O desafio de conter o vandalismo sem atentar contra liberdades democráticas

Da IstoÉ

O risco do radicalismo

A morte do cinegrafista Santiago Andrade, fruto da inaceitável violência dos black blocs, revela o despreparo da polícia para lidar com extremistas e coloca o País diante do desafio de conter o vandalismo sem atentar contra liberdades democráticas

por Sérgio Pardellas ([email protected])

 14.Fev.14 – 20:50 |  Atualizado em 15.Fev.14 – 18:36

Um dos principais militantes anarquistas do século XIX, Sergei Nechaev criou em 1869, em Moscou, o grupo terrorista Narodnaya Rasprava, que pregava a realização de atos de assassinato de grandes figuras políticas e práticas de terrorismo contra a burguesia e a imprensa com o objetivo de estimular insurreições populares. Exatamente um século depois, em dezembro de 1969, inspirados nas ideias de Nechaev, grupos terroristas da Itália, com a pretensão de desestabilizar a ordem política do pós-guerra, promoveram uma ação que ficou conhecida como o “Atentado à Piazza Fontana”, detonando uma bomba que destruiu o Banco Nacional de Agricultura, em Milão, matou 16 pessoas inocentes e deixou outras 88 feridas. Nada disso, afora a inspiração anarquista dos atos e o clamor popular que se seguiu às mortes na Itália, se assemelha ao que ocorreu há duas semanas no Rio de Janeiro. Na quinta-feira 6, o cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da TV Bandeirantes, que registrava o confronto entre manifestantes e policiais durante protesto contra o aumento da passagem de ônibus, no centro da cidade, foi atingido na cabeça por um rojão lançado por dois integrantes do grupo Black Bloc – linha de frente das manifestações que lançaram o Brasil, desde junho do ano passado, na maior convulsão social experimentada em décadas.

Em consequência do ataque, Andrade sofreu afundamento do crânio e faleceu na segunda-feira 10.

Convém delimitar bem os dois episódios para não se cometer equívocos históricos que resultem em diagnósticos errados e embalem soluções políticas inapropriadas. O que se configurou na Itália em 1969 foi puro ato de terrorismo, no sentido preciso da palavra, porque sua intenção era a de provocar terror, morresse quem morresse, uma criança ou um homem, jornalista ou político. No Rio, a situação foi outra. Na esteira das manifestações de junho passado, quando a sociedade tomou as ruas demonstrando um mal-estar difuso, vândalos e arruaceiros, muitos deles influenciados por ideais punks e anarquistas, como os black blocs, se apossaram dos movimentos e promoveram radicalismos inaceitáveis, criminosos, mas que, nem de longe, podem ser classificados como ações terroristas que ameaçam a ordem institucional do País. A democracia brasileira segue firme. Na última semana, porém, muitas vozes se levantaram no esforço de encontrar paralelo entre atos terroristas do passado e o que aconteceu na quinta-feira 6, ou seja: um vandalismo que culminou na morte trágica do cinegrafista. Ato contínuo a essa equivocada percepção, entabularam-se medidas que, se levadas adiante, nos fariam adentrar no pantanoso terreno da ameaça às liberdades democráticas. O desafio das autoridades, agora, é encontrar meios de conter e punir com rigor o vandalismo nas manifestações. Mas sem atentar contra as preciosas liberdades que o País tanto lutou para alcançar.

A indignação e a consternação provocadas pelas circunstâncias da morte de Santiago Andrade se transformaram no catalisador para aprovar às pressas, por exemplo, uma lei que será extremamente deletéria se mantido o seu atual texto, a chamada lei antiterrorismo. No Projeto de Lei 499/2013, em tramitação no Senado, com o apoio de setores do governo federal, do próprio PT e da oposição, as definições para o crime de terrorismo são as seguintes: “Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação de liberdade da pessoa” e “Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante dano a bem ou serviço essencial”. Ou seja, não seria preciso existir uma motivação. Bastaria provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou dano, ou então sua tentativa. Não seria preciso também utilizar armas ou meios capazes de infligir dano real, tendo em vista o agravante estabelecido no parágrafo 2º, do artigo 2º, pois bastaria a existência da ofensa. O ato terrorista, assim, estaria sujeito à livre interpretação, dependendo de quem analisasse o acontecimento e também de sua repercussão. “Criar um tipo de terrorismo, tal como se propõe, draconiano e genérico, não vai impedir que outros crimes sejam praticados. Mas pode servir para que vários atos políticos sejam suprimidos em nome do medo ou da tutela exacerbada, com tipos vagos e punições desproporcionais. Uma típica lei de exceção, enfim”, afirmou Marcelo Semer, juiz de direito e ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia.

