A Globo, o crime e o BC

Enviado por André Araújo

Nassif,

a TV Globo está dando cobertura detalhista sobre o caso do menino arrastado por assaltantes no Rio. Lateralmente , o usual discurso de estupor e condenação do trágico evento (que é trágico mesmo). Mas no mesmo dia e na mesma hora, no outro canal do grupo, GLOBONEWS, a Miriam Leitão entrevista José Julio Senna (pela segunda vez esta semana no mesmo programa) e Luis Fernando Figueiredo, que aprovam com louvor e sem meias palavras a política monetária do BC.

Os dois acontecimentos estão ligados para quem vê o mundo como um todo. A política monetária elogiada pela GLOBONEWS é a mesma que produz a total ausência de perspectiva para a juventude carioca e brasileira de classe baixa e encaminha parte dela para o crime.

Em um milhão de jovens, 950 mil podem passar fome mas não irão matar para roubar. Mas 50 mil podem seguir esse caminho sem volta. Se houvesse mais empregos parte desses futuros assaltantes poderiam não ir para o crime. Mas a GLOBONEWS não liga as duas coisas e dobra a aposta na defesa de uma política suicida cujo custo mais alto é a impossibilidade de haver sequer esperança para um futuro emprego de dois milhões de jovens brasileiros que a cada ano ingressam no mercado de trabalho.

O fantástico da Globo é ela não convocar nenhum, mas nenhum mesmo, economista da UFRJ, do Coppe, da UERJ, da Unicamp, aqueles que representam algum pensamento divergente, um outro olhar sobre o problema, uma percepção distinta. É impressionante.

A Bloomberg, a CNN, o Wall Street Journal, o Financial Times, entrevistam todo o tipo de gente quando cobrem um assunto. Mas a Globo não quer saber de pratos novos, tem que ser a mesma comida todo o dia, os entrevistados formam uma espécie de elenco fixo da casa, tal qual o Tarcisio Meira e a Regina Duarte, devem ter até crachá permanente e vaga no estacionamento.

Comentário

Por justiça com a Mirian, a linha é dada pela emissora.

Ping Pong -Enviado por: Alexandre Porto

Nassif,

talvez você esteja cometendo uma injustiça. Veja o programa do William Waack na Globonews e verá que lá se dá o oposto. Nunca aparece ninguém para defender o BC.

Luis Nassif

126 Comentários

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  1. Renato, falta de valores e de
    Renato, falta de valores e de referência estão diretamente associados à falta de perspectivas, de um lado, e às disparidades sociais de outro. E ambas são frutos desse modelo cujo principal sustentáculo é a política de câmbio e de juros.

  2. Jefferson, o mal que os
    Jefferson, o mal que os economistas neoliberais fazem é sobre as vendas de tratores Caterpillar, pelo que fui informado. Quanto a ofendê-lo por causa do seu nome, não me lembro. O que eu teria dito? Seja mais Jefferson e menos Bush? Pode ter sido isso?

  3. Se a Míriam Leitão é a favor
    Se a Míriam Leitão é a favor da política do BC, etão tem algo de muito estranho. Então é verdade que o BC tá tucanizado. A partir de agora sou a favor da queda do Meirelles.

  4. Nassif, além desse paralelo
    Nassif, além desse paralelo inevitável, lamenta-se a exposição pela mídia dos pretensos criminosos. Um dos três jovens que teriam cometido esse crime horrendo já está solto. Não tinha nada a ver com o acontecimento. E agora? E se, na hora da prisão, os três tivessem sido linchados face a revolta provocada? A barafunda contra o jovem inocente será desprezada. Afinal de contas ele é negro e, provavelmente, pobre.
    Deus nos acuda contra os bárbaros que cometem crimens dessa natureza e contra aqueles que destroem vidas movidos por emoções não bem identificadas, mas deploráveis.

  5. Câmbio alto significa papel
    Câmbio alto significa papel de jornal caro, encarecimento de compra de produção estrangeira para a TV cabo, dívida mais cara.

  6. É como vc alertou no post
    É como vc alertou no post abaixo. A Globo é do contra, se o PT falar que o Brasil vai viara um desastre o Globo fala o contrário. Se o PT falar que o Brasil vai pra frente, a Globo vai falar o contrário. Grande oposição essa, basta ir contra.

  7. Leniência, Ataliba? Quero
    Leniência, Ataliba? Quero mais que esses criminosos peguem prisão perpétua. O que não elimina a relação de causalidade entre política econômica e criminalidade.

  8. Obrigado. Como coloquei na
    Obrigado. Como coloquei na aba de ECONOMIA, a crítica vive em função do erro. Se o erro continua, a crítica continua. Só faltava essa, de deixar o erro e parar a crítica para não parecer enfadonho.

  9. Nassif, talvez tenha feito
    Nassif, talvez tenha feito confusão em mensagem enviada a menos de cinco minutos. Desejava postar aqui. Talvez tenha inserido no post errado. Obrigado.

  10. Sr Nassiff, concordo com seu
    Sr Nassiff, concordo com seu comentário, todavia, a Rede Globo conseguiu fazer ainda pior, apesar de toda dor que a família daquele pobre menino sofria, a rede globo veiculou notícias sobre carnaval como se nada tivesse ocorrido. Mas não foi só ela, outras emissoras fizeram o mesmo. Virou moda neste país convivermos com tragédia e virarmos a página, olharmos para o lado, e fazermos de conta que nada está ocorrendo. Que país é este? Quem executou a criança foram aqueles três monstros (ou outros três?) mas os verdadeiros responsáveis somos nós, todos nós. Principalmente nós, a classe média deste país. Há muito tempo passei a entender que os seres humanos podem ter sido inseridos nesse planeta por alguma entidade superior (quem sabe um maldoso ET cientista, somos uma espécie de cupim que consome todo dia este planeta, mas nós, classe média do Brasil, somos piores ainda. A nossa omissão é permanente, se a escola pública é ruim, preferimos colocar os nossos filhos em escolas particulares, se os serviços de saúde são ruins, preferimos ficar mais pobres e pagarmos um caríssimo plano de saúde. Não podemos perder nosso precioso tempo em frente da televisão para irmos participar de uma reunião da comunidade ou nos envolvermos em problemas dos outros, não vemos que os outros somos nós. Quem matou aquela criança, bem como aquela jovem, como aquela senhora, aquele, aquele…..fomos nós, e principalmente nós – a classe média desse Brasil. Devíamos enfiar nossa cabeça não no chão, mas em uma saco de lixo, vedarmos com fita e sufocarmos até morrer. A não ser que aparecesse alguma viva alma e fizesse a maldade de tirar o saco de nossa cabeça e nos dissesse – você não pode morrer agora! deve ver mais um pouquinho de toda a crueldade que sua omissão foi capaz de criar. Foi você que permitiu que crianças não fossem para a escola, foi você que deixou pobres pessoas na fila dos hospitais enquanto ia para aquela casa na praia, comprada as custas daqueles que construíram e sequer possuem uma casa para morar. Enfim, a culpa é toda nossa. Mas preferimos colocar a culpa nos outros. Assim, vamos culpar o três marginais que não foram a escola, ou mesmo a mãe deles que também não foi a escola, vamos culpar o governo, vamos culpar o imperialismo americano, vamos culpar a família do menino, ou mesmo o menino de seis anos. Desculpe-me, mas outro dia me vi na mesma situação, e graças a não sei o quê conseguir tirar meu filho de dentro do carro, sem levar um tiro e sem que ele fosse arrastado pela desgraça da nossa sociedade.

  11. É, sempre votei no Lula, mas
    É, sempre votei no Lula, mas esperava mais dele. É muito conciliador, não dá murros na mesa. Parece aquelas pessoas que tem o rabo preso. Não precisava ser um Chavez mas poderia mais, com o respaldo dos milhões de votos. Peitar a imprensa, o BC, etc. O povo daria o aval

  12. é nassif. não sei se vc
    é nassif. não sei se vc lembra mas no comentário final da apresentadora ela diz que é melhor discutir o piso da tx de cambio que o teto, ou seja que é melhor a situação de tentar segurar a valorização que uma desvalorização. isso mostra a ignorancia da jornalista no tema. estamos numa situação de desindustrialização, de crise em setores exportadores. Os dois entrevistados são tao previsiveis nas respostas como o presidente do BC. é lamentavel o nivel de discussao de economia neste país.Fora que nao podemos esquecer que as pessoas respondem a incentivos, há muitos interesses por trás. Pq o programa nao chama que produz alguma coisa, um empresario, um economista da FIESP. Nao, sempre chamam “consultores”. Pior só os “especialistas”. Essa praga, esses economistas que vao para o governo e “vendem” sua “expertise”.
    Como diz o Zé Simão, vou pingar meu colirio alucinogeno. Bjs

  13. Alexandre, o comentário foi
    Alexandre, o comentário foi do André. O William é um craque mas, por meu ritmo de trabalho, não tenho conseguido assistir a Globo News.

  14. Nao é só a politica do Banco
    Nao é só a politica do Banco central que levara 50 000 jovens a irem para o exterior ou procurar o crime como saida para suas dificuldades, o governo como um todo, pouco faz para amenizar tal situaçao, é só procurarmos ver no serviço publico federal estadual ou municipal familias inteiras abrigadas ali, quando o certo seria socializar estes empregos, e numa crise de empregos como a que vivemos, nao deixar uma mesma familia ter quatro as vezes cinco empregos publicos. Seria uma forma, de amenizar a fome e diminuir o crime.

  15. Nassif escreveu:
    “Câmbio alto
    Nassif escreveu:
    “Câmbio alto significa papel de jornal caro, encarecimento de compra de produção estrangeira para a TV cabo, dívida mais cara.”

    Ah!
    Conseguimos ver que por trás da “jurisprudência jornalística” não há “apenas” ideologia, mas interesse financeiro: a redução em reais do endividamento em dólar das empresas de comunicação (escritas e televisivas) .

  16. O que vai precisar acontecer
    O que vai precisar acontecer nesse pais para os brasileiros dizerem CHEGA, BASTA. Arrastar uma crinça pelas ruas em zigue zague, queimar familias vivas, queimar passageiros de um onibus. Poucas sociedades chegaram a tal ponto de brutalidade. Convoco os homens de bom senso começarem gritar um verdadeiro CHEGA. Estamos chegando em um limite onde não havera volta. Temos que combater a barbarie de todas as formas. Concordo com o cidadão acima que diz que uma barbaridade dessas ja não é mais fruto de pobreza. É a propria dintegração da sociedade. Não podemos discutir esses fatos como se fossem mais um. Temos que começar exigir uma verdadeira mudança, que envolve, Nassif, inclusive o BC.

  17. Fernando, uma análise de
    Fernando, uma análise de nível tentaria encontrar relação entre crescimento e criminalidade. Você está querendo é me desnivelar.

  18. Tem ainda outro problema na
    Tem ainda outro problema na cobertura da morte do menino. É uma tragédia chocante, mas ele não foi assassinado, pelo menos, com as informações que apareceram até agora. Os caras queriam roubar um carro e muito provavelmente não viram o que acontecia com o garoto. Longe de ser uma defesa do que eles fizeram (também espero que fiquem muito tempo na cadeia), mostra o quanto a mídia não anda se importando com a notícia; o importante é manipular a (natural) emoção do momento a favor da sua audiência.

  19. Olá Nassif,
    O desfecho do
    Olá Nassif,
    O desfecho do menino foi uma tragédia, mas também é uma tragédia o que acontece com os “menos favorecidos” neste país. Concordo contigo que os criminosos mereçam a prisão perpétua, mas até quando a classe miserável continuará sem a mínima oportunidade de educação, emprego, habitação, saúde….e por aí vai!
    Abraços

  20. A Miriam Leitão é um capacho.
    A Miriam Leitão é um capacho.

    Há ainda de se acrescentar ao comentário do Nassif, a opressão no mercado de trabalho vivida por um imenso número de profissionais competentes deste país.

  21. Uma lamentável verdade…
    Uma lamentável verdade…

    Eu nunca vi o Belluzzo ou o João Sicsu no JN, pois este espaço é sempre ocupado por economistas que defendem a verdade sagrada e absoluta, do qual é crime discordar, que é o monetarismo. Que é um excelente gerador de riqueza para certos grupos e indivíduos.

    Na verdade, é uma transferência de riquezas de alguns indivíduos para outros. É um roubo legalizado, é um grave crime.

    E esse crime contribui de maneira essencial para outros crimes, como você acabou de observar neste artigo.

    Que fazer diante de uma situação dessas ?

    Somente fazer nossa parte…

    Porque é lamentável.

  22. Sempre achei o mesmo Nassif,
    Sempre achei o mesmo Nassif, existe uma sordida compatibilidade entre a visão do BC com o drama social brasileiro.Votei no lula achando que neste mandato ele iria encarar as forças que regem o BC, visto que as decisões do COPOM, ao que parece não são de natureza tecnica e sim politica, com efeito, mais violencia, mais desemprego, menos crescimento,e mais… bolsa familia. Tempos obscuro!!!

  23. Nassif,

    Concordo com o post
    Nassif,

    Concordo com o post do Luiz abaixo, e não creio que queira te desnivelar. Entretanto, tendo em vista a seriedade com que você costuma orientar as discussões aqui, causou surpresa você dar destaque a um post tão fraco como o escrito pelo André Araujo. Querer relacionar, EM UM CASO CONCRETO, o crime a condições sociais e econômicas – e pior, especificamente à taxa de juros – é tosco. A violência do caso é tão brutal, que a comoção popular não precisa ser manipulada por qualquer meio de comunicação, basta a simples narração dos fatos.
    Pode-se concordar ou discordar da política monetária. Agora, utilizar uma fatalidade dessas como argumento, inaceitável.
    Continuo seu admirador, mas como já dito em outros posts por outras palavras, você cometeu um engano.

    Saudações!

  24. A opinião dos comentaristas
    A opinião dos comentaristas da rede Globo, e seus convidados,lembra um velho realejo,com seu surrado repertório e previsíveis augúrios do decrepto periquito. Lembra mais, um circo de lobistas.Cada qual com sua especialidade. Um doma,outro equilibra,um terceiro é ilusionista, e o “grand finale”,coroando o espetáculo: o “globo ” da morte.Não se trata de trocadilho.É o próprio,que liquida o espetáculo.Como de hábito,já o faz há muito.

  25. Tanto faz ela como ele, o
    Tanto faz ela como ele, o posicionamento econ/polit é o mesmo. Êle tem +/- 15 conv. que varia ao longo de 5 semanas. Deixei de ver a partir da crise do mensalão. Não se tocou no assunto. Porque?
    O caso dos 3 rapases substitui a viuva da mega-sena e as pessoas esquecem do buraco do metrô. É sempre o mesmo. os rapazes daqui a 3 meses deverão está mortos.

  26. Luis Nassif,
    Este seu post é
    Luis Nassif,
    Este seu post é uma das melhores que eu já li. Certeiro, na mosca. E não é só a Globo não, acho que todos os profissionais do jornalismo tem a sua parte neste crime. Particularmente estou ansioso para saber da Danuza Leão, por exemplo, a versão lacrimosa dela para este fato. Tomem vergonha jornalistas! Parem com as lágrimas de crocodilo! Estou farto destes lances emocionalescos. Chega o carnaval e todos, principalmente o Rio, caem na realidade!!! A pseudo realidade a Globo promove!

  27. Para o seu leitor
    Para o seu leitor Vladimir:
    pq é preocupante a preocupação com o nivel da taxa de juros? pq esse país nao cresce ou vc mora na Bélgica?
    Credo, tem cada um…

  28. Tudo tem limite, ainda que se
    Tudo tem limite, ainda que se tente manter a postura não se pode ignorar o quão estúpido ou mau caráter pode ser um cidadão. Considerar uma monstruosidade como a ocorrida ontem como consequência de hipotéticos erros da política econômica transcende qualquer grau de ignorância. Ou vem de uma criatura totalmente incapaz de desenvolver uma linha de raciocínio com um mínimo de lógica, ou é cafajestagem da pior espécie. E quem dá destaque a tal idéia é cúmplice.

  29. O Waack deu duas traulitadas
    O Waack deu duas traulitadas no Mainardi no Manhattan Connection uma vez e o nosso amigo da Veja não abriu mais a boca o programa inteiro. Foi engraçado. O Waack é ótimo. Mas gostava mais dele no Estadão.

  30. Isso só porque no programa do
    Isso só porque no programa do William quase não vai economista, mas sociólogo, filósofo, cientista político e quase todos eles, com raríssimas exceções, alinhados com a oposição ao governo. E na hora de bater, batem no que está na frente, independentemente de representar uma certa esquisofrenia. No momento Miriam, defende-se o BC, quase como um corpo estranho ao Governo (infelizmente, não é).
    No momento William critica-se o governo, seja lá pelo que for (política externa é o assunto favorito, especialmente o “alinhamento” com Chavez), inclusive os juros.
    E o Jornal da Globo tá horroroso.

  31. Nassif, a globo não vai vai
    Nassif, a globo não vai vai dar nenhuma cobertura detalhista sobre a obscura operação de compra de ações da Lihgt pela Cemig – Companhia Energética De
    Minas Gerais que adquiriu parte da Lihgt, que tem como acionistas, alguns credores da própria rede globo, uma operação no mínimo suspeita.

  32. A Andre Araújo: # 1 A alusão
    A Andre Araújo: # 1 A alusão a “passar fome” é desses grandes argumentos de marxista (sim, é marxista) pé-quebrado que se lêem por aí. Não é racional. Diga o que é pelo nome, sem metáforas, a falta de liame social, más condições de vida, o diabo. #2 E permita-me discordar: a falta de liame social é um problema de valores, não de renda. Falta de renda pode justificar furto de carros, de rádio de carro, celular, ou bater carteira, mas não assalto a mão armada, execução, estupro. Dizer que esse rapazes estariam “trabalhando” é rematada bobagem. Provavelmente os outros 950 mil estariam trabalhando e os 50 mil potenciais assassinos permaneceriam desempregados. #3 Parece que os assaltantes simplesmente não viram o menino, como dito abaixo.

  33. Ô NAssif, devagar com o
    Ô NAssif, devagar com o andor. Os dois assassinos não são vítimas da pobreza, são, sim, dois facínoras. Se pobreza gerasse assassinos, a Índia seria um inferno e esse país, que é mais pobre que o nosso, é muito mais seguro.
    Claro que em um país rico ou, então, com estrutura pública minimamente decente – e temos dinheiro para o mínimo, só não temos governantes decentes – , se esses dois facínoras, tivessem sido identificados na escola como problemáticos, teriam sido enviados a psicólogo.

  34. Gostaria de fazer uma
    Gostaria de fazer uma observação sobre o tal “poder” da midia,de influenciar as opiniões e comportamento da população em geral(principalmente a eletronica,pois a infuencia da escrita é marginal).
    Eu acho que tal “poder’ ,inclusive o da Globo,é supervalorizado por todos(felizmente),e cito 2 exemplos para embasar a minha opinião:O 1º ,mais controverso, é a eleição do ano passado,após mais de 1 ano de ampla cobertura jornalistica do escandalo de mensalão e derivados desse, o efeito foi quase nulo .Lula se reelegeu e a bancada do PT(partido mais exposto) não se alterou significativamente , o que também contraria a tese de que a população absolveu Lula e condenou o PT.
    Como o exemplo acima comporta uma série de outros motivos para o ocorrido ,vamos ao 2º que eu acredito ilustrar melhor a minha “tese”: O plebiscito do desarmamento.Toda midia impressa e eletronica a fvr do desarmamento(- Veja),causa politicamente correta,duzias de “celebridades” fazendo campanha a fvr,causa “simpatica”,maquina do governo a fvr,merchandising e propaganda sub-liminares e de personagens em tele-novelas e nenhum defensor de peso do outro lado.E qual o resultado?2 votos pelo não desarmamento para cada 1 pelo desarmamento.Cade a influencia?
    A influencia que existe é muito mais comportamental e exercidas através de novelas.
    Uma novela tem mais influencia, e mesmo assim relativa,do que todo jornalismo brasileiro somado

  35. ontém pela manhã ao vêr o
    ontém pela manhã ao vêr o notiçiario cena chocante q me fez desligar o têlevisor e lámentar pelo q virou nosso país.O garoto João Hélio Fernandes foi arrastado por 7 quilômetros preso ao cinto de segurança vindo a faleçer no local enquanto os bandidos fugiram.fiquei a pensar oq teremos mais q fazer pra não vermos nossos filhos sendo mortos desta maneira já que tenho 2 um de 10 e outro de 21,cheguei a conclusão a mídia tão eficas deveria fazer apelos ao povo brasileiro com propagandas pesadas para q as familias deixasem de ter filhos pelo menos nos proximos 5 anos ,colocar fetos e crianças dentro do corpo da mãe questionado sua vinda para este sbmundo marginal em q vivemos,pois não temos o direito de coloca-los ao mundo para q venham sofrer tamanhas barbáres,planejamos nossos filhos com tanto amor ai vem um infeliz q no minimo estava totalmente drogado e acabam com nossos planos,ai so resta a dor pro resto da vida.não é mais possivel vivermos desta maneira quando nossos filhos saeem e não sabemos se eles voltam pra casa,imagino a mãe desta criança q talvez já tivese planejado o futuro de seu filho,com coisas boas,e agora se vê de frente com uns monstros que roubam-lhe a vida,quando sera decretado pena de morte pra quem faz este tipo de coisa?pq pra esta criança a pena de morte foi decretada da maneira mais selvage possivel,talvez se muitos recursos q são desviados por canalhas viesem em formas de segurança,melhor poliçiamento,saúde poliçiais honestos melhores pagos,tecnologia contra o crime,talvez a história deste menino fosse outra,talvez a culpa tenha sido do garoto joão hélio fernandes por ter nascido no brasil,onde se morre mais gente que na guerra do IRAQUE.SO NOS RESTA CHORAR E LÁMENTAR ENQUANTO NINGUEM FAZ nada.hoje no calor das emoções aparecem varios salvadores da pátria,mais amanhã so vai restar a dor desta familia e de outra e de outa q possivelmente viram.até quando vamos ver crianças sendo queimadas dentro de carros como o caso de braganhaça,ou daquele menino de 1 ano dentro do onibus.o problema é que já esta virando rotina tudo isto e nos somente nos comovemos na hora depois de 1 semana ninguem mais lembra à não ser a familia.hoje matam meu vizinho ,eu simplismente digo é coisa da violênçia,amanhã matam meu amigo digo é a violençia,ai matam um sobrinho o sentimento aumenta mais ainda assim me conformo,ai vem um e matam meus filhos,sera q não é isto que fazemos a todo instante sendo omissos quando o problema não é com nós!de q adianta ver poliçiais governadores deputados indignados,queremos ver atitudes, de indiguinação já basta a nossa.vejo nossas autoridades numa paralizia total onde os sentimentos só se aflora quando um fato monstruoso como este aconteçe.todos nos pagaremos a conta um dia ,ou seja por fazer ou por se omitir

  36. Caro Nassif e demais
    Caro Nassif e demais blogueiros,
    Embora a política econômica não tenha ligação direta com os fatos bárbaros ocorridos ontem, a política tem e muita ligação. Vale a pena ler duas obras recentes de autoria do sociólogo Luiz Eduardo Soares para ver como funciona a ligação entre polícias e crime, bem como o loteamento político dos cargos de chefia, que vão das Pms até às PF e PRF… Parece não haver mais solução.

