Confirmado na Saúde, Mandetta diz que Mais Médicos foi “convênio entre Cuba e PT”

Parlamentar foi favorável a PEC do Teto dos Gastos Públicos, que amarra os investimentos para a Saúde Pública
 
Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
 
Jornal GGN – O deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) foi confirmado como futuro ministro da Saúde pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O anúncio foi feito nesta terça-feira (20) pelo Twitter após encontro com o político que compõe a Frente Parlamentar da Saúde. Em sua primeira coletiva de imprensa, Mandetta disse que o Mais Médicos foi um “convênio entre Cuba e o PT” e insinuou que, por isso, o rompimento da cooperação foi “unilateral”, dado pela Ilha após a chegada de Bolsonaro ao governo. 
 
Mandetta foi secretário de Saúde de Campo Grande e está no segundo mandato como deputado federal. A indicação dele já estava prevista. Na semana passada, Bolsonaro disse que o parlamentar era um dos seus interlocutores para a área e poderia aceitar o convite para ocupar a pasta. 
 
Ele foi favorável a PEC do Teto dos Gastos Públicos, que amarra os investimentos para a Saúde Pública e, em abril de 2017, votou a favor da Reforma Trabalhista. 
 
Investigado 
 
Mandetta é mais um ministro de Bolsonaro alvo de inquéritos. Ele responde por suposta fraude em licitação, caixa 2 e tráfico de influência em um contrato feito pela secretaria de saúde em Campo Grande para implementar um sistema de informatização. Por conta do processo, o parlamentar teve os bens bloqueados. 
 
Ele é o terceiro ministro do DEM confirmado para o governo de Bolsonaro. Os outros dois são Tereza Cristina (DEM-MS) para a Agricultura e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil. 
 
Em junho, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, atendeu a um pedido da Procuradoria-geral da República e arquivou um inquérito contra Onyx por Caixa 2. O futuro ministro chegou a admitir ter recebido o recurso ilícito da JBS. Já, Tereza Cristina, é investigada na Operação Lama Asfáltica, sobre incentivos fiscais do governo estadual concedidos pelo estado em troca de propinas. 
 
Cuba e Mais Médicos
 
Após o anúncio, Mandetta disse entrevista para jornalistas no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição do governo, que avalia o acordo entre o Programa Mais Médicos e o governo de Cuba como uma parceria entre o país caribenho e o PT. 
 
O Ministério da Saúde de Cuba anunciou o fim da cooperação após Bolsonaro ameaçar mudar as diretrizes do programa e “ofender” os profissionais cubanos com a obrigatoriedade do Revalida. A Ilha entendeu que a formação técnica dos médicos está sendo colocada sob suspeição.
 
“Esse era um dos riscos de se fazer um convênio e terceirizando uma mão de obra tão essencial. Os critérios, à época, me parece que eram muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral, mas, sim, uma ruptura unilateral”, afirmou o novo ministro, segundo informações do G1. 
 
Redação

6 Comentários

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  1. Testando os escolhidos

    Uma vez escolhido a atenção sobre a ética e a moral serão postas à prova. Não tenho dúvida que o Bolsonaro demite à primeira confirmação, o que vai servir de exemplo para os que querem ocupar uma pasta. Assim diminui a pressão por nomeações e o critério pode ser o técnico.

  2. Energúmeno

    Foi indicado para o “auto” escalão do Bolzo mais um desatinado. A besta na ansiedade de prejudicar o PT, acaba fazendo um belo elogio ao Partido dos Trabalhadores, vez que o programa Mais Médicos Cubano é reconhecido mundialmente pela qualidade dos seus serviços prestados, assim sendo, o energúmeno exalta o PT, pois qual outro partido no Brasil teria a capacidade de assinar um convênio dessa natureza visando dar mais dignidade às pessoas menos favorecidas?

    1. A Folha de Papel Higiênico de São Paulo

      Não é bem assim que pensa a FPHSP pois o portal UOL dá em manchete que Dilma “Driblou o Congresso”…… Só se foi para salvar milhares de vidas nos rincões desse país. Ou seja ,a FPHSP também por tabela reconhece a atuação humanitária e cidadã de Dilma Roussef para eles o certo é que o mais médicos nunca tivesse existido. Vergonha absoluta.

  3. Depois dos juízes, os médicos

    Depois dos juízes, os médicos são a segunda instancia das hordas divinas e por isso apoiam Bolsonaro desde criancinhas…

    Nenhuma novidade num pais com baixa honestidade intelctual…

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