A “conta movimento” do INSS

Olha as mudanças que já ocorreram com a contabilização correta dos gastos da Previdência:

1. Explicitação do custo do servidor público, para que a questão seja tratada de maneira independente do Regime Geral.

2. Matéria do “Globo” de hoje com o Ministro Nelson Machado sustentando que, a partir de agora, o caixa do INSS não será mais afetado por novas renúncias previdenciárias.

O que os críticos da medida não percebem é que a decisão de clarear as contas acabou com a Conta Movimento do INSS — uma excrescência tão grande quanto era a Conta Movimento do BB. Essa conta, no BB, permitia que o Banco do Brasil emprestasse qualquer coisa para quem quer que fosse, e jogasse a conta para o Tesouro. Na Previdência, criava-se qualquer renúncia, e escondia na conta movimento da Previdência.

Como pode quem defendeu o fim da Conta Movimento do BB, ser contra o fim da Conta Movimento do INSS? Estou aguardando uma explicação do colega de clube Carlos Alberto Sardenberg.

Sabe qual é o problema? A “jurisprudência” passou um mês inteiro enaltecendo o Fábio Giambiagi. E resiste em dar a mão à palmatória.

Luis Nassif

53 Comentários

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  1. Nassif,

    ehehehe…falando
    Nassif,

    ehehehe…falando diretamente: Você está p……………, não é?
    Tem uma hora que cansa…..eheheheh…eu não sei como as pessoas não se cansam de ouvir as mesmas ladainhas…..
    No caso da CBN, então…..todos os comentaristas FALAM a mesma coisa…e convidados idem…..qualquer problema político, chama-se lá o Bolívar Lamounier e seus comentários “enviezados” e “plumados”……O Grupo Globo não entendeu mesmo o que se passa no país….

    Abraços

  2. O pior (para “eles”) é que
    O pior (para “eles”) é que tira o força do mantra “temos de reformar a previdência”.

    Bem, ainda há déficit, mas a profundidade e a urgência da reforma não são mas as apregoadas.

    Sem este “mantra”, como bater no governo?

  3. O Sr. Sardenberg ensina em um
    O Sr. Sardenberg ensina em um dos “jornais” da TV Globo que a nova forma de contabilização da Previdência Pública – chamada no “jornal” de “truque” contábil – não altera o déficit previdenciário. Em lapidar reflexão, pondera que, justo ou injusto, o déficit previdenciário de 48 bilhões de reais – calculado incorretamente – está aí, e terá de ser pago por todos nós. Com inusitado brilhantismo, compara a parcela do PIB gasta com a previdência no Brasil com gastos previdenciários em outros países, e conclui que despendemos demasiadamente com a previdência: segundo ele, a população acima de 65 anos no Brasil é menor do que nos países que analisou e, mesmo assim, gasta-se mais aqui com previdência do que neles. A partir desta base sólida de dados e argumentos, recomenda a desvinculação dos reajustes previdenciários dos aumentos do salário mínimo, a aplicação de redutores nos valores dos benefícios previdenciários, aumento da idade mínima para a aposentadoria e aumento das contribuições. É uma argumentação impressionante e uma recomendação igualmente estonteante. Como disseram no “jornal”, são medidas duras e impopulares que precisam ser tomadas. O motivo? Bem, o motivo é que somente assim o país poderá se desenvolver – é o PAC da Globo.

    A afirmação do Sr. Sardenberg de que a nova forma de contabilização não altera o déficit previdenciário está errada. Altera. A nova contabilização mostra justamente que boa parte do que era considerado déficit previdenciário, senão todo ele, é, de fato, déficit de outra natureza. Por exemplo, o déficit dos benefícios rurais decorre do vazio jurídico em que os trabalhadores rurais estiveram e estão, vítimas indefesas da exploração desenfreada praticada há décadas por empregadores rurais, da deseducação que lhes é imposta, de atravessadores que lhes subtraem renda, etc. Este déficit, portanto, deveria ser cobrado dos empregadores rurais, atravessadores e do Estado – este, por ser conivente com a situação calamitosa e explosiva do campo – jamais da Previdência Publica. Por outro lado, se a sociedade não quer, ou não pode, sanar o déficit rural, cobrando-o de quem o causou, e, ainda, se a sociedade acha que os trabalhadores rurais idosos não devem descartados como restos lançados ao lixo, então, esta mesma sociedade, como um todo, tem arcar com os ônus das aposentadorias deles. Como se vê, a nova contabilização altera, sim, o déficit previdenciário.

    Déficit não é justo, ou injusto. Injusto é cobrá-lo de quem não o causou. Injustiça maior ainda é escolher um subconjunto social constituído de trabalhadores pobres e idosos para arcar com a dívida de outrem – é sempre mais fácil ser injusto com os mais fracos. Felizmente, independentemente da opinião do Sr. Sardenberg e das Organizações Globo, a promoção da justiça é princípio constitucional, e tem de ser perseguida. Como parece não se possível cobrar a dívida de quem a causou, é justo cobrá-la de toda a sociedade. Fazer com que este déficit seja arcado pelo Tesouro é promoção eficaz de justiça, na impossibilidade de ser cobrado dos reais devedores.