  37. Nassif, resumir tais
    Nassif, resumir tais atrocidades só do ponto de vista economico é simplista. A coisa vai muito mais além, passa antes por corrupção, que drena recursos públicos e aí sim não dá chance pro sujeito, não porque não gera empregos suficientes, mas porque tira a verba da educação, da cultura, do lazer e por aí vai. Colocar toda culpa na economia quer dizer que todo pobre em potencial é um assassino, isso é mentira e é injusto. Esses problemas passam antes por desagregação familiar e leis lenientes do que por um problema economico. Tem muita gente pobre que passa fome, mas não mata nem rouba. Há uma multidão que vai ao trabalho a pé para economizar a condução mas não rouba nem mata. Na China que voce tanto usa de exemplo tal crime seria punido com fuzilamneto sumário. Voce é a favor?

  38. Nassif, não entendi esse seu
    Nassif, não entendi esse seu comentário fazendo “justiça com a Mirian”. Quer dizer que o jornalista-comentarista não é responsável pelas suas opiniões? É só um porta-voz da emissora, cujo único trabalho é transmitir ao povo as posições da mesma?

    Se ela discorda da linha da emissora que vá trabalhar em outro lugar, ou pare de trabalhar, pois dinheiro não é problema para ela.

  39. Discordo do comentário feito
    Discordo do comentário feito apontando a suposta imparcialidade de Willian Waak. Ele pode ser um jornalista erudito e competente. Mas no seu programa na GlobNews, em geral, não há o contraditório. Só há posições contrárias quando o tema é sobre o Oriente Médio (judeus versus árabes, persas e palestinos). Em geral, os 3 convidados têm nuances nas diferenças de opinião.

  40. Nassif um abraço.
    Vamos por
    Nassif um abraço.
    Vamos por um viés diferente. Por que até agora não vimos nada na midia sobre o destino do carro roubado. Quem é o receptador, quem faz o desmanche, quem vende as peças?
    Em qualquer cidade do país tem casa de peças usadas! neste ciclo todo a ponta onde está o menor é muito pequena. Será que adianta só penalizar o menor?

  41. Caro Luis Nassif,
    o senhor já
    Caro Luis Nassif,
    o senhor já teve a curiosidade de ver o que muitas pessoas da chamada middle class e das classes abastadas andam falando sobre o caso do menino arrastado e morto? É um show de barbaridades! Seria interessante perguntar a essa gente “de bem” se elas sabem quantas crianças e jovens pobres morrem de fome, de sede, de doenças, chacinas e “balas perdidas” todos os dias nesse Brasil. Claro, a pobreza alheia não as interessa! Não é problema delas! Essa gente pode ser de bem, mas certamente não é “do bem”! Ademais, o senhor fez uma associação rara, para um economista, entre as taxas de juros e a desesperança de muitos.
    Parabéns!

  42. O que ocorreu no Rio é
    O que ocorreu no Rio é banditismo puro, gente que não tem medo da justiça. As camadas mais pobres querem o melhor para os seus filhos fato que ocorre com a grande maioria, os assassinos do menino estão na bandidagem porque querem. Em qualquer país desenvolvido essa barbárie seria punido com pena de morte ou prisão perpétua. Aqui os bandidos sabem que a igreja católica, direitos humanos e intelectuais que nunca foram assaltados ou nunca tiveram alguém assassinado na família sentirão pena deles na desculpa esfarrapada que são pobres. Só prestar atenção na música de Chico Buarque Meu Guri.

  43. Por falar em Globo, ouvi no
    Por falar em Globo, ouvi no podcast do Mainardi que a Folha publicou uma das cláusulas do contrato entre o Rodrigo Viana e seu novo patrão, a TV Record. Na referida cláusula, o jornalista se compromete a não maldizer a emissora após dela desligar-se.

    Lembram-se do Rodrigo Viana?Aquele ex-reporter Global, que após ser demitido, acusou a emissora de ser parcial na cobertura pré-eleitoral do ano passado.

    E agora sujeita-se a essa imposição? Onde está a coerência?

    A Record alega que esse item do contrato é padrão para todos os empregados.

    O Paulo Henrique Amorim está fazendo escola…

  44. Ao leitor Alexandre Porto :
    Ao leitor Alexandre Porto : William Waack é um senhor jornalista mas ele não dá a linha da emissora. Na Globonews apresenta o programa de opinião PAINEL onde os temas são mais de politica do que economia. Mas o enfoque, quando tangencia a economia, vai na mesma linha geral da emissora,. No ultimo programa os entrevistados eram da Tendencias Consultoria (Rogerio Schmitt), da MB Consultores (Lourdes Sola) e do IBMEC (Carlos Melo). Não vi qualquer ataque ao BC e tampouco me lembra de ter visto o BC sob ataque em outro PAINEL. Ao fim o entrevistado Rogerio Schmitt disse que a economia brasileira é ainda muito fechada e essa é um dos problemas do nosso não crescimento. Realmente fechada é a economia da India, que não admite agência de banco estrangeiro em seu território, ou a da Rusisia e a da China, que administram ferozmente o câmbio.
    Fico imaginando como seria a economia do Brasil se fosse mais aberta do que já é. Esse é o ambiente do programa mas evidentemente o William Waack não é responsável pelos entrevistados, onde pontificam intelectuais de 1ª linha , geralmente do círculo tucano-neoliberal, como Bolivar Lomounier, Boris Fausto.e Denis Rosenfeld. No geral a Globo dificilmente irá convidar alguem que ataque a politica do BC nesse ou em qualquer outro de seus programas.

  45. Nassif.
    Acho que houve uma
    Nassif.
    Acho que houve uma incompreensão sobre o comentário do Sr .Araújo. No meu escasso entender, ele esta querendo transmitir a idéia que:não é a segurança, educação, saúde pública, usw… Que se encontra em um estado lastimável e decadente , e sim a sociedade em um todo.
    Então. ou a sociedade dialeticamente encontre soluções, ou…ou… dia 19 de março próximo é o dia de São José.

  46. Caro Nassif:

    Convido você e
    Caro Nassif:

    Convido você e seus leitores para verem um espetáculo muito mais interessante, inteligente e divertido do que ficar preso em casa vendo TV. Nota da Agência Carta Maior ( http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13449 ):

    “Jorge Mautner mantém o Pontão da Cultura do Kaos, que já visitou 22 pontos em cinco estados do país (São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Rio Grande do Norte). As apresentações performáticas de Mautner e Jacobina, montadas com causos, poesias e canções, abordam temas históricos que inspiram novos olhares sobre o mundo. No próximo dia 10 e fevereiro, fará a primeira apresentação do Pontão de Cultura do Kaos de 2007. O evento, aberto ao público, acontecerá às 15h no Instituto Pensarte (Alameda Nothamnn, 1029), e terá a participação do maestro Jacobina e do músico Jean Kuperman.”

  47. Olá Nassif,
    Vamos entrar no
    Olá Nassif,
    Vamos entrar no campo da maldade ( mas que não é implausível). Lembremos que a Globo está com uma dívida quase impagável, em dólares, no exterior. Não seria interessante para ela esta apreciação do real?
    Vc não vê aí uma linha editorial que visa a defesa de interesse?

  48. Numa cidade japonesa, de
    Numa cidade japonesa, de muitos imigrantes brasileiros, dos 20 jovens detidos, 18 eram brasileiros.
    Detalhe: Todos eles tinham emprego quando foram presos , entre os delitos destes jovens havia roubo.
    Não acredito que a criminalidade aconteça exclusivamente por falta de emprego. A criminalidade é o resultado de diversos fatores, entre os principais está os valores morais distorcidos. Exemplo: Um jovem ao escolher entre ser um traficante (que ganha bem) e ser um caixa de supermercado irá fazer a primeira opção. Sua escolha não é apenas motivada pelo valor do salário, mas sim pela questão de se dar bem em menos tempo e com mais “eficiência”. Muita gente prefere ser rica, mesmo que bandida do que ser pobre e honesta.
    O único valor que os jovens estão aprendendo é que ter dinheiro basta, não importando a forma como este dinheiro chega.

  49. Sr. Nassif
    Enquanto crianças
    Sr. Nassif
    Enquanto crianças são arrastadas pelas ruas – “Like as Old West”, a Venus Platinada brasileira apresenta no seu Bom Dia Brasil uma série de reportagens sobre as delícias do Nordeste para o carnaval, só nao fala sobre os roubos e assalto a a turistas estrangeiros. Nao diz uma palavra sequer a respeito de uma decisao do Congresso Nacional que vai modificar a estrutura tributária do Brasil, com a criação da Receita Federal do Brasil, ao que parece “vai fazer a Globo pagar todos os débitos que possui para com a União” .

  50. Não vou me alongar muito no
    Não vou me alongar muito no comentário pois corro o risco de me irritar. A correlação não é sòmente entre pobresa e criminalidade. Mas, os crimes, no Brasil, têm relação com a Instrução, Escolaridade.

    No ano passado na França, se queimou viaturas em todo o país, e pelos jornais franceses não houve nenhuma morte.

