Munição usada na chacina foi comprada pela PM, PF e Exército

Jornal GGN – De acordo com a Companhia Brasilia de Cartuchos (CBC), parte das cápsulas apreendidas nos locais dos ataques ocorridas na Grande São Paulo pertece a lotes comprado pela Polícia Militar, Polícia Federal e pelo Exército. A empresa prestou as informações para Corregedoria da Polícia Militar. A chacina, a maior ocorrida no Estado de São Paulo, deixou 19 mortos e cinco feridos em agosto.

A corregedoria identificou que as cápulas apreendidas, de calibre 9 mm, foram adquiridas entre 2006 e 2009 e integravam cinco lotes diferentes, dois deles comprados pela Polícia Militar de São Paulo e enviados ao Centro de Suprimento e Manutenção de Armamento e Munição da PM; outros dois foram adquiridos pela Polícia Federal e encaminhados para diversos estados, como Goiás, Roraima, Sergipe, além do Distrito Federal; e um comprado pelo Exército Brasileiro e entregue em “diferentes organizações militares”.

Integrantes da força-­tarefa que apura a chacina consideram, como principal hipótese, que as balas foram desviadas ou roubadas. Através de nota, a PF disse que ainda não foi comunicada oficialmente e que faltam informações para uma pesquisa mais apurada. 

Para Alexandre de Moraes, secretário da Segurança Pública de São Paulo, as principais suspeitas indicam que PMs e guardas municipais foram responsáveis pela chacina, como retaliação pelas mortes do PM Avenilson Pereira de Oliveira e do guarda-civil Jeferson Rodrigues da Silva, poucos dias antes dos ataques. Até o momento, o único preso por suspeita de participação na chacina é o soldado Fabrício Emmanuel Eleutério, reconhedo por uma testemunha.

Com informações do Estadão

Redação

5 Comentários

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  1. Mutirão: como enquadrar a sociedade?

    Eu imagino que uma sociedade pensante, com aspectos civilizatórios destacados, com instituições e vivência democráticas amadurecidas, enfim, contextualizada em um cenário menos desigual e brutal, nunca faria a pergunta como enquadrar policiais.

    Enquadrar quem?

    Uai, então é o caso de chicotear apenas quem faz o “serviço sujo”?

    Uai a PM é máquina de matar jovens? Mas qual a cor e o endereço destes jovens?

    Quem é que elege parlamentares e governantes que se dizem capazes de tocar a homicida “guerra às drogas”, torrando bilhões dos orçamentos públicos para enxugar gelo e agradar a DEA e o Departamento de Estado dos EUA?

    Quem é que dá audiência a datenas e resendes?

    A quem serve o discuro das UPP?

    Quem acreditou que poderia ser possível “pacificar” territórios com ocupação militar no RJ?

    A pergunta incômoda e crucial é: O que seria feito desses jovens (todos pobres e quase todos pretos) se não estivessem mortos?

    Não existe polícia violenta em uma sociedade justa.

    A violência policial é apenas o instrumento mais contudente do domínio de classes.

    Tenham paciência…hipocrisia tem limites.

  2. Indício claro de desvio/venda
    Indício claro de desvio/venda de munição pela PF, crime de peculato. Vamos ver o q a polícia da mídia vai apurar a respeito.
    Já me adianto, e aposto q o inquérito ou sindicância Mandrake instaurado, vai concluir q os estojos foram destinados à recarga, após o uso em treinamento, e portanto não há controle a respeito de sua circulação….
    Aguardem o desfecho desta e de outras falcatruas a cargo da PF, muita coisa precisa vir à tona!!!

  3. Todos sabem!

    Uma pena que não tenha um jornalista com coragem para dizer J’acuse!!!

     

    Todos sabem quem foi e ninguém da a mínima. A sociedade tem a polícia que paga!

    SP é isso aí institucionalizado! É assim porque foi pensado e planejado que assim o fosse!

     

    Por isso, não existe solução para este estado. Parem de tentar “conquistar” SP. Usem a tática que todos usam e que é a única que garante resultados futuros. Dividir para conquistar!

    Divida o Estado de SP em 3 e o problema está resolvido para sempre. Nunca mais haverá golpes de estado neste país!

    MAs até os paulistas de ESQUERDA sonham em um dia ser esta força ditatorial que emana deste Estado da federação.

    Sonham assim porque são paulistas!

