No RJ, Fecomércio vai gastar R$ 44 milhões com seguranças privados

Jornal GGN – De acordo com matéria do jornal O Globo, a Federação do Comércio do Estado do Rio (Fecomércio) irá contratar seguranças privados para o policiamento no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Parque do Flamengo. Serão mais de 360 policias militares de reservas e jovens egresso das Forças Armadas, ao custo de R$ 44 milhões para a Federação. O governo do Estado do RJ fará investimento em armas e veículos, e, para o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse que “quem sai ganhando é a população”. 

Enviado por Carioca

Do Jornal do Brasil

Nos bairros nobres do Rio, milicianos ganham o nome de “seguranças”

Reportagem deste sábado (24) do jornal “O Globo” informa que o sistema Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Rio) patrocinará o policiamento de seguranças privados no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Parque do Flamengo. Ao todo, 363 policiais militares da reserva e jovens que acabaram de deixar as Forças Armadas vão patrulhar as áreas apé, de carro, em bicicleta ou moto. O serviço, que terá duração inicial de dois anos, custará à Fercomércio R$ 44 milhões. O governo estadual entrará com investimento em armas e veículos. A Fecomércio acaba de criar “protetores” dos comércios de primeira classe e de moradores das áreas mais abastadas da capital fluminense.

 
Nas favelas e nas áreas menos favorecidas e mais afastadas do centro turístico da cidade o patrocínio de “seguranças” por iniciativa privada já existe há alguns anos e recebe o nome de milícia. Na zona sul, porém, estes guardadores da segurança pública aparecem, inclusive aos olhos do Estado, como colaboradores. Na reportagem do “Globo”, o governador do Rio acrescenta que “quem sai ganhando é a população”, sem detalhar a qual parcela da população serão creditados os benefícios da segurança. Sabe-se que não são os das favelas, acossados pela segurança privada viabilizada pelo tráfico. Essas milícias da Fecomércio estão sendo legitimadas e reconhecidas pelo Estado, o que significa dizer que o governo está admitindo, enfim, que não tem competência e, por isso, aplaude a iniciativa privada.
 
Caso se transformem em protetores eficientes num futuro próximo, eles poderão servir à Segurança Pública, além de se transformarem num grande centro de alavancagem política, algo que já acontece nos países em guerra do Oriente Médio e aos quais poderemos nos equiparar.
Redação

5 Comentários

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  1.  
    Qualquer semelhança com a

     

    Qualquer semelhança com a criação do “estado islâmico” pelas grandes lideranças mundial ….   Depois  vai ser difícil conter o crescimento do monstro.

  2. Somando-se ao agencia

    Somando-se ao agencia americana de combate ao narcotráfico que se instalará no Rio, temos o plano geral de qual será nosso fururo. 

    Poder paralelo bancado pela direita. 

  3. O que diz a constituição a

    O que diz a constituição a respeito? O que está ococrrendo,na verdade,é uma privatização disfarçada da segurança pública.

    É lógico que dirão que será uma segurança patrimonial,que não terá poderes de polícia,etc,etc. Na prática funcionará como já vem funcionando as milhares de empresas de segurança cujo os donos são ligados de alguma forma a polícia: Usarão a polícia oficial,onde encontra-se a grande maioria de seus membros na horas de folga,para dar um “fachada”legal neste papel de polícia,isto sem falar na obtenção gratuita de informações privilegiadas custeadas pelo erário.

    É preciso que a sociedade discuta o tipo de polícia que quer e a forma de financiar esta polícia.

  4. Mermão!
    Como o editorial do

    Mermão!

    Como o editorial do JB pergunta: “Qual a diferença entre milícias e “Segurança bancada pela FECOMÉRCIO” ?

    Concordo com o Vladimir. O que está ocorrendo,na verdade,é uma privatização disfarçada da segurança pública.

    Em ano de Olimpíadas tudo vale em terra de ninguem.

  5. Não tem nexo, é ilegal

     Espero que a noticia contenha uma falha clamorosa, pois parte dela é completamente sem nexo, pois o Estado não pode, em hipotese alguma,fornecer armas e/ou munições, adquiridas por ele ( reserva de armamento ), portanto sobre sua guarda e responsabilidade constitucional, a terceiros privados.

      “Jovens oriundos das FFAA ” :  Uma temeridade, um risco para qualquer cidadão, acreditar que um jovem egresso das FFAA , que serviu de 9 meses há até 3 anos ( reprovou para ESA, e saiu ), estará capacitado a exercer funções relativas a segurança publica ostensiva, eles foram treinados para guerra, não para “policiar” – nem mesmo os que serviram em unidades tipo PA/PE/BG * – tanto que pela experiência americana – que brasileiro adora copiar , mas mal e porcamente – os egressos das FFAA americanas, são “melhores pontuados” quando habilitam-se a qualquer força policial ( municipal, estadual, condados ou federais), mas  ingressam como quaisquer outros postulantes, vão para as Academias ( de 10 meses há 02 anos, dependendo do contratante ), em todo este tempo – novamente pelas experiências, tanto americanas como colombianas – ele terá que ser muito bem “descontaminado” de seu treinamento doutrinário original. Pois “guerrear contra um inimigo” é diametralmente oposto ao exercicio da segurança publica ( atiividade policial ).

         Mas piora, pois colocar estes “jovens” despreparados, ativos “no talo”, com sindrome de herói, ao lado de “reservistas” em sua maioria com problemas e conceitos arraigados por anos de atividade, alguns ligados a empresas de segurança, é mais loucura ainda.

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