Polícia de Grella é suspeita de ter forjado provas também na morte dos pichadores

Jornal GGN – Imagens de câmeras de segurança divulgados pelo programa Bom Dia SP, da Rede Globo, mostram a ação dentro do prédio onde Alex Dalla Vecchia Costa e Aílton dos Santos foram mortos pela polícia, na última quinta-feira (31). As imagens mostram os dois pichadores entrando no edifício localizado na Mooca, zona leste de São Paulo, por volta das 18h, e, 25 minutos depois, a chegada de cinco policiais militares, que tiveram o apoio de outros seis que vieram alguns minutos depois.

Segundo a Polícia Militar, os dois homens tentaram assaltar o prédio e foram mortos depois de troca de tiros. Familiares e amigos refutam a versão policial, e a perícia vai voltar ao prédio hoje para analisar manchas de sangue com um reagente químico.

Do G1

Câmeras de segurança mostram pichadores em prédio onde morreram
 
Dupla foi baleada por PMs em apartamento que invadiu na Mooca. Polícia diz que houve tiroteio após tentativa de assalto; família contesta.

A perícia deve voltar nesta terça-feira (5) ao edifício na Mooca, na Zona Leste de São Paulo, onde dois pichadores foram mortos por policiais militares na quinta-feira (31). Imagens exibidas com exclusividade pelo Bom Dia São Paulo mostram a dupla entrando no prédio.

Alex Dalla Vecchia Costa, conhecido pichador da região do ABC, e o amigo dele, Aílton dos Santos, entram às 18h no edifício Windsor.

As imagens mostram que, após passarem pela guarita, eles seguem pelo hall e pegam o elevador. Eles fazem várias “selfies” enquanto sobem até o 17º andar.

O porteiro vai até o hall e volta para portaria. Em seguida, o zelador desce pelo elevador e trava um dos elevadores, com um pé de cabra e uma cadeira.

Os policiais militares chegam ao prédio 25 minutos depois da entrada dos pichadores. Cinco PMs entram primeiro. Em 11 minutos, mais seis policiais entram no Edifício Windsor. O entra e sai dos policiais militares foi constante durante pelo menos uma hora.

A Corregedoria da Polícia Militar e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) têm duas linhas de investigação.

Na versão dos policiais, os pichadores tentaram assaltar o prédio e foram mortos depois de um tiroteio. Um policial foi ferido no braço.

Os amigos e a família dos dois não acreditam nesta versão e afirmam que os dois entraram no prédio para pichar. Os investigadores têm gravações de celular de Alex convidando amigos para pichar o prédio.

Familiares e amigos dos pichadores mortos vão prestar depoimento no DHPP nesta terça-feira. À noite, peritos vão voltar ao prédio da Mooca e vão usar o luminol, um reagente químico que localiza manchas de sangue e só pode ser usado no escuro.

Alex e Aílton eram pichadores há mais de 15 anos e faziam parte do grupo conhecido como Jets, que nasceu na região de Santo André, no ABC, no fim dos anos 1990. A marca dos Jets é fazer escaladas ou invadir prédios para deixar a sua marca nas alturas. Quanto mais alto o prédio, maior o desafio.

 

Redação

2 Comentários

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  1. Pois é, a pm de sp mata, cria

    Pois é, a pm de sp mata, cria provas, esconde provas, faz o escarcéu, mas não vemos protestos contra essa pm do governo corrupto paúlista. Dá para entender?

  2. Ninguém merece morrer por

    Ninguém merece morrer por causa disso, mas o certo é que, em caso de invasão de propriedade particular, com objetivo desconhecido, o autor está sujeito a grave risco.

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