A pauta dos chefes dos três Poderes sobre segurança pública

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Os chefes dos três Poderes fecharam um pacto sobre segurança pública, na manhã desta sexta (28), no Palácio do Itamaraty, com a justificativa de que é preciso coordenar as forças do Estado para atuar em problemas como os registrados em Rio Grande do Norte, Maranhão, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, estados que pediram a intervenção do governo federal com as Forças Armadas.

Segundo informações da Agência Brasil, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, deu alguns detalhes do que ficou definido e foi discutido entre as autoridades.

Do lado do Senado, por exemplo, ele mencionou a sugestão de Renan Calheiros (PMDB) para que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) seja criada para apurar “a participação do crime organizado nas eleições.”

Presidenta do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia propôs, de acordo com o ministro, “a criação de uma base de dados única para que pudesse exatamente saber qual a realidade prisional do crime e do delito no país.”

O procurador-geral da República Rodrigo Janot defendeu algo que já existe, mas precisa ser implementado: “acordos firmados com países vizinhos, integrantes do Mercosul, para permitir detenções fora das fronteiras do Brasil.”

Caberá a Janot, afinal, coordenar grupos de trabalho que serão criados com representantes das pastas de Defesa, Justiça e Segurança Institucional. “Reuniões no mesmo modelo da realizada hoje ocorrerão periodicamente.”

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, apresentou uma “proposta cooperativa” para temas como drogas, armas, processos e Código Penal, mas pediu que tudo seja discutido com governadores e secretários de Segurança Pública.

Esta, portanto, é a primeira de uma série de reuniões para discutir “o aumento da criminalidade no país e buscar soluções para as vulnerabilidades nas fronteiras, por onde entram drogas e armas.”

Além de Michel Temer, Renan, Janot, Moraes, Jungmann e Cármen, participaram do encontro Rodrigo Maia, presidente da Câmara; Leandro Daiello, diretor da Polícia Federal; José Serra, ministro das Relações Exteriores; Claudio Lamachia, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil; Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral; Laurita Hilário Vaz, presidente do Superior Tribunal de Justiça; Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e comandantes militares.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

12 Comentários

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  1. Hipocrisia

    “Do lado do Senado, por exemplo, ele mencionou a sugestão de Renan Calheiros (PMDB) para que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) seja criada para apurar “a participação do crime organizado nas eleições.”

  2. crime

    “”a participação do crime organizado nas eleições.””

    O crime organizado não dá bola para eleições.

    O crime organizado dá GOLPE !

    1. Não é bem assim. O crime

      Não é bem assim. O crime organizado dá bola, sim, para as eleições. O que ocorre com ele é que quando suas artimanhas falham… ele dá um golpe, como ora ocorreu. Mas, ele, o crime organizado, por ser organizado gosta de aparentar normalidade; a normalidade que as eleições conferem. No meu estado, por exemplo, das 75 prefeituras existentes, com certeza o crime organizado (agiotas em geral, incluindo os golpistas, bicheiros e assaltantes) vai acabar com 65 em suas mãos nestas eleições. E não somos uma ilha; em contrário, a “tecnologia” já vem do sul.

  3. a pauta…

    O crime organizado no Brasil é o Estado. Quando tivermos o minimo de controle sobre o Estado, teremos segurança minimamente controlada a niveis humanos. Hoje no país o nível é animalesco. Se dá, e aceitamos, bovinamente as desculpas pela bárbarie.  Desembargador em SP, pede um processo que não é seu e solta traficante preso em flagrante, sem a menor razão. E está tudo bem.  Desembargadores vendem sentenças pelo Brasil afora, e quando descobertos, aposentadorias de 50/100 mil reais por mês. Delegacias de Policia Civil em SP, todas desde Roubo de Cargas até Tráfico de Drogas, acusadas e indiciadas com o Crime Organizado. Tiveram que reestruturar todo Denarc/SP. Traficante colombiano extraditado para o EUA, afirmou: “querem acabar com o tráfico no Brasil, acabem com o Denarc/SP”. Helicóptero de Senador da República e filho Deputado, pilotado pelo seu piloto particular, preso com mais de meia tonelada de cocaína em fazenda até hoje não divulgada a propriedade PENA: Ser Secretário (Ministro) dos Esportes no governo Temer. Queremos enganar a quem? Só mesmos a nós brasileiros e nossos principios medíocres. Não existe algo próximo no restante do Mundo. Atrocidade de país, fingindo civilidade e democracia. Ridiculo. 

  4. Gostei foi da ….

    naturalidade do ” aperto de mão ” entre Renan e o Ministro da (in)justiça, o protegido do Alckmin e de todo o PSDB. Acho que não cairá jamais, pois convém a muitos.

  5. Porquê a presidente do STF

    Porquê a presidente do STF carrega uma cópia da constituição Brasileira se ela ativamente ajudou esse livro a se tornar um simples peso de papel?

  6. UM CARA DO PCC JUNTO COM O

    UM CARA DO PCC JUNTO COM O STF? BIZARRO!BIZARRO! SÓ POR CURIOSIDADE, DESDE QUE ESSE HOMEM VIROU MINISTRO DA JUSTIÇA, QUANTAS APREENSÕES DE DROGAS DE GRANDE PORTE FORAM EFETUADAS PELA PF? SERÁ QUE ESTAMOS A CAMINHO DE VIRAR UM NARCO ESTADO? SOCORRO!!!!!!!!

  7. O NADA

        Ação de marketing “anos 80 “, juntaram o PR, dois ministros, a chefe do judiciario, somados a um Senador, para anunciar o NADA , nada alem de um acrochambrado do plano de segurança publica alinhavado, e ja era um lixo, no governo da Dilma.

         O Almirante Ademir ( no momento o oficial mais importante de todas as FFAA ), estava lá de paisagem, pois mais que este “governo” deseje, as FFAA não irão comprar um arremedo do Plan Colombia dos anos ’90, a segurança publica é responsabilidade dos Estados.

          E a das fronteiras, nos casos especificos de descaminho, trafico de armas e drogas, a Constituição 1988 é clara neste tópico : a responsabilidade é do MinJustiça e de sua Policia Federal, pois as FFAA não possuem condições juridicas delineadas nos códigos e nas leis, para reprimir tais ações, um exemplo :

          Uma aeronave, irrompe por nossa fronteira, sem plano de voo prévio e sem comunicação ao DECEA, caças da FAB são vetorados a intercepta-la, primeiramente avisando na frequencia (radio ) 121,5 mhz , caso ela não responda, não aterrise, serão dados disparos de advertencia, e quando em terra, a detenção ou prisão, tanto da aeronave como de seus tripulantes e carga, somente poderá ser realizada pela PF, que foi comunicada pelo Thor/BSB, quando do inicio da violação de nosso espaço aereo.

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