Manifestantes suspeitam que PM usou agente infiltrado para fazer prisões em SP

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Manifestantes que foram presos no último domingo (4) antes do ato “Fora Temer” na Avenida Paulista disseram ao portal Ponte Jornalismo que suspeitam que a Polícia Militar usou um agente infiltrado para chegar ao grupo e prendê-lo no Centro Cultural São Paulo.

Segundo os manifestantes, o P2 (policial que omite a identidade durante investigações) teria chegado ao grupo através de um aplicativo de relacionamentos e, depois, migrado para o WhatsApp, de onde tirava informações sobre a organização para o protesto.

A suspeita surgiu porque o suposto agente foi o único preso em viatura separada e nunca chegou à delegacia, onde os outros jovens ficaram mais de cinco horas presos sem assistência jurídica

Fausto Salvadori e Maitê Berna

Da Ponte Jornalismo

Governo Alckmin infiltrou PM em Tinder para prender manifestantes, dizem vítimas

Além de provas forjadas, torturas e declarações inventadas, a prisão no domingo (4/9) de 26 manifestantes anti-Temer pela PM do governador Geraldo Alckmin (PSDB) pode ter se valido de uma outra técnica típica dos regimes totalitários: a infiltração de agentes disfarçados do governo com o objetivo de neutralizar movimentos de oposição.

Dos 26 manifestantes presos, 18 foram detidos no Centro Cultural São Paulo (CCSP), na Liberdade, região central de São Paulo, quando se preparavam para ir à manifestação na avenida Paulista. Eles acreditam que foram denunciados à PM por um participante do grupo que se identificava como Baltazar Mendes, o Balta. Enquanto os demais detidos eram presos e conduzidos ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) em duas viaturas e num ônibus, Baltazar foi levado sozinho numa outra viatura e nunca chegou à delegacia.  Para os manifestantes, Balta era um P2 — nome dado aos policiais do serviço reservado da Polícia Militar, que atuam em investigações, sem farda e com identidades falsas.

Balta mantinha uma página no aplicativo de paquera Tinder, em que adotava o típico perfil de um esquerdomacho — um cara que se vangloria de ter posições políticas progressistas para se dar bem com as mulheres. Logo abaixo do rosto barbado de Balta, vinham um breve manifesto louvando a liberdade e a igualdade e, no final, uma citação em inglês (“Democracia é o caminho para o socialismo”) atribuída ao filósofo e revolucionário alemão Karl Marx. (A citação indica que o suposto PM não fez direito sua lição de casa, já que Marx nunca disse isso.)

Uma das conversas de Tinder lida pela reportagem da Ponte mostra que Balta não perdia tempo. Logo após se apresentar, o rapaz já começava a perguntar a respeito das manifestações anti-Temer.

Os jovens detidos no CCSP contam que faziam parte de um grupo informal, com cerca de 40 membros, organizado dois dias antes, via Whatsapp, entre pessoas que haviam se conhecido nas passeatas contrárias ao presidente Michel Temer (PMDB) . “A gente formou um grupo para se encontrar, mas tinha muita gente que não se conhecia. Esse grupo foi feito justamente para juntar uma galera pra ir pro ato, pra ficar um grupo grande e de certa forma servir de proteção, por causa da repressão policial que estava tendo”, contou D., uma estudante que pediu para não ser identificada.

A Ponte teve acesso a parte das mensagens trocadas nos grupos de Whats e em nenhuma delas encontrou menção a planos de praticar atos de violência ou desordem, como alegou o comando da PM ao justificar a prisão dos jovens. A maioria dos membros está na faixa dos 20 anos e alguns eram membros do movimento de estudantes  secundaristas. Com 37 anos, Balta chegou ao grupo por intermédio de outra militante, também mais velha do que os demais. “Ele estava de xaveco com uma amiga minha, e foi ela quem trouxe Balta para o grupo”, explica G., outro dos manifestantes detidos.

A estudante D, que escapou por pouco de ser detida, porque no momento da abordagem havia entrado com duas colegas no banheiro do CCSP, conta que Balta foi quem deu a ideia de mudar o local de encontro do grupo. Até o início da manhã de domingo, o combinado era a estação da Luz. “Ele que sugeriu que fôssemos para lá”, diz.

