Jornal GGN – Uma Operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, deixou oito mortos, na manhã desta segunda-feira (06). Intensos disparos foram ouvidos na região da Vila do João, desde as 11h, e uma troca de tiroteios entre os policiais e traficantes ocorreu, enquanto um helicóptero da corporação sobrevoava o local.
De acordo com reportagem do G1, a operação tinha como objetivo prender o traficante Thomas Jayson Gomes Vieira, conhecido como 3N, que há pouco havia fugido do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
OTT-RJ Informa:
06/05 – 11:05h
Tiros no Complexo da Maré entre traficantes e uma aeronave da Polícia, localidade Salsa. Atenção nas Linhas Amarela e Vermelha.#OTTRJ
— Onde Tem Tiroteio-RJ (@RJ_OTT) May 6, 2019
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram crianças, que tiveram que correr e se esconder pelas ruas da Maré, enquanto ocorria o tiroteio, para evitar serem atingidas pelos tiros. As crianças uniformizadas que foram registradas correndo são da Orquestra Maré do Amanhã e tiveram que se proteger no corredor da escola.
Além do helicóptero e dos policiais que estavam na Operação, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) também participou da ação para “capturar foragidos”, informou a corporação. A polícia disse que prendeu duas pessoas e apreendeu sete fuzis e uma granada.
OTT-RJ Informa:
06/05 – 11:25h
Mais um vídeo do intenso confronto entre uma aeronave da Polícia e traficantes na Vila do João agora há pouco.#OTTRJhttps://t.co/2uicVdgZEt https://t.co/2uicVdgZEt
— Onde Tem Tiroteio-RJ (@RJ_OTT) May 6, 2019
Com um resultado de mais oito mortes, aumenta o já alarmante número de vítimas no Rio de Janeiro por homicídio policial. Somente a Polícia Militar, nos três primeiros meses deste ano, de janeiro a março, matou 434 pessoas em “confrontos” de intervenção policial que resultaram em mortes.
Esses dados até março revelam uma média do que seriam 7 mortes por dia pela PM do Rio. Trata-se do maior número já registrado desde 1998 neste mesmo período. Em fevereiro, foram 13 mortos somente na operação na comunidade do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teres, no centro do Rio.
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As vítimas eram todas inocentes?
Nem todas as vítimas eram inocentes. Mas a Polícia carioca e o Exército mataram esse ano vários moradores da periferia e favelas que eram trabalhadores, pais de família, mulheres, estudantes e crianças sem nenhum envolvimento com qualquer atividade criminosa. Além disso, que eu saiba, o tráfico de drogas não é punido com pena de morte no Brasil. Pessoas que deveriam ir a julgamento estão sendo executadas sem nenhum tipo de direto a defesa, sem que tenham a oportunidade de recomeçar. Isso não é justiça, não e política de segurança, isso é vingança, pura e simples.
Atirar em um aviãozinho ou torturar quem está com vinte gramas de maconha no bolso é uma hipocrisia populista que só aumenta cada vez mais o clima de guerra entre o tráfico e a autoridades policiais e afasta a população das favelas de quem, supostamente, estaria do lado da lei.
Quando os representantes da lei se colocam acima do código penal, do judiciário e de qualquer rito legal, acabam por alimentar o crime organizado.
O principal alvo dessa política é a população mais desfavorecida, e, por isso mesmo, a mais vulnerável a ser seduzida pelas soluções fáceis apresentadas pelo crime organizado. Quando essas pessoas deixam de acreditar que esteja protegida por quem quer que seja, não existe mais referência. Quando passam a temer mais o helicóptero da polícia do que os traficantes, abre-se um rasgo no tecido social com consequências imprevisíveis.
Sem provocar polemica, mas para refletir.
Essa comunidade, outras do Rio e da baixada fluminense votou maciçamente no atual governador. Talvez acreditava que a bala só acerta bandido, ela conhece homem de bem.
Vivem como miseráveis quando podem escolher optam pela própria desgraça.
Tem q eliminar quem fornece o armamento.
O resto é fanfarronice de governador e fla×flu ideológico, que só alimenta a matança e não vai resolver nada.
estado de exceção, parem esses caras
enquanto é tempo…
quanto mais violencia mais eles se autojustificam no
poder nesse estado de exceção que já criaram co golpe…
agora só querem manter essa exceção com mais
violencia que a tudo justifica, inclusive
esses sobrevoos genocidas…….
Quase 500 pessoas em 3 meses?? Quantos morreram nesse período na Faixa de Gaza? Massacre e genocídio no Rio, e as facções criminosas do Rio são covardes, apenas contratam às vagas que ficaram ociosas.