O Brasil não precisa de leis de exceção. O próprio Código Penal vigente prevê punições para quem se reúne para cometer crimes, depredar bancos, lojas e o patrimônio público. Quando três ou mais pessoas se juntam para matar alguém, por exemplo, elas incorrem no crime de associação criminosa, cuja pena varia de um a três anos de reclusão. Já a depredação de instituições privadas é tipificada como dano ou como dano qualificado, quando envolve patrimônio público. Nesses casos, a punição prevista é de seis meses a três anos de prisão. Para a advogada criminal Fernanda Tórtima, pelo texto do projeto de lei proposto, até mesmo uma briga de torcidas em estádio de futebol poderia ser considerada terrorismo. “Afinal, há um pânico generalizado e ofensa à integridade física de pessoas”, diz ela. “O mínimo que se pode esperar é que o legislador identifique a motivação do suposto agente terrorista.” A advogada considera ainda que a necessidade da tipificação do terrorismo como crime é questionável. “Criar um tipo penal de terrorismo num país como o Brasil, que não tem nenhuma tradição nesse tipo de crime?”, questiona Fernanda Tórtima. Mesmo que o ataque ao cinegrafista da Bandeirantes fosse um ato terrorista, já haveria uma lei para enquadrá-los, a de Segurança Nacional, contemplada na Constituição de 1988 em seu artigo 20.

Caso o Congresso Nacional queira realmente tratar a questão com a seriedade devida, ele pode aprovar boas propostas já em tramitação, que enfrentam o problema sem atacar a ordem institucional. A principal delas foi encaminhada ao Senado pelo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Na proposta estão contidos os elementos essenciais para disciplinar os protestos e punir com rigor quem deles se aproveita. O projeto de Beltrame sugere a proibição de porte de armas pelos manifestantes e objetos capazes de provocar lesões, assim como a utilização de máscaras ou qualquer forma de dificultar a identificação dos vândalos. Quem descumprir poderá ser detido enquanto o protesto ocorrer e ser responsabilizado civil e criminalmente.

De qualquer forma, se a polícia já tivesse cumprido seu papel, certamente a situação não teria chegado a esse ponto. Desde a eclosão das manifestações populares, em junho do ano passado, está claro que faltam preparo e uma política de prevenção e inteligência para identificar os extremistas. Para piorar, sobraram excessos e descontrole na hora de lidar com os protestos. Um dado que ilustra bem esse comportamento revela que, desde o ano passado, 75,5% das agressões contra jornalistas em manifestações partiram da PM ou da Força Nacional de Segurança. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) contabilizou até o momento 117 casos. Cobranças pelo recrudescimento da ação policial voltaram perigosamente à pauta nacional a partir da morte do cinegrafista, mas a história já cansou de mostrar que não é o melhor caminho a trilhar em situações como a atual. Episódios como a própria repressão aos primeiros manifestos de junho e casos como o atropelamento proposital por um policial de uma garota que participava de um protesto no último dia 25, nas proximidades da rua Augusta, em São Paulo, revelam que essas ações só contribuem para estimular novas insurreições, nunca para contê-las. A democracia dá um passo para trás cada vez que uma manifestação é coberta por violência – não importa de que lado venha. Um abuso jamais justifica outro, um retrocesso não apaga o anterior. É preciso levar em conta que, assim como a polícia vê o manifestante como inimigo, grande parte da população, especialmente as camadas mais pobres, enxerga o braço policial do Estado, que está na esquina da sua casa, como grande fonte de ameaça.