Por acaso

Um dia após a prisão dos jovens, o coronel Dimitrios Fyskatoris, comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), afirmou em entrevista coletiva que a detenção no CCSP ocorreu por acaso. Policiais militares que passavam pelo local teriam visto os manifestantes reunidos “em atitude suspeita” e resolveram abordá-los. Perguntado se a ação foi antecedida por uma investigação, o coronel foi categórico. “Não houve nenhum ato prévio, essas pessoas foram abordadas na rua”, disse.

Alguns fatos desmentem a versão do comandante. Todos os estudantes ouvidos pela reportagem contaram que a abordagem foi feita com um gigantesco aparato policial, formado por uma dezena de viaturas, um ônibus e um helicóptero. “Não tem como isso ter sido por acaso”, disse um dos detidos. E mais: no momento em que a polícia chegou ao endereço, os manifestantes estavam reunidos na passarela diante da entrada do CCSP, um local que não é visível da rua.

Sem encontrar indícios de crimes contra os estudantes, os policiais apelaram para torturar os jovens e plantar provas, segundo o relato das vítimas. “Um dos policiais estava me revistando, disse que me conhecia e me deu um soco na costela. Foi pegar uma barra de ferro que estava do outro lado da avenida e deixou no chão, na minha frente, e falou ‘é sua’”, conta G.

Se o jeito como a prisão ocorreu já bastava para deixar claro aos manifestantes que havia um PM infiltrado no grupo, o comportamento que Balta adotou a seguir conseguiu chamar todas as atenções para ele. Enquanto a maior parte dos membros do grupo estava presa, sem acesso aos seus telefones celulares, Balta mostrou que estava livre ao mandar mensagens pedindo para que os administradores o removessem do Whats e apagassem suas mensagens.

Às 19h30, quando todos os detidos já estavam no Deic, incomunicáveis para pais ou advogados, fez uma atualização no Facebook sem mencionar nada sobre as prisões dos “colegas”.

Criado em dezembro de 2014, o perfil de Balta no Face não tinha imagens dele nem de qualquer outra pessoa. Há fotos de paisagens e alguns pontos turísticos clichê, como a Torre Eifell.

Nos poucos textos que escreveu ao longo de dois anos, sem mencionar amigos, parentes ou acontecimentos pessoais, aparecem alguns posts curtos que tentam passar a impressão de um sujeito politizado.

Na tarde de terça-feira (6/9), a Ponte entrou em contato com Balta via Whatsapp e perguntou se ele era policial. Ele negou.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

21 Comentários

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  1. Movimento vai ter que usar tática de contra-inteligência

    De algum jeito agora tem que se organizar e passar a checar as pessoas antes de admitir em grupos assim. Pedir cópia da identidade, pesquisar a vida do cara pra ver se o que ele alega é verdade, ir no Portal da Transparência pra ver se não é PM. Todo o cuidado agora é pouco, com a camarilha fascista do Temer na rua!

  2. Que a meninada tome cuidado!

    Como disse o Alan é necessário antes de tudo se resguardar, não é necessário muita coisa, só ter um inserido no grupo que comece a verificar seus membros, nada da pesada, se identificarem algum é só mandar o cara pastar e eliminá-lo dos grupos.

    Fotos como esta são valiosas, pois cedo ou mais tarde alguém vai identificar o sujeito e colocá-lo na rede.

    Não precisa de violência, deixe isto para eles, porém ingenuidade também não.

    Cuidado sem paranóia.

    1. Pensei nisso também

      Mas se o cara for P2 mesmo, essa barba e esse cabelão fazem parte do disfarce. Se ele tirou a barba e tosou esse cabelo conforme a caderneta de corte do quartel, já tá bem difícil reconhecer a criatura. Não se pode duvidar que esses caras trabalham bem quando querem, e quando se trata de investigar traficantes e corruptos trabalham muito mal…

      1. $$$$$$$$$

        Isso ocorre também por que luta politica não da dinheiro, e os esquerdistas não fazem micro ondas com os P2.

        Trafico e corrupção gera muito dinheiro. Quem atua na área costuma se firmar pela violência e não ter ideal social algum.

        Por isso esse playboy se infiltra em movimento de classe média mas não encara uma vida na favela.

  3. Assim que eu vi as primeiras

    Assim que eu vi as primeiras violentas repressões aos manifestantes, incluindo aquela em que a moça perdeu um das vistas, tive a nítida sensação de que a partir dali, já com as inteligências dos governos em funcionamento, não faltarão infiltrados a mando dos governos para criarem fatos contra os pacíficos manifestantes. Essa de ser pacífico é o que mais incomoda, então, por que não fazerem como é costume nas ditaduras?

