Ministro da Saúde tenta inserir plano “popular” que ameça o SUS

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Na tentativa de, aos poucos, desmantelar o Sistema Único de Saúde (SUS), o ministro da Saúde de Michel Temer, Ricardo Barros, tentará uma alternativa para não trazer grandes impactos em reações públicas: a criação de um plano privado mais barato e popular.
 
O objetivo da equipe de Temer é aliviar os gastos do governo com o financiamento e o aporte de recursos no sistema público. Barros explicou a sua proposta em audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
 
Na ocasião, defendeu uma espécie de pacote com menos serviços ofertados do que o definido hoje como obrigatório pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em sua defesa, afirmou que é preciso refletir planos com acesso mais fácil à população, mas em compensação aos mecanismos privados, com “cobertura proporcional”, ou seja, restritiva. 
 
“[Precisamos] ter outras faixas de planos de saúde para que a gente possa permitir que mais pessoas possam contribuir para o financiamento da saúde no Brasil”, explicou. Em outras palavras: que a camada mais pobre da população possa ajudar o governo a pagar esse direito social. 
 
Mas lembrou que a adesão a esse tipo de plano será voluntária, ainda que, aos poucos, o SUS deixe de abarcar grande parte da população, e assim se tornando, em um segundo momento, à médio e longo prazo, um sistema quase que independente de escolha.
 
Para isso, disse Barros, é necessária a publicação de uma nova resolução pela ANS que revise a atual cobertura mínima obrigatória para a saúde complementar. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. sem problemas,

    eu paro de pagar o sus, e uso essa grana pro plano.

    trouxa quem acredita nesse otário! não vale o que faz na louça!

  2. Só faltou

        Ele dizer que irá subsidiar as seguradoras, já que ele quer deixar o filé para elas e que os ossos continuem para o SUS, pois esta “cobertura parcial paga ” , ou este semi-plano de saude, com certeza não irá cobrir os procedimentos caros, como uma diaria de UTI ( R$ 10 a 15 Mil ), proteses e orteses ( de R$ 1.000 a “perder de vista ” ), e muito menos as determinações judiciais que levam o SUS a pagar procedimentos fora do País, ou remédios que nem pela ANVISA foram aprovados, mas juizes e procuradores sempre entendem de tudo, até de medicina, pois alem de “doutores” tambem são “excelencias”.

         Uma ambulancia terrestre só para sair indo atender um acidente, já custa mais de R$ 700,00 a hora, leva a vitima para um hospital publico, no qual com sorte ela será operada e internada por mais uns 4 dias ( podem colocar uma conta de “saida” de mais de R$ 50.000,00 ), a vitima é recuperada e vai para o hospital do “plano”, que fica com a parte barata do atendimento.

  3.   A concorrência é brava, mas

      A concorrência é brava, mas o atual ministro da $aúde tem se mostrado um quadrilheiro como poucos.

  4. De novo a estórinha do maful,

    De novo a estórinha do maful, “o povão quer uma carteirinha de plano de saúde”. Naquela éoca se chamava PAS e ajudou a afundar a saúde de SP, esse temerosos nem para serem mais originais…

  5. Lançamento do novo sistema – o SIFU

    Será lançado pelo ministro da Saúde o novo plano. É o SIFÚ – Sistema de Internação Física de Urgência.

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