“Se não redobrar os esforços, vamos ter problemas de EPI”, diz Mandetta

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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O ministro afirmou que tem enfrentado dificuldades para comprar e trazer para o Brasil os EPIs da China e outros lugares

Jornal GGN – O ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, afirmou nesta quarta (1/4) que se o País não redobrar os esforços para mitigar a epidemia de coronavírus, “vamos ter problemas de EPI”, que são os equipamentos individuais de proteção para os profissionais da saúde, como máscaras, luvas e roupas impermeáveis.

Segundo Mandetta, há casos pontuais de falta de estoque desses equipamentos, mas o País ainda está abastecido. Porém, um aumento brusco no número de casos de coronavírus colocaria em xeque a capacidade do Estado de fornecer esses materiais, que estão em falta no mundo todo.

O ministro afirmou que tem enfrentado dificuldades para comprar e trazer para o Brasil os EPIs, sobretudo da China, que não está dando conta da demanda mundial. O mesmo vale para os aparelhos respiradores, outro item essencial no combate ao coronavírus. O Ministério chegou a assinar contrato e empenhar o valor de 8 mil respiradores, mas o fornecedor desistiu da entrega, provavelmente porque recebeu uma oferta melhor.

Mandetta explicou que o jogo é “pesado”: há países cobrindo o valor de quem já havia feito a aquisição, arcando com a multa da quebra de contrato e adicionando mais um montante em cima, para convencer os fornecedores a mudar a rota dos produtos. “A coisa está nesse nível”, disse o ministro.

Ele informou que adquiriu nesta quarta 10 milhões de EPIs e refez a compra dos 8 mil respiradores, mas só acreditará que a medida será efetiva quando a entrega começar. O prazo nos dois casos é de 30 dias. O Brasil precisa comprar mais 190 milhões de equipamentos de proteção.

ISOLAMENTO

Ainda de acordo com o ministro, os resultados dessas duas semanas de restrições na dinâmica de mobilização social só serão sentidos dentro de 14 dias. O tempo leva em conta o período de incubação do vírus.

Mandetta ainda lembrou que o Brasil não está fazendo o chamado “lockdown”, ou isolamento nacional, como países da Europa ou Ásia. “Ainda tem muita gente trabalhando, muita gente nas ruas.” Para ele, suspender as restrições até então impostas por governos e prefeituras sem que o governo federal tenha conseguido estocar os materiais necessários seria desastroso. “Movimentar nessa fase é o que a gente pode fazer de pior.”

O Brasil tem hoje 6.836 casos e 241 mortes por COVID-19. Os estados com mais probabilidade de ter uma “espiral de casos” são São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Ceará, informou o Ministério.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Lembra da historinha de não dar o peixe e sim a vara para pescar? Então: obter da China não os equipamentos mas sim os projetos de produto e de processo de fabricação para executá-los aqui, dentro de um plano de reconversão industrial.

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