CFM vai defender manutenção do texto da MP do Mais Médicos

Sugerido por Assis Ribeiro

Do Brasil 247

CFM se rende ao Mais Médicos cantando vitória

Um dos maiores críticos do programa do governo, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D´Ávila, declarou hoje que defenderá no Senado a Medida Provisória da iniciativa já aprovada na Câmara; mas bate o pé e afirma que a categoria saiu vitoriosa, mesmo com as entidades de classe tendo perdido o direito de conceder registros profissionais; “Penso que fomos vitoriosos. Foi um sucesso, uma vitória para os médicos”; diante das críticas de que traiu os profissionais, D´Ávila afirma ter a consciência “tranquila”; no auge dos ataques, o representante das entidades médicas chamou o programa de “demagógico, eleitoreiro, populista e atrasado”

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d’Avila, disse hoje (10) que vai defender no Senado a manutenção do texto da Medida Provisória que cria o Programa Mais Médicos, que foi aprovada ontem (9) na Câmara. Apesar do texto transferir para o Ministério da Saúde a atribuição de conceder aos médicos estrangeiros o registro provisório, o presidente do CFM avaliou que a categoria saiu vitoriosa do embate.

“Quem cedeu muita coisa foi o governo. Penso que fomos vitoriosos. Foi um sucesso, uma vitória para os médicos”, disse em entrevista à imprensa. A concessão dos registros provisórios provocou divergências entre o governo e os conselhos regionais de medicina. Alguns deles entraram com ações na Justiça pelo direito de não conceder o registro aos médicos estrangeiros do programa. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu das ações e conseguiu decisões favoráveis.

O presidente do CFM minimizou a retirada da atribuição dos conselhos regionais. O texto que segue para o Senado prevê que caberá ao Ministério da Saúde essa ação. “Isso agradou a muitos presidentes de conselhos porque retira uma grande responsabilidade desses conselhos. Quem vai se responsabilizar como cosolidário é quem assinou o registro. Caberá a nós fiscalizar”, disse.

Embora defenda a manutenção do texto como foi aprovado na Câmara, Roberto d’Avila reforçou que isso não significa que o CFM aprove o programa. “Não aderimos ao Programa Mais Médicos, continuamos com as mesmas críticas”, disse.

Um dos pontos que o presidente ressaltou como positivo foi a retirada de um capítulo do relatório final da medida provisória que previa a instalação de fórum para estabelecer competências profissionais na área de saúde. A previsão de ser implementada uma carreira médica nacional em até três anos também foi destacada por Roberto d’Avila.

Críticas

Questionado sobre as críticas feitas pelo líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), de que teria traído a classe médica, D´Ávila responder ter a consciência “tranquila” em relação à postura adotada pela entidade. “Eu não respondo a ataques pessoais e a história julgará quem traiu na verdade, quem tem interesses eleitorais e políticos. Eu absolutamente não tenho nenhum interesse, defendo os interesses da Medicina, dos médicos e dos pacientes. Portanto, estou com a consciência tranquila e não respondo a agressões”, declarou.

Caiado, que também é médico, acusa o CFM de ter feito um acordo com o Planalto sem consultar a classe médica. “Sinceramente, não esperava essa postura do presidente de um conselho, de trair toda a classe médica. A figura do traidor não foi perdoada nem por Jesus Cristo”, disse o deputado, no plenário da Câmara, durante a votação que aprovou a MP, na madrugada desta quarta-feira.

Com Agência Brasil

Redação

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Mesmo tendo recuperado um

    Mesmo tendo recuperado um pouco de bom senso, o presidente do CFM insiste na sua arrogância e considera apenas os “ganhos” para a categoria – não sei quais e esquece de mencionar as perdas por seu açodamento e intransigência. A categora teve sua imagem muitíssimos estrgada perante a sociedade; foram expostas as aberrações de profissonais que batem ponto e vão embora, usam dedos de silicone para simular frequência ao trabalho, xingam e ofendem colegas, usam métodos nada éticos para sabotar um programa, enfim fizeram um papelão. Quanto às perdas para a população que aguardava médicos/as em seus pequenos municípios, ele nem as considera. Era melhor ficar calado, engolir o vexame e tentar pensar melhor quando for tomar outras decisões.

  2. Foi um verdadeiro suicídio

    Foi um verdadeiro suicídio político o posicionamento dos médicos.

    Agora ja era. Levará décadas para recuperar a credibilidade perdida.

    A categoria está no fundo do posso e… a ficha ainda não caíu.

  3. O presidente golpista  , gen.

    O presidente golpista  , gen. Figueiredo , após uma reunião com empresários nacionais , teria declarado : “…e o país , voces não pensam no país ?”  O mesmo pode se dizer daqueles que se colocaram contra o “Mais médicos”… 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador