Polícia Civil carioca tentar criminalizar mulher de Amarildo

Jornal GGN – Sem respostas pelo desaparecimento de Amarildo, a polícia carioca pediu a prisão temporária de sua companheira, Elizabete Gomes da Silva. Segundo o advogado João Tancredo, responsável pela defesa da família, essa é uma tentativa de “criminalizar a vítima”.

Responsável pela prisão temporária de “Bete”, o delegado Ruchester Marreiros, ex-adjunto da 15ª Delegacia de Polícia, hoje na DRCI (Delegacia de Repressão a Crimes de Informática), alegou o envolvimento dela com o tráfico. Entretanto, o pedido foi desconsiderado pelo titular da delegacia, Orlando Zaccone, e pelo Ministério Público.

Para Tancredo, a medida é “uma clara tentativa de criminalizar a vítima”, lembrando a investigação do caso da engenheira Patrícia Amieiro, também desaparecida, na qual surgiu uma testemunha dizendo que ela havia ido comprar drogas em uma favela. “Você fala que a pessoa tinha ligação com o tráfico como se assim pudesse justificar a morte.”

Covardia

O advogado lembra as condições de extrema pobreza de Amarildo e da mulher, que dividiam um barraco de um cômodo com os seis filhos, sustentados por cerca de R$ 600 mensais que ele ganhava como ajudante de pedreiro. 

Segundo a Polícia Civil, o pedido de prisão contra Elisabete foi desconsiderado por falta de provas que comprovassem que a “Bete” citada nas investigações era a mulher de Amarildo, e usado apenas como peça de informação do inquérito, já que o delegado Marreiros não estava mais lotado na delegacia.

O pedreiro Amarildo de Souza, 43, está desaparecido desde o dia 14 de julho, quando foi levado algemado por policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha.

Com informações do portal de Notícias da Bol
Redação

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