    Como o Sr. Sardenberg não acredita em contabilidade, é difícil levar a sério os números que ele saca. Mas, vamos lá. O Sr. Sardenberg afirma que países desenvolvidos têm população idosa muito maior do que a nossa, gastando com ela percentual do PIB muito menor do que gastamos. Se bem me lembro, alguns países desenvolvidos que ele relaciona gastariam a metade do que gastamos com uma população idosa mais do que o dobro da nossa! Será verdade? Se for, nossos velhinhos têm vida nababesca, e não sabem, pois os de países desenvolvidos vivem muito bem, muitos excursionando mundo afora em grandes transatlânticos – o que vejo aqui no Rio freqüentemente. Não, isto não é verdade. Como poderiam os nossos velhos ter vida nababesca se, em grande maioria, estão a um passo da miséria (em dez/2005, 83,7% dos benefícios do Regime Geral eram inferiores a 3 SM)? Os números do Sr. Sardenberg não se coadunam com a realidade brasileira. Será que ele fez os ajustes para possibilitar a comparação de contextos distintos (país em desenvolvimento com país desenvolvido)? Será que ele teve o cuidado de ver como é feita a contabilização previdenciária nos países que relacionou? Do jeito que está a sua argumentação, a coisa não fecha.

    Pelas propostas do Sr. Sardenberg, percebe-se que seu desejo é suprimir amplamente direitos previdenciários de trabalhadores. Sua proposta é radical. Há, contudo, caminhos mais sensatos para aumentar a arrecadação previdenciária. Por exemplo, aumentar a repressão ao trabalho informal e à sonegação, e melhorar a gestão previdenciária. Para reduzir as despesas, corrigir privilégios previdenciários descabidos e combater mais efetivamente as fraudes nas concessões de benefícios.

    Parece que o Sr. Sardenberg não fez estudo algum – o dever de casa – sobre os aspectos legal, gerencial, operacional e atuarial das diversas previdências públicas brasileiras – há a do Regime Geral, a do Judiciário, a do Congresso, a dos militares, etc. Deveria fazê-lo. Os problemas de cada uma são totalmente diferentes dos das demais, e, portanto, as soluções também o são. Ao apresentar uma solução genérica para todas elas, comete erro crasso, erro cuja a causa é recorrente no seu processo analítico: ele não modela adequadamente a realidade sobre a qual pretende operar. Como os dados sobre a realidade de que dispõe são incorretos, as propostas deles decorrentes também o são. Agiu assim ao aceitar sem criticar a contabilidade da previdência pública brasileira e ao não levantar como são contabilizadas as contas previdenciárias dos países com as quais compara a brasileira. E não estudou os diversos tipos de previdência pública brasileiros. Lamentável.

    As propostas do Sr. Sardenberg têm um bom motivo e um motivo real. O bom motivo é aquele que ele e as Organizações Globo declaram: o desenvolvimento do país só será alcançado com a supressão de direitos previdenciários. Deve-se lembrar, contudo, que a tese do alcance da felicidade através da supressão de direitos de trabalhadores foi derrotada nas últimas eleições. Foi derrotada porque não trouxe benefícios ao país, mesmo tendo sido aplicada durante mais de oito anos. Quanto ao real motivo da duradoura campanha de desconstrução e desmoralização da Previdência Pública, não há como deixar de ver que é o de tentar introduzir a previdência privada em larga escala no Brasil.

  4. Nassif,

    Antes de mais nada,
    Nassif,

    Antes de mais nada, parabéns pelo ótimo trabalho.

    O comentário não tem nada a ver com o post, mas gostaria de chamar a sua atenção para essa matéria na Folha:
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u19318.shtml

    Você dizia (e eu concordo) que o Serra representava uma ala mais desenvolvimentista do PSDB. Aí vejo essa notícia. Isso não cai na velha crítica aos tucanos de cortar sem dó no social para fazer dinheiro? Aliás, corte desses nas universidades, de acordo com a matéria, nem Alckmin que é Alckmin fez. Estaria o desenvolvimentismo do Serra perdendo força?

    E, talvez mais importante ainda seja a questão do cruesp. Mais uma vez, nem o Alckmin, que usou politicamente as universidades estaduais (vide construção da USP Leste), deu esse golpe na autonomia, que é totalmente imprescindível para se ter uma universidade de qualidade. Será que tem a ver com o famoso estilo centralizador do Serra? Me lembro que no começo da gestão dele na prefeitura, 2 secretários se demitiram dizendo que não dava pra trabalhar com o Serra porque ele centralizava demais.

