Bolsa Família e políticas sociais

Uma bela reportagem do Fernando Dantas, no Estadão de hoje (clique aqui, para assinantes) sobre propostas de políticas sociais a partir do Bolsa Família.

Apesar do título um pouco enviezado (“Que fazer com as contradições da Bolsa Família”), a matéria traz propostas relevantes de Ricardo Paes de Barros.

De início Dantas paga o óbulo para a questão política:

“O próximo governo, portanto, terá de decidir se vai reforçar o caráter estrutural do Bolsa Família – isto é, os elementos, como a obrigatoriedade de freqüência à escola das crianças, que teoricamente levam à futura redução da pobreza. Outra opção seria a de manter o programa como está, com uma cobrança muito leve e incompleta das contrapartidas”. Ele sabe bem que não é isso, que há um trabalho diuturno para aumentar os controles sobre as contrapartidas, e certamente Paes de Barros o informou disso. Tanto que, na sequência, o economista informa que é uma visão equivocada centrar a discussão apenas nas contrapartidas.

Na parte relevante, Paes de Barros define com clareza qual deveria ser o papel estratégico do Bolsa Família: a porta de entrada para novos programas sociais includentes. Em sua opinião, isso envolveria um agente social único que fizesse a conexão entre as famílias e a rede de programas ofertados pelo governo e pela sociedade civil.

Um bom tema para nossas discussões, quando o fórum estiver pronto.

Luis Nassif

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