É impressionante essa reação cega e desvairada à decisão da Casa Civil de rever os contratos de concessão de rodovias. As conclusões da parte ideológica da mídia beiram o ridículo. Olha só o que usam para atacar a medida:
1. Comparação entre estrada esburacada e estrada boa com pedágio.
2. Comparação entre estrada administrada pelo governo e pela iniciativa privada.
Ótimo, e quem é contra? A discussão é óbvia: é entre
1. estrada bem conservada, administrada pela iniciativa privada com pedágio caro;
2. estrada bem conservada, administrada pela iniciativa privada, com pedágio mais barato.
Hoje, o “Estadão” recorre até aos indefectíveis Maílson da Nóbrega e Fábio Giambiagi, para suas obviedades ululantes, frases em permanente disponibilidade: o Estado não tem dinheiro para investir. Mas quem falou nisso?
A questão é que pedágio é custo Brasil. Sendo custo Brasil, é papel de governo procurar torná-lo o mais barato possível. O alarido que se formou é injustificável. Em vez de procurar analisar as planilhas de custo da Agência Nacional de Transportes Terrestres e defender os direitos dos usuários de rodovias, entram todos nesse lobby cego em favor das concessionárias. Interesse financeiro? Que nada: desinformação, preconceito ideológico, e uso obstinado da “jurisprudência jornalística” essa bela definição para o pior dos trabalhos jornalísticos: a notícia em pool.