Estatística e política

Quem quiser contribuir para a série, “Os engodos da estatística”, pode enviar suas colaborações:

Enviado por: Andre Araujo

Quando a França se rendeu à Alemanha em 1940, o partido colaboracionista que patrocinou a rendição exagerou os números do poderio alemão, que era muito menor, principalmente em aviação, do que se apregoava como base para a rendição, criando-se o mito da invencibilidade alemã. Quando os alemães ocuparam a França ficaram espantados em achar nos hangares uma frota de caça intacta, três vezes superior à da Luftwaffe.

Depois da Guerra, nova avaliação demonstrou que a França desde o inicio do conflito tinha artilharia, blindados, marinha e força aérea muito superiores em números e qualidade do que os alemães. Faltou a vontade de lutar e as estatísticas foram manipuladas pelos derrotistas-colaboracionistas para justificar a humilhante rendição de 1940. Ver a história completa em “A Queda da Terceira República”, de William Shirer.

Patentes farmacêuticas

A informação corrente, de que o desenvolvimento de um novo remédio chega à casa dos bilhões de dólares, provavelmente é mera barreira psicológica para impedir outras empresas de enveredarem por um caminho que, a partir da fitoterapia, abriu inúmeras possibilidades para outros países.

Luis Nassif

36 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Oi Nassif
    A concepção alemã
    Oi Nassif
    A concepção alemã de invasão da França , foi feita por Guderian. O general alemão leu um estudo brilhante de um frances chamado De Gaulle , sobre uso estratégico dos tanques. Baseou-se nele.
    A aviação francesa era realmente numerosa , mas os equipamentos eram realmente inferiores ao alemão.
    ( )s Paulo

  2. Realmete não sabia que a
    Realmete não sabia que a França caiu no engodo alemão se rendendo em 1940. E dizem que Charles Dególle foi um estadista, mentira ! Dególle fugiu na última hora, com o rabo entre pernas, para não ser apanhado e depois que os americanos fizeram sua parte ele voutou como grande comandante.

  3. Quer dizer então que a
    Quer dizer então que a “retirada de Dunquerque” não existiu?
    Em 10 de maio próximo se completam 66 anos que Rudolf Hess saltou de para-quedas sobre a Escocia. fazer o que? Enjoou de Schnaps e resolveu mudar para Whisky?.
    Nassif.
    Nada esta funcionando com o Firefox.

  4. Poisé, sobre a ofensiva
    Poisé, sobre a ofensiva alemã, quem definiu a vitória foram a estratégia avassaladora e inesperada pelos franceses e ingleses somadas à competência dos generais alemães…Foi por prudência que a França se rendeu…uma coisa que ninguém escuta é sobre a retirada de Dunquerque, onde fugiram 330 mil soldados franceses e ingleses SEM armamento (final de maio início de junho)…mídia é mídia…é mais do que provado que foi um comando de alto dado por Hitler que permitiu a retirada…Não era só a França que cairia na ocasião, a Inglaterra também!!

  5. O exemplo mais notório na
    O exemplo mais notório na história econômica brasileira recente é sem dúvida o “expurgo” dos índices oficiais de inflação na época da ditadura.
    Manipulação barra-pesada, levada a cabo pelo então chamado “czar” da economia brasileira.

  6. No longínquo ano de 2002, os
    No longínquo ano de 2002, os governos ingles e Estadunidense inflou e mentiu números e intenções do governo iraquiano.
    “The British government has learned that Saddam Hussein recently sought significant quantities of uranium from Africa.” — President Bush, Jan.28, 2003, em seu discurso anual.
    “Our conservative estimate is that Iraq today has a stockpile of between 100 and 500 tons of chemical weapons agent. That is enough to fill 16,000 battlefield rockets.” — Secretário de Estado, Feb. 5 2003, no conselho de segurança da ONU.

  7. Tem uma bem presente. Alguém
    Tem uma bem presente. Alguém consegue entender por que, tendo a balança comercial crescido 5% em 2006, a contribuição para o PIB foi de menos 1,2%?

    Não acho que seja manipulação estatísticas, mas nós economistas não estamos entendendo ou pelo menos não estamos sabendo explicar.

