me parece a melhor solução.

        O falar e escrever besteiras é livre no Brasil.

        Não ler e não dar ouvidos a idiotas é obrigatório.

      3. Remédios!

        Outro aspecto é o lobby da industria (máfia) farmacêutica. Os médicos do programa por certo prescrevem medicamentos pelo princípio ativo e não nome comercial. Logo os pacientes vão adquirir os mais baratos. Outra coisa é a cota de exames. Explico. Hoje a maioria dos médicos recebem o “jabá” por exames pedidos, assim como os remédios. Por isso a fúria do CFM e alguns CRMs. É grana muita que rolae que vai parar de rolar um pouco e como esses bandidos não aceitam pouco, chiam!

    2. Leônidas, ignorante ė pouco
      Leônidas, ignorante ė pouco para adjetivar seu comentários.
      Seus argumentos sao rasos, fora da realidade e auto depreciativos. ” depois de 8 anos” então se não fez em 8 anos não pode fazer mais? Se errou antes não pose acertar depois?
      Aja paciência. O texto mostra claramente a raiz de nossos males, uma sociedade elitizado, ao estilo casa grande & senzala. Pra mim os médicos cubanos prestam um outro grande auxilio ao Brasil, fora o amparo medico, que escancarar todos a raiz do nosso mal, nossa elite medíocre, colonial, monárquica-portuguesa, das capitenias hereditárias que domina a mídia, a imprensa escrita, as profissões do direito e da medicina.
      Obrigado Cubanos por exporem nossos males morais, para que tenhamos a chance e a honra de corrigi los.
      Não desanimem, há muita gente boa no Brasil, nota mente nas classes mais simples.

    3. Achei a matéria interessante

      por trazer alguns elementos novos, do cotidiano, que não estavam em outras matérias.

      E também por ser de uma mídia (grupo RBS) que não faz apologias ao governo federal.

      Temos que dar uma ‘naturalizada’ a esse programa. Ele atende necessidades brasileiras (das poucas coisas que elogio no GF uma é o + Médicos) e também atende a interesses cubanos sim.

      Mas em quanto?

      As questões são que com o anúncio do + Médicos não houve uma revoada de interessados. E que o Brasil está longe de ser o único cliente.

      Deve ter cerca de 60 mil médicos cubanos ‘exportados’, prestando serviços em torno de uma cooperativa estatal. Se eles desejam fazer assim é uma questão interna deles, se o Brasil precisa de médicos em regiões distantes de grandes centros, é uma questão brasileira.

       

      1. Nao posso concordar com a

        Nao posso concordar com a ideia que eles ” aceitem fazer isso”

        Pela razao que trata-se de uma ditadura é ha familiares e vida pessoal em questao

        Em regime ditatorial afirmar que algo é feito de livre e espontanea vontade por alguem é coisa de gente pelega que nao é nem de longe seu caso.

        deixe esse tipo de afirmaçao indecorosa para os fakes democratas tao comuns no blog .

        Dizer que eles fazem isso por aceitarem e a partir dai nao seria da nossa conta acho um tanto quanto absurdo

        Ainda mais vindo de uma pessoa que como voce, seja comprometido com valores dos direitos humanos

        E como sabe direitos nao tem frontteiras …

        1. Eu é que não concordo com esse diagnóstico

          Eu não estou elogiando o sistema político de Cuba, com o qual não concordo em muita coisa.

          Mas essa inferência de que os médicos estariam espalhadas pelo Mundo ‘à força’ não é corroborada por órgãos sérios como HRW e A.I. 

          Uso de inferências assim não serve para defesa de D.H.s, mas para propaganda política antiquada.

          1. Gunter que

            Gunter que decepçao…rs

            claro que nao é a força , obvio isso

            eles sao vamos dizer assim ” estimulados “

            Por 2 BONS MOTIVOS

            1- ganham uma M-I-S-E-R-I-A lá 

            2- a famila fica em Cuba…rs

            Claro que a familia fica em Cuba para que o profissional se sinta ” motivado ” a fazer missoes ” humanitarias ” regatas á auxilio de 10 000 reais que fica em grande parte com o governo Cubano

            Entao Gunter voce é mais esperto do que isso para ” baratear ” o assunto do modo que fez… 

    4. Ignorancia sem limites

      Sr. Leonidas

      O sr não tem vergonha de escrever tantas idiotices? Que análise simplista e alienada.

