A guerra fiscal e os cabeções

É curioso comparar a avaliação dos cabeções com os resultados de ações que eles criticam:

GUERRA FISCAL — Os investimentos da Ford no Norte e Nordeste mostram que a chamada “guerra fiscal” foi a única política industrial eficaz no país, desde o acordo automotivo de 1995. De acordo com os cabeções, guerra fiscal é prática predatória, embora o mundo inteiro esteja disputando investimento a bala.

VINCULAÇÃO ORÇAMENTÁRIA — Os melhores indicadores brasileiros dos anos 90 foram na educação e saúde. Justamente os dois setores cujos recursos foram preservados do controle do Banco Central, graças ao contingenciamento. Segundo os cabeções, contingenciamento orçamentário “inviabiliza” o país.

Luis Nassif

13 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Ricardo, no caso, diz-se que
    Ricardo, no caso, diz-se que é nacional e estatal porque o controle (a maioria das ações ordinárias) é do Estado.

  2. Francisco, justamente isso.
    Francisco, justamente isso. Nas verbas contingenciadas, o governo não pode mexer. Se pudesse, baubau educação, saúde.

  3. É um auto-flagelo tão grande,
    É um auto-flagelo tão grande, que não parece ser verdade, mas é isso mesmo que acontece no Brasil…
    A mídia dá ampla cobertura, para qualquer “expert” disposto a criticar nossa constituição, por garantir uma fatia do PIB, para melhorar a educação e saúde do povo.
    Talvez porque com isso, sobre menos “dinheiro virtuoso”, para entrouxar (via juros siderais), nos bolsos fartos dos rentistas podres de ricos, que especulam no mercado financeiro…

  4. BANCO CENTRAL DO MERCADO –
    BANCO CENTRAL DO MERCADO – por suas ações, e historico, esse nome seria mais adequado do que o o pomposo e desfocado BANCO CENTRAL DO BRASIL, ja que ele não defende os interesses do BRASIL e sim, do MERCADO.

  5. Oi Nassif

    Cumpra-se o que
    Oi Nassif

    Cumpra-se o que está escrito na Constituição !
    Ah , não sobra para pagamento de juros , obras auto-promocionais, aumentar o engodo …
    Que pena !
    ( )s Paulo

  6. Nassif, esse é um dos temas
    Nassif, esse é um dos temas mais importantes e pouco discutidos atualmente, sempre se fala da carga tributária e da complexidade dos impostos e da burocracia e pouco tem se comentado sobre a concentração de renda que os impostos geram. A guerra fiscal existe, e tem se mostrado a única forma dos estados mais pobres atuarem(juntando com fim da Sudene e Sudam), em função do erro do impostos sobre consumo ficarem na origem e não no destino, assim, estados que não são produtores industriais, geralmente os do norte e nordeste, ficam com o produto, mas terminam pagando impostos para um estado mais desenvolvido. Essa é a distorção causada por um imposto cobrado na origem. Dessa forma, só resta uma saída, praticar guerra fiscal, “se já não vou ficar com os impostos fico com os empregos”. Já está na hora de mudar esse sistema que gera fortes distorções de renda e faz com que políticas regionais de desenvolvimento sejam pouco eficazes. Seria interessante pensar em imposto sobre valor agregado em que os impostos ficassem nos locais em que ele foi consumido, melhorando distribuição de renda, juntamente à políticas de desenvolvimento regional.

  7. Nassif
    Meu atual sonho de
    Nassif
    Meu atual sonho de consumo é uma política fiscal para “agradar” as pessoas fisicas, não apenas as juridicas.

  8. Eu continuo achando que a
    Eu continuo achando que a guerra fiscal é predatória e não solução para a conquista de novos investimentos. O que precisamos é de uma reforma fiscal e tributária, imediatamente, para corrigir as distorções gritantes que trará prejuizos mediatos p/todos os estados brasileiros. O mal deve ser cortado pela raiz, deslocando o eixo de desenvolvimento para a região norte, nordeste e centro oeste. A economia e a riquesa nacional não devem ficar centrados no sul/sudeste, que poderá inclusive ser prejudicada na exportação de seus produtos p/outros estados e a médio prazo. A impantação do IVA, com a transferencia do imposto p/o local de consumo, será a politica mais democrática e justa.Ainda sobre incentivos exagerados, basta ver o volume de recursos que deixará de entrar nos cofres públicos e de alguns bilhões de reais e os benefícios que direta ou indiretamente proporcionarão à sociedade, tendo como carro chefe a indústria automobilistica poluente. O que os estados precisam é de um planejamento criterioso de suas metas, com severa administração de custos, pessoal qualificado e controle permanente contra a corrupção. Virou uma vergonha o tanto de renúncias fiscais, perdãos de débitos, perdãos de juros, de multas e de correcões, uma agressão gritante para quem paga seus impostos rigorosamente em dia. Para acabar com esse cancro, só mesmo uma reforma fiscal e tributária séria e para durar um longo período. Acho que o brilhante jornalista deve se inteirar, em cada estado, sobre o volume de recursos renunciados e em todas as modalidades e período de vigência e beneficios proporcionados. Veja tambem que as empresas estão se deslocando p/outras regiões, não é sòmente pelos incentivos, mas pela potencialidade do novo mercado e posição estratégica e logística p/cobrir outros estados. O cedntro oeste é um grande atrativo p/as indústrias de alimentos porque tem a matéria prima abundante e a pequena distancia do centro industrial , assim como outros seguimentos produtivos.

  9. Claro, Edmilson. O correto
    Claro, Edmilson. O correto seria uma política federal de atração de investimentos. Quando ela não existe, funcionaram as políticas estaduais. O mais danoso é não haver uma estratégia nacional de desoneração de investimento. A guerra fiscal está trazendo desconcentração industrial, e os governos estaduais mantém a chama do desenvolvimentismo, que foi extirpada do governo federal nos doze anos de FHC-Lula.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador