Policiais do Rio avaliam intervenção com cautela

Entrevistados na posição de comando da PM se dizem otimistas, mas observam que intervenção deve vir acompanhada de recursos e que demandas “estão altas”
 
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(Foto ABr)
 
Jornal GGN – Desde julho do ano passado as Forças Armadas atuam na segurança pública de algumas regiões do Rio de Janeiro, quando o governo Temer decretou a Garantia de Lei e de Ordem (GLO). Mas, com o decreto de intervenção federal na segurança pública do Estado, assinado hoje, o comando das forças policiais passa a ser feito pelo general do Exército Walter Souza Braga Netto, nomeado como interventor para gerenciar não apenas as polícias militar e civil, incluindo os bombeiros e a administração penitenciária.
 
Alguns policiais, na posição de comando, entrevistados pelo portal Uol avaliaram com otimismo e cautela o emprego da intervenção federal. 
 
“Sofremos uma crise de legitimidade. Se o interventor não conseguir impulsionar o ânimo destes homens e mulheres, não vamos sair do lugar”, afirmou um agente que não se identificou completando, porém, que é “otimista por natureza” e espera que “a medida extremista oferte respostas adequadas aos problemas que estão na segurança pública”.
 
Já um oficial da Polícia Militar declarou ao jornal que a medida terá resultados se tiver forte investimento avaliando que “Segurança Pública não tem receita de bolo, é tentativa e erro”, logo pode ser que algo não saia como o planejado.
 
“Se a medida não vier acompanhada de investimento maciço –material, pessoal, etc.– nas atividades de polícia preventiva e judiciária, pode se mostrar inócua. Já investimos em ocupação de espaço territorial pura e simplesmente e isto não resolve, por si só”, alertando que o trabalho no setor é realizado por “homens e mulheres que devem estar motivados, acreditando no rumo que se pretende ir” e o que não tem sido proporcionado aos policiais ultimamente.
 
Na opinião de um delegado, também consultado pelo Uol, a proposta de Temer é “excelente” elogiando a escolha do general Braga Netto. 
 
“Pode ser que, com essa medida, as coisas na cidade [Rio] e no Estado melhorem. O nome escolhido é muito bom, quem conhece o perfil do general sabe que ele é operacional e metódico”.
 
Um chefe de segurança consultado pelo portal, também avalia positivamente a medida, porém lembra que “as demandas estão altas”. 
 
“Não que a polícia não estivesse trabalhando, está, e muito. Mas a situação de segurança é crucial nesse momento e qualquer ajuda é bem-vinda”, pontuou. Clique aqui e leia a matéria na íntegra. 
 
Redação

4 Comentários

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  1. O que os policiais falam pros

    O que os policiais falam pros jornais e revistas é uma coisa. Os comentários que eu ouvi de alguns que conheço foram: “e as armas e as drogas que entram pelas fronteiras, portos e aeroportos?!” “Eles [os militares] acham que são melhores que quem?!” “Uma coisa é ficar pintando meio fio de quartel, outra é fazer trabalho de polícia?!”

    O clima não é nada nada bom…

    Todos sabem que tem muita politicagem nos bastidores.

    Nada de novo no front, portanto.

    Mas a jogada dos golpistas foi telegrafada. A agenda do centrão (bancada da bala, no caso) está sendo posta pra jogo; previdência “subiu no telhado”; e vem mais por aí.

    Vamos ver a jogada da globo, a principal incitadora da insegurança pública no Rio de Janeiro, e do “mercado”. Se apoiam a intervenção, Temer e o centrão saem por cima. Se carregam as baterias contra, o outro lado engrossa também e endurece mais ainda o golpe.

    Até o momento parece que sairam das cordas. Não sabemos como andam as trataivas com os lavajateiros. Fico me perguntando se esses molecões conseguem mesmo entender como é lidar com esses aí que eles ajudaram a colocar no poder com base em “tiorias” de jornais e revistas e ressentimentos pueris de gremio estudantil.


    1. Existe alguns boatos que ex-militares trabalham para o crime não por acaso armas de uso exclusivo das forças armadas já foram parar com traficantes, os policiais provavelmente não estão satisfeitos em trabalhar com quem não conhece de segurança pública, soma-se a isto o exército expondo os seus soldados a possibilidade de serem cooptados por traficantes além se serem alvos quando não estiverem em serviço, será muito fácil para o traficante identificar hoje o soldado e amanhã o soldado ser descoberto e ser assassinado, afinal identificar pessoas através da internet é fácil e o exército estáp pondo em risco a vida dessas pessoas.

  2. Em nome da segurança, DITADURA.

    E os patos da classe mérdia fascista aplaudem mais uma ditadura no Brasil.

    Vão aplaudir até verem seus próprios filhos vitimados pela violência do Estado.

    Brasil ladeira abaixo, de volta à senzala.  Salários arrochados, desemprego, miséria e violência.

    Vergonha!

    Chamar essa classe dominante de “elite” só pode ser piada. E de muito mau gosto.

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