    A propósito to tema, tem a frase lema para “Os engodos da estatística”:

    “The numbers don’t lie, but liers make numbers”

  8. Quanto à capacidade francesa
    Quanto à capacidade francesa em 1940, há controvérsias…
    Confira Maurice Chevalier:

    “Le colonel était dans la finance,
    Le commandant était dans l’industrie,
    Le capitaine était dans l’assurance,
    Et le lieutenant était dans l’épicerie.
    Le juteux était huissier de la banque de France,
    Le sergent était boulanger-patissier,
    Le caporal était dans l’ignorance
    Et le 2e classe était rentier.

    Et tout ça, ça fait
    D’excellents Français,
    D’excellents soldats,
    Qui marchent au pas.
    Ils n’en avaient plus l’habitude
    Mais c’est comme la bicyclette ça s’oublie pas.
    Et tous ces gaillards,
    Qui pour la plupart,
    Ont des gosses qu’ont leur certificat d’étude,
    Oui tous ces braves gens
    Sont partis chiquement,
    Pour faire tout comme jadis
    C’que leurs pères ont fait pour leurs fils.

    Le colonel avait de l’albumine,
    Le commandant souffrait du gros colon,
    Le capitaine avait bien mauvaise mine,
    Et le lieutenant avait des ganglions.
    Le juteux avait des coliques néphrétiques,
    Le sergent avait le pilor atrophié,
    Le caporal un cor isachronique
    Et le 2e classe des cors aux pieds.

    Et tout ça, ça fait
    D’excellents Français,
    D’excellents soldats,
    Qui marchent au pas.
    Oubliant dans cette aventure,
    Qu’ils étaient douillets, fragiles et délicats.
    Et tous ces gaillards,
    Qui pour la plupart,
    Prenaient des cachets, des gouttes et des mixtures,
    Les v’là bien portants,
    Tout comme à vingt ans.
    D’oà vient ce miracle là ?
    Mais du pinard et du tabac !
    Le colonel était de l’Action française,
    Le commandant était un modéré,
    Le capitaine était pour le diocèse,
    Et le lieutenant boulottait du curé.
    Le juteux était un fervent extrémiste,
    Le sergent un socialiste convaincu,
    Le caporal, inscrit sur toutes les listes,
    Et le 2e classe au PMU !

    Et tout ça, ça fait
    D’excellents Français,
    D’excellents soldats,
    Qui marchent au pas.
    En pensant que la République,
    C’est encore le meilleur régime ici bas.
    Et tous ces gaillards,
    Qui pour la plupart,
    N’étaient pas du même avis en politique,
    Les v’là tous d’accord,
    Quel que soit leur sort,
    Ils désirent tous désormais,
    Qu’on nous foute une bonne fois la paix !”

  9. Quer dizer que alem da etica
    Quer dizer que alem da etica e da moral seletiva temos agora a história seletiva?
    De Gaulle com todo seu anti=americanismo não foi o mesmo da questão Algeriana?
    Churchill não é o mesmo do desastre em Gallipoli?

  10. Entre outras coisas, é por
    Entre outras coisas, é por isso que o nome de Pétain não batiza nem circo de pulgas na França.
    Quanto a omissões na História, devemos lembrar-nos de que esta é de acordo com quem a conta. Foram os soviéticos quem emparedaram Hitler, empurrando de volta suas tropas que tentaram tomar Moscou. Após a resistência rua a rua, os russos foram como uma mola antes represada tocando os nazistas de volta à Alemanha, até encurralarem o Fürher. Milhões de russos morreram nessa guerra. Seus feitos são heróicos e quase sobre-humanos, mas a mídia ocidental e Hollywood fazem o que podem para esconder isso.

  11. A retirada de Dunquerque foi
    A retirada de Dunquerque foi um episódio anterior à rendição da França e se insere na derrota geral do Estado francês, muito mais politica do que militar. O derrotismo era total nas forças armadas e no grupo colaboracionista (Petain, Laval e Chautemps) que via na ocupação alemã um bem para a França. Esse espírito levou à divisão da França em duas, com os calaboracionistas em Vichy e os alemães em Paris. Para mostrar ao povo francês a necessidade da rendição, os derrotistas, com o auxilio da imprensa de Paris (em grande parte na folha da Embaixada alemã comandada pelo competentissimo Otto Abetz) difundiram que a França estava indefesa e que os alemães eram invenciveis. A maior parte da força aérea francesa não saiu dos hangares e a maior parte da munição de artilharia não foi usada.
    É um exemplo clássico do valor da manipulação de informações na história e só porisso citei o episódio.
    Esses fatos históricos são indisputáveis, o processo do colaboracionismo comandou a politica francesa por muitos anos após o fim da guerra e o consenso é pràticamente unanime entre os historiadores no sentido de que a derrota da França em 1940 foi muito mais politica do que militar.
    Quanto ao papel de De Gaulle, é bem mais complexo do que a simplificação colocada no post e resumindo, foi graças a De Gaulle que a França acabou a Guerra ao lado dos vitoriosos, em consequência do que ocupa até hoje uma das cinco cadeiras com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU. Tampouco foi por deferência dos americanos. Roosevelt simplesmente detestava De Gaulle e nunca lhe deu refresco, ao contrário, tentou troca-lo pelo General Giraud, sem sucesso, porque o lider era De Gaulle e lider não se inventa.

  12. O Paulo tem razão, além do
    O Paulo tem razão, além do que não adianta ter material bélico se os generais franceses permaneciam com a mentalidade da 1ª Guerra.

  13. Nassif,

    Muitos dos engodos
    Nassif,

    Muitos dos engodos da estatística que vemos quase diariamente na midia são interpretações erradas dos resultados — no mais das vezes são extrapolações infundadas — que visam apoiar uma tese pré-estabelecida. Conto-lhe uma anedota que é ilustrativa do que se vê quotidianamente.
    ” Um adestrador de animais de um circo faz um número com pulgas amestradas. Para melhor conhecê-las, ele faz experiências com elas. Primeiro pega uma pulga e fala “pula pulga” e ela pula; corta-lhe uma perna e fale novamente “pula pulga” e ela pula; corta mais uma perna e fala ” pula pulga” e ela pula, com dificuldade, mas pula, e assim vai, até cortar-lhe a última perna e ela evidentemente não pula mais. Repete a experiência com muitas pulgas e monta um histograma. E chega a conclusão de que pulgas sem pernas são surdas, pois não respondem às suas ordens”.

    O ridículo se dá porque conhecemos anatomia de animais e sabemos que as pernas não são usadas para ouvir . Mas a conclusão de que pulgas sem pernas são surdas é perfeitamente compatível com a estatística.Isso mostra que a compatibilidade de uma tese com a estatística não valida a tese, somente o contrário é verdade: incompatibilidade com estatística invalida uma tese.

    Oras, grande parte do uso público de estatística tem o mesmo rigor que a experiência com as pulgas. O que é preciso para desmascará-las é o que no exempo acima corresponde aos conhecimentos de anatomia, ou seja, elementos não estatísticos que possam mostrar relações de causa e efeito. Como muitas vezes estes elementos não existem, ficamos na guerra de sofismas ideologicos.

    Leo

  14. Dia desses consegui baixar da
    Dia desses consegui baixar da Internet um PDF de um jornalista americano que serviu na “guerra psicológica adversa”. Perdi em um desses tilts da máquina, mas era interessante analisar o noticiário visano derrubar o moral do adversário. De certo modo, somos vítimas dessa guerra adversa, com esse medo pânico de crescer.

  15. Aprendendo estatística:

    “A
    Aprendendo estatística:

    “A estatística é a técnica de torturar os números até que eles confessem”.
    Autor desconhecido

    “Há três tipos de mentiras: mentiras, mentiras descabeladas, e estatísticas.”
    Benjamin Disraeli (primeiro-ministro britânico, falecido em 1881)

    E, o mais adequado para o momento previdência:
    “A estatística é a ficção da matemática”.
    Mário Henrique Simonsen (Matemático e Economista brasileiro)

    Existem, estatisticamente, zilhões de citações como essas na internet.

