As concessões e o pedágio

Na aba de ECONOMIA, a Coluna Econômica troca em miúdos os números do pedágio, no caso de concessão onerosa e não onerosa.

Luis Nassif

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  1. Chip inibirá o furto de
    Chip inibirá o furto de carros
    Dispositivo no pára-brisa trará dados que ajudarão a identificar crimes

    Uma decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deve ajudar no combate ao furto e ao roubo de veículos. A frota brasileira será obrigada a circular com chips no prazo máximo de cinco anos.

    Em até 18 meses, os Estados já precisarão ter instalado os primeiros sistemas para permitir a identificação e a localização automática do veículo.

    A exigência, cujos detalhes eram estudados havia dois meses, consta de uma resolução do Contran publicada anteontem. O sistema prevê que os motoristas terão de instalar os chips no pára-brisa na hora do licenciamento. Eles funcionarão como um tipo de placa eletrônica, armazenando dados do veículo, como chassi e Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).

    Os órgãos de trânsito deverão espalhar antenas para ler e identificar os aparelhos. A tecnologia poderá ter várias finalidades, que vão da identificação de veículos roubados até a fiscalização de infrações, monitoramento do trânsito e alguns modos de cobrança eletrônica – como os pedágios urbanos – sem a necessidade de cabine.

    O texto aprovado pelo Contran não determina quem vai pagar pela instalação dos chips, cujo valor pode atingir US$ 25 (cerca de R$ 55). Isso significa que, ao menos em parte dos casos, a despesa poderá ser do próprio motorista.

    O diretor do Departamento Nacional de Trânsito(Denatran) e presidente do Contran, Alfredo Peres da Silva, afirmou haver um compromisso das prefeituras de São Paulo e do Rio para fornecer os equipamentos de maneira gratuita. Nos demais Estados, disse que poderão ser estudadas parcerias com a iniciativa privada para bancar os chips.

    O órgão federal desconhece os custos que a introdução da tecnologia vai representar. Cada governo deve fazer contratações independentes e poderá adotar aparelhos diferentes, mas com base em algumas características técnicas.

    O veículo só será identificado onde houver antenas, sendo possível saber imediatamente, pela leitura do chip, se ele está regular, com IPVA e licenciamento em dia.

    O chip não poderá ser retirado do veículo após sua instalação. Se isso ocorrer, ele se torna inoperante imediatamente.

    Saiba mais
    Os objetivos
    1 Prevenir furto e roubo de veículos
    2 Ajudar no planejamento, na fiscalização e na gestão do trânsito
    3 Permitir, no futuro, a adoção de pedágio urbano
    Prazo
    A resolução do Contran concede 18 meses para que os Estados façam a instalação dos primeiros aparelhos, e mais 42 meses para que toda a frota brasileira esteja com os chips
    Multa
    Em cinco anos, nenhum veículo poderá circular sem estar equipado com o chip. Quem descumprir cometerá infração grave, sujeita a multa de R$ 127,69, cinco pontos na carteira e retenção do veículo para regularização
    Custos
    A resolução não diz quem deverá bancar os custos de instalação

    fonte: http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora…amp;modovisual=

    prestaram atencao no item 3???

  2. A quantidade e valor de
    A quantidade e valor de pedágios no estado de SP beiram o absurdo. Imagina um trechinho de pouco mais de 150km entre Limeira e São Paulo possuir 8 praças de pedágio? Entre Bauru e Campinas nada menos que 6 pedágios (ida e volta são 12 pagamentos).
    Tudo isso encarece demais nossa vida já tão tributada…

  3. Pra mim qualquer forma de
    Pra mim qualquer forma de pedágio, oneroso ou não, representa aumento de impostos, já que nós já pagamos pela suposta manutenção das estradas com a CIDE. Não seria o caso do governo tomar vergonha na cara e consertar as estradas sem cobrar nada a mais por isso?

  4. Nassif, concordo com sua
    Nassif, concordo com sua avaliação. Gostaria de propor para debate também a privatização da telefonia fixa, que não resultou em modicidade tarifária (é só comparar com as tarifas em outros países) nem em melhoria em todos os serviços (basta procurar um orelhão que esteja limpo e funcionando).

  5. Considerando-se as tarifas de
    Considerando-se as tarifas de pedágio que pagamos em São Paulo, é louvável a ação do governo federal em focar no menor valor das mesmas. Isto tem influência direta na inflação. Aliás, retorno de 15% líquido ao ano é também uma taxa muito elevada. O mesmos argumentos usados contra os Juros excessivos deve também ser aplicado ao Lucro excessivo.