  51. Olá Nassif,

    Pra começar,
    Olá Nassif,

    Pra começar, gosto muito do seu Blog. È um dos poucos veículos de comunicação que ainda me dão sensação de jornalismo crítico e independente (mesmo que suas opiniões/posições sejam claras e evidentes). Sobre algumas delas discordo, civilizadamente “penso eu”. Isso é o natural certo?
    Permita-me falar e discordar sobre este seu post.
    1º não sou em hipótese alguma favorável à pena de morte; e também não penso que o sistema prisional é o paraíso da bandidagem “até porque no paraíso nem tinha telefone”. Também não sou inimigo da “turma dos direitos humanos”, que diante deste tipo de tragédia sempre são acusados de negligência em relação aos direitos das vítimas e seus familiares, e as vezes até e as vezes até co-responsabilizados pelos mais exaltados.
    Mas Nassif, vc foi muito simplista nesta comparação…
    O que temos visto e cansado de ver, de dos indignar, de nos horrorizar, de sofrer, de assustar, não é fruto apenas e principalmente de ausencia e ate mesmo falta de condições econômicas e sociais. A extrema ausência de segurança e absurda alta de criminalidade na qual vivemos, e muitos morremos, passa longe, eu disse longe, do fator socio/econômico, talvez esse venha em 4ºou, quando muito 3º fator (aí até não fica tão longe assim né?)
    O principal problema é a falta de sentido na vida, da própria dignidade do Homem (dinheiro não dá sentido à vida – quantos crimes bárbaros acontecem também entre ricos), depois vem a extrema impunidade da justiça brasileira, aqui em todas as esferas da sociedade ; e a quase falência do sistema de segurança pública.
    Pobreza, falta de perspectiva e esperança para um bom trabalho, em ter dinheiro, falta da Educação…. esses problemas que logicamente também devem ser tratados e resolvidos e merecem importante atenção; neste caso da criminalidade e violência não é de forma nenhuma responsável. Tratar isegurança pública apenas por esta ótica é estar completamente míope, ou mesmo cego.

  52. Caro Nassif:

    De 1994 a 1997
    Caro Nassif:

    De 1994 a 1997 tive a oportunidade de trabalhar no programa especial de educação do governo Leonel Brizola no Rio de Janeiro. Trabalhei em um Ginásio Público (CIEP = da educação infantil até a 4° série; Ginásio Público = da 5° série até o 3° ano do ensino médio).
    Nessa Escola o estudante entrava às 6:30 h da manhã e saía as 17:30h. Ao chegar tomava o café da manhã. Tinha um lanche na metade do primeiro turno e almoço ao meio dia. Em um turno o aluno tinha as chamadas aulas obrigatórias. No contraturno eram ministradas aulas de reforço, atividades de leitura em bibliotecas, atividades físicas acompanhadas por professor, educação artística e outras atividades que não me lembro agora. Além disso, havia serviço médico e odontológico. Lembro que muitos alunos daquela escola prestaram vestibular e ingressaram em universidades públicas.
    Tudo isso durou três anos. Alguns fatores levaram ao fracasso: 1) o uso político do projeto. O governo cuidava bem das escolas, mas cuidava mal dos professores; a insatisfação dos servidores era muito grande.2) a descontinuidade do projeto. Quando Brizola passou o governo para Marcelo Alencar o projeto foi descontinuado. As turmas passaram de 32 alunos para, pasme, 60. Marcelo Alencar transformou escolas de tempo integral para escolas de três turnos. Aí eu não aguentei, peguei meu boné e fui embora.
    Penso que se esse modelo de escola tivesse sido mantido e ampliado, teriamos uma realidade melhor no Rio de Janeiro. Infelizmente educação é sempre tratada de forma demagógica, política. Nunca é tratada com objetividade, com pragmatismo. Não se leva conta que investir pesado em educação é investir no resgate de nossos jovens e no resgate do país.

  53. Nassif, é triste, mas um
    Nassif, é triste, mas um exemplo da “desendustrialização” que vem ocorrendo é ver a GE abrir uma financeira (aqui em Santos tem uma) ao invés de uma fábrica nova.

  54. Alexandre
    Alexandre Magno.Cruzadas.Inquisição.Destruição das cidades alemãs(Dresden,etc)Holocausto.Ciganos.Curdos.Armenios.Indios.Africa.Ruanda.Etiopia.Guernica.Hiroshima.Coreia.Boxers .Afeganistão.Palestina.Racismo.Vietnã.Sites de pedofilia da Europa .Argel.Nada disto a cultura e as condições socias privilegiadas foram capazes de evitar.
    Dostoievsky.Crime e castigo.

  55. Nassif,
    Dar corbetura ao
    Nassif,
    Dar corbetura ao crime praticado contra esta criança e sua família, tb como não dizer à socieda, pois isto é um fato que atinge todos nós, a Globo está fazendo o papel dela, contra a GLOBONEWS, Miriam Leitão dar preferência a comentaristas que apoiem a política do BC, tb é um problema deles, pois como é uma empresa super endividada em moeda estrangeira, o interesse dela é manter o dólar baixo e dimínuir os seus custos com Hadge cambial.
    Um abraço.
    Antonio Ferreira

  56. Nasssif:Concordo com sua
    Nasssif:Concordo com sua visão ampla sobre o problema socio -educacional.Ele,porem,não é suficiente para explicar nem justificar tamanha crueldade.Lembre-se da “banalização do mal” de Hanna Arendt .É duro aceitar,´porém a especie humana é a mais perversa do planeta.E isto independe do grau de educação e cultura de um povo.

  57. Privatizar, ELA? Quem vai
    Privatizar, ELA? Quem vai querer? Bem que eles gostariam, só que não podem. Imaginem o que ela tem p/contar??? Era a preferida do Dono!

  58. Caro Nassif, não sei se as
    Caro Nassif, não sei se as regras da gafieira permitem críticas com certa veemência a outros dançarinos, mas o comentário do Luis Hamilton é de virar o estômago. Pior do que o crime, só mesmo sua banalização, a impunidade, a aceitação, a incapacidade de indignação e, no caso específico, a cegueira. Como é que o sujeito diz que não houve assassinato? O comentário chega a ser ofensivo aos familiares da vítima. Lembro que a legislação penal diz que é doloso o crime praticado pelo agente que quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo.Noticia a imprensa que tanto a mãe do menino como outras testemunhas gritaram para os celerados que a criança estava pendurada! Feito o desabafo, concordo que questões de política econômica possuem relação com a criminalidade que, contudo, tem causas complexas. Acho que precisamos também enfrentar certos tabus e pudores e começar a encarar certas misérias humanas, como, por exemplo, o fato de que há pessoas simplesmente de péssima índole, cruéis, frias, etc. Gente ruim mesmo. Estas, até que me provem o contrário, não serão reeducadas com penas alternativas ou sistemas progressivos de execução de sanções. Cuidemos das gerações futuras, evitando que criminosos surjam em decorrência da pobreza, da desigualdade ou de outras razões ambientais ou sociológicas. A Lei Penal, todavia, precisa ser revista hoje, para que certos indivíduos, como você disse, sejam encarcerados em caráter perpétuo.

  59. Sinto muito Luis, mas isso
    Sinto muito Luis, mas isso que você diz não tem cabimento, os bandidos fizeram até “zigue-zague” com o carro na tentativa de se libertar do menino, os transeuntes ainda gritaram que havia uma criança do lado de fora, será que eles não abiam que a criança poderia morrer?Se sair arrastando uma criança em um carro em alta velocidade não é assassinato não sei mais o que é então! Mas como o Brasil é terra da impunidade pode até ser que sua tese seja aceita, afinal depois daquela em que um bando monstros da “elite branca” mataram aquele índio queimado em Brasilia e aquela juíza aceitou que eles não tinham a intenção de mata-lo eu não duvido mais de nada. No final das contas é capaz até da mãe do menino ter de indenizar os bandidos por “danos psicológicos ao pobres bandidos”. É por essas e outras que a bandidagem se sente a vontade para barbarizar a população!

  60. Caro Nassif:

    Se, como você
    Caro Nassif:

    Se, como você comenta, a Miriam Leitão apenas segue a linha da Globo e, eventualmente, não acredita no que divulga na TV e no jornal, a mulher merece um Oscar de melhor atriz. O talento dramático da Fernanda Montenegro é pouco diante do desempenho público da Miriam.

    Gostei muito do texto do André Araújo, principalmente porque consegue manter um tom sério num assunto que já virou galhofa. Para quem quiser ter uma idéia do ridículo da situação, basta ler os comentários a respeito de um texto que Ali Kamel publicou no Observatório da Imprensa ( http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=419JDB008 ).

    O primeiro deles, escrito pelo professor Russo Salvatore, de Belém (PA), diz o seguinte:

    – Eu também, acredito em Papai Noel, Gnomos, Unicórnio e outros entes sobrenaturais… como também no Ali Kamel.

  61. Oi Nassif!
    Tudo bem?
    Juros
    Oi Nassif!
    Tudo bem?
    Juros altos ,onipotência do Banco Central,violência ….Arre!
    Acho que devo procurar um profissional e tomar Zoloft!!!!!!!!
    bom final de semana.

  62. Nassif,

    É claro que há
    Nassif,

    É claro que há relação entre baixo crescimento econômico e violência urbana juvenil, mas os defensores da política econômica (eu não entendo de economia) não fazem esta relação por desonestidade intelectual. Qualquer cidadão comum sabe que a pobreza não causa a violência, pois se assim fosse, todo pobre seria delinquente. Mas os contrastes sociais, a desigualdade gritante acirram conflitos que levam uma parcela dos pobres à marginalidade.
    Já que o Lula tem se mostrado “frouxo” ou “covarde” no enfrentamento aos poderosos do BC, penso que papel da imprensa fazer uma campanha para desmascarar os que estão sabotando o desenvolvimento do país e levando os jovens ao desespero.
    Depois não adianta chorar na televisão; as cenas de violência com o garoto são tão chocantes quanto os policiais torturando pessoas no centro de São Paulo. Lá, teve até corredor polonês, uma prática que muitos presos políticos devem conhecer muito bem.

    P.S espero que o sr. não censure o meu comentário pelas expressões entre aspas.

  63. Para não falar no crime
    Para não falar no crime bárbaro do BC, vou perguntar sobre o que aconteceu no Rio. Eu ainda não tenho todos os fatos, nem vocês. Até agora só há a “repercussão” sensacionalista da notícia.
    Foi uma morte bárbara, sim!
    Mas pergunto, então:
    Os indiciados tinham intenção de matar?
    Eles persistiram na ação ao perceberem o que acontecia?
    Eles perceberam o que acontecia?
    Parece até agora um caso semelhante ao Índio Galdino de Brasília, mas lá houve intenção de causar dano..
    Cabeça fria, senhores, vamos evitar o espírito de linchamento.
    Lembro que uma atriz, acho que a Cristiane Torloni, também matou uma criança ao manobrar seu carro. No caso, era seu filho.
    Porém não acho que vale a pena pensar friamente, eu acho que serei linchado ao fazer estas perguntas. Morte de criança, ainda mais em situação bárbara, sempre desperta os instintos mais primitivos das pessoas (como diria Roberto Jefferson, aquele grande crimino, digo, criminalista).
    Este assunto vai dar muito o que falar. Todo mundo vai achar que é mais importante do que os juros do BC. Como não tenho coração, não acho.

  64. Nassif,

    Entao faço uma
    Nassif,

    Entao faço uma pergunta simples e talvez obvia, se é que ela tem alguma resposta. Afinal de contas, quem é que manda neste Pais ? O governo, os políticos, os banqueiros, o mercado, o crime organizado, a igreja, os militares, a Rede Globo, todos juntos, ou somos terra de ninguem ?