  16. André,
    Os militares
    André,
    Os militares franceses não poderiam também ter inflando por orgulho sua capacidade ofensiva e confiarem demais na “Linha Maginot”

  17. Nassif,
    A manipulação de
    Nassif,
    A manipulação de números para provar uma tese ou alcançar objetivos não declarados, como sabemos, é um dos vícios mais antigos da humanidade, e ocorre todo o tempo.
    Veja a noticia de ante-ontem no G1:
    “Um em cada sete deputados é processado ou investigado por crime
    Dos 513 eleitos, pelo menos 74 respondem a processos ou investigações criminais.
    Levantamento exclusivo do G1 pesquisou base de dados de sete tribunais federais.”
    Mentira? Evidentemente não, porém uma maneira distorcida de se analisar a estatística, com objetivo óbvio: desqualificar o Congresso.
    Faço meus, sem a devida licença, os comentarios de um colega no Blog do Noblat. Que ele me desculpe por me valer do seu texto mas é perfeito.

    “Apelido: Maquinavel – 31/1/2007 – 16:13
    O poder das palavras… Acho o nível daquilo baixíssimo, mas olhem como a forma e escrever a mesma coisa muda a impressão da mensagem: A MATURIDADE DO ELEITOR – Seis em cada sete deputados federais eleitos que tomam posse em 1º de fevereiro estão inteiramente isentos de qualquer citação em processos ou investigações criminais em andamento nos sete tribunais da Justiça Federal do país. Levantamento exclusivo realizado pelo G1 nesses sete tribunais mostra que, dos 513 parlamentares da nova legislatura da Câmara, apenas 74 (menos que 15%) têm pendências jurídicas criminais, que vão desde infrações contra a administração pública. No total, esses parlamentares respondem a 133 processos, o que representa uma média de menos de 2 para cada um, ou seja, a maioria tem apenas um processo. Como, desses 74 deputados, alguns foram reeleitos por já terem um “curral” difícil de ser quebrado, e muitos dos candidatos envolvidos em corrupção não foram reeleitos, podemos verificar uma visível evolução de consciência política.”

  18. A vitória alemã na França em
    A vitória alemã na França em 1940 se deveu à concepção do ataque e pouco ou nada aos armamentos usados. Os tanques ingleses e franceses eram superiores à maioria dos tanques alemães, em blindagem e armamento. A Luftwaffe era inferuir em número de aviões e os tipos principais se equivaliam. Mas ingleses e franceses lutaram uma guerra do passado e os alemães, do futuro, a Blitzkrieg (guerra relâmpago. Os ensinamentos teóricos deste tipo de guerra começaram com Hobarth e Lidell-Hart ,a Inglaterra passando por Guderian na Alemanha e DeGaulle na França. Mas os dois primeiros tiveram pouca acolhida entre os militares britânicos e o último pouco apoio na França. Somente Guderian teve o apoio, o tempo e os recursos para por em prática a sua Blitzkrieg. Desenvolveu a teoria em prática e conquistou adeptos. Quando a guerra chegou à França, o teste fora realizado, com sucesso, na Polônia.
    A Blitzkrieg, explicando de forma muito simples, consiste em identificar o ponto de equilíbrio do exército adversário, atacar este ponto para provocar uma ruptura das defesas com um esforço concentrado da aviação e dos blindados em grande velocidade, explorar a brecha produzida, atacar a retaguarda das defesas e desorganizar o adversário levando-o- à confusão. Este processo continua constante e rapidamente, até que se obtenha o colapso total das forças adversárias, impedindo-as de se reagrupar e organizar.
    Os franceses e ingleses não estavam preparados para a velocidade e a potência deste tipo de guerra. Por que?
    Por que por mais que tivessem uma superioridade geral de meios de combate, estavam sempre em inferioridade nos pontos onde os alemães aplicavam a avassaladora Blitzkrieg.

    O que venceu a França em 1940 foi o método.

    Quanto a De Gaulle, foi debochado e ridicularizado na França, pelos generais tradicionais. Durante as batalhas de 1940 ele teve apenas uma oportunidade de usar seus tanques como realmente acreditava. E teve sucesso momentâneo contra a ofensiva alemã. Ma era tarde demais e os meios, escassos.

    O resto está na HIstória.

  19. Desculpem por fugir do
    Desculpem por fugir do interessante tema da II Guerra, mas lembrei de um caso muito interessante na história política do Brasil. No início de 2005, se não me falha a cansada memória, lembro de ter visto na TV um anúncio partidário do PSDB dando conta de que em apenas dois anos de governo do PT a renda do trabalhador brasileiro tinha caído em 6,7 por cento (ou algo muito parecido). Propuz esta problemática aos meus alunos para que procurassem descobrir: 1) se isso era verdade e, 2) quais as causas do fenômeno. Todos concordaram que só podia ser verdade, pois um partido do porte do PSDB não mentiria (eram todos jovens e acreditavam no sistema…). Mas enquanto a maioria atribuiu a perda de rendimentos dos trabalohadores ao empobrecimento do país ou à queda dos salários, um bobinho chegou à conclusão de que o rendimento médio havia caído em virtude do aumento de trabalhadores com carteira assinada. Como a maioria dos trabalhadores ingressam nesta modalidade de trabalho com salários menores, argumentava ele, é natural que na média geral os salários fiquem menores. Como escreveu um leitor antes de mim, os números não mentem – mas podem, digo eu, não falar a verdade.

  20. Uma falha estatística e
    Uma falha estatística e analítica notória, cometida com freqüência por gente dos mais diversos setores (analistas políticos e econômicos de diversos segmentos) é comparar estatisticamente países em estágios de desenvolvimento diversos. Uma taxa de investimento público “X”, que pode ser boa para a Noruega, hoje, poderia ser letal para Uganda.

    Outro erro comum é o encontrado na esfera dos erros analíticos: quando os países atualmente desenvolvidos realizaram seu esforço de desenvolvimento, preconizavam o protecionismo – hoje, que têm a dianteira tecnológica, advogam o livre-comércio e a abertura indiscriminada de mercados para todos. Aqui há quem ainda apóie esse ponto de vista sem levar em conta a história, sob o argumento de que: se é bom para eles, que são desenvolvidos, também é bom para nós …

    Outro equívoco freqüente é o de se juntar salários de juízes e servidores para obter uma ‘média salarial astronômica no Judiciário’. Juízes e servidores têm carreiras separadas, uns ganham muito bem e outros ganham salários justos, em média. Juízes são considerados ‘órgãos’, e não ‘servidores’ – o que faz toda a diferença. Seria como, por exemplo, juntar o salário do ‘âncora’, estrelas e sócios da Rede Globo com os dos carregadores de lâmpada e de câmeras, e daí produzir uma ‘média salarial da Globo’ … É juntar ‘alhos com bugalhos’. São erros comuns.

  21. Nascif,
    Sou um aficionado
    Nascif,
    Sou um aficionado pela história das duas grandes guerras e vou dar o meu pitaco nesse debate, li em um comentario que o general Guderian teve acolhida para utilizar sua estratégia contra a França, isso não é inteiramente verdade, os Alemães tinham sérias duvidas se a Blitzkrieg funcionaria contra um exercito forte e moderno como o Inglês e o Francês, a opção inicial foi utilizar a mesma estratégia da 1ª guerra, o bom e velho plano Schlieffen, porem em um desses incidentes fortuitos que mudam a história, um avião que levava os planos de invasão (tinha o codinome de caso amarelo) teve que fazer um pouso forçado na Bélgica e os planos foram parar nas mãos das autoridades belgas, devido a isso houve a necessidade de se alterar o plano dando oportunidade ao plano de von Manstein de fazer um ataque pelas Ardenas, utilizando-se da mesma tática que havia demonstrado eficiencia na campanha da Polonia. Para quem gosta tem muito mais informação no site adluna.sites.uol.com.br.

  22. Recomendo a todos a leitura
    Recomendo a todos a leitura do ótimo livro de Steve Campbell (infelizmente não traduzido) “Statistics you can’t trust” e, claro, a coluna “Who’s counting?” do John Allen Paulos no abcnews.com.

  23. O que derrotou a França não
    O que derrotou a França não foram os números. Foi a tática. A França ainda lutava utilizando táticas da 1ª Guerra Mundial. Defesas estáticas, fortificações, utilização errada de blindados e aviões.
    E não foi só ela que foi derrotada, a Inglaterra também. Portanto em um Guerra, números não são tudo.