    Se a expectativa era que o Serra fosse fazer um governo mais progressista, acho que começou mal.

    Mais uma vez, desculpa por desviar o assunto…

    Abraços

  5. Há muito tempo joguei bola
    Há muito tempo joguei bola com o Sardemberg e seu grande companheiro era o Sérgio Miranda que foi primeiro secretário do PDT, nos tempos do Brizola. Não posso crer que seja o mesmo Sardenberg. Deve ser um clone “Globoboficado”.

  6. Claro. Mas concorda que uma
    Claro. Mas concorda que uma coisa é começar as contas com um rombo de R$ 40 bi, e outra de R$ 3,8 bi. Quanto seria necessário cortar nos benefícios ou aumentar as contribuições para tapar R$ 40 bi; e quanto será necessário para R$ 3,8 bi. A contabilização correta é tudo.

  7. Nassif, não sou economista
    Nassif, não sou economista mas me permita um comentário sobre a Previdência. Como alguém já comentou numa outra matéria, antes era uma zona. O dinheiro da previdência foi utilizado pra cobrir gastos de governos antigos. Investimentos, desvios, seja o que for. Isso é passado distante e nunca se poderá mensurar, muito menos recuperar. Quando ao “déficit” atual, acredito que no “longo prazo”, quando “pensionistas do setor público (que até os anos 90 não contribuíam), as pensões para trabalhadores rurais (idem) e alguns outros tipos de benefícios que não tiveram contrapartida contributiva forem cessando (ou seja, os beneficiários morrendo), esse déficit irá acabar. Estou “um pouquinho” certo?
    Quanto à Globo, vejo cada vez mais pessoas deixando de assisti-la. Isso deve estar gerando um movimento de desespero violento lá dentro. A internet (bendita rede) via banda larga vai acabar com o monopólio da mídia (TV, Jornal, Rádio) em dois ou três anos. E esse monopólio não esperava, ou sequer imaginava que isso pudesse acontecer há 3 ou 5 anos. Aproveito pra te sugerir uma coisa. Já que falamos em internet, voce, com a força que tem em seu blog, poderia começar uma campanha para que “todo municípío com população superior a X – digamos 100 mil habitantes” seja obrigado a divulgar “tudo” na internet, como gastos com pessoal, contratados, terceirizados, contratos (como o da linha 4), tudo, mas tudo mesmo. É direito do cidadão e agora, com essa coisinha chamada “computador” não há mais nenhuma desculpa pra continuar “escondidinho”. De resto, um grande abraço e tenha uma boa tarde.

  8. ontem a noite, no jornal da
    ontem a noite, no jornal da Globo, um economista que não me dei o trabalho de gravar o nome, insistia que a mudança não passava de truque contábil. Tentam dar ar de superioridade a uma tese que a direita defende, chamando um economista e colocando sua opnião como a opnião de todos os economistas. Eles tem é medo de discutir. Faltam argumentos.

  9. Você vai ficar resguardado
    Você vai ficar resguardado contra aumentos de contribuição e contra medidas radicais de desrespeitar direitos adquiridos.

  10. Caro Nassif,

    As tuas
    Caro Nassif,

    As tuas notícias estão “matando a pau”. Excelentes comentários. Apenas para acrescentar, vale a pena notar que a correta contabilização, distinguindo assistência de previdência, permitirá, por exemplo, identificar quanto o Estado gasta com estes ramos. Haverá, então, uma adequada discussão sobre qual o papel do Estado e quanto deverá arcar com aquilo que há séculos chamam de Justiça Distributiva. Além disso, esse aclaramento de dados e informações permitirá verificar até que ponto o sistema puramente previdenciário tem condições, ou não, de se manter, ou, se for o caso, indicar quais os pontos realmente necessitam de alteração. Particularmente, tenho várias críticas ao governo atual, mas acho que neste tema ele está fazendo um gol de “placa”.
    Abraços cordiais,
    PS: Sei que o tema das “patotas” de jornalistas é mais afeito ao site do observatório da imprensa, mas poderias deixar alguns comentários sobre isso, pelo interesse que o assunto desperta. Aliás, outro excelente economista/comentarista mencionado recentemente nos posts é o Paulo Nogueira. Anos atrás, lendo suas colunas, deixei de perder dinheiro com o real supervalorizado, fato que os demais meios de comunicação “escondiam” até a invenção da “banda exógena” que acordou todo mundo !!!!

  11. Parabéns Nassif! Eu trabalho
    Parabéns Nassif! Eu trabalho desde os 18 anos contando com a perspectiva de poder me aposentar aos 53 anos, e agora eles querem mudar a lei para ter uma idade mínima de 65 — atrasando em 12 anos minha aposentadoria!

    Ora, se a lei diz que eu posso me aposentar (ganhando uma merreca, é verdade) depois de 35 anos de contribuição, eu tenho esse direito adquirido.