      Lamento pelo sr. não ter tido uma formação acâdemica que lhe permitisse exercitar seus neurônios para entender a vida numa sociedade.

      Já que não tem uma preguiça mental para se informar melhor, então vá ler as Escrituras Sagradas. Quem sabe lá o sr. vai descobrir o que é solidariedade humana, o que é respeito e amor ao próximo.

      O governo tem uma relação comercial com Cuba e nunca levou um calote. O Brasil tem investido sim em Cuba, mas tem retornos financeiros significativos. As empresas brasileiras exportam bens de consumo e serviços para a ilha caribenha que geram milhares empregos aqui.

      Desta forma, antes de fazer criticas imbecis procure se informar melhor.

        1. Leônidas, vc não se sentia

          Leônidas, vc não se sentia desconfortável quando grande parte das multinacionais abandonaram seu país e foram explorar a mão de obra da china?

          Vc não se sente desconfortável com a grande quantidade de dólares  enviados ao país de origem de multinacionais instaladas aqui no Brasil ?

          Vc não se sente desconfortável com a exploração de brasileiros e de grandes grifes instaladas aqui, com a mão de obra dos bolivianos e outros sul americanos ?

          Ah! eles não são “ditaduras” , né? e muito menos castristas, como vc gosta tanto de dizer.

          Gostaria de ver seu comentário.Please !

    5. A fonte!

      Leonidas, melhor antes de comentar só pelo contraditório – como em assembleia de Grêmio Estudantil – ver a fonte da informação

      Não consigo imaginar como incentivador da demagogia do governo do PT o Jornal Zero Hora de Porto Alegre (não o Gunter, como quiseste fazer parecer).

      Para quem possa não conhecer, jornal pertencente ao grupo RBS, afiliada à Rede Globo, de padrão mais empedernidamente conservador que eu conheço.

      Assim, por esse viés ideológico, provavelmente o jornal “LULOU”, ou o jornalista que fez a matéria deve ter sido demitido.

      1. ZH Lulou?

        Achar que as organizações nacomidiáditas “lularam” é de uma falta de visão tremenda. QUe tenhamos mais médicos cubanos e mais médicas cubanas.

  2. Que venham os cubanos – aos montes

    Eu fico emocionado com essas matérias.

    Notadamente quando vejo pessoas sem nenhuma sensibilidade criticarem sem conhecer a realidade de gente simples sem qualquer assistência a saúde básica tendo que presenciar seus entes queridos padecerem por falta dessa mesma sensibilidade.

    Aí, quando a estrutura do Estado tenta remediar ou dar vida a tudo quanto essa gente pobre pede, surgem os “abençoados” por Deus, os folgados, os abastados para desferir soluções simplistas, sem qualquer embasamento prático.

    Eu fico emocionado e ao mesmo tempo abismado com a total ausência de humanidade de gente que se diz inteligente e que tem solução para tudo, menos para a realidade que abate pessoas simples e despossuídas de bens materiais.

    Deus abençoe os médicos cubanos. Que venham aos montes. Que saibam suportar todos os preconceitos e pequenez dos poderosos e endinheirados.

  3. E o longo prazo?

    Para mim não está claro ainda sobre o que pensa o governo sobre o longo prazo.

    O projeto deveria ter um diagnóstico claro das causas, e a partir disso apresentar propostas de médio e de longo prazo visando a solução permanente e nacional para o problema atual da falta de médicos no sistema público.

    Existe isso em algum lugar? Já foi esclarecido pelo governo?

  4. Saúdo os médicos cubanos.

    Saúdo os médicos cubanos.

    Não podemos vê-los somente como vitimas alienadas ao processo cubano, que se integram no nosso processo social sem liberdade para constituir-se como pessoas de sociedade livre.

    No Brasil, desde o inicio, o trabalhador não é superior ao capitalista na medida que o capitalista estrangeiro, por motivo avaro, encontra-se radicado no nosso processo de alienação. Mas, por causa da maior produtividade na criação de riquezas, a personificação do valor do trabalho comece por reproduzir suas forças espirituais em escala social. 

