A economia imprudente

Os acidentes na engenharia brasileira
ALBERTO SAYÃO *

* engenheiro, doutor em engenharia civil pela University of British Columbia (Canadá), é professor da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e presidente da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica).

Para ler a íntegra (clique aqui).

Quanto a sociedade aceita arriscar para economizar recursos?
Ninguém quer voar em um avião velho ou ser operado por um médico qualquer. Mas, nas obras de engenharia, já não é usual gastar o necessário para minimizar os riscos. Ao contrário, faz-se economia em investigações, ensaios, projetos, consultoria, instrumentação e fiscalização. Tudo se resume ao melhor balanceamento entre riscos e custos.

Outra pergunta usual: os acidentes mencionados poderiam ter sido evitados? Tecnicamente, sim. Num acidente, há duas alternativas: ou houve falha técnica (projeto, construção, fiscalização) ou a obra foi concebida com um nível de risco inadequado.

Outra questão: as obras de engenharia têm sido atualmente contratadas por preço “fechado”, “turn key” ou por PPPs (parcerias público-privadas). São modalidades adequadas? A resposta é sujeita a debates. Em muitos desses contratos, o projeto, a execução, o monitoramento e a fiscalização da obra não são necessariamente independentes, pois podem estar ligados a um mesmo grupo. Apesar de terem vantagens de prazo e custo, essas modalidades reduzem, em tese, as atividades de verificação, questionamento e reparo de eventuais falhas.

A prática das licitações vem também mudando. Muitas estipulam um valor máximo ou são decididas pelo menor preço. Mas nem sempre o “menor preço” significa o “melhor preço”, pois pode resultar em redução da qualidade e aumento do risco.

Infelizmente, isso tem trazido uma desvalorização gradual da engenharia no país. O resultado é a extinção de laboratórios técnicos, o desmembramento das empresas de projeto, a fragilização da consultoria, o desprezo pelas universidades e o desmonte das equipes técnicas dos órgãos governamentais no Brasil. Projeto, consultoria e investigação têm custos irrelevantes quando comparados com o custo total das obras e são decisivos para a otimização dos investimentos. (…)

Luis Nassif

25 Comentários

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  1. Essa situação de “economia”
    Essa situação de “economia” na construção contrasta com os números do “boom” da construção que está acontecendo, segundo o próprio presidente do Secovi. Será que realmente estamos vivendo uma “desvalorização gradual da engenharia no país”? Fala-se muito que o Brasil tem que crescer investindo em infra-estrutura, há “Operações Tapa-Buraco” aqui, PAC ali, tudo envolvendo essas mesmas construtoras do consórcio do Metrô. Pode-se dizer que o período de “ouro” da nossa engenharia terminou com a construção de Itaipu, mas a época da construção dessa usina também marca o início do período de recessão da nossa economia (onde investimentos em infra-estrutura são dos mais afetados). Obviamente, os novos engenheiros não têm o mesmo conhecimento prático dos engenheiros que construiram a malha rodoviária do Brasil nos anos 50, que fizeram Brasília, que verticalizaram São Paulo… mas falaram em desvalorização da profissão é simplismo, até porque se desvalorizou praticamente tudo no Brasil nesses últimos 25 anos, muito em nome da “otimização dos investimentos”.

  2. Os tucanos sempre defenderam
    Os tucanos sempre defenderam o “Estado mínimo”, achando que a “mão invisível do mercado” salvaria o mundo. Tatcher e Reagan eram os heróis dessa gente. O resultado aí está. Apagão elétrico, apagão aéreo, metrôs desabando, PCC, estradas em estado lastimável, hospitais sucateados. Conseguiram o que queriam. Parabéns…

