Jungmann assume novo Ministério da Segurança Pública

Governo confirma criação da nova pasta, viabilizada por medida provisória, e general Silva e Luna ocupa ministério da Defesa 
 
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(Foto: Antônio Cruz/ ABr)
 
Jornal GGN – O governo Temer cria nesta segunda-feira (26), por medida provisória, o Ministério da Segurança Pública, quem irá coordenar a pasta será Raul Jungmann que deixa o ministério da Defesa nas mãos do general Joaquim Silva e Luna, até então secretário-executivo no mesmo ministério. 
 
A definição de Jungmann aconteceu em uma reunião na noite de ontem, na residência oficial do presidente Temer. Já a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública estava prevista desde o dia 16 de janeiro, quando foi decretada a intervenção federal (com a coordenação do Exército), na segurança pública do Rio de Janeiro. 
 
O nome do ministro do gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, chegou a ser avaliado para ocupar o novo ministério, mas pesou o fato de ser militar, ampliando uma das críticas, inclusive, da intervenção do Rio, onde o governo escolheu como interventor o general Braga Netto, e não um civil. 
 
A função do ministério será integrar e coordenar as ações de segurança pública, constitucionalmente sob responsabilidade dos Estados. A alegação do governo é que, desde 2006, 11 decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foram editados para ajudar na segurança pública em vários estados com o uso de tropas federais, a exemplo do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. 
 
Eleições 
 
Temer tem pouco tempo para alavancar a imagem do seu governo em dois sentidos: antes das eleições em outubro e antes de concluir seu mandato, em dezembro. Atualmente o governo do emedebista conta com mais de 70% de rejeição, segundo pesquisas Datafolha. Em levantamentos sobre intenção de voto do mesmo instituto, o presidente e ministros do seu governo não chegam a dois dígitos do eleitorado.
 
Ao mesmo tempo, Segurança Pública é um dos temas que mais preocupam o brasileiro, por isso as atividades recentes do governo neste tema têm sido avaliadas por especialistas como uma forma de reconquistar a opinião pública em ano eleitoral. 
 
Leia também: Após um ano, Plano Segurança de Temer ainda está no papel
 
 
Redação

4 Comentários

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  1. 26,5 milhões de desempregados

    26,5 milhões de desempregados e o usurpador criou um Ministério para se segurar no poder.

    A coisa para o lado dele não deve estar boa.

    Temer tem muito a temer.

    Ele sabe que quando o vulcão explodir ele será o primeiro a ser incinerado pelas chamas.

  2. Enfim, de volta ao ninho e às origens

    Desde 1999, quando foi criado, é aprimeira vez que o Ministério da Defesa é ocupado  por um militar. Até então, os generais e os comandantes das três armas tinham que prestar continência a um…civil. Insuportável para a caserna, pelo menos neste pobre país. Agora, está tudo beleza. 

    Governo FHC – (1999) élcio Álvares e Geraldo Magela Quintão; 

    Governos Lula/Dilma – José Viegas, José Alencar, Waldir Pires, Nélson Jobim, Celso Amorim, Jaques Wagner, Aldo Rebello; 

    Governo do Inominável – Raul Jungmann

    E quer saber? Nunca mais um civil. 

  3. “general Joaquim Silva e Luna” deve ser do exercito..

    e ele que vai ter que explicar para a Aeronautica, que o acordo com a SAAB vai melar (há certamemente uma clausula do contrato entre SAAB e EMBRAER estipulando o direito de pular fora em caso de mudança de controle de uma das partes, e a area de defesa da EMBRAER não se sustenta sozinha), e á Marinha que não vai ter mais $$$ para o submarino nuclear.

    Bem feito!

    P.S. esses militares são tão pouco nacionalistas que a Aeronautica vai ficar feliz da vida com F18 de 2ª mão “oferecidos” pela Boeing

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