    Abaixo essa reforma que só quer tirar nossos direitos!

  12. Ô PESSOAL,

    COMO CONTADORA
    Ô PESSOAL,

    COMO CONTADORA GOSTARIA DE DAR UMA PEQUENA CONTRIBUIÇÃO.

    ALGUÉM PERGUNTOU AQUI HÁ MUITO TEMPO E NINGUÉM AINDA SE DIGNOU A DAR UMA RESPOSTA.

    ESTÁ FALTANDO NA CONTA INSS O VALOR TOTAL DOS DEVEDORES DA PREVIDÊNCIA.

    TUDO BEM QUE SE TRATA DE UMA RECEITA PROVÁVEL MAS SE CRIARMOS UM ÍNDICE FACTÍVEL DE “DEVEDORES DUVIDOSOS”, O DÉFICIT PASSA A SER SUPERAVIT.

    E AÍ ? SERÁ QUE NINGUÉM VAI COLABORAR PARA TENTAR SABER QUAL O VALOR QUE AS EMPRESAS ESTÃO DEVENDO PARA O INSS ?

    ISSO VAI FICAR DE FORA DA CONTA ?

    VAMOS LÁ PESSOAL, AO MENOS UMA EXPECTATIVA DE RECEBIMENTO, VAI…

  13. Ele é da minha região. A
    Ele é da minha região. A última vez que o encontrei (há pouco tempo) estava como consultor da Dom Cabral e soltando livros de boa qualidade por aí.

  14. Não é bem assim, Maurício. Já
    Não é bem assim, Maurício. Já consegui defender bandeiras que se tornaram vitoriosas, como o movimento pela qualidade, a importância do SUS. E mesmo modelos que acabaram meio desvirtuados, como o das agências reguladores. A bandeira agora é economia com social. E a luta está apenas começando.

  15. Vale a pena comentar um pouco
    Vale a pena comentar um pouco mais essa questão da Previdência Social.

    Lula diz que não vai impor mais arrocho aos velhinhos. Em 2004, a Previdência sofreu mais uma das inúmeras “reformas” de que já foi alvo e que a direita nunca considera suficientes. Àquela época, entre outras medidas de precarização da situação dos aposentados, taxaram os inativos, mas a oposição e a mídia continuaram dizendo que a reforma foi “tímida”, apesar de que também disseram, quando foi feita, que era cruel demais, e blablablá, blablablá…

    O que querem, de fato, é fazer aqui o que Pinochet fez no Chile ao criar as AFP’s (Administradoras de Fondos de Pensiones), ou seja, privatizar a Previdência, um sistema que conheci de perto (no Chile) e que garanto que seria uma catástrofe social. Num país como o Chile, em que o padrão médio de vida é muito – muito – superior ao brasileiro, já é ruim. No Brasil, se acabarmos com as aposentadorias pagas pelo Estado, seria um genocídio.

    E olhem que a situação por aqui já é muito ruim. A maioria de nossos idosos vive numa indignidade terrível. Ouvi, inclusive, daquele pefelê que tentou embarcar num jatinho com malas coloridas recheadas de dólares, Roberto Brant, que o país tem que escolher entre seus “velhos” e suas crianças, querendo dizer que, para cuidar das crianças, seria preciso deixar os idosos morrerem à mingua.

    O presidente da República tem toda razão. No meu modo de ver, começa muito bem com essa inflexão à esquerda, que pode dar o tom de seu segundo mandato. Precisamos acabar com essa cantilena “liberal” sobre a Previdência. A única coisa que ainda deve ser atacada na questão previdenciária são as superaposentadorias do setor público. Nada mais.

  16. Fez muito bem em recusar. Na
    Fez muito bem em recusar. Na Globo você seria pasteurizado ou, pior, aconteceria como aquele apresentador… esqueço sempre seu nome… tinha um ótimo programa para o público jovem em uma concorrente. Foi para a Globo e deixaram o cara na geladeira por um tempo enorme. Da última vez que vi televisão, e faz muito tempo, o cara tinha um programa lá no meio da madrugada. Acabaram com a carreira dele. Contrataram só para esvaziar a concorrência e depois deixaram-no na Sibéria para sentir o gosto do esquecimento.

  17. Vale pena ler

    Do
    Vale pena ler

    Do Estadão

    “O governo perdeu o controle dos gastos

    O gasto federal continuou a crescer mais do que a produção nacional de riquezas, no ano passado, e essa tendência deve manter-se em 2007. Mantendo-se esse ritmo, o Brasil estará condenado a permanecer com taxas medíocres de crescimento econômico. A questão é simples: quando a despesa pública aumenta mais que o PIB, por um longo período, ou se aumentam impostos ou se acumula um déficit cada vez mais difícil de sustentar. Na primeira hipótese, a economia acaba esmagada pela carga tributária. Na segunda, o setor público só escapa da quebra se os juros forem para a lua e o Tesouro sugar uma enorme parcela da poupança das famílias e das empresas. Os brasileiros têm experimentado combinações variáveis dessas duas desgraças. A estagnação da economia, com baixíssimo crescimento há muitos anos, é o resultado mais visível de tantos desacertos.
    Os resultados do ano passado mostram que o governo federal perdeu o controle dos gastos. Para um crescimento do PIB estimado em 2,8%, houve um aumento nominal das despesas de 13,9% em relação a 2005. Já as receitas tiveram um aumento de 11,2%. Isso significa que as finanças do governo estão cada vez mais divorciadas das possibilidades da economia real do País. O governo gasta o que não tem e o que não pode, como se a bolsa dos contribuintes fosse inexaurível.

    Entre 2005 e 2006, a despesa do governo central passou de 18,15% para 19,19% do PIB. Em 2004, o gasto havia sido de 17,13%. Em dois anos, portanto, o gasto federal cresceu o equivalente a dois pontos porcentuais do PIB – uma soma equivalente a R$ 41,8 bilhões.

    A receita tributária cresceu também mais velozmente que a economia, porém mais devagar que a despesa. Em 2004, o governo arrecadou impostos e contribuições correspondentes a 16,68% do PIB. Essa relação subiu para 17,97% em 2005 e 18,05% no ano passado. Houve, portanto, aumento da carga tributária, calculada como proporção dos impostos e contribuições em relação ao PIB.

    Apesar da crescente voracidade exibida pelo governo, o resultado fiscal teria sido bem mais apertado, em 2006, se o Tesouro não tivesse recebido volumosa receita não-tributária. Graças a isso, a receita global aumentou de 20,25% para 20,66% do PIB entre 2005 e 2006. O dinheiro de outras fontes inclui R$ 9,74 bilhões de dividendos, pouco mais que o dobro do recebido um ano antes. Em outras palavras: o governo central dependeu do bom desempenho financeiro das estatais, especialmente da Petrobrás, do Banco do Brasil e do BNDES, para não descumprir a meta fixada para o ano.

    O resultado primário, R$ 49,8 bilhões, foi pouco superior ao fixado pelo último decreto de execução orçamentária, R$ 48,4 bilhões. Se os dividendos tivessem ficado em R$ 7,7 bilhões, R$ 2 bilhões abaixo do resultado efetivo, a meta não teria sido alcançada.

    Só os dividendos pagos pela Petrobrás garantiram ao Tesouro uma receita de R$ 2,34 bilhões. Que o governo receba dividendos de suas empresas pode ser muito bom, quando elas não precisam desse dinheiro para investir, crescer e produzir mais. Mas é muito ruim o Tesouro depender dessa receita para equilibrar suas contas ou mesmo para atingir metas de superávit primário, isto é, para reunir o dinheiro necessário ao pagamento de juros de sua dívida. É inaceitável o governo valer-se da rentabilidade de suas empresas para compensar, mesmo parcialmente, o descontrole de seu gasto. Pode-se discutir se o Estado deve ou não ser dono de empresas como as de petróleo e petroquímica. Só uma consideração de ordem estratégica pode justificar uma resposta positiva. Mas, nesse caso, não se pode atribuir à estatal o papel de importante fonte de recursos para o Tesouro.

    O quadro fica pior quando se verifica que o gasto público aumentou mais que o PIB porque o próprio governo inflou a folha de salários e de encargos e também os benefícios da Previdência. O aumento real do salário mínimo é parte da explicação, mas, além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi generoso na concessão de reajustes para o funcionalismo. Isso foi parte das muitas bondades concedidas, por extraordinária coincidência, num ano de eleições para a Presidência, para os governos estaduais, para o Congresso e para os legislativos dos Estados. Muitas dessas bondades continuarão afetando as contas públicas neste e nos próximos anos”

    As “bondades começaram com a “cidadã” de 88

  18. Se o setor público quer
    Se o setor público quer continuar com suas aposentadorias especiais, eles que criem fundos suficientes para eles ou o governo que monte projetos para sanear o déficit público.
    O que não pode é o trabalhador custear isso no resto de sua vida, após contribuir 35 anos do seu suado dinheiro.

  19. Nassif,

    Parabéns por ajudar
    Nassif,

    Parabéns por ajudar a desmascarar o déficit da previdência.
    Espero que você não entre no time dos que vão demonizar os servidores, públicos que serão a bola da vez, pois da mesma forma que havia interesses escusos em inflar o déficit da previdência “privada” também o a para aumentar o déficit da previdência pública. Vide os fundos de aposentadoria do servidor a ser criados.
    A aposentadoria do setor público tem diferenças que devem ser discutidas antes da crítica generalizada ao sistema.

  20. Levi, acho que tem que se
    Levi, acho que tem que se discutir essa questão da idade, mas sem o radicalismo montado em cima dos dados anteriores. Se o país estivesse crescendo, seria mais fácil.

  21. Prezado Nassif,

    Você não
    Prezado Nassif,

    Você não está orgulhoso do Globo estar utilizando dos seus números? Eles tentam, no editorial de ontem do jornal, falavam que o Lula levou 4 anos para acertar a contabilidade do INSS. O pessoal adora esquecer que FHC nem queria discutir isso, só tungar nossa aposentadoria, mas estamos mudando, graças a Internet, jornalistas competentes, um consumidor ávido por notícias reais e um governo, que se não é tudo que esperavamos, é bem mais do que eles gostariam.

    um grande abraço.

  22. Nassif,

    Como ficariam as
    Nassif,

    Como ficariam as aposentadorias especiais do setor público (os tais direitos adquiridos)?
    Vejamos:
    – Procuradores da Fazenda ( em torno de R$ 17.000,00/mês – herança para filhas solteiras
    – Militares de Alta Patente (mesmo regime)
    – Oficiais da PM (idem)
    – Juízes/Desambargadores (idem)
    – Funcionários do Legislativo da alta hierarquia(idem)
    – Diplomatas
    – Procuradores da Justiça
    – DEPUTADOS aposentados após dois mandatos acom altíssimo salário (pasmem!)
    – Muitos outros mais espertos que recebem também e a gente nem fica sabendo.

  23. 1) Parabéns Nassif, esse blog
    1) Parabéns Nassif, esse blog costuma ser um oásis intelectual.

    2) Um pitaco: essa “jurisprudência” entre bem de acordo com a vida tocada por “modelos”. Estes especialistas (os tão bem denominados cabeças de planilha) baseiam argumentos em modelos internacionais, em teorias definitivas, etc. Não levam em conta a economia real, não consideram os reflexos socias de cortes em aposentadorias, assim como não se interessam por índices fora de moda (desemprego, confiança do consumidor, poder aquisitivo do trabalhador, etc), é exatamente o pessoal que leva o risco país a sério. Se esquecem que existem um país produtor, consumidor e criador aguentando o peso dos maiores juros do mundo e de uma carga tributária indecente. Correm atrás do tal mercado, enquanto é ele quem deveria correr atrás de nós (vide a vedete China).

  24. A Laura Campos Machado está
    A Laura Campos Machado está correta. Não dá para acreditar que tais créditos não são contabilizados. Devem ser em alguma conta especial (realmete um percentual é possível de ser recebido, principalmente os negociados).

  25. Sylvio, por que é que, nessas
    Sylvio, por que é que, nessas contas, nunca entra o dinheiro gasto com os juros da dívida, R$160 bilhões no ano passado?

  26. O texto a seguir foi
    O texto a seguir foi publicado no site acima. Está no rol dos “engodos” das estatísticas. Mais do que engodo, esse caso parece de grave desonestidade:

    “Vamos lá: o Governo, finalmente, decidiu fazer as contas da previdência de uma forma honesta, correta. E é correta, basicamente, por três motivos, dois técnicos e um nem tanto.

    Qualquer idiota que já tenha visto um orçamento sabe que a “renúncia de receita” é uma despesa para fins de contabilidade. Quando o Governo concedia insenções diversas sobre as contribuições previdenciárias, que não tinham nada a ver com a política da previdência social, como as isenções do SIMPLES (regime de tributação simplicada para micro e pequenas empresas), das instituições educacionais que participam do PROUNI (política de educação), ele contabilizava essa “renúncia de receita” como “despesa previdenciária”. Minha pergunta: isso é despesa previdenciária? Não. Então o suposto “rombo” da previdência diminui uns 18 bilhões, se você contabiliza direito, como vai fazer o Governo agora.
    Quem já teve a oportunidade de ler nossa Constituição sabe, também, que a previdência social é um dos pilares de um tripé, a Seguridade Social. Os outros dois são a Saúde e a Assistência Social. A Previdência Social é contributiva, a Assistência Social não. Nossa constituição, de forma mais do que justa, deu o direito de aposentadoria a milhões de trabalhadores rurais que nunca haviam contribuído para a previdência, basicamente para que eles não morressem de fome, e para reparar uma injustiça, já que esses trabalhadores deram sua contribuição à sociedade com seu trabalho, e não tiveram acesso a uma sistema de seguridade social. É política social. É assistência social. Deve entrar nas contas do déficit da previdência? Não. O suposto rombo diminui mais uns 20 bilhões, se você contabilizar corretamente. Dos 42 bilhões alardeados, ficam 4 bilhões.
    Agora o motivo “não-técnico”, porque político. Trata-se de fazer a contabilização correta, não para fingir que não existe déficit na conta do Tesouro Nacional, mas justamente para sublinhar que é um déficit na conta do Tesouro, não nas contas da Previdência simplesmente. Trata-se de modificar os termo da discussão, para que os “cabeças de planilha” (bela expressão de Luís Nassif) tenham, pelo menos, que enfrentar a contra-argumentação de que não é vilipendiando os direitos sociais (principalmente através de uma manipulação contábil) que os problemas do país serão resolvidos. Os conservadores, quando Lula disse que quer crescer com democracia e justiça, logo se atiçaram e pensaram que era um recado para o Chávez. Nonada, como diria Riobaldo. É uma alusão ao crescimento da China e da Índia, otários.