  3. O problema é que essa
    O problema é que essa desestruturação setorial nunca vem sozinha, mas se irradia por todas as práticas e valores da sociedade. São distorções que se enredam e formam degradações, ou seja, perda de qualidade, com conseqüências que podem ser terríveis, nesta cultura avançada, de alta formalidade e, portanto, de alto risco pelo seu próprio estágio de desenvolvimento. Já se falou um pouco da universidade brasileira, mas está se falando pouco. O mesmo que acontece com o conhecimento em uma obra desse porte, acontece com o conhecimento na universidade. Hoje ela está sujeita ao desmonte do modelo do conhecimento, para “enredar-se” em demandas de mercado que são muito pouco claras. Mas a universidade é “o lugar do conhecimento”, e uma obra como o metrô é um “lugar de excelência ou de alto risco”, então como ficam essas concepções no mínimo duvidosas de gestão, e suas respectivas escalas de valor? Os equívocos são catastróficos nos dois casos. “Turn Key” me parece mais uma expressão como “choque de gestão”? Em si não significa nada, a não ser pelo que é efetivamente realizado, mas o que parece é que a margem de alternativas que ela comporta ultrapassa qualquer especificação de qualidade, se os responsáveis quiserem. Então, como adotar um modelo sem limites, que aceita qualquer procedimento? Mesmo a parte mais visível desse “turn key” parece ter sido desrespeitado pela sua própria dinâmica, quer dizer, não funcionou. Ou não foi “turn key”. Essa desestruturação do mercado desestrutura o conhecimento, sua produçào e toda a aplicação produtiva desse conhecimento, que pode então passar a ser também descartável. Isto é muito, mas muito grave, no nível cultural do século 21, e não há como deter, depois, a desestruturação do Estado, do cumprimento das leis, da justiça, da educação, dos planos de previdência e saúde, e assim vai, pois tudo está interligado e integrado.

  4. Será que não está na hora do
    Será que não está na hora do Brasil pensar de “modo adulto” seus grandes projetos de engenharia, não apenas na sua questão técnica e de segurança, mas também estética, por exemplo? Existem muitos países mundo afora que aproveitam a oportunidade de transformarem estas grandes obras de engenharia em grandes obras de arte arquitetônicas que valorizam a cidade. Precisamos por um fim nesta divisão medíocre que se faz entre engenharia civil e a arquitetura, que só faz empobrecer e deixar a cidade mais inóspita para os seus cidadãos. O metrõ podia ser muito mais do que um simples buraco para transportar gente.

  5. Olá Nassif,
    O professor
    Olá Nassif,
    O professor acerta na conclusão que há uma desvalorização da engenharia no país.
    Mesmo tendo verdadeiro pavor de qualquer forma de corporativismo, acho que a classe tambem não se ajuda, à medida que se submete às (más) influências econômicas de qualquer projeto. Tem que haver um ponto de dizer basta, e acho que os profissionais de engenharia não estão encontrando este ponto. Assumir uma posição e dizer com todas as letras “com tal preço não dá” e pronto. Os contratantes que procurem outros empreiteiros/engenheiros e pronto. Deve haver um ponto definido até o qual a calça vai ser abaixada. Qualuer coisa abaixo disto é a vergonha que percebemos.
    Perdi o contrato ? Paciência. Meu sono tranqüilo ainda é mais valioso.
    Só minha opinião de 2 centavos.
    [ ]´s

  6. O que impede de se fazer um
    O que impede de se fazer um contrato com as empreiteiras, exatamente como o que foi feito e exercer a fiscalização quanto à qualidade e execução conforme o projeto ?
    Esta fiscalização pode ser feita de forma privada ou pública, tanto faz.
    Mas a responsabilidade civil ( e politica) é do estado…ou alguém aqui votou no Norberto Odebrechet ?

  7. NASSIF

    Tão desigual, quanto
    NASSIF

    Tão desigual, quanto a distribuição de nossas riquezas, é a justiça deste país. Não acredito que ela se mostre impotente diante das inúmeras formas de criminalidade, mas sim indiferente, pois é capaz de julgar, com grande rapidez, um procedimento de um casalzinho à procura de fama, mas não o faz quando se está em jogo a vida humana. Tal procedimento compromete o futuro da democracia, onde quer que ela se instale. O Estado precisa criar e consolidar uma justiça, que venha, realmente, a agir contra os crimes perpetrados por políticos ou cidadãos, em quaisquer que sejam os degraus da maldita pirâmide social, onde se encarapitam. A livre circulação da verdade das informações deve ser prioridade da mídia e do Poder Judiciário. Qualquer entrave a esse poder legítimo, deverá ser visto como crime de lesa- pátria. Todos os abusos do direito, quaisquer que sejam, deverão indignar cada cidadão deste país, de modo a evitar a duplicação de crimes viciosos.
    Os responsáveis pela tragédia da cratera da Marginal do Pinheiros, não se encontram em situação difícil ou embaraçosa, pois têm a certeza de que no fim “tudo se ajeita”.
    A credibilidade do Estado Paulista, incluindo seus engenheiros, encontra-se em baixa.