  65. Acho esse tipo de comentário
    Acho esse tipo de comentário do André Araújo de um simplismo incrível. O automatismo no qual justificamos a barbárie através da pobreza, desigualdade ou coisa que o valha trava toda a discussão de combate à criminalidade no Brasil.
    Bangladesh é mais pobre que o Brasil, mas é menos violenta. Os EUA são o país mais rico do mundo, e são violentos. Paris e Londres são ricas, mas em muitos lugares andar à noite não é recomendável (ao contrário de Berlim, por exemplo). A Bolívia é muito mais pobre que o Brasil e profundamente desigual, mas é menos perigosa.
    Enfim, a questão tem um grau de complexidade que não pode ser entendido somente pelo viés da pobreza (ou das políticas suicidas do BC).

  66. Não devemos perguntar quantas
    Não devemos perguntar quantas crianças morreram de balas perdidas, mas sim quantos bandidos foram ou continuam preso responsáveis pela morte das crianças. Se não houve punição elas continuarão morrendo. É outra besteira ficar culpando a classe média, a maior pagadora de impostos do país, e consequentemente os salários das autoridades responsáveis tanto pelo combate ao crime como desenvolvimento humano das crianças. Portanto, a culpa não é da clsse média e sim das autoridades e funcionários públicos que não fazem corretamente o seu trabalho diário.

  67. Desculpe postar novamente,
    Desculpe postar novamente, mas vou lendo os comentários e lembrando: no JN de ontem, imediatamente após a notícia do crime, passou uma matéria sobre o esquema de segurança do Pan, que seria “o mesmo da Copa da Alemanha”.
    Me parece uma forma de amenizar a notícia anterior em benefício do produto televisivo Pan 2007.

  68. E a política econômica também
    E a política econômica também quebra o lado da repressão. Baixos salários, equipamentos sucateados, inteligência raquítica ou inexistente etc..
    E quebra também a educação, então formaremos jornalistas que não saberão sequer ligar os pontos.
    E por aí vamos nós, ladeira abaixo.

  69. Luis,
    Acho correta a relação
    Luis,
    Acho correta a relação (crescimento / criminalidade) que seu texto alude. Não entrarei no merito da postura editorial da globo, bem como, nada direi sobre seu funcionários. Você, tem ao longo do tempo tem empreendido verdadeira luta jornalistica para demonstrar o quanto é danosa a continuidade dessa politica levada a termo pelo BACEN. Muito bem, meu caro: O BNACEN é orgão do governo e como tal está submetido a autoridade do Presidente da República, por essa razão, basta que o presidente resolva agir como tal e determinar a mudança na conduta dessa famigerada política. Não estou fazendo a apologia da intomissção pura e simples. O que advogo é a demonstração pura e objetiva dos reais interesses nacionais para a direção do banco Central, e ponto final.
    A Globo, O Estadão, A Folha, A Abril e cia. limitadissíma, vão chiar, vão espernear, e dái, vai se fazer o que/
    Nassif, sua luta não é vâ, mas, convenhamos: quem tem de por fim nessa palhaçada é o Lula.

  70. Nassif, o curioso nisso tudo
    Nassif, o curioso nisso tudo não é só o fato de a Globo fazer sua pregação ideológica a favor da atual política monetária do Banco Central _ sim, porque não pode ser a de um país como o Brasil _ e ter o diagnóstico de sempre, faça chuva ou faça sol. O curioso é que quando alguns dos “cabeções” propõem algo para avançar na discussão, eles buscam mecanismos que reiteram as tragédias cotidianas, sem sequer perceberem a cumplicidade ou a relação com elas. Aquilo que é apontado como fosse solução só reforça a opção pelo crime. Propor a redução da menoridade penal é um dispositivo que vai de encontro aos bandidos ou contra a criança morta tragicamente por eles no Rio? A não redução da taxa de juro vai ao encontro dos anseios da sociedade ou dos agentes do rentismo nacional e internacional, verdadeiros capturadores da renda e dos inventimentos?
    Por que insistem tanto na grande mídia em pregar algo que é, no fundo, contra a principal vítima dos crimes cometidos no “mercado da vida”? A vida não vale nada nesse mercado. Muitos são cúmplices desses crimes sem o saber, ou até sabendo, pois, dizem, “não tem mais jeito”. A constatação é tão dolorosa quanto a tragédia cotidiana: “se não tem jeito, para que mudar aquilo que já conquistamos?” Essa é a pergunta-argumento que nossos cabeções usam frequentemente através grande mídia. Deve ser a tal racionalidade do consumidor de tragédia. Um paradoxo em meio a tanta preocupação com o aquecimento global. É como se tudo na notícia tivesse um ponto de vista distanciado: o mundo do crime, o mundo das finanças, o mundo da política, o mundo do jornalismo, o mundo da mídia… o imundo, o submundo… Como diria aquele compositor, “eu moro onde não mora ninguém, onde não passa ninguém, onde não vive ninguém . É lá onde moro, onde me sinto bem.” O mundo do “cabeção”. Se eles se chamassem Raimundo…

  71. Estas ligações automáticas
    Estas ligações automáticas entre taxas de juros e criminalidade são simplistas. Alguém realmente acredita que é tão simples resolver a criminalidade? A gente viu aonde acabamos com as explicações da esquerda para qualquer assunto. Posso até não concordar com a linha do BC, mas não existe ” solução” de curto prazo para o Brasil.
    Ninguém tem fórmula. Um país é feito principalmente de povo e dirigentes que no fundo sempre representam este povo, daí a gente vê que tem que andar muito ainda…..
    Também este negócio de Unicamp, vamos esquecer estes mitos. Da última vez eles estavam apoiando a moratória ( Funaro, Belluzo e Joâo manuel.). Parabens Nassif pelo debate.

  72. O ESTADO, com todas as
    O ESTADO, com todas as letras: federais, estaduais, municipais, leigislativas, etc, etc… está mais do que perdido no assunto SEGURANÇA. Esse é um pleito mais do que urgente da sociedade.
    Tão fundamntal que merece um PAS (Plano de Aceleração da Segurança) em linha com o PAC, que coloque no seu devido lugar tudo o que diz respeito ao tema: emprego, assistência social efetiva, educação, inteligència +combate ao crime, fim da impunidade (em todos os níveis). a legislação (que precisa ser revista), etc.. com a participação de todos os agentes envolvidos. Mais do que um simples projeto ao sabor das idas e vindas do governo de plantão, é um imperativo a ser seguido e obedecido como uma regra fundamental de sobrevivência desta nação. Quando um fato como esse acontece e nos desperta para o problema cria-se um momento de indignação mais do que natural. O que não é natural, e nem aceitável, é ouvirmos a declaração do presidente do Senado ( e tenho certeza de que com todo o apoio dos ilustres causídicos que trocam loas literárias no Supremo) dizer que não se pode agir sob o efeito de um fato como esse.. Putz! Quantos fatos semelhantes, tão revoltantes como esse, já ocorreram e ninguém faz nada a respeito…

  73. Desse jeito, vou acalentar
    Desse jeito, vou acalentar meus filhos com o conto de fraldas dos maldosos dirigentes do Banco Central (BC), responsáveis pelos crimes mais abomináveis dessa nação, justamente porque se recusam a adotar uma linha menos conservadora. Convém lembrar, porém, que não fossem as gastanças desmedidas do Pequeno Príncipe Luiz da Silva I e de sua pomposa corte burocrática – de causar inveja até mesmo naqueles antigos nobres de Versailles -, e o BC não seria este vilão inescrupuloso, como dizem. Na verdade, de todos os personagens deste enredo estagnado, o BC é o que mais se assemelha ao “mocinho” da história.

  74. Nassif,
    você diz que cabe ao
    Nassif,
    você diz que cabe ao orgão de imprensa garatir a diversidade e a partir dai o jornalista fazer a sua parte. Tudo bem concordo com você. Entretanto isso, ao meu ver, não cabe com a Miriam Leitão. Por mais que um orgão desse a maior liberdade para ela, ela continuaria levando em conta apenas um lado da história, convidando sempre os mesmos pucianos e gvnianos cariocas para os seus programas.
    No mesmo canal onde ela trabalha, a GloboNews, o Willian Wack tem um programa no qual sempre costumam participar convidados com pensamentos divergentes do mainstream, como é o caso do Belluzzo e do Paulo Nogueira Batista. No programa da Miriam não existe essa divergencia, e os dois programas são da mesma emissora. A Miriam, na minha opinião, é um caso perdido. Só me resta ignorar o que ela fala ou escreve.

  75. Luis Nassif,

    Acabei de ler
    Luis Nassif,

    Acabei de ler um artigo do Prefeito César Maia no Blog do Paulo Henrique Amorim que me deixou assustando. Por favor, veja primeiro a cópia do artigo e depois o meu comentário.

    CESAR MAIA: MUDAR O ESTATUTO DO MENOR JÁ!

    O artigo a seguir foi publicado na newsletter do “ex-blog” do prefeito Cesar Maia:

    MUDAR O ESTATUTO DO MENOR JÁ! O CRIME É JUVENIL E MASCULINO!

    01. As cenas de barbárie de um menino arrastado por delinqüentes irrecuperáveis, que já não diferenciam vida ou morte, crime ou direito, colocam num estágio limite o discurso de tantos que defenderam o estatuto dos menores no que cabe.

    02. Uns 15 anos atrás -numa garagem da Tijuca- um menor delinqüente com uma navalha na mão a comprimia contra a jugular de uma criança. A cena transmitida ao vivo pela TV tinha como terceiro personagem um juiz de menores do Rio que a todo tempo perguntava ao menor -delinqüente- se ele estava bem, se não tinham feito mal a ele… A cena chocou a opinião pública. E ficou por isso mesmo.

    03. Fora do Brasil estar na rua não é direito de um menor. Só aqui é assim.

    Quando se tenta legislar a respeito vêm os pseudo-defensores dos direitos humanos, como se ficar desocupado na rua fosse direito humano.

    04. É hora de se dar respaldo legal para a retirada de menores da rua, compulsoriamente, quando circulam sem destino. Se a matrícula no ensino fundamental é obrigatória, por que estar na rua fora da escola é um direito?

    Mudar o estatuto nestes pontos, já!

    05. A autoridade pública, seja ela qual for, só pode intervir com a concordância de quem está na rua, mesmo que tenha cinco anos de idade. Não pode obrigar a nada. Fora do Brasil essa proibição é radical durante a noite/madrugada.

    06. A taxa de homicídios no Rio e no Brasil, de pessoas acima de 30 anos ou de mulheres em qualquer idade, é semelhante a de países como os EUA, França, Espanha… Mas essa taxa para jovens do sexo masculino de 15 a 24 anos é -pasmem- de 50 a 100 vezes maior em quase todas as regiões metropolitanas do Brasil.

    07. O Congresso deveria abrir seus trabalhos ajustando os termos do estatuto nestes pontos e ajustando o código penal em relação ao tempo e tipo de detenção de menores em crimes que caracterizam os riscos de estarem soltos.

    GRAVÍSSIMO!

    Há mais de um ano que o sistema de abrigamento e detenção de menores infratores implodiu no Estado do Rio. Ficam detidos os que querem.

