Pesquisador sugere “diversidade” para melhorar alimentação brasileira

Jornal GGN – A falta de informação, o tabu e a falta de produção são os três principais motivos para a ausência de hortaliças na mesa do brasileiro, de acordo com o professor Valdely Ferreira Kinupp, do Ifam (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia). Em palestra no Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Kinupp sugeriu o consumo de plantas alimentícias “não convencionais” para melhorar a qualidade da alimentação da população.

Para o pesquisador, há o que ele chama de “imperialismo gastronômico”, uma vez que, no Brasil, 52% dos alimentos são provenientes de origem euroasiática. Kinupp afirma ainda que, por razões como preconceito, a população deixa de considerar o consumo de outras espécies em sua alimentação, gerando uma situação de especialização alimentar em vez da diversificação. “Hoje a gente come muita coisa de poucas espécies”, diz.

Em geral, algumas espécies próprias para o consumo são comumente tratadas como “mato”, quando, muitas vezes, têm grande potencial nutricional. “Essas plantas geralmente são chamadas de ‘daninhas’, ‘nocivas’ e vários outros nomes preconceituosos e pejorativos, que refletem um ponto de vista. Você come quase a mesma coisa o ano inteiro. Vai à feira, seja orgânica ou convencional, mas não ousa experimentar uma coisa diferente”, complementa.

Como exemplos de substituição de ingredientes tradicionais, Kinupp cita hortaliças e frutos como vitória-amazônica, cujas flores também são comestíveis; o caruru, rico em ferro e vitamina A, que poderia ser utilizado para fazer massa de pizza ou pão; e uma erva conhecida como orelha-de-macaco, que pode ser usada em pratos típicos do brasileiro, como arroz e o feijão.

Com informações do MCTI e Inpa

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