  8. Quem está monitorando a
    Quem está monitorando a política das conspirantes e indigestas PPPs é o capital financeiro internacional. Normalmente, a privatização do patrimônio público dos países subdesenvolvidos inicia-se nos países centrais, os que dominam cientifica e tecnologicamente o planeta. Apesar de novos horizontes no quadro político da América-Latina, aqui no Brasil as determinações do Consenso de Washington ainda flui nas veias de muita, muita gente. Não é verdade, Nassif ?.

  9. Gustavo, todo contrato
    Gustavo, todo contrato celebrado pelo poder público é, regra geral, público, salvo raríssimas exceções como, por exemplo, casos em que estejam envolvidos segredos militares. Pode até estar meio escondidinho no cipoal das publicações oficiais, mas que é público é.

  10. Acrescento ao meu comentário
    Acrescento ao meu comentário anterior algo que penso sobre o futuro das tão aguardadas PPPs:Este projeto Governamental que espero seja colocado em prática,e realmente alavanque o crescimento do país,não deve ser extendido às empresas que estão construindo(ou destruindo)o Metrô de São Paulo,que conforme já disse o atual Governador Paulista,este mesmo consórcio será responsável pela operação daquela linha.Já foi provado que a Cia do Metrô de São Paulo é capaz de operar com uma rentabilidade considerável ,qualquer trecho,daí não necessitarmos dar tal MINA DE OURO a estes irresponsáveis,que como fizeram agora,podem colocar em risco a vida dos usuários deste que até então era o cartão postal da eficiencia do Estado na administração.

  11. Caro Nassif,peço permissão
    Caro Nassif,peço permissão para acrescentar ao sábio comentário do Dr.Alberto Sayão,o seguinte;Qualquer grande obra feita nestes tempos globalizados, são balizados por 3 variáveis,quais são:O melhor preço;O melhor custo-benefício,e por último o menor tempo de construção.Dito isto vemos que nenhuma destas variáveis foram levadas em conta nesta obra da lina amarela do Metrô paulistano,pois ao contrário do que tinha sido feito anteriormente nas obras deste metropolitano,na obtenção do financiamento para este trecho,foi desconsiderado o fator segurança,em troca da liberação dos recursos necessários,no menor prazo possível.Relevante (para o consórcio)foi o preço final,pois na análise qualificatória das empresas interessadas na obra,entre 17 empresas,experientes(clientes da Cia do Metrô)12 delas foram desclassificadas naquela licitação,embora seus preços fossematé que um pouco menores que o das ganhadoras;Esqueceram-se de pensar no benefício à cidade,pois ao escolher o trajeto subterrâneo,privou-nos de ter um Metrô de superfície,esteticamente mais apropriado,entretanto o custo das desapropriações falou mais alto; Quanto ao prazo de entrega da obra,como tudo que é feito às pressas sai mal-feito,taí o resultado! Agora desprestigiar a experiencia dos engenheiros da Cia do Metrô,numa obra desta envergadura,é inadimissível,pois não Dr.Alberto?Naquele maldito contrato,estava previsto que se esta engenharia fosse acionada para fiscalizar a obra,teria que pagar por isso,que é isso,gente?Assinar um contrato deste,é prova de incompetencia dos Governantes do Estado,e dos responsáveis pela sua aceitação,que agora eximem-se de qualquer responsabilidade.Numa obra como esta o processo turn-key(adotado)é por demais questionável,pois envolvia segurança e por mais que os engenheiros da Cia do Metrô quisessem,não foram aceitos,nem como consultores.Agora é tarde para lamentar!