    O juizado de menores -infratores- não tem solução sem que o sistema estadual funcione. Encaminha-os para nada. Os menores delinqüentes detidos voltam a circular pela cidade como querem. Não há controle. Esta é a mais grave herança do governo anterior.

    Não há prioridade maior que reconstruir o sistema de menores infratores do Estado do Rio. Aqui não há rebelião de menores porque não há detenção após o encaminhamento feito pelo juiz de menores.

    Se há alguma prioridade agora, que seja essa. Todos os documentos relativos estão à disposição.

    Meu comentário sobre o texto do Prefeito:

    O artigo do Prefeito César Maia faz uma grande confusão, que é extremamente perigosa, entre o adolescente infrator e o adolescente abandonado.
    Existem algumas propostas de se rever a legislação sobre os aspectos infracionais do ECA, autorizando internação por prazo maior (atualmente o limite é de três anos), ou mesmo reduzindo a maioridade penal para dezesseis anos.
    Não vou discutir o mérito destas proposições, mas é importante alertar que o Prefeito do Rio de janeiro, por desconhecimento, autoritarismo, ou por falta de sensibilidade, está propondo outra coisa.
    Segundo o prefeito, o adolescente abandonado (mesmo que não esteja sendo acusado de crime nenhum) não deve ter direito a ficar em liberdade.
    O ECA, que estabelece que somente os adolescentes infratores podem sofrer internação compulsória, seria reflexo de uma concepção equivocada de direitos humanos.
    O Prefeito pressupõe que, por ser abandonado e pobre, o adolescente é perigoso e deve ser recolhido a algum estabelecimento isolado da sociedade, independentemente de ter cometido um crime.
    Além de partir de um pressuposto inaceitável, pois todas as pessoas são iguais, não importando sua origem ou condição social e o direito à liberdade não é prerrogativa exclusiva de quem tem dinheiro ou família constituída, a posição do prefeito significa o retorno à concepção do antigo Código de Menores.
    Antes do ECA, vigorava no Brasil o Código de Menores que equiparava o adolescente carente ao infrator. Nenhum dos dois era considerado sujeito de direitos e ambos eram considerados reflexos do mesmo problema social.
    E a solução também era comum. O adolescente em situação de rua, fosse criminoso ou não, era mandada para FEBEM ou para estabelecimento semelhante.
    E qualquer pessoa sabe que apesar do discurso justifica este tipo de estabelecimento, que em tese seria voltado à educação do “menor”, na prática as FEBEMs da vida pouco diferem de uma cadeia. Muitas vezes são até piores.
    A violência é um problema sério, mas não pode ser invocada como justificativa para teorias de higiene social.
    A afirmação de que em nenhum lugar do mundo o adolescente tem direito de ficar na rua é falsa.
    A doutrina da proteção integral (teoria que inspirou o ECA) é aplicada em um grande número de paises e inspirou alguns tratados internacionais.
    É muito mais difícil elaborar uma política social que precise ser aceita voluntariamente pelo adolescente. Muito mais fácil seria trancafia-lo compulsoriamente em qualquer “instituição educativa”.
    Mas uma sociedade justa e pacífica se constroi sobre uma base de justiça e respeito aos direitos individuais.
    Preconceito social e “criminalização” da pobreza apenas trarão mais violência.

    Eu não sei se ele está falando a verdade, mas pelo número de erros conceituais que ele cometeu no texto, como chamar o ECA de estatuto do menor, creito que ele pode simplesmente ter chutado a informação.

    Até porque, a doutrina da proteção integral (que é o fundamento teórico do ECA) não surgiu no B

  76. Parabéns Nassif,
    Na minha
    Parabéns Nassif,
    Na minha humilde opinião, você é hoje o mais importante jornalista do Brasil.

    Assino embaixo do que escreveu o A. Araújo. A Rede Globo é a equipe de mkt do BC. Esta mídia corrupta, só faz apologia desta política econômica criminosa. Qual é o crime? Destruir o futuro de milhões de jovens brasileiros… E fingir que não tem nada a ver com isso.

  77. O blogueiro aqui, contrário a
    O blogueiro aqui, contrário a Globo, nos serve “pratos novos”, na analogia do autor do post. Pratos novos embora com ingredientes velhos, se me permitem. Enxugando o raciocínio do André, o que aprendemos? A política do BC é responsável, por tabela, da barbárie a qual foi vítima o menino João, nas ruas Rio de Janeiro. Segundo o autor, a política do BC produz miséria que, por sua vez, gera crime. A Globo só dá voz a quem defende a política do BC, portanto é cúmplice – e não chama o Nassif para opinar. Que beleza de raciocínio! Olhando o “mundo como um todo” , como nos ensina o autor do post, é a primeira vez que se tem notícia de um banco central e uma emissora de TV com tamanha influência na criminalidade. As vezes, meu caro André, não é ausência de contraditório, mas precaução contra a apresentação de asneiras na telinha, se você me entende. Você que vê o mundo como um todo, certamente, não deixou escapar duas novidades da semana. A UE revelou que a criminalidade caiu, em média, 30% nos últimos vinte anos na chamada eurolandia e na Inglaterra. O ex-prefeito Rudy Giuliani que baixou a criminalidade, drasticamente, em NY, entrou na corrida presidencial americana. Nas duas margens do Atlântico, não foi a queda de juros nem a participação desde ou daquele economista nas TVs que reduziram a criminalidade. Foi coragem e vontade política dos governantes. Melhor que ver o mundo como um todo é entender, ao menos, um pedacinho dele.

  78. “Por justiça” com a mesma
    “Por justiça” com a mesma jornalista, acho que seria interessante que essa resposta tivesse partido dela. Mande msg a ela outro dia e cadê resposta? Nem sequer para escrever “discordo”.
    De resto, meu caro e prezado Nassif, jornalistas são corporativistas mesmo!!!!

  79. Henrique, se você mostrar que
    Henrique, se você mostrar que o rapaz saiu da Globo porque tinha uma proposta da Record, publico. Você não percebeu que era um jornalista sério que começou a ser usado pelas duas partes da guerra ideológica.

  80. André, algo que bombearam e
    André, algo que bombearam e fizeram emergir nos últimos dias foi a questão da diminuição da maioridade penal. Diminuí-la de 18 para 16 anos, segundo alguns, consolaria a dor das famílias vitimadas pelas atrocidades cometidas por menores. Insuflam, ainda, que isso diminuiria as estatísticas de criminalidade, pois retiraria das ruas, por mais tempo, os adolescentes infratores. Observe que idéia infeliz, retirá-los das ruas e arremessá-los nos presídios. Vapt-Vupt! Num passe de mágica e destreza de batedor de carteira, nos livrariam dos pequenos algozes. Sigamos, agora, o trajeto dos objetos arremessados: de cabeça nos pátios dos presídios. Presídios, de cujos interiores são expedidas as ordens para o cometimento das barbáries de São Paulo. De onde, no Rio, facções de engalfinham e se massacram na frente das câmeras televisivas. Que bela escola, hein!? A prática aprendida no sangue e na dor. E, quando conseguem escapar dos mágicos, já de celulares e fuzis costurados à pele, são profissionais de alto nível, bendizendo aos professores e aos ilusionistas. Pataqui patacolá., Pom-Pum-Pim. Granadas e granadeiros soltando fumaça e retirando a luz das nossas vistas. Argumentam, também, que o adolescente de 16 anos já possui plena consciência dos seus atos, dos seus direitos e obrigações. Ele já bota. Sim, mas desde que o infrator provenha de um lar estruturado, se o demoninho, com roupa, tênis nike, comida, namorada, cama limpa, geladeira, cadernos e canetas, paredes pintadas, computador, microanda TV, game, etc. Quem não viu “Falcão, os meninos do tráfico”? Pumgente, comovente, arrepiante.
    Tem gente das mais infladas, insufladas e bajuladas nas madrugadas que um dia fazia debates na tv sobre a questão da maioridade. Acho que lhe roubaram um algo. Rolex? Trazia dois debatedores, um contra. Mais ele somava-se ao pró, e sorria ao bater o martelo, fechando a questão. Batia na cabeça do contra, que saia com dores. Ai ai ai ai ai ai ai, Palomaaaa. Ai ai ai ai aiaiaiaiaia, Palomammmaa áaaaaaaaaaaaaaaaaa.
    Tomo de empréstimo, André, a sua bela frase. Esses acontecimentos estão ligados pra quem vê o mundo como um todo. O banco Central…!

  81. Nassif,

    eu não aceito essa
    Nassif,

    eu não aceito essa história de que a criminalidade é resultado da pobreza ou da falta de crescimento, etc não.

    Se assim fosse, países como a Índia e a China teriam hoje metade da sua população, ou o nordeste já teria se auto-dizimado.

    Eu não tenho os números exatos mas em recentes pesquisas, mostrou que quase 80% da população brasileira se considera feliz, e teve até uma piada de um colunista, acho que foi o RA, dizendo que o brasileiro é feliz mesmo sem ter esgoto em casa.

    O governo mostra a queda da cesta básica, o aumento do emprego e renda nas camadas mais pobres da população.

    Apesar de todos esses índices favoráveis o que vemos é que os crimes se tornam mais e mais violentos, bárbaros, desumanos.

    Por muito tempo fomos bombardeados pelo pessoal do PT, que diziam que a criminalidade é culpa da classe média insensível, e que deveriamos espiar as nossas culpas com o sangue de nossos familiares e filhos.

    Eu nunca acreditei nessa baboseira e esses últimos 4 anos provaram que eu estava certo.

    O problema não é material, mas moral.

    Acho mais, esses políticos esquerdistas ficaram por anos dando o aval moral à criminalidade e estamos agora colhendo os frutos.

    Os criminosos se sentem, moralmente, absolvidos da culpa.

    Foi a sociedade que nos fez assim, logo a nós tudo é permitido.

    O que eu acho, realmente, é que, principalmente após a constituição federal de 1988, os brasileiros se sentiram credores do Brasil.

    Eu tenho direito à educação, à moradia, a isso àquilo, e o Brtasil não me paga! Logo vou começar a retaliar.

    Não se criou no Brasil uma consciência de nação, a de que as suas vidas são as consequências de seus próprios atos.

    Poucos criminosos são amorais, desprovido de um pingo de consciência. No íntimo os criminosos tem de se justificarem de seus atos perante sí mesmo.

    As agresões familiares contra mulheres e filhos, por exemplo, são um exemplo acabado dessa auto-indulgência.

    Pergunte a qualquer agressor o motivo por que ele bate na esposa e/ou filhos ele vai dizer de bate-pronto: Porque ela merce, porque ela “estava pedindo para apanhar” e por aí vai.

    Por anos e anos foi cristalizado na alma do brasileiro a auto-indulgência e a sua posição de credor da sociedade, e podemos ver que ao mesmo tempo a corrupção e a violência nunca foram tão disseminadas no país como agora.

  82. Nassif, há estudos que
    Nassif, há estudos que comprovam que a instrução escolar média da população carcerária é maior que a da média da população “livre”.
    Acredito que é predominantemente a falta de oportunidades de emprego e perspectivas que influenciam na criminalidade.

