Jornal GGN – O Brasil registrou o aumento de 18% do número de pessoas mortas por policiais entre 2017 e 2018. É o que reveja um levantamento feito pelo G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O trabalho mostra que 6.610 pessoas foram vítimas de policiais em 2018, mortas em casos de “confrontos com civis ou lesões não naturais com intencionalidade” envolvendo policiais na ativa (em serviço e fora de serviço). O número é 935 superior a quantidade de vítimas da polícia em 2017.
O garçom Rodrigo da Silva Serrano, de 26 anos, foi morto por policiais militares no Rio de Janeiro, enquanto subia o Morro do Chapéu Mangueira, na Zona Sul da capital. Ele carregava um guarda-chuva e tinha acabado de sair do mercado vindo a pé, enquanto a mulher e os filhos subiam com as compras do supermercado de kombi. Os policiais confundiram o guarda-chuva com um fuzil e atacaram Rodrigo sumariamente.
O Rio de Janeiro é o estado que lidera na taxa de mortes por policiais. Em 2018 foram 1.534 vítimas, ou equivalente a 8,9 assassinatos a cada 100 mil habitantes. O estado responde pela fatia de 1/4 do total de mortes praticadas pelas polícias do país e registrou no ano passado a maior alta desde 1988.
Outros estados que lideram o ranking da taxa de letalidade policial, seguindo atrás do Rio de Janeiro são: Pará (7,2 a cada 100 mil habitantes), Sergipe (6,3), Goiás (6,1) e Bahia (5,4).
Na avaliação de Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, a alta se explica pela flexibilização do imaginário do papel policial na segurança pública dando aos membros da corporação permissão para matar, antes de seguir os devidos processos legais e procedimentais de abordagem de criminosos ou suspeitos.
“O crescimento da violência policial é muito preocupante, porque a história tem mostrado que a tolerância a ela é a semente das milícias no Brasil. E esse é o maior risco para as instituições democráticas. O controle da violência policial deveria interessar sobretudo aos comandos das corporações dispostos a evitar a contaminação de suas instituições por milicianos e por criminosos”, disse em entrevista ao G1.
Dados positivos
O levantamento mostrou ainda que, enquanto houve um aumento de vítimas da polícia, caiu em 13% a quantidade de mortes violentas no Brasil. A pesquisa mostrou também que o número de policiais mortos sofreu redução de 18% no período: foram 374 oficiais assassinados em 2017, contra 307 em 2018.
Esses dois últimos dados são bastante positivos, mas acabaram apagados pelo aumento da letalidade policial.
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