Para saber lidar com os black blocs, primeiro é preciso decifrá-los. Quando a tática black bloc começou a ser utilizada nos protestos brasileiros, a polícia tinha pouco ou nenhum conhecimento sobre ela, mesmo que não se tratasse de um movimento novo. Grupos vestidos de preto, mascarados, de ideologia anarquista ou anarco-punk, que veem na violência e na depredação uma “forma legítima” de protesto, existem desde a década de 1980. Surgiram na Alemanha, no contexto da Guerra Fria. Mais recentemente, durante as manifestações do Occupy (EUA), da Primavera Árabe e dos protestos ligados à crise econômica na Europa (Grécia, Espanha, Reino Unido), os black blocs ganharam ainda mais visibilidade graças à organização de grupos na internet. Apesar disso, as autoridades brasileiras foram pegas de surpresa. Depois, faltou antever o próximo passo. “A reação da polícia é sempre inesperada, mas os protestos já têm quase um ano e, pelo menos, algumas coisas têm sido conversadas. Alguns procedimentos são mais discutidos para lidar com o problema. Eles (a polícia) sabem que estão sendo vistos, e podem ser muito criticados se agirem com excesso. Eles apanharam bastante também e já foram bastante criticados”, afirma Bruno Paes Manso, economista, jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP.

O profundo ressentimento contra as supostas injustiças do “sistema” e um certo senso de oportunidade para uma vendeta contra as forças policiais impulsionaram a radicalização da tática black bloc nas bordas das grandes cidades. A popularização desses grupos pode ser atribuída, ao menos em parte, à grande visibilidade dada pela mídia. “Coletivos” passaram a se organizar via redes sociais e ganharam mais adeptos, notoriamente adolescentes e jovens das periferias que viram no uso da violência uma forma de vingança contra o que eles consideram repressão estatal. Essa repressão inclui especialmente a violência policial. Não são raros os jovens black bloc que tiveram amigos ou conhecidos mortos em ações da polícia. Eles se ressentem das humilhações sofridas em abordagens e veem no protesto contra o “sistema” (governo, polícia, bancos e outras grandes empresas privadas) uma forma de devolver tudo isso. “A polícia precisa aprender a lidar com manifestação, não só black bloc, mas com tudo. Há um sentimento de raiva absoluta contra a PM, um sentimento acumulado. São chamados de fascistas, opressores. Esses meninos (do Black Bloc) tiveram experiências horríveis com a polícia. E, quando a gente tem alguma atuação policial definida como agressiva ou violenta, essa raiva aumenta e leva a mais violência ainda por parte do Black Bloc. É um círculo”, alerta Esther Solano, professora de relações internacionais da Unifesp e pesquisadora do movimento Black Bloc.

Nos últimos dias deflagrou-se no País uma troca de acusações sobre os causadores da morte de Santiago: se a mídia, as redes sociais ou a polícia. Lamentavelmente, a tragédia não tem mais como ser reparada. Fica a dor da mulher, Arlita, e da filha Vanessa. Quais medidas serão tomadas de agora em diante? Para Adilson Paes de Souza, tenente-coronel da Polícia Militar de São Paulo e mestre em direitos humanos pela USP, autor do livro “O Guardião da Cidade – Reflexões sobre Casos de Violência Praticados por Policiais Militares”, a sociedade e o Estado precisam analisar a questão a fundo e fazer um mea-culpa. “O fenômeno black bloc tem que ser entendido. Repressão por repressão, a polícia sabe fazer. Você adequa a conduta ao Código Penal e pronto. Mas é uma boa oportunidade de o Estado brasileiro como um todo fazer um mea-culpa. No que eu posso ter contribuído? Será que, ao não prover os direitos sociais básicos, eu deixei que houvesse uma lacuna?” É um bom debate. Dessa forma, é possível caminhar mais celeremente para a solução, evitando que novas mortes como a de Santiago Andrade aconteçam.