  6. Nassif, ótima colocação,
    Nassif, ótima colocação, estava ansioso para que alguém finalmente destrinchasse essa vergonha do pedágio, que como você bem esclareceu, é cobrado duas vezes como aliás quase tudo nesse país. O que me deixou estupefato foi a cara de pau do Lula na primeira declaração, de que o Estado iria cobrar pedágio por conta e cuidar da manutenção das rodovias (Ué??? Isto não foi sempre uma obrigação do governo????!!! E a CIDE já não é o tributo oficial da conservação das estradas???)

    Nessa país é assim mesmo, tem que se pagar o dobro para tudo e fica calado. Paga impostos para os hospitais, mas se não tiver plano de saúde morre no corredor. Pagamos impostos para educação, mas a qualidade do ensino nos obriga a matricular os filhos em escolas particulares…Em muitas cidades, paga-se zona azul e extorsões aos flanelinhas (com a conivência dos policiais) mas o imposto para a segurança pública e manutenção das ruas continua aumentando…

    Concordo c/ a privatização das estradas diante da incompetência do governo nesta tarefa, MAS com a devida extinção dos impostos destinados às rodovias…

  7. Nos anos 80 e anteriores o
    Nos anos 80 e anteriores o governo recebia diretamente o pedágio e não conserva as estradas.
    Descrobriu-se que o faturamento de pedágios não cobria o custo da estrutura estatal criada para administrar os próprios pedágios.
    Então tiveram a idéia de criar o Sêlo pedágio e depois acabaram com o sêlo e depois ….. e findou-se no modelo atual.
    Não gosto de pagar caro para viajar ao por São Paulo. Mas gosto muito menos de viajar na Fernão Dias onde não se paga diretamente o pedágio, mas se paga 300 reais (no meu caso) por pneu furado por buraco em uma das principais rodovias do país.
    Em 3 anos foram 4 pneus e 4 grande susto para mim e minha família.
    Eu peço é que resolvam garantiar a viajem segura de quem quer viajar por este país e parem de adiar indefinidamente a resolução dos problemas.

  8. Bom dia Nassif!

    Realmente
    Bom dia Nassif!

    Realmente estou ansioso para que seu novo livro sobre os cabeções das planilhas que tanta influência tem sobre este país saia. Acredito que será um princípio para entender como pessoas tão instruídas seguem tão alienadas. Sei também que terei que acrescentar a releitura de um livro interessantíssimo chamado Assédio Moral – A violência Perversa no Cotidiano, de Marie France Hirigoyen, além de aprofundar-me um tanto mais em história.
    Ao ver os cálculos que fez sobre as concessões de estradas, só posso concluir que há um misto de malandragem e incompetência entre os interessados.
    A propósito, fui a uma palestra sobre o Supersimples no Conselho Regional de Contabilidade. Já percebeu a quantidade de planilhas absurdas que existem? É a MP 232 camuflada! Eles estão proliferando…

  9. Luís,
    meus dois centavos
    Luís,
    meus dois centavos jurídicos. A ausência de concorrência, tão bem alardeada pelo Bento, foi garantida exatamente pela generosa ação do governo. Antes, a lei exigia que a cobrança do pedágio só poderia ser realizada quando houvesse uma alternativa gratuita e pública à estrada pedagiada. Essa obrigatoriedade foi posta de lado por lei no ano de 1999. Ou seja, a demanda foi garantida pelo próprio Estado. Deu de bandeja os clientes. Certo ou errada, a mudança garantiria no mínimo um bom patamar de negociação para o governo derrubar o preço do pedágio (em regime de concessão, demanda maior + risco menor = menor margem). Mas acho que não era exatamente esse o objetivo. Abração!

  10. Resposta ao Bento
    Resposta ao Bento Bravo:
    Prezado Bento Bravo
    Apesar de não lhe conhecer gostaria lhe desejar um feliz 2007.
    Com relação a sua observação gostaria de lhe informar o seguinte:
    apesar de não haver concorrência nos termos que voce corretamente observa, existe um detalhe importante nos negócios de concessão – para definir o valor da tarifa são considerados, entre outros, estudos destinados a estimar o volume de tráfego futuro. Se, no futuro, o volume de tráfego for menor que o previsto, o prejuízo é da concessionária.
    Um dos vários riscos do negócio (político, econômico, etc) é o risco de tráfego.
    Abraços,
    Hélio

  11. Nassif,

    Interessante esse
    Nassif,

    Interessante esse exercício que você fez sobre como uma concessionária calcula o valor do pedágio, segundo retorno sobre o investimento. Sempre achei que deveria ser mais ou menos isso mesmo, sobre auditoria (ou anuência) do governo.

    Mas uma coisa que não consigo entender é como eles chegariam nos custos de manutenção. Imagino que isso seja difícil de calcular e, obviamente, as concessionárias (que são muitas vezes empreiteiras que conhecem do ramo) vão apresentar os melhores argumentos para puxar esse custo pra cima, sendo difícil pra qualquer tecnico do governo questionar.

    Mesmo que essa estimativa de custo seja correta (o que duvido), as concessionárias sempre aumetam o lucro através de aumento de produtividade no decorrer dos anos, o que também duvido que seja subtraído do preço dos pedágios. Sem contar verba extra de propaganda, aluguel de fibra-ótica, etc etc.

    Acho que, nesse tipo de negociação entre empresários espertos do ramo e governo inábil (pra não mencionar de corrupção) acho que os usuários sempre sairão perdendo (e o país).

    Marcos

  12. Uma praga sobre a
    Uma praga sobre a outra.

    Talvez, nas estradas “terra de ninguém” que todo brasileiro seja muito explorado. ROUBADO!

    Nada é mais promíscuo, desumano e covarde que as paradas conveniadas dos ônibus nas estradas federais e estaduais.

    Uma máfia tão vergonhosa em que se aliam grandes empresas de trasnporte como a Itapemirim “a pior de todas” com as lanchonetes e restaurantes de beira de estrada. No caso da Itapemirim, ela tem os seus próprios “Fortes Apaches”, aliás, Nassif, nome bastante sugestivo, não?. Esses empresários estão protegidos em seus fortes por seus lobs. Esta prática de usurpação de passageiros, na maioria pobres, muitos tentando a vida nas capitais, encontra já nas estradas a maldade da máfia constituida e abonada pelos governos estadual e federal. Ninguém interfere nesse balaio de gato que é essa coisa sem regra que abusa de famílias inteiras que se vêem reféns de paradas obrigatórias que tomam-lhe as míseras economias. São pessoas simples que no trajeto de suas fugas de situações muitas vezes miseráveis, vão sendo estorquidas por essa máfia que lhes obriga a pagar absurdos em um pedaço de pão, porque um prato de comida, nessas paradas, é palavra proibida. A raiva que dá de tudo isso é que, o cinismo somado à prepotência e a certeza da impunidade, montam um quadro tão explícito de descaso, que você não consegue nem reclamar com o gerente. Sua prepotência pela certeza de faturamento compulsório com as novas vítimas que virão nos próximos ônibus, faz de você um imbecil impotente na tentativa de reclamar alguma coisa.

    Pelos termos pesados que estou usando aqui, dá para notar o quanto isso me causa asco e revolta. Você vê crianças pobres comendo um salgadinho que os coitados dos pais pagam até 5,00, um pão de queijo minúsculo que chega a custar 3,00. Vou até parar por aqui neste quesito, pois preciso falar do outro.

    As famílias, com melhores condições, quando viajam de automóvel, ainda têm a opção da escolha. Lugares que oferecem uma higiene melhor, uma melhor estrutura, com ar condicionado, posto de gasolina, oficina e etc. e que mostram um gerenciamento mais preocupado, digo, aquelas que também não têm a promíscua relação com as empresas de ônibus. Mesmo assim ainda tem o preço abusivo. Faço sempre o trajeto Rio/São Paulo e há uma diferença gritante entre os serviços oferecidos e a qualidade dos alimentos entre os dois estados. Geralmente os espaços de São Paulo são arejados, amplos e vendem um monte de porcaria de mal gosto, mas tudo bem, compra quem quer, mas são caros os serviços e alimentos, bem caros! Já para o lado do Rio, a partir de Itatiaia, a coisa piora significativamente, sem dizer que os santinhos que carregamos conosco são acionados para uma passagem tranquila na baixada, pois parar em lanchonete ali, é ato suicida. Isso não tem nada a ver com quem mora ali. Aquela coisa horrível de ferro velho com a cena de policial fazendo seu caixinha, é cena tão comum que, qualquer criança criada à beira da Dutra naquela região, desenharia essas cenas naqueles desenhos a lápis de cor, de tão cotidiana que a coisa é.

    Na verdade, as estradas brasileiras viraram um campo neutro onde você não se sente cidadão. No caso específico da concessionária que administra a Dutra, Nova Dutra, que faz parte de um pool que administra as estradas estaduais e federais, é ato flagrante de desleixo e abuso pela certeza da não cobrança por melhorias reais nas estradas.

    Vê se você consegue o primeiro catálogo ou prospecto, não sei qual é o nome daquilo, pra mim deveria ter o nome de “cartilha do brasileiro trouxa”, pois assim que conseguiram a concessão para exploração do pedágio, montaram as suas barreiras de cobranças a la Roma e seus coletores de impostos, cercaram estradas de acesso e um monte de abusos. Ia me esquecendo, no primeiro prospecto havia o compromisso de alargar todas as pontes de toda a extensão da estrada Rio/São Paulo e muitas outras melhorias, inclusive a duplicação da Serra das Araras, no prazo de dois anos, o que até hoje não atingiu sequer 20%.

    Quantos acidentes aconteceram nessas pontes estreitas? Quantas vidas foram embora ali? A Nova Dutra pagou pelo seu descumprimento desses compromissos? Não, não pagou, não paga e não pagará. Já o pedágio é de uma eficiência extraordinária. O aumento abusivo que nos tira até o ânimo de viajar, representa a terra de Malboro, aliás, deveria ser este o nome da concessionária Nova Dutra e ainda ganharia uns trocados publicitários e bem representativos em seu slogan em painel eletrônico, “BEM VINDOS A TERRA DE MALBORO”. A estrada que você só leva fumo.

  13. E ainda tem os dispositivos
    E ainda tem os dispositivos contratuais que em que o Estado repõe as perdas das concessionárias, numa espécie de reposição / garantia de lucro.
    Estranho notar que à exemplo de São Paulo, algumas rodovias em discussão já estão prontas, necessitando somente de manutenção – nem mesmo de duplicação, ou seja, como você mesmo sitou já paga pelo imposto…
    Acredito na concessão nos moldes da Ecovias – SP, onde está além da conservação e modernização – vide centro de gerenciamento on line – das vias existentes, ainda contribuiu para construção da Imigrantes 2 e suas vicinais… A concessão faz parte do jogo econômico de mercado: O perder, o ganhar e o investir.

  14. sou caminhoneiro e no meu
    sou caminhoneiro e no meu meio profisional ninguem e contrario a pedagio visando melhor conservação da rodovia. agora gastar mais de pedagio do que oleo diesel(que por sinal e carissimo) a coisa ja passa a ser extorção.

  15. Novamente o mesmo ocore , o
    Novamente o mesmo ocore , o Estado não cumpre o Dever , embora já tenha instituido Tributos para o fim destinado ,agora cria nova tarifação extorquindo Dinheiro do Contribuinte. Olha o Sistema de prestação de Serviço em contra partida do Imposto arrecadado no Brasil é Único , não se usa o Dinheiro para o fim destinado , muda-se o percentual , presta-se serviço de má qualidade , a custo maior do que o normal e com tantos , TCU , Procuradorias etc… ainda ocore o mesmo. Nós estamos sendo Vítimas de um teatro de Horror , Lembram da Operação Tapa Buracos? Lembram-se da verba destinada a Infra estrutura Aeroportuária ? Lembram-se da Verba para Segurança ? Lembram-se da Lei de Responsabilidade Fiscal????? Pois bem , é necessário esquecer tudo isso , o Brasil deve começar a Pensar o dia de Amanhã , nâo há ninguém Pensando por Nós!
    .’.André

  16. Nassif,

    Perfeito seu
    Nassif,

    Perfeito seu argumento.

    Mas analisemos a situação sob outro ângulo:

    A diferença básica entre a concessão onerosa e a não onerosa é o pagamento pela concessão.

    O Estado de São Paulo decidiu pela concessão onerosa pois necessita de dinheiro. Para o Estado, não importa de onde sairá esse dinheiro, se da concessionária ou do contribuinte.

    Pois bem, se o Estado optasse pela concessão não onerosa, os governantes dariam um jeito de arrumar o dinheiro de outra maneira, via aumento de impostos, criação de taxas etc…

  17. Suely, o que estou dizendo é
    Suely, o que estou dizendo é que se se pode ter pedágio mais barato, tem que se ter pedágio mais barato. Apenas isso.

  18. Ora, se o governo deveria
    Ora, se o governo deveria responsabilizar-se com a correção de tarifa, com a receita e despesa das concessionárias, com a prudência nos cálculos de investimento, com cuidados administrativos e até mesmo com o fluxo de veículos que transitam pelas rodovias, por que o governo não passa novamente a reassumi-las ?. Quem sabe poderíamos nos livrar das exorbitantes tarifas que drenam as já robustas contas da iniciativa privada.

  19. Investimentos: Públicos X
    Investimentos: Públicos X Privado

    Nassif,
    Supondo que este Investimento simulado por você seria para as situações atuais de nossas Rodovias: (Recuperação e Ampliação), eu apontaria um quarto ítem, o qual acho eu, seria totalmente inviável socialmente e financeiramente de ser suportado pelos usuários tanto de transportes de passageiro como para transporte de carga, mas que não seria excludente do debate, que seria;
    0 – Investimento na Construção – Manutenção/Ampliação – Menor Tarifa = ?
    – Acho que neste caso o que poderia amenizar seria através de parcerias de recursos públicos e privados sem pagamento pela concessão e prazos mais prolongados diferentemente dos usuais de 25 anos.

    1 – Modalidade: Investimento- Pagto. da Concessão – Menor Tarifa = R$18,23
    – Considerando em um contexto técnico, econômico, financeiro e social – seria a modalidade menos recomendável, até porque todo investimento aplicado pelos concessionários nestes tipos de parcerias público x privado, terminam sempre sendo incorporados ao patrimonio do Estado e consequentemente não havendo prejuízo ao erário público – independentemente de prorrogação ou não do contrato da exploração do pedágio, por tanto não se justificando a cobrança pela “concessão” que só contribui para a oneração da Tarifa.
    2 – Modalidade: Investimento – Sem pagto. Concessão – Menor Tarifa = R$13,59
    – Aqui temos a situação que melhor se encaixa nas condições em que se encontra as rodovias do País – que pelo fato de não ter a recuperação do investimento da compra da concessão, gera uma desoneração no preço da Tarifa de Pedágio da ordem de 25,45%.
    3 – Modalidade: Sem Investimento – Sem pagto. Concessão – Menor Tarifa = R$8,38
    – Neste caso só vejo aplicabilidade para novos contratos, sejam de rodovias recem construídas ou em renovação de concessões por um determinado período até haver a necessidade de aplicação de novos recursos em manutenção ou até mesmo em ampliação de acordo com o novo fluxo de tráfego, podendo ser programados para um segundo intervalo ou diluídos durante a vigência do contrato, aí teríamos uma Tarifa um pouco acima dessa referência, pois a desoneração aquí já é da ordem de 54,13%, o que seria socialmente e financeiramente mais justa para os usuários.

    Acho que, qualquer que seja a ou as modalidades que vierem a serem determinadas até pelas suas particularidades, o importante é que sejam negociadas entre os atores envolvidos com responsabilidades apeados de palanques eleitoreiros sem dircursos ideolígicos sejam de direita, centro ou de esquerda com planejamento, transparência e foco no Brasil – neste momento de escassos recursos públicos para atender as demandas sociais e de emprego e renda para a população, seria a solução mais palpável para o País reestruturar a sua logística, pois recursos privados e investidores háptos em investi-los existem de sobra, faltam determinação de regras consistentes de garantias sólidas para a remuneração desse capital por parte do poder público nos termos constitucionais.
    Até porque estes modelos de concessões poderiam serem aplicados para toda a logística, ferrovias, portos e até para saneamento, o que desoneraria o orçamento dos tesouros: Federal e dos Estados para aplicação em ações de cunho sociais emergenciais.
    Esperemos que após tanto debate pela sociedade como um todo nestes últimos meses sobre as questões que “travam” o encaminhamento da resolução do problemas estrutuais do País, que os políticos tenham concientizados que são êles os responssáveis por estas iniciativas, pois parece que o problemas é menos financeiro e mais político.
    gonçalves – 12/01/2007 – 13:27 hrs.

  20. Meua caro Nassif, quando ví a
    Meua caro Nassif, quando ví a noticia da ideia do governa em reavaliar a negociação dos pedágios achei a idéia muito boa e corcordei em sua validade, pelo visto você também. Só não entendi o motivo da maior parte da imprensa ter “

  21. O Brasil precisa de homens
    O Brasil precisa de homens como o senhor Nassif que se preocupa com o bolso do povo brasileiro. É uma vergonha nacional esse caso do pedágio nas rodovias brasileiras. As concessionárias lucram muito alto as custas do sofrimento do povo. Vejam, senhores o caso da Ponte Rio-Niterói. O lucro absurdo que eles tem e mesmo assim vive aumentando o valor. Na BR 101 Niterói-Campos todos sabem que a região é pobre. Vai ser uma roubalheira danada quando implantar o pedágio.

  22. 1) A intenção de reduzir o
    1) A intenção de reduzir o custo dos pedágios é correta. Realmente existem alguns muito caros para a renda nacional.
    2) O governo vende o direito de explorar os pedágios nas estradas (recebe por isto). Que tal parar de vender (um item da concorrência é quem paga mais) e reduzir esta parte do custo?
    3) Que tal colocar um preço máximo e um mínimo nas concorrências?
    4) Que tal exigir que x% da renda seja gasta na manutenção?
    Por aí.

  23. Este debate é o “estado da
    Este debate é o “estado da arte” para as relações capitalistas da sociedade pós-industrial. Nessa discussão se embute todo o jogo da correlação de forças que, de um lado querem o “lucro”, e de outro lado querem a produção do bem-comum. O capital, especialmente o brasileiro, acostumado às benesses da cultura de concessões “do rei”, desde as capitanias hereditárias, ainda assimila com dificuldade sua função social e seus compromissos com o próprio sistema produtivo, vulgo “desenvolvimento sustentável”, ou “viabilidade do país”. A sociedade, por sua vez, precisa colocar limites e valores que se contraponham aos interesses da pura acumulação e concentração de capitais, que redunda na concentração de riquezas e na distorção do sistema produtivo, como se vê. Para isso existe o “MERCADO”. O mercado não pertence ao capital, e também não é processo somente social, obviamente. Então, no mercado também se trocam valores, idéias, propostas, modelos e projetos de mundo. O mercado é na verdade mais abrangente do que quer estabelecer o capital “puro” e “selvagem”. Mas, essa “negociação” só se torna compreensível para a cidadania quando se faz a devida tradução – não simplificação e nem redução – em termos simples, dos fatores envolvidos. Como está sendo feito pelo Nassif neste tema. Esse acompanhamento em linguagem cotidiana é salvaguarda da democracia atual, porque senão os termos técnicos confundem e afastam qualquer apreciação adequada da cidadania, e, ao contrário do que se pensa tradicionalmente, a má informação dos cidadãos é outro grave distúrbio do sistema produtivo. Os termos simples irão permitir o juízo adequado desta questão, aos olhos da população brasileira.

  24. Agora voce foi meio cabeça de
    Agora voce foi meio cabeça de planilha, mas tenho que te dizer… Foi bastante didatico! Se no reajuste utilizamos um dos indices de inflação, temos o mesmo problema que vemos em telefonia, comentado por uma pessoa aqui. A Anatel vem fazendo testes com o IST, que é uma média de indicadores. Acredito que reajustes de pedagio devem seguir a mesma linha, pois não dá para comparar o aumento do feijão com o do asfalto e da construção civil. Ainda sobre o problema da telefonia é que a Anatel é muito fraco, alias como todas as agencias reguladoras, e falta concorrencia real. No caso das concessionarias, concordo que seria melhor o menor preço, utilizando como leilão quem se dispõe a manter a estrada e cobrar o menor preço, assim como foi no leilão de energia. O que acha?… Um asfalto bom dura em média 20 anos, e os nossos já VOTARAM em muitos presidentes…

  25. Hélcio: estou discutindo
    Hélcio: estou discutindo concessão com tarifa alta vs concessão com tarifa baixa. Não estou discutindo roubalheira do governo justifica roubalheira privada. Capisca?

  26. O artigo é muito esclarecedor
    O artigo é muito esclarecedor quanto ao tipo de concessão, e
    aqui em São Paulo temos os dois
    tipos, uma vez que temos estradas
    construidas pelas concessionárias
    sem uma centavo do Estado, caso
    da Nova Imigrantes.
    Porém, o Governo Federal está que-
    rendo criar um novo tipo de gestão,
    que poderemos chamar de indiges-
    tão.
    Já temos o DER e os DNERs que
    supostamente foram criados para
    gerir as estradas, mas o governo
    já fala em criar uma nova estatal
    para este fim.
    No final teremos pedágios cobrados
    pelo governo que não nos dará nada
    em troca, isto sim será caro.

  27. Que nada, Hélio. Querem
    Que nada, Hélio. Querem retorno alto para ter lucro alto. Estão na dele. Se não tem bons negociadores do lado do governo, eles levam. Se tem, negociam.

  28. Ah ´ta comparar esta
    Ah ´ta comparar esta declaração do Subprocurador é ridicula…
    Parem de hipocrisia, precisamos de empresas privadas para gerir , não tem desvios de dinheiro, falcatruas ecargos politicos, concordo com vc Nassif, precisamos baratear o pedagio, mudar o sistema de concessão, mas mudar pra modelo estatal como alguns afirmam aqui é chover no molhado

  29. Se é para escolher prefiro
    Se é para escolher prefiro pagar o sistema mais barato.
    Ninguém quer saber de bitributação.
    Agora, se o modelo escolhi for o mais caro, pelo menos o Governo deve indicar onde vai ser gasto a diferença.

    O tema também poderia ser ampliado,
    – por que tantos pedágios (muitas vezes em uma única rodovia) ?
    – os preços cobrados atualmente são abusivos ?
    – as concorrências são realmente competitivas (ou é só um cartel atuando) ?

  30. O PREÇO DO PEDAGIO NO
    O PREÇO DO PEDAGIO NO BRASIL É CASO DE POLICIA REALMENTE !!!!!!
    VIVA O SUB PROCURADOR DA REPUBLICA . ENFIM ALGUEM SE MANIFESTOU COM HONESTIDADE POIS A MAFIA NESSE SETOR TAMBEM TEM QUE SER COMBATIDA

  31. Caríssimo Nassif, se na
    Caríssimo Nassif, se na situação em São Paulo, que é primeiro mundo em relação ao nordeste, os contribuíntes pagaram duas vezes, uma na construção com os impostos e a outra na concessão com os valores do pedágio, pelo menos as estrada já estavam construídas;Pior é aqui na Bahia, onde a Linha Verde, estrada do litoral norte, que liga Salvador ás lindas praias do norte e a Sergipe, que está sendo construída com o dinheiro do contribuínte,isso mesmo, o pedágio está sendo cobrado já há anos, ou seja, começou-se a cobrar o pedágio mesmo antes de iniciar a conservação e duplicação da estrada. Pode?

  32. a explicação é excelente
    a explicação é excelente entretanto ainda acho que o Governo tem dinheiro de sobra para administar as estradas e ele mesmo poderia administrar as estradas com pedágios públicos, hoje tem gente que paga imposto e não uma estrada federal, deveria direcionar para aqueles que usam a estrada, sabemos que existem caminhoes que destroem as estradas pelo excesso de peso que carregam

  33. A questão entre pedágio caro
    A questão entre pedágio caro (SP) e pedágio barato (BR) não se define somente no preço. Basta ver, viajom por trechos de BR recapeados a pouco tempo, veja o trecho Fernão Dias até Barbacena, MG, foi recapeado a pouco tempo e já está cheio de buracos por causa do excesso de carga dos caminhões, embora exista na beira da rodovia postos de pesagem depredados e abendonados. A propósito, viajei no início de dezembro entre Campinas e Curitiba, no início Rodovia dos Bandeirantes, R$10,50 pedágio por 100 km, sem anormalidades, depois 400 km de BR116, sem pedágio. Porém, 1 pneu cortado em um buraco, R$ 300,00, 1 multa de radar móvel em um trecho de 80 km/h sem sinalização e num dos poucos que não tinha buracos, R$ 180,00. Sonho de viajar em uma rodovia federal sem buracos e com pedágio razoável. NÃO TEM PREÇO. Também não concordo com a máxima: “Em São Paulo o pedágio é caro mas as estadas são boas”

  34. Prezado Nacif,
    Qualquer um
    Prezado Nacif,
    Qualquer um que trabalhou nas grandes empreiteiras brasileiras nos anos 90 (eu me incluo entre eles), sabe que houve um acerto entre elas para dividir o botim das concessões. Assim como já se conhecia quem faria cada uma das hidrelétricas (a briga era para antecipar a obra e não para ganhar a concorrência, que já estava definida), também o mercado das concesssões foi loteado entre elas, com maximização dos lucros. Ou seja, além dos vícios apontados no seu artigo, houve acordo entre os concorrentes para assaltar a “viuva”.
    Mas como tudo no Brasil , mesmo que se comprove o acordo, ele será negado e impossível será qualquer reversão de preços.

  35. O ponto de vista técnico é
    O ponto de vista técnico é correto. No entanto, independentemente do modelo de concessão a permissionária irá efetivamente fazer o que está contratado e com a eficiência de quem precisa devolver 15% ao acionista.
    Se o governo resolver criar a PEDÁGIOBRAS como está sendo cogitado, iremos pagar mais uma vez por um serviço que não será prestado, e pior, vai dar prejuízo e absorver ainda mais recursos do orçamento além de virar cabide de emprego. O estado não tem competência para gerir nem a administração direta quanto mais uma autarquia ou seja lá qual for a forma jurídica desta aberração que estão querendo criar.

