Secretário de Segurança nega existência de grupo de extermínio

Jornal GGN – Ontem, quarta-feira (2), o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, falou na Comissão da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana da Assembleia Legislativa sobre as investigações da chacina de 13 de agosto, em Osasco e Barueri, que deixou 19 mortos.

Ele negou a existência de grupos de extermínio em São Paulo. “Não há nenhuma relação entre as chacinas ocorridas desde o começo do ano. Não há indício ou prova em relação a isso. São fatos isolados e por motivação diversa, naquelas em que já foi possível atingir as motivações. Não temos nenhum indício de conexão entre as chacinas, consequentemente não temos indício de que há um grupo de extermínio atuando no estado”, falou.

O secretário disse que desde o começo do ano ocorreram oito chacinas no Estado. De acordo com Moraes, a polícia solucionou duas delas. Em outras duas, só conseguiram chegar ao retrato falado dos suspeitos. As quatro restantes não foram esclarecidas. A Secretaria considera chacina quando três ou mais pessoas são mortas em ação coordenada.

Alexandre de Moraes também falou sobre o vazamento de dados das testemunhas que denunciaram a participação de policiais no crime. Pelo menos quatro delas tiveram seus dados (nome, filiação, endereço residencial e comercial, telefones) divulgados sem sigilo no processo da Justiça Militar.

“O problema não foi da Secretaria da Segurança, da Polícia Militar ou da Polícia Civil. Instauramos a sindicância e não houve problema interno”, afirmou. Segundo ele, o vazamento pode ter ocorrido fora da alçada da secretaria, em cartórios. “Desde o início, todas as vítimas e testemunhas são avisadas antes dos depoimentos para saber se preferem não ser identificadas”.

Ele também disse que as vítimas não quiseram ficar em proteção policial. “Foi oferecido e elas não aceitaram. Não dá para forçar”.

Redação

12 Comentários

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  1. Mano, na boa… com esta

    Mano, na boa… com esta expressão facial o tal Secretário não faria feio em nenhum dos “esquadrões da morte” que agem impunes em São Paulo. 

    1. Mas o pior não é isso:

      é a cara de pau de falar o que falou sem ficar vermelho de vergonha.

      Mas de fato os Secretários de Segurança do estado de SP não mandam nada, são figuras decorativas, que só servem para ser entrevistados pelas veja, FSP, OESP e globo. Os leitores das Gazetas de Higienópolis e Jardins ficariam envergonhados se fossem entrevistados os mandantes dos esquadrões da morte ( por favor só na periferia).

  2. Dezenove Amarildos

    E a sociedade da Avenida Paulista apoia a PM nas manifestações. A pessoa branca e não pobre está fora do alvo.

    Cabe à sociedade brasileira exigir ao PGR o incidente a mudança de jurisdição da esfera estadual para a federal, com o incidente de deslocamento de competência, como preconiza a Constituição no art. 109, parágrafo 5º, nessa manifesta violação aos direitos humanos. Está claro o interesse em tumultuar o processo de investigação, com ameaças de testemunhas, patrocinada por parte de autoridades estaduais envolvidas com esses grupos de atuação de agentes do Estado de São Paulo que agiram à margem da lei.

    O Estado de São Paulo não é isento para apurar nada no caso. A inépcia é patente.

     

  3. SP é a maior ilha da fantasia

    SP é a maior ilha da fantasia do mundo: não existe grupo de extermínio, não existe seca,não existe corrupção, não existe governo e por aí vai….. Não adianta nada se indgnar este povo merece tudo isso.

  4. Crimes típicos de esquadrão

    Crimes típicos de esquadrão da morte. Isso é tão óbvio que as negativas desse senhor ficam parecendo um deboche. Os criminosos tinham tamanha convicção da impunidade que se permitiram usar munição da própria corporação. 

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