    Temos que ter a mesma relação personificada no trabalho em que a autovalorização predominará como a inversão de riquezas do sujeito transformado em objeto e vice-versa.

    Entretanto, é contra todo processo de escravidão que, perante a si próprio, o governo e as prefeituras devem paralelamente em seus gabinetes complementar os salários dos médicos, como conteúdo adicional de suas ações pessoais no nosso país, pela consciência da mais-valia. 

     

    1. essas ” compreensao ” com a

      essas ” compreensao ” com a situaçao trabalhista ALHEIA é sempre muito facil né?

      tem gente que nos faz sentir vergonha alheia

      Sera que o Sr aceitaria trabahar nestas condiçoes ou ver um filho ou filha nesse sistema?

      conversa mole para boi , ou melhor para pelego dormir…rs

      1. Examinando, o seu comentário

        Examinando, o seu comentário “sobre o caráter do post”, vejo que tem pontos de vista confusos de sentimentos de paciente com posição na política.

        O senhor tem problema de ficar emocionado e indignado?

        Deixa me ir ver abaixo a besteira que disse…

        Ah, sim.

        Isso indica que anda precisando de atendimento médico do SUS.

         

         

  5.  
    Pronto! Está dito. Pouco

     

    Pronto! Está dito. Pouco importa, seja o programa “Mais Médicos” de utilidade para a população desassistida.  O programa é, populista, demagógico e eleitoreiro. Aliás, como o são, todos os demais projetos voltados a beneficiar e promover o atendimento das nescessidades, dos mais pobres.                                                                                 

     

    Orlando

    1. Todos os outros nao

      Todos os outros nao transferem dinheiro para ditadura

      Nao mantem profissional em condiçoes trabalhistas  distintas dos demais que atuam na funçao

      e nao os mantem sob cerceamente do direito de ir e vir

      Não havendo esses ” detalhes ” de fato é igual aos demais 

      Obs: Mas permanece o misterio da razao pela qual Sao Lula nao percebeu em 8 anos o tanto que a situaçao da saude brasileira era ruim, tanto que ele vivia dizendo por ai ( junto com os pelegos de sempre ) que já eramos uma potencia …

      1. Mudando de assunto e

        Mudando de assunto e repetindo um comentário que fiz abaixo.

        Vc não se sente desconfortável, quando multinacionais vão em bloco par a China explorar a mão de obra de lá?

        Vc não se sente desconfortável quando grifes famosas, brasileiras e estrangeiras exploram a mão de obra Sul americana, principalmente de Colombianos, aqui no Brasil ?

        Vc não se sente desconfortável qdo essa gente dorme no meio de máquinas de costura, após 12 hs ou mais de um trabalho estafante ?

        Vc não se sente desconfortável vendo brasileiros e estrangeiros como verdadeiros escravocratas dessa pobre gente?

        Vc não se sente desconfortável qdo muoltinacionais enviam rios de dólares para suas matrizes no exterior e ainda dizem que o país não inspira confiança nos investidores?

        Vc não se sente desconfortável sabe pq? pq aqui é uma democracia ? Pq as multinacionais são em sua maioria Americanas, o maior país” democrático do mundo” e que há muitos anos isolou Cuba? Pq aquela Ilha é COMUNISTA ?

        Faça-me favor ! E ainda vem um tal de Afonso, se não me engano, dizer que nossos argumentos são ideológicos. E os de vocês são o que? Biblicos, talvez ? Mas se Jesus mesmo nos ensinou a dividir o pão. Vá procurar sua turma, que aqui não é seu pedaço.

  6. Os médicos brasileiros não gostam

    Os médicos brasileiros, com as devidas exceções, não gostam dos cubanos por que eles demonstram algo que os brasileiros perderam ao longo do tempo: a empatia com o cliente.

    Antigamente era muito comum um médico brasileiro tratar o paciente da mesma forma amistosa que os cubanos. Hoje em dia, nem pensar (com as devidas exceções…)

    Lembro de minha mãe, ao fazer doce de leite para vender, reservar uma lata para um médico, que quando rasguei o pé com cacos de vidro, ele costurou gratuitamente, tarde da noite. Minha mãe nunca esquecia de entregar a lata de doce para o médico, que era muito querido devido justamente ao desprendimento financeiro.

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