  83. A questão da violência e da
    A questão da violência e da criminalidade tem relação com pobreza, crise econômica, disparidades sociais etc. Mas nem todo ato criminoso ou violento pode ser explicado dessa forma. Também ocorrem crimes violentos na Escandinávia. A sociologia e psicologia estudam estas sociopatias que parecem inexplicáveis. Pessoas com boa estrutura familiar, sem problemas econômicos e que, de repente, cometem atos de violência extrema. Me lembro de uma amiga canadense que, há alguns anos, me contou que a novidade no Canadá era o “drive by shooting”. Os caras passavam de carro e iam atirando em quem encontravam pelo caminho.

  84. Aqui como tudo o mais,é
    Aqui como tudo o mais,é preciso que haja alguma tragédia para a sujeira,o caos absoluto,vir a tona!Pois,enquanto isso,vai-se levando “com a barriga” a situaçao,com todo o famigerado”jeitinho”,”malandragem” e outros absurdos do tipo!E com o caos aéreo não foi diferente,pois aqui parece haver um fingimento generalizado,dando a falsa impressão de que tudo está “em ordem” e coisas do tipo!Aliás será que não se deveria mudar os dizeres da bandeira,pois cadê a “Ordem e Progresso”?Se exstem,só se for para os mesmos de sempre!Até quando?

  85. A nova legislação de família,
    A nova legislação de família, cuja introdução iniciou-se nos anos 1960, modernidade que igualou o lar a empório; o ingresso maciço da mulher no mercado de trabalho, causando o aparecimento de órfãos de pais vivos; e as drogas, que encontraram campo fértil para serem disseminadas entre as pessoas de classe média dissolveram inicialmente os valores familiares habituais desse grupo social. A classe média, freio moral da sociedade no passado, hoje, folgazã, vivendo na esbórnia gorda a cata de prazer fácil e fugaz, emprestou seus valores dissolutos aos mais simples – que em maioria costumam adotá-los da classe média. Isto, mais o dinheiro que a classe média reserva para as drogas, corromperam os menos favorecidos. Então, parodiando o conselheiro futebolístico, veio a “catástrefe” moral – porque não “arrecuamos os arfes”.

    O afundamento moral generalizado e o dinheiro gasto na busca do prazer químico são os novos ingredientes do caldo de cultura da criminalidade popular. Claro que a miséria – isto é, a falta de trabalho, comida, escola, saúde, moradia, transporte, segurança – e, ainda, a dificuldade da mãe sem recursos criar os filhos – porque trabalha fora de seu lar, porque não sabe, porque não quer, porque é mãe solteira, porque foi abandonada pelo marido, enfim, porque não pode – são causas relevantes do descalabro em que estamos. Mas as causas mais importantes dos níveis atuais de criminalidade decorrem indubitavelmente da falência moral da classe média. A classe média é a principal causa e é vítima importante da criminalidade contemporânea.

  86. Me desculpem. Se falta de
    Me desculpem. Se falta de oportunidade ou pobreza fossem os aticadores de bandidagem, não teríamos tantos juizes comprometidos com sentenças vendidas e roubos. Também não haveria tandos bandidos de colarinho branco.
    Bandidagem está sim ligada com
    caráter. Têm-se bom ou mau.

  87. Desse jeito, vou acalentar
    Desse jeito, vou acalentar meus filhos com o conto de fraldas dos maldosos dirigentes do Banco Central (BC), responsáveis pelos crimes mais abomináveis dessa nação, justamente porque se recusam a adotar uma linha menos conservadora. Convém lembrar, porém, que não fossem as gastanças desmedidas do Pequeno Príncipe Luiz da Silva I e da sua pomposa corte burocrática – de causar inveja até mesmo naqueles antigos nobres de Versailles -, e o BC não seria este vilão inescrupuloso, como dizem. Na verdade, de todos os personagens deste enredo estagnado, o BC é o que mais se assemelha ao “mocinho” da história.

  88. Claro que não. Só existirá
    Claro que não. Só existirá quando houver uniformidade de conhecimento e acesso às informações. A discussão sobre câmbio, ou mesmo sobre o déficit da Previdência, é prova clara de que política econômica se faz com embustes e sonegação de informação.

  89. Ao leior Laurencio : Não há
    Ao leior Laurencio : Não há uma relação simplista e linear entre juros e criminalidade e nem eu disse isso. Por favor, considere a matéria em um contexto muito mais complexo, onde há causas multiplas, concausas, causas laterais que em cada sociedade evoluem de forma distinta. Que há uma relação entre miséria e crime, já se sabia nos tempos do Império Romano. Agora mesmo, uma voz autorizada no Iraque aponta a relação entre o desemprego e a extrema violência naquela País. Essa voz é do General David Petreaus, que no comando do setor norte do Iraque implantou programas para dar emprego à população como forma de diminuir a violência e por essa razão foi escolhido por Bush para ser o novo Comandante geral de todo o Iraque,. Quanto a Giuliani, o seu marketing da tolerancia zero e redução do crime em NY já foi reduzido há muito tempo nos EUA, a eficácia foi bem menor do que ele trombeteou, na mesma época o crime foi reduzido em todos os EUA exatamente pelas melhorias das condições economicas e em algumas cidades, como Detroit, caiu ainda mais que em Nova York, sem nenhum Giuliani por lá. Giuliani recriou sua imagem no 11 de setembro por sua atuação rápida e de grande visibilidade no rescaldo dos atentados.
    Coloquei a questão de forma esquemática pelas limitações de espaço de um blog mas sei perfeitamente que o assunto está longe de ser simplificado, não é fácil de abordar e requer muito maior análise do que meia duzia de linhas em um blog.

  90. Nós últimos tempos, dois
    Nós últimos tempos, dois crimes que qualificar como hediondos seria eufemismo, tomaram a imprensa. Não vale a pena recuarmos muito no tempo para buscar outros exemplos de crimes da mesma natureza porque, em lugar de um artigo, produzir-se-ia aqui uma lista extensa de barbaridades surpreendentes que ocorrem neste país com freqüência cada vez maior e mais assustadora. Os crimes aos quais me refiro são o do grupo que ateou fogo num carro com uma família dentro em Bragança Paulista (SP) e o mais recente, agora no Rio, de outro grupo que arrastou por quilômetros, pendurado num carro, um garoto de seis anos.

    Este é um daqueles momentos em que a mídia tem um papel crucial na vida do país. A tendência das sociedades diante de barbaridades como as supra mencionadas é a de agirem com precipitação. O mundo – e não só o Brasil – atravessa uma situação surrealmente aterradora e ameaçadora, de maneira que é compreensível que a mente humana busque conforto em “soluções” definitivas e rápidas, criando assim a ilusão de que é possível afastar de si, como por mágica, esse cálice de horror que vêm sendo materializado por atos de violência extremada até contra meras crianças.

    Mais uma vez, a mídia não se mostra a altura dos desafios que se lhe apresentam. Sucumbe ao moto próprio dos fatos em lugar de conduzi-los a bom porto em termos de sua imperiosa compreensão. Em vez de apurar o que mais importa nesses eventos macabros, termina por deixar que sua face mais visível, que é a sui generis, domine as discussões e oblitere o surgimento de propostas. É por isso que, num oceano de crimes hediondos, sua característica mais bizarra vem sendo apresentada como a que, se eliminada, pode solucionar tudo. E o pior: a solução proposta para o problema menor, não o soluciona.

    Nas duas tragédias que citei no início deste texto, há como autor apenas um menor de idade. Todos os outros criminosos envolvidos são maiores. E o que toma conta da mídia? Pasmem: uma discussão sem sentido sobre redução da maioridade penal. Ou seja, em lugar de a mídia propor reflexões profundas sobre por que a selvageria dos crimes mais graves está aumentando tanto, propõe que o debate gire em torno de apenas um aspecto do problema que nem é o mais relevante, pois se a lei não desestimulou nenhum dos maiores de idade que cometeram os crimes, certamente não iria desestimular o menor.

    Não vou entrar na polêmica sobre se o Brasil deve ou não reduzir a idade de responsabilização penal de seus jovens. Seria uma armadilha que desviaria o foco do debate que proponho, que é sobre como a mídia brasileira, pelo menos, pode se tornar elemento de conscientização da sociedade em vez de mera e fiel reprodutora de sua comoção humanamente irracional diante de tragédias da natureza das que penosamente lembrei neste artigo.

  91. Nassif, parabéns pela direção
    Nassif, parabéns pela direção que você imprime ao blog. Há poucos espaços em que se possa discutir os problemas mais sérios do país. Quero cumprimentá-lo, sobretudo, pela publicação do texto do André Araújo, texto sério e responsável. Evidentemente não há porque lê-lo de forma simplista e concluir que a miséria leva ao assassinato de crianças. O que há de profundo na sua observação é que ele aponta para a necessidade urgente de transformação social. Assim como está é que não dá para continuar. Por isso mesmo é que jamais ouviremos uma palavra mais séria da Globo aos problemas reais do país. Evidentemente nem a Globo nem os seus jornalistas são responsáveis pelo assassinato bárbaro desta criança. Mas alguém já ouviu, em qualquer dos seus muitos noticiários, uma única palavra de condenação aos usuários de droga que são os seus muitos jornalistas, atores, atrizes, enfim toda a malta que todos os dias aparece nos jornais porque foram pegos portando drogas? O Tim precisava mesmo ter ido até ao baile organizado pelo Elias Maluco para denunciar o consumo de drogas e outras coisas mais? Todos os dias um “lindão” ou uma “lindinha” da Globo é preso portando drogas. Alguém já ouviu o William Boner ou a Fátima Bernardes reclamar que tudo acaba em pizza quando se trata dos drogados da Globo? Traficante só existe porque existem os pequenos consumidores. Os pequenos que se transformam em milhões de pequenos e alimentam o trabalho dos traficantes que se escondem nas favelas e aterrorizam a sua população. Que história é esta de que consumidor não é criminoso? Para quem os traficantes venderiam as drogas se não houvesse pequenos consumidores? A farsa da boa moça que faz a Globo, fingindo que ela não tem nada a ver com a história, chega a ser indecente. Porque se a Globo não é a responsável por mais este assassinato, inocente é que ela não é. O problema social é grave. Isto é inegável. Mas, se não houvesse drogas as vítimas do problema social teriam que reagir como homens, e não como feras.

  92. “Por justiça com a Mirian, a
    “Por justiça com a Mirian, a linha é dada pela emissora.” Eu até que concordo com você, Nassif. Porém, nunca vi ex-esquerdista que não seja visceralmente contra tudo aquilo que disse acreditar em dias outros. Parece coisa de “nega” traída. Terrível.