    Primeiramente, desde que vimos surgirem as primeiras recoltas contra Temer, quando milhares se reuniam nas praças e ruas das cidades, não houve um único fato de violência, nem tão pouco de pessoas com máscaras, escondendo os rostos. Esses mascarados que andam aparecendo são plantados, com certeza. Seria o caso dos manifestantes proibirem a presença deles.

  4. Assim que eu vi as primeiras

    Assim que eu vi as primeiras violentas repressões aos manifestantes, incluindo aquela em que a moça perdeu um das vistas, tive a nítida sensação de que a partir dali, já com as inteligências dos governos em funcionamento, não faltarão infiltrados a mando dos governos para criarem fatos contra os pacíficos manifestantes. Essa de ser pacífico é o que mais incomoda, então, por que não fazerem como é costume nas ditaduras?

    Primeiramente, desde que vimos surgirem as primeiras recoltas contra Temer, quando milhares se reuniam nas praças e ruas das cidades, não houve um único fato de violência, nem tão pouco de pessoas com máscaras, escondendo os rostos. Esses mascarados que andam aparecendo são plantados, com certeza. Seria o caso dos manifestantes proibirem a presença deles.

  5. deixem de ser ingênuos

    Lição a aprender: cuidado com as redes sociais.  A polícia tem acesso a muita coisa, e monitora as redes, como se viu pelo twiter do comandante dos PMs que atiraram em manifestantes com balas de borracha e infelizmente uma menina perdeu o olho. Como disse o cujo PM, com grande insensibilidade e prepotência, mostrando uma postagem antiga da menina, “quem planta rabanetes colhe rabanetes”. Portanto, comecem por não plantar “rabanetes” (ou o que pareça ser) em redes sociais.

  6. È preciso ter certeza para

    È preciso ter certeza para fazer uma afirmação dessas, não simples suspeita.  P2 que se deixa reconhecer numa unica operação? O Cabo Anselmo operou por anos até ser objeto de desconfiança.

  7. Participei da ocupação da

    Participei da ocupação da reitoria da usp em 2007. Havia um rapaz que ao se identificar para entrar no prédio sempre dizia estudar em um curso diferente. Também não apresentava a carterinha de estudante. Se envolvia nas discussões mas nunca ficava muito tempo e mais ouvia do que falava. O pessoal começou a desconfiar e um dia ele tomou uma prensa. Acabou confessando que era p2. Então fizemos uma assembleia para decidir o que faríamos com ele. Evidentemente, por unanimidade, liberamos o cara, que nunca mais voltou.

    Apesar de não parecer em nada com um policial – tinha cabelos compridos, desalinhados, e roupas meio hippie – na verdade, foi bem fácil identificá-lo. Ele parecia perdido no meio dos estudantes, desconhecia as principais pautas das reivindicações, tinha um discurso pobre, demonstrava ignorância sobre grandes pensadores e intelectuais.

    Acredito que um agente bem preparado deve ser raro. Mas é bom ficar esperto.

     

  8. A segunda vez como comédia

    Depois dos terroristas criadores de galinha, agente infiltrado e helicóptero para prender adolescentes. O general Golbery deve estar revirando no túmulo.

  9. Segundo o El Pais o cara é
    Segundo o El Pais o cara é capitão do Exército…

    http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/09/politica/1473452777_631937.html

    Apontado como infiltrado por manifestantes é capitão do Exército
    Willian Botelho é militar da área de inteligência e se apresentava no Tinder e no Facebook como Balta Nunes
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    MARINA ROSSI
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    São Paulo 9 SET 2016 – 19:14 BRT
    Apontado como infiltrado num grupo de manifestantes anti-Temer que acabou preso em controversa ação da polícia no domingo, Wilian Pina Botelho, que se apresentava nas redes com o nome de Balta Nunes, é capitão do Exército. “Estudamos juntos no Instituto Gammon, em Lavras (MG)”, disse a este jornal um conhecido do militar, que não quis se identificar. Segundo ele, Botelho é “sério, estudioso” e iniciou sua carreira no Exército no setor de leilões. Ao menos desde 2013, está no serviço de inteligência do Exército.
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    Imagem do perfil no Tinder de Wilian Botelho.
    Na segunda-feira, EL PAÍS adiantou que Balta, como até então era conhecido, fora apontado como o infiltrado por alguns dos manifestantes detidos e liberados por decisão da Justiça na segunda-feira, que considerou a prisão irregular. Além dos depoimentos, vários elementos do episódio chamaram atenção para ele, como a escolta para local diferente da que o grupo envolvido foi levado e comportamento suspeito nas redes sociais. A repercussão em torno do caso logo chegou a Lavras, onde seus conhecidos não duvidam ao identificá-lo.

    Botelho é oficial do Exército, bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e mestre em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Em novembro de 2013 publicou um artigo na revista A Lucerna, uma publicação da Escola de Inteligência Militar do Exército. Discorreu sobre A inteligência em apoio às operações no ambiente terrorista. Segundo o portal da Transparência, o militar está na ativa desde 1998, o que significa que não se afastou das funções para se infiltrar entre os manifestantes.

    Procuradas, as assessorias de imprensa do Exército e da secretaria de Segurança Pública não haviam se manifestado até o fechamento desta reportagem.

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    De acordo com Bernardo Wahl, especialista em segurança internacional, embora não seja comum, não seria uma surpresa se o Exército estivesse realizando uma operação de monitoramento de alguns grupos, levando-se em conta os últimos eventos ocorridos no Brasil, como a Copa e a Olimpíada. “O Exército fazer isso não seria uma prática comum”, diz. “Em um contexto de manifestações, espera-se que a Polícia Militar tenha um papel de maior protagonismo. Mas num contexto onde os Jogos Olímpicos ocorreram, do aumento da percepção no Brasil sobre a força terrorista, pra mim não é estranho que o exercito atuasse.”

    Ainda assim, explica Wahl, se comprovada a versão dos manifestantes, para que uma operação dessa ocorresse, seria necessário mandato legal para fazê-la. “Também é preciso saber em que contexto de legalidade seguindo um Estado democrático de direito onde vivemos, essa operação aconteceu”.

    Wahl não acha que monitorar determinados grupos tenha como finalidade minar as manifestações, embora o especialista não descarte essa possibilidade. “Mas num contexto de levantar informações de grupos que podem ser ameaças como grupos de violência, isso é uma prática que acontece.” Ele aponta as ações de adeptos da tática black bloc como possível justificativa para os supostos monitoramentos. Segundo a Lei de Garantia da Lei e da Ordem, de 2013, “indivíduos ou grupo que se utilizam de métodos violentos para a imposição da vontade própria em função da ausência das forças de segurança pública policial” podem ser considerados “agentes de forças oponentes”.

    Sem antecedentes e Tinder

    Vários integrantes do grupo detido acreditam terem sido alvos de uma emboscada e apontam os passos do militar nas redes sociais e no próprio domingo da prisão para corroborar sua versão. Segundo publicou a Ponte Jornalismo, sob o codinome de Balta Nunes, o militar entrou no Tinder, aplicativo de relacionamentos, citando Karl Marx em sua descrição. Dizia para as meninas, de acordo com os depoimentos, que procurava “alguém de esquerda” para se relacionar. Começou a confirmar presença em eventos criados no Facebook que convocavam para as manifestações anti-Temer que ocorreram nas últimas semanas em São Paulo. No último domingo, formou parte de um grupo no WhatsApp chamado 13h Metro Consolação, criado para que as pessoas – que não se conheciam pessoalmente, apenas pelos grupos no Facebook – se encontrassem e fossem juntas ao ato contra Michel Temer na avenida Paulista.

    Chegando no metrô Consolação no horário marcado, Balta convenceu o grupo a ir até o Centro Cultural Vergueiro, a alguns quilômetros de onde a manifestação seria realizada. O grupo foi, a pretexto de encontrar outras pessoas lá. Um helicóptero da polícia acompanhou o trajeto inteiro. O grupo de 22 pessoas, incluindo o militar, foi abordado pela Polícia Militar no centro cultural e levado para o Departamento Estadual de Investigações Criminosas (DEIC) posteriormente. O militar, porém, foi o único que não foi levado junto com o grupo.

    O grupo de manifestantes que foi detido no domingo, supostamente com a ajuda do militar, não tinha passagem pela polícia, não se assumiu como adepto da tática black bloc e não fazia parte de alguma organização ou partido. “O Brasil como Estado Democrático de Direito não pode legitimar a atuação policial de praticar verdadeira ‘prisão para averiguação’ sob o pretexto de que estudantes reunidos poderiam, eventualmente, praticar atos de violência e vandalismo em manifestação ideológica. Esse tempo, felizmente, já passou”, disse o juiz Paulo Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo ao liberá-los na segunda-feira.

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