Com reportagem de Lucas Bessel; colaboraram Michel Alecrim e Wilson Aquino

Luis Nassif

12 Comentários

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  1. “O desafio das autoridades,

    “O desafio das autoridades, agora, é encontrar meios de conter e punir com rigor o vandalismo nas manifestações. Mas sem atentar contra as preciosas liberdades que o País tanto lutou para alcançar”:

    Pera la porque eu estou vendo isso ha anos e anos no Brasil e ninguem fala merda nenhuma:  por qual razao brasileiro acha a coisa mais normal do mundo que a policia militar espanque estudantes, professores, pedintes de agua, pobres, pretos, e qualquer outro tipo de manifestantes, POR DECADAS A FIO?

    Querem se livrar dos “manifestantes” e do “vandalismo”?  Comecem a pensar em se livrar das policias militares infestando o pais todo porque aonde eles vao, eles aprontam burrada apos burrada -sem contar com os assassinatos.

    E ninguem fala nada.

  2. É só parar de

    É só parar de demagogia

    Liberdade democratica deve ser garantida sobre o peso da lei a todas as pessoas de uma sociedade

    O problema é que demagogos estao priveligiando vandalos em detrimento do interesse geral da sociedade civil

    Hoje na capa da Folha e do Estado ( nao sei pq a esquerda odeia tanto eles, pensam igual em muitos assuntos ) estava uma denuncia de truculencia policial para conter menores

    Os menores em questao segundo a propria materia queriam apenas vandalizar a escola e tocar fogo…

    Agora como alguem pode dominar outro alguem sem uso de força quando a criatura se recusa a cooperar?

    Ja existe leis e policia suficiente para por ordem na casa ( o que falta é revr o ECA ) mas a grosso modo a coisa pode ser controlada, o que falta é vergonha na cara, e coragem para os politicos parar de querer lucrar eleitoralmente com os fatos e em prol disso criminalizar desde ja a PM e forças auxiliares e com esse modo avalizar modos operandis vandalos de grupos organizados que estao tornando a vida em sociedade cada vez mais dificil… 

    1. “Hoje na capa da Folha e do

      “Hoje na capa da Folha e do Estado ( nao sei pq a esquerda odeia tanto eles, pensam igual em muitos assuntos ) estava uma denuncia de truculencia policial para conter menores”:

      E voce nao sabe porque, Leonidas?  Eh porque depois da tremenda traida da policia com toda a media em favor da rede golpe no caso da prisao do acusado da morte de Santiago, nem mesmo a falha de Sao Paulo poderia deixar de notar que eh segunda-classe.

      So que o resto da media brasileira notou que eh segunda-classe tambem, apezar da puxacao de saco previa da policia -nao adiantou nada.

      A policia pode esperar mais dessas “novidades” daqui pra frente pois a media se olhou no espelho e eles ainda nao o fizeram.

  3. o artigo é equilibrado e tem

    o artigo é equilibrado e tem sua qualidade.

    o único erro grosseiro que infelizmente reproduz os piores vícios do jornalismo é que ele acaba tomando como verdade algo que simplesmente foi repetido várias vezes, no final acaba legitimando essa técnica já famosa de manipulação de imprensa: que os autores do disparo eram “black blocs”.

    Todos que viram os vídeos puderam observar que eles não estavam em grupo quando efetuaram o disparo, agiram isolados, em todas as entrevistas e depoimentos disseram que não eram “black blocs”, ou seja, dizer que eram black blocs é tão somente uma suposição do autor do texto. Ainda que muita gente esteja convencida do contrario, como jornalista é necessario um mínimo de parcimônia na hora de dizer que “tal pessoa é isso ou aquilo”, não pode colocar lá sua opinião pessoal. Não atentando a esse fato, o jornalista acaba apenas reproduzindo a equação “manifestante que incomoda = black bloc”*, tão martelada pela imprensa tradicional. Seja ou não verdade a “filiação” dos rapazes à tática, em questão de jornalismo deixou a desejar.