  93. Nassif,
    Tenho um link para
    Nassif,
    Tenho um link para seu blog no meu que nunca é acessado, gosto do jeito macro que você usa para avaliar o que quer que seja. Acho porém que estamos nos acostumando a malhar (evidentemente outrem), sem nos dedicar a empreender um movimento que mexa de verdade com a sociedade e crie uma nova ordem. Estamos sendo hipócritas.
    Um abraço,
    Julio

  94. Ate hoje fui contrario a
    Ate hoje fui contrario a penalização criminal de menores. Estou mudando minha opinião, porque estamos vivendo um momento de total desintegração de nossa sociedade, que exige medidas excepcionais. Talvez a solução mais correta seria que não houvesse prazo fixado para que o menor ficasse internado: sairia apenas quando estivesse recuperado. Agora todos os que aqui defendem a imputabilidade dos menores deveriam igualmente serem contra o direito deles ao voto. Quem ainda não esta em condições de responder por seus atos, não pode escolher o Presidente da Republica. Isso é uma banalização do voto. O que constato, com muita tristeza, é que outras crianças vão morrer nos proximos dias arrastadas, outras queimadas em onibus e automoveis. Essa tragedia não bastou para o povo dizer CHEGA. Poucos brasileiros gritaram CHEGA. E podiam. Talvez ate deveriam. O aumento dos deputados indignou a muitos e as coisas mudaram. Ja esse assassinato foi apenas mais um. Ja nos acostumamos.

  95. Nassif, ontem assisti na GNT
    Nassif, ontem assisti na GNT (Gabi)uma entrevista com a exinspetora da policia civil do RJ Sra. Marina Mag (não lembro do sobrenome) hoje Dep. Federal s/ a violencia do Rio. O diagnóstico dela me pareceu muito bom e parecia os seus comentários. O programa foi reprise e datava de 11 ou 13.03.06. Valeria a pena vce. c/seus contatos ver.

  96. A grande erva daninha

    Na
    A grande erva daninha

    Na casa que trabalho com criação em Caiobá (linda praia do pequeno litoral pararanese), havia uma praga que afogava e matava a grama, as flores do jardim, as árvores frutíferas e até as plantas da hortinha.

    Comecei a arrancar essa erva daninha durante meus processos de criação. Percebi que ela era forte e arrogante. Passando por cima, estendia suas raizes sem respeitar a vida das outras plantas.

    Depois de algum tempo consegui livrar o quintal dessa praga. Como imaginei que iria acontecer, as flores voltaram a renascer. Flores que chamei de novos Jobins, Vinicius, Buarques, Aris, Ataulfos, Caymis, Jacobs, Nazarés (as centenas de grandes compositores de música popular que nenhum outro país do mundo já possuiu) voltaram a criar, ter espaço e crescer.

    Substituindo o processo egoista dessa erva daninha por um processo de motivação e harmonia, o jardim ficou outro. Muito melhor, mais bonito e feliz.

    Por esta razão batizei essa praga de plim-plim. O jardim ficou livre do banho diário de anti-cultura e dos interesses imperialistas dessa peste. A democracia voltou a reinar no nosso jardim. Voltou a ter uma vida inteligente, amigável, saudável e feliz. Para todas as espécies. O jardim, que hoje chamo de Brasil, voltou a ser brasileiro.

    Quer saber mais? Acesse:
    http://www.fazendomedia.com/globo40/globo40.htm

    Um grande abraço!

  97. Não concordo com esse
    Não concordo com esse raciocínio de que a pobreza gera criminalidade, como se pobres tivessem tendência a serem imorais e devessem ser temidos. Tentar promover a necessidade de combate a miséria com o medo.
    Os tipos de crimes cometidos por pessoas de diferentes classes sociais podem até diferir em boa parte do tempo, mas por exemplo, Suzane Hichtoffen não era nenhuma pobrezinha desprivilegiada. E como ela, há outros exemplos de que as monstruosidades das quais algumas pessoas podem ser capazes não são fortemente correlacionadas à classes sociais. Não que eu saiba, ao menos. Não sei de algum estudo que comprove isso. A situação geral pode até passar essa impressão, dado que há mais pobres e miseráveis do que ricos e de classe média, e logo haveria aparentemente mais pessoas cometendo crimes bárbaros nessas classes mesmo que as taxas desse tipo de crimes por classe social fosse exatamente a mesma.

    Não digo que se possa colocar as pessoas nas situações mais sub-humanas possíveis e não se esperar diferença alguma quanto ao comportamento e coisas às quais elas estarão dispostas a fazer para sobreviver, longe disso. Só acho que é simplista demais achar que todo assaltante, sequestrador, estuprador é tão “vítima inocente” do sistema quanto as vítimas deles.

    É algo bem mais complexo… envolve mais diretamente a cultura de violência, até meio que uma “moda”, talvez até com uma parcela de profecia auto-realizante em se promover essa relação causal de que a violência é causada pela situação financeira… a sociedade já oferece uma racionalização de bandeja. Some-se isso, claro, à vivência individual, porque de toda a maioria pobre da população, apenas uma pequena fração, praticamente insignificante, recorre a crimes, ainda mais desse tipo.

    Sendo esses últimos fatores os mais relevantes, não se preveria que a coisa melhorasse apenas com a melhora da situação econômica da maior parte da população. O que não significa de forma alguma que não seja algo desejável. Apenas talvez fosse interessante examinar esse fonômeno sob outra perpectiva de relação causal. Se em vez de ser meramente produto da pobreza e miséria, não seria algo mais “autônomo” que impede ou atrasa avanço sócio-econômico dessa parte da população, e cuja solução não fosse simplesmente a melhora das condições sócio-econômicas; que a melhora das condições sócio-econômicas na verdade dependa em boa parte da solução desse problema, em vez do inverso.

  98. Emquanto existir esta
    Emquanto existir esta organização o Brasil não crescerá e nem será uma grande nação independente.Nada de socialismo, é direito verdadeiro.

  99. Laurenzio, você é partidário
    Laurenzio, você é partidário da máxima de Giambiagi: segurança não é problema de emprego, de recursos e de gestão. É de falta de leis e de penas. A atuação do BC é absolutamente inodora, insípida e incolor em relação a tudo o que não seja juros. Quanto às críticas à mídia, não preciso do auxílio dos amigos: sei dar trombadas sozinho.

  100. Não tenho problemas em
    Não tenho problemas em elogiar a Globo. Já disse aqui considerar O Globo o melhor jornal do país. Os crimes bárbaros são momentos catárticos. O aumento da criminalidade não, é um processo. E um processo que está intimamente ligado à falta de perspectivas e de oportunidades para as pessoas. Sugiro consultar as pesquisas da própria Secretaria da Segurança de São Paulo, as correlações entre nível de emprego e aumento de roubos e furtos (o assassinato do menino fo decorrência de uma tenativa de assalto). Tente imaginar o que a falta de perspectivas provoca nas pessoas, não apenas das classes de renda mais baixas. Depois, tente avançar nas correlações entre o nível de atividade e emprego e a política de juros e câmbio. A partir daí, identificar quais são os pilares em que se sustenta essa política. Trouxe aqui alguns trechos da entrevista com FHC, onde demonstra claramente o poder inibidor do pensamento único. Depois, é só olhar onde está o pensamento único.

  101. Laurenzio, nem vou repetir a
    Laurenzio, nem vou repetir a máxima de Nelson Rodrigues sobre as unanimidades. Nem o mal que “consensos” trazem, ao estratificar questões e colocá-las a salvo de questionamentos, e transformar discussões necessárias em brigas de clichês, onde vence quem tem o trombone maior. Na entrevista com FHC (que publicarei em breve) ele mostra claramente o que o consenso provocou de desastre em seu governo. Lembra? Havia consenso de que a política cambial de 94/98 era correta. Aplique sua definição de consenso a aquela situação. Quanto à questão da informação, o que digo é que a busca da uniformidade de informações deve ser permanente, como instrumento de aprimoramento da democracia. É evidente que jamais haverá essa uniformidade no plano ideal. Mas não perseguir esse objetivo não é levar a democracia a sério. Quanto ao marxismo, confesso que não entendi o que você quis dizer.

  102. O problema é cultural. Os
    O problema é cultural. Os meios de comunicação sempres insistem que o sucesso é simbolizado no padrão de vida … ter carros… lanchas… aviões.

  103. Aos colegas que criticaram
    Aos colegas que criticaram meu comentário anterior:

    1 – Até o momento daquele comentário, uma série de detalhes não estavam claros, pelo menos, pelas informações que recebi da imprensa. Meu objetivo não foi uma defesa dos criminosos, mas uma crítica à forma como a imprensa trata a notícia.

    2 – Acompanhando posteriormente, não posso deixar de concordar agora que foi sim um assassinato doloso. Houve, segundo saiu publicado, até o fato de que alguém tentou ajudar e foi ameaçado, o que tira qualquer dúvida. Portanto, retiro o comentário anterior, de que não houve assassinato.

    3 – Mesmo com os poucos fatos que dispunha na data do comentário, eu não deixei de reforçar que aguardava muitos anos de cadeia para os responsáveis pelo ato. Não posso concordar que tratei o assunto como banal. Mas tratar com a devida seriedade é comentar as informações que se tem e não presumir outras que só apareceram depois.

    Um dos colegas perguntou se podia criticar outro e na sequencia, disse que meu comentário foi de doer o estômago. Eu sinceramente não me levo a mal este tipo de comentário – e por vezes já fiz críticas parecidas a outros colegas. O que importa, no fundo, é que tenhamos o desejo de discutir com seriedade, mesmo que tenhamos (não poucos) motivos para discordar, até veementemente, como foi o caso do colega.

    Abraço a todos.

  104. Caro Nassif,
    Muito debate e
    Caro Nassif,
    Muito debate e pouca compreensão.
    No EUA, também ocorrem crimes bárbaros: – o país é rico.
    A índia é pobre e pouco violenta!? alguém pode afirmar que existe relação com religião, colonização etc., mas vamos observar o que é comum aos EUA e ao BRAZIL – alienação – o americano se preocupa a quanto vai o galão de gasolina mas tá nem ai para a destruição do planeta e esquece que sua superioridade financeira se deve, em parte, a miséria alheia. Vai para fila disputar uma entrada para as finais de basquete, mas não vai votar para presidente e permite que um aloprado como o BUCHo vire chefão. O Brasileiro (classe média) se preocupa com o aumento da tarifa de celular, Internet, da escola particular de seus filhos, mas não se preocupa com educação pública, a não ser da universidade publica(federais) que pode ter que abrigar seus filhos que estão preparados para o vestibular pelo cursinho particular. Vamos raciocinar um pouco. A CULPA È NOSSA – a classe média. Não das Elites, como falam alguns (nós também não somos uma elite?) Não é da Globo, mas de quem a assiste, Não é da VEJA, mas de quem a lê. Afinal, somos omissos e covardes e nada fazemos a não ser culparmos os outros. Vamos pensar um pouco Senhores, como é possível mudar isso? Se não houver consciência do problema como será possível resolvê-lo?. “Derculpe seus Dotorres, maz os pobe criou uma forma de virda popia”
    .

  105. Caro Nassif.

    Eu
    Caro Nassif.

    Eu denovo.

    Pois é, se fosse um programa do Hugo Chaves a globo diria que o cara era um comunista ditador e que no programa dele só apareceria coisas para defender o seu governo ditador, eu sinceramente acho que já é hora de um governo ditador sim no nosso país para defender a ditadura do DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO E PROTO, DANE-SE A GLOBO, GLOBO NEWS E O DIABO QUE A CARREGUE TAMBÉM!!!!!!!

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