  12. Maravilha matéria, no site do
    Maravilha matéria, no site do Estadão, que traz entrevista com a jurista Odete Medauar, especialista em Direito Público e professora titular da PUC-SP (http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2007/jan/19/45.htm).
    Além de tratar de outro aspecto sobre o desastre da Linha 4 – o Jurídico – a professora revela que dificilmente alguém será responsabilizado criminalmente.
    Ou seja, nossa Legislação é boazinha para esse tipo de crime. Quer dizer: qualquer empreiteiro pode arriscar ilegalidades nas suas atividades por que sabe que não haverá punição.
    Onde estamos? Cadê nossos deputados? Cadê nossos Legisladores?
    Diz, também, que eventuais penas aos responsáveis dependerá da Promotoria Pública.
    Agora veremos, então, se os promotores que gostam tanto de aparecer na midia e dos altos salários são competentes e merecem a grana que nós pagamos. Mas essa parte, com certeza, levará anos!

  13. Eu percebo que esse movimento
    Eu percebo que esse movimento de desvalorização não se resume à Engenharia. O negócio, hoje, é a pechincha. Todos os setores estão assim.

  14. Trata-se de um problema de
    Trata-se de um problema de metodologia de trabalho. Os engenheiros civis brasileiros não costumam acompanhar a execução do serviço. Além da falta de conhecimento prático, não estando presente no local, algumas decisões acabam sendo tomadas por funcionários que mal sabem escrever o próprio nome. Uma vez que o engenheiro constata o erro, já é tarde demais e refazer o serviço torna-se financeiramente inviável. A sirene deveria ter sido acionada 10 minutos antes e não depois da última explosão. Isso é falta de ORGANIZAÇÃO!

  15. Quando fiz minha casa, o
    Quando fiz minha casa, o mestre de obra olhou e disse que as vigas e micro estacas eram muito para uma casa, o engenheiro que fez, pra nao correr risco aumentou além do que seria necessario, mas tudo bem, quem pagou fui eu, e mesmo assim melhor errar pra mais doque pra menos, numa dessas (e era real) o terreno podia ser meio alagadisso ja que era um lagado no passado, nao tinha rio mas … melhor assim…

  16. Nassif, o engenheiro Alberto
    Nassif, o engenheiro Alberto Sayão não deve nunca na vida dele ter trabalhado em órgão público (da administração direta ou indireta). Se tivesse trabalhado, entenderia as necessidades de fazer licitações “Turn Key” no serviço público. A primeira necessidade é gerencial/técnica mesmo (e na verdade ultrapassa a fronteira de procedimento no serviço público – sendo a prática corriqueira na área privada -, o que torna espantoso o comentário do engenheiro doutor). Um projeto complexo como é a construção de uma linha subterrânea do metrô, exigiria do Estado uma competência em gestão astronômica, se fosse para subdividir todas as atividades do projeto em licitações parciais (e pelo Estado, teria que ser assim). Quanto mais complexo o projeto, menos lambança em solicitar preços “Turn Key”. Essa é a regra de ouro que um gestor minimammente competente precisa seguir. O que é necessário, é estabelecer a Engenharia de Requisitos adequadamente, junto com um contrato que preserve o Estado de levar cano e, ao mesmo tempo, não paralise as obras por insolvência dos fornecedores – o que por si só já é bastante arte… Imagine só o que leitores seus andaram sugerindo pelaqui: o nosso bravo Estado de São Paulo tendo que fazer isso (gerir a obra). Como? Faria um concurso público para preencher as vagas necessárias? (Seriam muitas, viu…e rezo para que não apareça petralha dizendo para deslocar competências de vários órgãos para fazer a tarefa – isso pode passar pela cabeça deles…) – seria um sonho esquisito esse de ter um Estado que não dá educação de qualidade, não dá saúde de qualidade, não dá estrada de qualidade mas faz buraco de metrô de qualidade. É para dar risada? Outra razão para escolher o projeto “Turn Key” tem a ver com as amarras administrativas a que o Estado está sujeito para gastar o “money”. Sayão nunca na vida dele ouviu falar de Lei 8666 ou Leis afins? Se soubesse o que era, não escreveria (!) – ele deve pensar que gastar dinheiro do Estado é que nem comprar laranja na feira, que se pode escolher assim, a obra mais bonitinha, a que o gestor da vez considerou de “melhor” preço (???). Ele não imagina o custo que é elaborar uma licitação decente (e conduzi-la de forma vitoriosa, sem ressalvas de um tribunal de contas). Já pensou, que interessante, a brecha que se abre: quem sabe Maluf tenha escolhido o “melhor” preço para o túnel Airton Senna – e agora??? Chama o Sayão para decidir se o preço era o “melhor”? Ele e os outros que estão bradando aqui contra barateamento de obras nunca viram uma licitação. A modalidade “Turn Key” é a única que poderia ser escolhida sob qualquer ângulo, se as condições de contôrno estiverem estabelecidas como estão. Nada disso muda recomendações de engenharia, procedimentos e coeficientes de segurança de obras. Lamentavelmente, Nassif cedeu ao canto da sereia petralha e dar guarida a abobrinhas de Itú em uma discussão gravíssima, em um incidente em que várias pessoas morreram, junto com a ética de doutores daqui e dacolá. Em tempo: Sayão está longe de ser o único doutor no Brasil. Deveria ter a sensibilidade, que anda faltando a muitos, de procurar apenas emitir opinião balisada dentro do assunto, com informações fundadas do problema em si, concreto, DESTE acidente, e não de sua versão acadêmica, e não ficar se entregando alegre à derrota pela vontade incontinente de exibir o próprio “nou-hau” em praça pública. No mínimo deveria aguardar o resultado da auditoria.

