Afogamento é uma das principais causas de morte acidental infantil

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Segundo dados da Criança Segura a maior parte dos óbitos por afogamento acontecem em comunidades tradicionais

Jornal GGN – O grupo de trabalho sobre Saúde da RNPI (Rede Nacional Primeira infância) realizou, em março, o II Seminário Nacional Saúde e Primeira Infância. Um dos temas centrais do evento, que abordou “O desafio do cuidado integral das crianças brasileiras e a conjuntura atual: da garantia à vida ao seu pleno desenvolvimento”, foi a mortalidade infantil em populações tradicionais.

Quem tratou do assunto foi a coordenadora da Criança Segura, Gabriela Guida de Freitas, que apresentou uma análise dos índices de acidentes com crianças no Brasil, e chamou atenção para as altas taxas de afogamento que ocorrem, na maioria dos casos, em regiões ocupadas pela população tradicional.

Segundo o Datasus, uma das principais causas de morte acidental de crianças e adolescentes no país são os afogamentos. Em 2013, o número de vítimas, entre zero e quatorze anos, chegou a 1.107. Sendo que a maior parte desses afogamentos (40,7%) acontece em águas naturais e atinge, principalmente, crianças de um a quatro anos de idade (36,6%).

A análise de Gabriela Guida mostra que a região Norte apresenta uma taxa de morte por afogamento de 5,63 por 100 mil crianças de até nove anos, valor superior comparado com as outras regiões do país. Além de, entre os anos de 2000 e 2013, ser a única região que apresentou um aumento (20%) nas taxas de mortalidade por afogamento entre crianças de zero a nove anos, enquanto todas as outras regiões apresentaram quedas significativas.

Para a Coordenadora da Criança Segura, esses dados apontam a necessidade da implantação de políticas públicas para conscientização da população, já que muitos desses óbitos podem ser evitados com medidas simples de prevenção.

“Trabalhar a prevenção de afogamentos em comunidades que sempre viveram próximo a água é um grande desafio. Por isso, é imprescindível que as políticas públicas sejam pensadas considerando as questões culturais dessas populações e o contexto em que estão inseridas.”, explicou Gabriela Guida.

O projeto Criança Segura é uma Organização da Sociedade Civil, que se dedica ao desenvolvimento de ações de Políticas Públicas para a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos.

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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