Dieta mediterrânea aumenta em 40% as chances de mulheres passarem dos 70 anos

Jornal GGN – Uma nova pesquisa feita por cientistas dos EUA (Estados Unidos) descobriu que a dieta mediterrânea, baseada em pouca gordura, pode aumentar em até 40% as chances de mulheres de meia-idade viverem de forma saudável até 70 anos de idade ou mais. O estudo é resultado de trabalho de pós-doutorado da pesquisadora Cecilia Samieri pela Harvard Medical School e no Hospital Brigham and Women, em Boston, e foi publicado nesta terça-feira (5) no jornal Annals of Internal Medicine.

A pesquisa apontou que, além de viverem mais, as mulheres que se alimentaram de forma mais saudável também tiveram grandes melhorias físicas. A dieta mediterrânea deixou o grupo menos propenso a ter qualquer tipo de doença crônica e com mais chances de não ter nenhum tipo de comprometimento das funções físicas, de saúde mental ou nas habilidades de pensamento. Contudo, apesar dos bons resultados, o estudo não garante uma relação provada de causa e efeito entre uma alimentação mais saudável e uma vida mais longa.

A cientista, porém, considera 40% um “impulso substancial”. Segundo ela, aqueles que acompanharam de perto a dieta mediterrânea eram mais propensos a viver até os 70 anos sem ter doenças cardíacas, diabetes ou outras doenças crônicas. Também tendiam mais a ser classificados como mais saudáveis dos que aqueles que não seguiram a dieta à risca. Contudo, apenas 11% dos participantes do estudo tiveram melhorias de forma geral.

Com pouca gordura, dieta mediterrânea neutraliza risco genético de AVC

A pesquisa avaliou a dieta e os registros médicos de mais de 10 mil mulheres com idade média de 50 anos, a partir do início dos anos 60. Até 1984 e 1986, as pacientes estavam livres das principais doenças crônicas. A análise foi feita novamente após 15 anos. “A dieta mediterrânea se caracteriza por uma maior ingestão de frutas, verduras, legumes, cereais integrais e peixes, e menor ingestão de carnes vermelhas e processadas, ingestão moderada de álcool, maiores quantidades de gorduras monoinsaturadas e menores quantidades de gorduras saturadas”explica Samieri.

Mesmo que o estudo não tenha analisado homens na mesma faixa de idade, a cientista afirma que há estudos anteriores sobre dieta e envelhecimento saudável que não viram diferenças de gênero, “por isso, parece razoável acreditar que o benefício seria similar”, acrescenta, ressaltando, contudo, que tal pressuposto ainda não foi provado. Cecilia afirma ainda que, mesmo que o estudo mais recente não tenha considerado o tempo em que a pessoa estava sob a dieta, ela defende que quanto mais cedo adotá-lo, melhor.

A dieta mediterrânea é um hábito cultural de populações países do sul da Europa, norte da África e sudoeste da Ásia, e é composta por: azeite, peixe, hidratos de carbono complexos e nozes. É dividida, ainda, entre alimentos que devem ser consumidos em todas as refeições do dia, que podem ser consumidos ao menos uma vez e por outros que podem ser ingeridos durante a semana.

Redação

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