    [para os que estão com os dedos coçando para dizer que os black blocs são em realidade os “manifestantes violentos”, que dizer então do último ato do MST em Brasilia? Quanto ao anonimato, talvez devessem primeiro exigir que as forças públicas sejam devidamente identificadas, coisa que não ocorre e certamente não é de 2013 para cá, é de muuuito antes que a polícia esconde a identificação na hora que sabe que “o coro vai comer”. Talvez daí os Black Blocs tenham se inspirado para cobrir seus rostos]

  4. Qual é o desafio? O Estado

    Qual é o desafio? O Estado existe para controlar o territorio, tem força para isso que custa caro à sociedade MAS para

    não perder votos não fazem nada contra o vandalismo, alem de covardes são burros, a esmagadora maioria da sociedade apoiaria o controle total da rua pela Policia, manifestação que fecha ruas e estradas, sem falar em vandalismo, não é e nunca foi democratica nem aqui nem em Paris, foi a midia que fez circular o bordão MANIFESTAÇÃO PACIFICA E DEMOCRATICA, não é qualquer manifestação que é democratica, só aquela dentro da lei, desafiando a lei não é democratica, já o vandalismo nem manifestação mais é, trata-se de crime contra o patrimonio e a vida.

    Democracia só funciona dentro de regras, sem regra não é democracia.

  5. Precipitação

    “um rojão lançado por dois integrantes do grupo Black Bloc”. De onde o A. tirou essa certeza? Certeza é pois ele afirma assim, sem atenuações, como “talvez integrantes”, “dados como integrantes…” E se, p.ex., são gente posta ali pelas milícias, provocadores ou algo do gênero?

  6. É fácil escrever textos

    É fácil escrever textos “politicamente corretos”, a regra número um é por a culpa na polícia. Como desta vez não foi possível culpar os policiais pelo rojão, o articulista culpa-os por não terem previsto a atitude dos autores “antes deles agirem”. 

    Realmente o Brasil é um país “difícil”, pois por aqui sobram a demagogia, o ilusionismo verbal, a teorização descompromissada. Faltam a coragem de encarar os problemas e seus aspectos concretos, buscando soluções realistas para eles dentro da lei.

  7. A solução é mais simples do que parece

    A solução, embora não definitiva nem perfeita, é mais fácil do que parece: basta fazer cumprir a constituição, em seu artigo 5o, inciso IV do caput: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.

    As máscaras estão proibidas em manifestações desde outubro de 1988, portanto. A polícia só precisa obrigar a retirada de máscaras, com uso da força (proporcional), se necessário. Manifestar-se de máscara é inútil, aliás, sequer é manifestação.

    Sem o anonimato, o indivíduo tende a ser mais responsável. A polícia deveria ter seus próprios cinegrafistas em manifestações, também, para ter provas contra vândalos, caso sejam necessárias. Nenhuma destruição de patrimônio ou ataque a pessoas é desejável ou necessária, embora possa ser aceitável. De qualquer modo, a punibilidade pode ser decidida depois.

    É assim que se faz em estádios de futebol; qual a diferença nas manifestações/protestos? Em ambos os casos, pessoas estão exercendo seu direito constitucional em paz, mas pode haver pessoas mal-intencionadas a elas misturadas, ou mesmo um sentimento de poder e proteção comum a multidões, que pode transformar manifestações pacíficas em verdadeiros motins, em reação a condições adversas. É necessário responsabilizar participantes que passam do limite de seu direito. Ninguém tem o direito de destruir propriedade pública ou de outros, nem de agredir ou matar.

    1. Como você classificaria uma

      Como você classificaria uma invasão de uma fazenda modelo pelo MST com destruição de experimentos e cárcere privado das pessoas da mesma?

  8. A nova lei vai ser mais ou

    A nova lei vai ser mais ou menos assim:

    Parágrafo I – Será considerada terrorista toda e qualquer manifestação que os seguintes dizeres apareçam:

                   I – Fora Dilma

                  II – Abaixo o PT

                  III – Não vai ter Copa

                   IV – Cadeia para os mensaleiros

     

    Parágrafo II – Não será considerada terrorista nenhuma manifestação dos Movimentos Sociais e Sindicatos, mesmo que acabem em pancadaria e que PM´s sejam atingidos( neste caso os manifestantes serão incentivados a tal).

    Além dessas, se tiverem os seguintes dizeres:

                   I – Abaixo Alckmin

                   II – Cadê o Trensalão

                  III – Vamos quebrar a espinha dorsal do Governador que está aí.

    serão consideradas expressão legítima da população e não podem ser criminalizadas.

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