  36. Oi Nassif .
    em São Paulo a
    Oi Nassif .
    em São Paulo a sanha arrecadadora vem com pedágio urbano nas Marginais ( acabando com o conceito de espaço público que é a cidade). O da Castelo Branco , então , no seu trecho ( urbano ! ) até Itapevi ( e a redistribuição de renda tucana tendo como alvo o morador de Alfaville , rs , rs , rs ) deve estar entre o km de estrada pedagiada mais caro do mundo. Lembro do modelo mexicano, enquanto a via pedagiada privatizada tinha um ou dois gatos pingados, a estrada federal ( sem pedágio ) parecia a 23 de maio no rush ! Pior é o modelo de chip que diverso do propalado NÃO vai coibir o roubo de automóveis , sendo mais uma tunga no pobre usuário do sistema de transito brasileiro. Parece até que retrocemos ao tempo do Sheriff de Nothinghan cobrando impostos para o Rei João !
    ( )s Paulo

  37. Nassif…você dever ter um
    Nassif…você dever ter um saco de paciência. Porque quantas vezes você repetiu que é privado barato x privado caro, até eu perdi a conta…e ainda com comentários maldosos…esperemos que alguém aí do governo ou das concessionárias apareçam por aqui para haver a necessária contradição….até agora nada…mas pelas suas colocações fica bem claro como funciona e a quantas andamos…

  38. Me desculpem, a discussão é
    Me desculpem, a discussão é louvável, mas dá impressão que tem gente de concessionárias aqui, tanto que defendem o modelo atual. Nem vou falar na CIDE e IPVA (criadas pra que mesmo? alguem se lembra aí?). Ainda não é tudo, pelo que sei, o governo “arrecada” impostos sobre os valores arrecadados. Olha, não sou economista, mas ganhar dinheiro em cima de infraestrutura, comida básica, remédios básicos, é um tiro no pé.

  39. Hélcio, lucros acima de 15%
    Hélcio, lucros acima de 15% em concessão rodoviária é coisa de latino católico. Nos EUA protestante há um controle estrito dos fatores de custo e das margens, visto serem serviços regulados, com desdobramentos sobre os custos de quase todos os setores da economia. Não venha desvirtuar o que estou escrevendo. O “roubalheira” foi para responder ao leitor (você?) que veio com esse tipo de argumento para evitar qualquer análise crítica sobre preços de pedágio.

  40. Paulo, é possível sim, desde
    Paulo, é possível sim, desde que a eficiência dela em relação à gestão pública permitir baratear o serviço e, ao mesmo tempo, dar lucro.

  41. Penso que a lógica de rever é
    Penso que a lógica de rever é boa, mas me preocupa o discurso de que uma Administração Pública necessarriamente é ineficiente. Certamente precisamos de modelos melhores, mas isto não significa que “o” modelo seja a privatização!!

  42. Aiaiaiai Hélcio, como essas
    Aiaiaiai Hélcio, como essas certezas absolutas como a sua me cansam. Serviços públicos são regulados, não são competitivos. A competição se dá na licitação. E a base de preço para as licitações são padrões mundiais de taxa de retorno. Em concessões como rodovias, de baixo risco, a taxa é baixa em qualquer lugar do mundo. E essa taxa tem que tomar como parâmetro as taxas básicas da economia que estão em queda. E isso vale apenas para economias de mercado, onde existem concessões. Estude um pouco mais esses temas antes de vir com acusações e certezas absolutas.

  43. Nada a ver,
    Nassif,
    mas essa
    Nada a ver,
    Nassif,
    mas essa matéria da folha é bem interessante.Tem relação com o Brasil reconhecer a China como economia de mercado nesse governo?Muta coisa interessante.Espero seus comentários.Sempre acreditei que muito da política interna tinha haver com política externa.Acho que aí fica muito evidente e vc pode acrescentar mais!

  44. Posso estar dizendo
    Posso estar dizendo bobagem… mas na minha opinião se o governo “privatizar” as rodovias deveria antes acabar com a CIDE já que esta foi criada justamente para “manter nossos rodovias em bom estado”. Nada mais justo que retirar esta “contribuição” já que não será mais mérito do governo manter as rodovias transitáveis! Aliás essa CIDE é uma vergonha!!!

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