Desde junho, 96 jornalistas foram agredidos em manifestações

Jornal GGN – Desde as manifestações de junho, os atos de violência contra jornalistas, sejam por manifestantes ou por policiais, já contalizam 96 casos. Segundo a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), os manifestantes foram responsáveis por 25 episódios de agressão contra profissionais da imprensa. Os outros 71 casos, ou 74% do total, foram protagonizados por policiais ou agentes da Força Nacional.

Quatro jornalistas foram agredidos na tarde desta segunda-feira (21), no Rio de Janeiro durante a cobertura de protesto contra o leilão do campo petrolífero de Libra. Uma repórter da TV Record, foi agredida por manifestantes com um soco nas costas. O fotógrafo da agência britânica Demotix, foi atingido por uma pedrada. Outro fotógrafo de O Globo e um cinegrafista da TV Brasil foram atingidos por balas de borracha disparadas por agentes da Força Nacional. Um veículo da TV Record foi virado por manifestantes.

Na terça-feira passada (15), professores em greve fizeram um grande protesto na capital fluminense, que terminou com dezenas de prisões e atos de vandalismo e violência. Na ocasião, um repórter fotográfico foi agredido por policiais com golpes de cassetetes. Na sexta (18), o mesmo profissional voltou a ser agredido, desta vez por manifestantes, quando cobria a soltura de pessoas detidas nas manifestações do dia 15. Além dele, os fotógrafos do jornal O Dia e do Jornal do Brasil também foram agredidos por manifestantes.

Em São Paulo, uma repórter do Globo foi alvo de dois disparos de bala de borracha durante protestos no sábado (19). A jornalista cobria, em São Roque (interior de São Paulo), protesto contra o uso de animais (especialmente cães da raça beagle) em testes farmacológicos. Segundo a repórter, embora ela gritasse ser da imprensa e estivesse com as mãos para o alto, um policial da Tropa de Choque mirou seu rosto e disparou uma bala de borracha, que passou de raspão pelo couro cabeludo. Outro disparo feriu a repórter na região das costelas. Nesse mesmo protesto, manifestantes atearam fogo a dois veículos da TV Tem, afiliada da rede Globo que cobre a região.

Em 15 de outubro, de acordo com informações do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, um repórter fotográfico freelancer foi vítima de violência policial. O profissional afirmou ter sido agredido ao tentar registrar a truculência de alguns agentes da PM contra um manifestante. No mesmo dia, um repórter fotográfico do MetroNews conseguiu registrar em vídeo o momento em que foi atacado por policiais.

Segundo a Abraji, está sendo cobrado mais preparo das autoridades para agir de maneira a garantir o direito de a imprensa trabalhar, e não o contrário, como parecem vir fazendo. “É inaceitável que o Brasil tenha quase 100 episódios de agressão, hostilidade ou prisão de jornalistas em pouco mais de quatro meses. Esse índice não é compatível com a democracia, e fere o direito de toda a sociedade à informação”.

Com informações da Abraji

Redação

1 Comentário

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  1. Sim

    fere o direito de toda a sociedade à informação

    Sou contra a violência contra estes profissionais mas que bom se a ABERT, Instituto Millenium e outras entidades do pig se preocupassem de fato com o dirieto da sociedade à informação, isso não existe atualmente por causa da manipulação dos barões da midia, inclusive esta onde de violência decorre da campanha da imprensa no sentido da criminalziação da politica e de repepetir milhares de vezes que só há o caos.

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