Jornal GGN – Pesquisadores do IBN (Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia) de Cingapura desenvolveram um novo método de organização celular em fibras de hidrogel, o que pode abrir caminho para o desenvolvimento de estruturas corporais complexas, como os adiposo e de fígado. A principal aplicação para o método seria o desenvolvimento de tecidos para implantes em órgãos humanos deficientes. O trabalho foi publicado em edição recente da revista Nature Communications.
“Nossa abordagem de engenharia de tecidos dá aos pesquisadores um grande controle e flexibilidade sobre o arranjo de tipos de células individuais, tornando-se possível projetar e construir tecidos facilmente. Essa inovação é mais um passo em direção ao desenvolvimento viável de tecido ou órgão para implante”, afirma o diretor-executivo do IBN, o professor Jackie Ying.
Para Andrew Wan, outro pesquisador envolvido no trabalho, “fundamental para o sucesso de um implante é a sua capacidade para integrar-se rapidamente com o sistema circulatório do paciente. Isso é essencial para a sobrevivência das células dentro do implante, uma vez que permitiria o acesso ao oxigênio e de nutrientes essenciais, bem como a remoção de resíduos metabólicos. A integração facilitaria também a sinalização entre as células e os vasos sanguíneos, o que é importante para o desenvolvimento do tecido”.
Reimplantes
Além de facilitar a organização celular, o hidrogel usado pelos cientistas também atua como um reservatório de nutrientes para as células encapsuladas. Mas o processo ainda é muito complexo e pouco satisfatório na vascularização e transporte de massa por meio de tecidos artificiais. Para superar essas limitações, os cientistas têm utilizado um conjunto de fibras desenvolvido e patenteado no IBN para produzir estruturas de hidrogel em meio aquoso e à temperatura ambiente.
Isso permite incorporar nas estruturas diferentes tipos de células que facilitam a construção de tecidos mais complexos, além de adaptar o microambiente para cada tipo de célula com o objetivo de proporcionar mais funcionalidade, como, por exemplo, abrigar proteínas nas fibras. O passo seguinte dos pesquisadores seerá aprimorar o método para permitir a construção de tecidos artificiais mais próximos possíveis, em composição, aos naturais e criar aplicações clínicas para reimplantes.
Com informações do Medical Xpress
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