O que está ocorrendo com a vacina da AstraZeneca

Em um estudo recente dos EUA com mais de 3.300 pacientes com Covid, 16% sofreram de trombose ou embolia. "O risco de ser danificado por uma trombose associada a Covid-19 seria muitas vezes maior." Em vez de uma causalidade, uma coincidência deve ser assumida, ou seja, uma coincidência em vez de uma causa".

Há rigor, há dois problemas com as vacinas da AstraZeneca. O primeiro, a dificuldade em atender à demanda. O segundo, alguns problemas que surgiram com pessoas vacinadas em alguns países.

O fornecimento de vacina foi prejudicado pela demora da fábrica holandesa parceira em receber a aprovação regulatória da União Europeia.

O atraso na entrega explica o fracasso relativo da Europa com a vacinação. Até agora administrou 10,4 doses por cada 100 essoas, contra 29,7 nos Estados Unidos e 36,5 no Reino Unido. Os dois países fecharam contratos de compra de vacinas da AstraZeneca antes da Comissão Europeia.

Em relação à União Europeia, o laboratório tinha como meta entregar 40 milhões de doses até final de março, bem abaixo da meta inicial. Mesmo assim, houve uma queda de 10 milhões nas previsões de entrega.

Outro fator que atrapalha a entrega de vacinas foi a decisão dos Estados Unidos se proibir exportações de vacinas das fábricas da empresa no país.

Na Europa, há duas plantas fabricando a substancia medicamentosa da vacina, uma na Bélgica, outra na Holanda. De lá, a vacina é finalizada e embalada em fábricas da Alemanha e Itália.

Uma das plantas está com rendimento abaixo do esperado; a outra a planta Halix, da Holanda, produz vacinas mas ainda não recebeu autorização para fornecimento à UE.

Os casos de coagulação

O segundo problema da vacina são alguns casos de coagulação em pacientes que a receberam. Na Noruega, três jovens tiveram coágulos sanguíneos ou sangramento no cérebro, após serem vacinados. Os três trabalhavam no setor de saúde.

Há também um caso de pessoa que morreu de um coágulo sangüíneo na Dinamarca, logo após ser vacinada. Mas ainda não há uma conexão clara com a vacina.

Não há confirmação, ainda, de uma conexão entre a vacinação e o coágulo.

Há também relatos de jovens vacinados que desenvolveram sangramento ou hematomas nas peles.

As dúvidas sobre os efeito da vacina fizeram a Holanda suspender por duas semanas a vacinação com produtos da Astra Zeneca. Não há nenhum problema relatado no país. A medida foi preventiva, em função das informações vindas da Dinamarca e Noruega. O meso ocorreu na Itália, após “eventos adversos graves”.

Mesmo assim, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) não confirmou os riscos e sustentou que os benefícios da administração do agente Astra Zeneca supera em muito os riscos.

De acordo com a EMA, houve 30 casos de eventos tromboembólicos, em quase 5 milhões de pessoas vacinadas. Esse número, segundo a EMA, não é superior às ocorrências pré-vacinação. Essa constatação foi corroborada pela Organização Mundial de Saúde.

À mesma conclusão chegou o Instituto Paul Ehrlich, responsável pela supervisão de saúde na Alemanha. Segundo ele, “até agora nenhuma evidência de que a morte na Dinamarca esteja casualmente relacionada à vacinação com a vacina Astra Zeneca”.

Segundo Clemens Wendtner, chefe de doenças infecciosas da Clínica Schwabing de Munique, trombose venosa ocorre em 1 em 1.000 adultos anualmente, independentemente da Covid-19. “Na Alemanha ocorrem 100.000 mortes todos os anos devido a eventos tromboembólicos, atualmente a terceira causa de morte mais comum”, diz Wendtner. “Nesse aspecto, o número de tromboembolias após a vacinação em nenhum caso é maior do que o que ocorreria sem a vacinação”, diz o médico.

Além disso, a Covid-190 também está associada a um alto risco de trombose, diz ele. 

Em um estudo recente dos EUA com mais de 3.300 pacientes com Covid, 16% sofreram de trombose ou embolia. “O risco de ser danificado por uma trombose associada a Covid-19 seria muitas vezes maior.” Em vez de uma causalidade, uma coincidência deve ser assumida, ou seja, uma coincidência em vez de uma causa”.

Luis Nassif

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