  17. Dois grandes desastres
    Dois grandes desastres certamente incorporam a problemática acima escrita: a
    explosão do VLS e omaior desastre da aviação brasileira.

  18. Apolonio, entre o seu
    Apolonio, entre o seu know-how para catar coquinho e o do engenheiro Sayão, fico com o segundo. Você esqueceu de dizer quantos acidentes aconteceram na construção das outras linhas do metrô. Alguém sobreviveu àqueles contratos obsoletos? Quanto você pagaria para poder acompanhar a construção da sua casa?
    Detalhe: por trás da palavra petralha esconde-se um tremendo tucanalha.

  19. Nada como uma tragédia que
    Nada como uma tragédia que está na mídia para aparecer um monte de urubu metido a especialista. Já prenderam até quatro destes nas imediações do buraco se passando por engenheiro, bombeiro e o escambau.Cadê esta gente tão preocupada com as centenas ou mesmo milhares de mortos pela violência do trânsito, pelo desserviço do SUS,pela violência da polícia a cada ano.Com todo o respeito pelos mortos neste trágico incidente acho total leviandade tentar faturar políticamente e acusar X,Y ou Z.Há um filme : A Montanha dos Sete Abutres , dirigido por Billy Wilder e com Kirk Douglas no elenco que me parece muito pertinente.Pior ainda é a tentativa de humor negro com viés político do macaco Simão.

  20. o Sr. Apolônio disse que um
    o Sr. Apolônio disse que um projeto complexo como é a construção de uma linha subterrânea do metrô, exigiria do Estado uma competência em gestão astronômica…

    agora fiquei em dúvida…

    como é que foram feitas as linhas 1 (Azul), 2 (Verde) e 3 (Vermelha)?

    quem fiscalizou?
    quem fez as especificações?

  21. Não vi nada na imprensa
    Não vi nada na imprensa brasileira sôbre o maior projeto BOT (Build-Operate-Transfer) do mundo.

    O projeto de USD 15 bilhões do trem bala Taiwan High-Speed Railway Corp (THSRC) em Taiwan é o maior projeto PPP turn-key ou melhor dizendo BOT do mundo. Todo o financiamento por conta das entidades privadas. Sugiro que alguém de sua equipe dê uma olhada nas notícias sobre este projeto, cuja posta em marcha está começando este mês, após atrasos com funding e acidentes nos percursos da fase de testes. Interessantes paralelos com o nosso metro linha 4, mostrando como é diferente a atitude de um governo sério.

    O modelo escolhido de trem era o ICE da Alstom/Siemens. Apos acidente com esse tipo de trem na Alemanha (100 mortos), o ministério de transportes na qualidade de poder concedente por razões de segurança impôs o modelo do trem bala japonês, que possui sistema de detecção de abalos sísmicos. Isso apesar de o governo não estar colocando dinheiro algum no projeto.

    Dados aos acidentes durante testes, há um debate sôbre necessidade de prorrogar a fase de testes antes de abrir para o público.

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