Coronavírus: vacina Oxford/AstraZeneca é menos eficiente contra variante sul-africana

Para pesquisadores, o foco das vacinas deve mudar para proteger as pessoas de hospitalização e risco de morte

Jornal GGN – A vacina Oxford/AstraZeneca não vai impedir que pessoas fiquem doentes caso elas contraiam a variante sul-africana da covid-19, em um sinal de que o foco das pesquisas de vacinas precisa mudar da imunidade populacional para proteger os indivíduos contra a hospitalização e morte.

A afirmação é do jornal britânico The Guardian, a partir dos dados de um estudo elaborado com 2000 pessoas de 31 anos, que têm menos probabilidade de ficar gravemente doentes: dados do ensaio das vacinas Janssen e Novavax mostraram que a eficácia na África do Sul foi de até 60% contra a variante, substancialmente mais baixa do que contra o vírus original.

“Essas descobertas recalibram o pensamento sobre como abordar o vírus pandêmico e mudar o foco do objetivo de imunidade coletiva contra a transmissão para a proteção de todos os indivíduos em risco na população contra doenças graves”, disse o professor Shabir Madhi da Universidade de Witwatersrand , que liderou o estudo Oxford/AstraZeneca na África do Sul,l cujos dados serão divulgados nos próximos dias. Os dados serão divulgados nos próximos dias.

De acordo com o jornal britânico, os fabricantes de imunizantes já estão procurando novas vacinas para lidar com a variante sul-africana. “Esforços estão sendo feitos para desenvolver uma nova geração de vacinas que permitirão que a proteção seja redirecionada para variantes emergentes como jabs de reforço, caso seja necessário fazê-lo”, disse Sarah Gilbert, professora de vacinologia da Universidade de Oxford, ressaltando que estão trabalhando em conjunto com a AstraZeneca. “Este é o mesmo problema enfrentado por todos os desenvolvedores de vacinas, e continuaremos monitorando o surgimento de novas variantes que surgem prontamente para uma futura mudança de cepa”.

Redação

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