Coronavírus: Argentina permitirá vigílias de parentes a pacientes desenganados

A ação é vista como um avanço no tratamento de pacientes moribundos com coronavírus. A Argentina teve o impacto de 8.000 mortes causadas pelo vírus.

Agência Brasil

Jornal GGN – Em Buenos Aires, capital da Argentina, os parentes de pacientes desenganados com Covid-19 poderão fazer vigília à beira do leito. Os legisladores da capital aprovaram uma nova lei, na quinta-feira. Os profissionais de saúde serão instruídos a permitir parentes nas salas de tratamento.

A ação é vista como um avanço no tratamento de pacientes moribundos com coronavírus. A Argentina teve o impacto de 8.000 mortes causadas pelo vírus.

Em todo o mundo os parentes de pacientes do Covid-19 foram proibidos de visitarem os seus, devido ao risco de contágio.

“Em grande parte do mundo, o coronavírus foi definido como a doença da solidão. Há muitos casos em que pessoas disseram que seus entes queridos morreram porque se sentiam sós”, disse o deputado municipal Facundo Del Gaiso, que apresentou o projeto de lei aprovado por unanimidade pelo conselho.

A medida permite que um familiar, com idade entre 18 e 60 anos, faça vigília ao paciente moribundo, com exceção de gestantes ou pessoas com problemas de saúde latentes.

“Procuramos aproximar os pacientes de seus entes queridos e oferecer os meios necessários para uma despedida digna, sem colocar a vida em risco”, disse a deputada Maria Luisa Gonzalez Estevarena.

Os centros de saúde locais serão instruídos a fornecer ao parente equipamento médico de proteção completo, bem como atendimento psicológico.

“Acreditamos que, nesta fase da pandemia, devemos dar todo suporte a protocolos que permitam uma morte digna, que é uma morte sem dor, em companhia, uma morte humanizada”, disse Santiago Levin, presidente da Associação de Psiquiatras Argentinos.

Projetos semelhantes estão sendo estudados por cerca de uma dúzia de outras autoridades locais na Argentina.

A Argentina registrou na quarta-feira mais de 10.000 novas infecções por COVID-19 em 24 horas.

Com uma população de 44 milhões, o país já registrou mais de 370 mil casos.

Com informações da AFP e Al Jazeera.

Redação

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