    Hora do Brasil acabar com isso porque SP não vai nem tentar…

     

     

  4. Déjà vu

    O Massacre de Eldorado dos Carajás foi a morte de dezenove sem-terra que ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, no sul do ParáBrasil decorrente da ação da polícia do estado do Pará.

    Dezenove sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Estado do Pará. O confronto ocorreu quando 1.500 sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local, porque estariam obstruindo a rodoviaBR-155, que liga a capital do estado Belém ao sul do estado.

     Cruz marca o local do massacre em Eldorado dos Carajás

    O episódio se deu no governo de Almir Gabriel, o então governador. A ordem para a ação policial partiu do Secretário de Segurança do Pará, Paulo Sette Câmara, que declarou, depois do ocorrido, que autorizara “usar a força necessária, inclusive atirar”. De acordo com os sem-terra ouvidos pela imprensa na época, os policiais chegaram ao local jogando bombas de gás lacrimogêneo.

    Segundo o legista Nelson Massini, que fez a perícia dos corpos, pelo menos 10 sem-terra foram executados a queima roupa. Sete lavradores foram mortos por instrumentos cortantes, como foices e facões.

    O comando da operação estava a cargo do coronel Mário Colares Pantoja, que foi afastado, no mesmo dia, ficando 30 dias em prisão domiciliar, determinada pelo governador do Estado, e depois liberado. Ele perdeu o comando do Batalhão de Marabá. O ministro da Agricultura, Andrade Vieira, encarregado da reforma agrária, pediu demissão na mesma noite, sendo substituído, dias depois, pelo senador Arlindo Porto.

    Uma semana depois do massacre, o Governo Federal confirmou a criação do Ministério da Reforma Agrária e indicou o então presidente do IbamaRaul Jungmann, para o cargo de ministro. José Gregori, que na época era chefe de gabinete do então ministro da Justiça, Nelson Jobim, declarou que “o réu desse crime é a polícia, que teve um comandante que agiu de forma inadequada, de uma maneira que jamais poderia ter agido”, ao avaliar o vídeo do confronto.

    O então presidente Fernando Henrique Cardoso determinou que tropas do exército fossem deslocadas para a região em 19 de abril com o objetivo de conter a escalada de violência. O presidente pediu a prisão imediata dos responsáveis pelo massacre.

    ministro da Justiça, Nelson Jobim, juntou-se às autoridades policiais e do Judiciário, no Pará, a pedido do governo federal, para acompanhar as investigações. O general Alberto Cardoso, ministro-chefe da Casa Militar da Presidência da República, foi o primeiro representante do governo a chegar a Eldorado dos Carajás.

    Os 155 policiais militares que participaram da operação foram indiciados sob acusação de homicídio pelo Inquérito Policial Militar (IPM). Esta decisão foi tomada premeditadamente, pois pela nossa lei penal, não há como punir um grupo, pois a conduta precisa ser individualizada. Como não houve perícia nas armas e projéteis para saber quais policiais atingiram determinadas vítimas, os 21 homicídios e as diversas lesões, permanecem impunes. Em outubro do mesmo ano, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, determinou que a Polícia Federal reconstituísse o inquérito, pois estava repleto de imperfeições técnicas. Neste parecer, Brindeiro diz ainda que o governador Almir Gabriel autorizou a desobstrução da estrada e que, portanto, tinha conhecimento da operação. No final do ano, o processo, que havia sido desdobrado em dois volumes, ainda estava parado no Tribunal de Justiça de Belém, que trata dos crimes de lesões corporais, e no Fórum de Curionópolis, que ficou encarregado dos homicídios. Em maio de 2012, o coronel Mário Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira foram presos, condenados, o primeiro a 228 anos e o segundo a 158 anos de reclusão, pelo massacre.[1]

     

    Fonte: Wikipedia

  5. COMENTÁRIO INSPIRADO NO

    COMENTÁRIO INSPIRADO NO FEITIO DOS INDIGNADOS TUCANOS DA TUCANOLÂNDIA

    O chefe dos criminosos é o senhor Alckimin, fiel da Opus Day, filiado ao PSDB. Portanto, é um cabra iniputável. Se fosse filiado ao PT, estaria lascado e devidamente condenado pelo “domínio do fato” dos capas pretas. Ou preso preventivamente pra negociar uma delaçãozinha premiada, do juizinho dos coxinhas, doutor moro .

    Orlando

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