    Decisão louvável a do Governo. E eu, vendo o Jornal da Globo noticiar a decisão… preciso dizer o que encontrei? Uma avalanche de pseudo-economistas desancando a medida, os âncoras ouriçadíssimos, com aquelas caras de “sabedoria”, levantando a bola para um economista-chefe-genérico cortar.

    Duas frases e uma tabela chamaram a minha atenção.

    As frases:
    “Os economistas dizem…”
    “…esse truque contábil…”

    A primeira, dita pelo repórter que fez a matéria, denuncia o modus operandi desse tipo de veículo, e demanda a pergunta: onde diabos estão os muitos economistas que “não dizem” o que a Globo quer ouvir? Porque eles não foram ouvidos?

    A segunda frase, dita pela âncora gordinha cujo nome não me recordo, durante a discussão com o “especialista”, denuncia outra faceta desse tipo de manipulação: inverte-se a notícia, para dar-lhe outro sentido. Ora bolas, o que o Governo fez foi decretar o fim de um truque contábil.

    Mas o mais impressionante foi a tabela…

    Depois de demonstrar, por A + B, que a medida não faria diferença nenhuma, e decretar – de forma primária – que a contabilização deve ser: qualquer aposentadoria menos arrecadação só de contribuições – depois disso, o especialista-economista-chefe-de-tigela, Sardenberg se não me engano, apresentou aos espectadores uma tabela, que comparava o gasto de EUA, Alemanha, Brasil e Argentina, em porcentagem do PIB, com previdência, com o percentual de idosos desses países, em relação à população total. Genial, não?

    Não me lembro os números da Argentina, já estava irritado. Mas os outros são os seguintes, aproximadamente:
    Brasil: 12% do PIB de gastos e 6% de população idosa
    EUA: 6% do PIB de gastos e 14% de população idosa
    Alemanha: 12% do PIB e 19% de população idosa

    Como gasta este Brasil, Sardenberg!

    Mas qual o PIB e população desses países mesmo? Isso não vinha na tabela. Aí está (dados de 2005):
    Brasil: o PIB é de mais ou menos 650 bilhões de dólares; população de uns 185 milhões
    EUA: PIB de mais ou menos 13 trilhões; população de uns 300 milhões
    Alemanha: PIB de uns 2 trilhões e 850 bilhões; população, uns 82 milhões

    Isso significa o seguinte (se tomassemos como informação verdadeira – não é – que todos os idosos de um país recebem aposentadoria, e que todas as aposentadorias são para idosos; e se tomarmos os dados como verdadeiros):
    O Brasil gasta, aproximadamente, 7000 dólares por cabeça de véio por ano
    Os EUA, 19.000
    Alemanha, 21.000

    Truque contábil?

    Vamos supor que o cabeça-de-planilha estivesse, com essa informação, supondo razoável que o Brasil gastasse com previdência a mesma proporção (%PIB/%Idosos) que esses dois países. Teríamos o seguinte:
    Se a comparação for com os EUA, o Brasil só deveria gastar uns 3% do PIB, ou seja, os velhinhos iriam ganhar, em média, uns 140 dólares por mês. Marajás!
    Se for com a Alemanha a comparação, o Brasil deveria gastar mais, uns 4% do PIB. A média subiria para 200 dólares. Será possível tanta mamata?

    A pergunta que não quer calar: Sardenberg aceitaria receber essa aposentadoria? Quanto deve custar aquela gravata?”

  27. É o TERCEIRO TURNO, meu caro
    É o TERCEIRO TURNO, meu caro Nassif. E só. Vai ser assim pelos próximos quatro anos a menos que…. (pense num montão de coisas que possa acontecer)

  28. Hoje a Folha de São Paulo
    Hoje a Folha de São Paulo noticia que o governo de SP está contingenciando repasse para as universidades públicas. Além disso o governo diminuiu o poder dos reitores no CRUESP (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de SP).

    Isso é uma facada na automia universitária.

    Será uma grande perda para o Brasil.

  29. Nassif,

    Parabéns à você, mas
    Nassif,

    Parabéns à você, mas também aos seus comentaristas. Me divirto e aprendo com todos. A semana que vem início minhas aulas na faculdade, e vou adotar o seu blog como material de apoio as minhas aulas.
    Mais uma vez parabéns à você e aos seus blogueiros.
    Izabel

  30. CONTINUAÇÃO
    Só para
    CONTINUAÇÃO
    Só para finalizar, já que a mensagem seguiu antes do término –
    Creio que vale a pena aprofundar a matéria, aprofundar o debate sobre a conta-movimento do BB e seu uso. Creio que o professor Dércio pode dar uma contribuição imensa a esse debate.
    O que me parece é que Mailson foi o primeiro e grande trunfo da ortodoxia. O fim da conta-movimento findou por retirar um mecanismo que permitia ao país continuar financiando suas safras e outros programas, tudo sob o pretexto de uma modernidade e de uma moralidade – udenista, sempre – que curiosamente só levaram o País para o buraco.
    Daí o pedido de aprofundamento do tema, e o perdão pelo pitaco de quem não é economista, nem jornalista, mas que é seu admirador.
    Abraço
    Maia

  31. Pessoal. o assunto “conta
    Pessoal. o assunto “conta movimento-BB” realmente ainda levanta discussões. Permita-me emitir meu juízo a respeito: Na época do orçamento monetário o BB e o BC fomentavam vários segmentos econômicos do país. Após a criação do Tesouro no Min da Fazenda, tudo passou p/ o orçamento fiscal (sob controle do Congresso), tendo ocorrido redução substancial ao longo dos anos dos recursos aplicados na agricultura (isso é q foi relevante). Após a mudança, percebo duas diferenças: maior transparência (já q o Congresso autorizava o gasto) e maior contingenciamento dos recursos (o q acho relevante, pois gera crise no campo e desacelera o crescimento econômico em relação à década de 70).Do ponto de vista do custo, não há diferença p/ a sociedade, já q no modelo anterior, o ônus no BC ou no BB sempre foi pago pelo cidadão. Agora, o custo estando no orçamento fiscal, também continua sendo pago pelo cidadão. O problema é q o governo já não investe tanto na economia qto investia na época do orç. monetário.

  32. Luis Nassif

    Parabens pela
    Luis Nassif

    Parabens pela sua lucidez ao tratar o tema.
    Após longo tempo tive o prazer de ler uma análise lúcida e pé no chão sobre o tema previdenciário, sem a contaminação daqueles que apenas utilizan-se de números para manipular a sociedade e torcer para a PRIVATIZAÇÃO da Previdência.
    Me soa estranho “ALGO QUE É TÃO RUIM DESPERTAR TANTO INTERESSE DA INICIATIVA PRIVADA”

    Continue o caminho, mas sem perder a imparcialidade que tem pautado seus comentários e análises

    Parabéns
    Gilmar Osny Paulin
    Belém Pa

  33. É uma tragédia nacional que
    É uma tragédia nacional que muitos analistas e participantes deste blog não consigam ver diferença entre uma contabilidade correta e uma fraudulenta, nem reconhecer a importância dessa diferença. Nos EUA isso tem resultado em 20 anos de cana, vide o caso Enron.

  34. Nassif,
    Venho entrando neste
    Nassif,
    Venho entrando neste blog há aproximadamente 6 meses.
    Antes disso, lembro-me vagamente de ter ouvido falar, ou lido algumas declarações, principalmente de sindicalistas, alegando que o déficit da Previdência não era real. Mas nunca entendi muito bem, o que diziam.
    Com as suas explicações, consegui ver o tamanho da planilha que vinha em direção aos aposentados.
    E de repente, parece que o assunto virou tema nacional!
    Toca mais que a Globo dança!

  35. Eleições, que demonstraram
    Eleições, que demonstraram que o pêndulo da política está se voltando definitivamente para o social (de onde nunca deveria ter se afastado).

  36. Syilvio, também vale a pena
    Syilvio, também vale a pena ler:

    Os juros da dívida custou R$ 590 bi no primeiro mandato de Lula.

    Só no ano passado, pagamento ao “mercado” atingiu o valor recorde de R$ 160 bilhões, 20 vezes o gasto com Bolsa Família.

    Não acha que esse tema não seria relevante nas discussões sobre \”para onde vai o dinheiro dos seus impostos\”???

    O povo que faz escândalo sobre os 40 bilhões da previdência – na verdade 4 bilhões – nunca fala nada desses 160 bilhões, por que será?

    Por que esse tema nunca aparece quando se discute o orçamento do governo federal???

  37. Nassif, explica prá nós esse
    Nassif, explica prá nós esse número de 160 bilhões que teriam sido pagos ao “mercado” segundo o leitor informou.

  38. O déficit não acabou mas
    O déficit não acabou mas passou para seus verdadeiros donos!!! Assim quando portugal trasnferiu sua dívida para o Brasil como preço da independencia para portugal a dívida acabou.
    Assim o déficit para o trabalhador fora do regime especial de aposentadoria acabou sim.
    Assim também os juros da dívida externa deve ter seu dono que não é o atual governo pelo contrário.

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