  24. Me desculpem voltar ao
    Me desculpem voltar ao assunto WWII, mas foi feto um comentário sobre o plano estratégico do ataque à França em 1940 (Schilieffen x Mainstein). Realmente um acidente de avião fez com que houvesse uma mudança de última hora no ataque alemão. E o caminho escolhido colheu de surpresa os franceses e ingleses. Mas reafirmo que se as táticas de Blitzkrieg não tivessem sido empregadas, a velocidade da invasão não seria suficiente para aproveitar a ruptura da frente francesa (no rio Mosa) e se os homens certos e adeptos da blitzkrieg (Manstein, Guderian, Rommel, Hoth) não estivessem no comando, todos estes esforços poderiam ter acabado em uma frente de combate estática.

  25. Mais outra.
    Como chamou
    Mais outra.
    Como chamou atenção o economista André Montouro Fº em entrevista ao Boletim do Corecon, dizer que o Estado brasiliero fica com 38% do PIB é um erro grosseiro. Se do total arrecadado, descontarmos todos os valores transferidos diretamente para os cidadãos, chegaremos a uma carga tributária efetiva da ordem de 20 a 23% do PIB. O resto é política de transferência de renda (aposentadorias, Seguro-desemprego, BPC, Bolsa-família e, por que não, Juros). Não se deve considerar estas rubricas orçamentárias como relacionadas ao tamanho do Estado (nenhum de seus beneficiários está a serviço do Estado), nem tão pouco é sensato dizer que a economia está travada porque a presente alocação de recursos de nossa economia esteriliza 38% com o setor público (que, teoriacamente e sob a ótica microeconômica, é menos eficiente que o setor privado).
    Não fossem nossos governantes reféns do clube das garças e se tivessemos uma estrutura social menos desigual, a carga tributária teria condições de cair de forma sensível, tal qual a de outros países industrializados que não carregam o peso daquelas mazelas.
    Pagamos juros porque somos reféns; pagamos bolsas porque somos estupidamente desiguais.

  26. Opa! É pra já.
    Tempos atrás
    Opa! É pra já.
    Tempos atrás (ano de 2003), se não me engano na F.S.P, algum tarado por estatísitcas alimentou o reporter de economia com o seguinte petardo: ” o trabalhador brasileiro, com renda de até dez salários-mínimos, troca de carro uma vez a cada 62 anos”. É mole? Tal afirmação implica dizer que: 1º) se a idade mínima para possuir um carro é 18 anos, a expectativa média de vida dos trabalhadores brasileiros deveria ser de 80 anos e 2º) a indústria automobilística brasileira disputou lado a lado o pioneirismo com a dos EUA.
    Êta paisinho porreta!

  27. A discussão sobre táticas,
    A discussão sobre táticas, estratégias e hipóteses de ação nas Guerras é infindável. Não é esse o ponto em discussão aqui. Estamos falando de manipulação de informações com objetivos politicos. É só isso.
    A França não foi derrotada, ela se derrotou e rendeu-se por razões politicas cujo entendimento deve recuar à 1ª Guerra, ao governo esquerdista de 1936 da Frente Popular que coloriu os olhos da elite francesa para as vantagens da ocupação alemã (Eles vão restabelecer a ordem). Pouco de militar, muito de psicologia dessa elite derrotista, que incluia as forças armadas e a alta finança. Discutir nesse contexto quem tem o melhor blindado é irrelevante. A França de Petain estava decidida a render-se, com ou sem tanques. Essas paralisias da vontade são clássicas na história. Estamos vendo uma agora na figura do COPOM e seus homúnculos mesmerizados pelo pavor de uma inflação inexistente, tal qual as 200 familias de França estavam paralisadas pelo pavor do Front Populaire de Leon Blum e suas greves e arruaças. Se a história tem algum valor será ele o de conhecer o passado para não repeti-lo no erro.

  28. De franceses e de
    De franceses e de estatística:

    1- Maurice Chevalier cantava para as tropas e ocupação, portanto aquela letra é bem apropriada.

    2- Napoleão dizia aos seus soldados que com uma baioneta poderiam fazer tudo, menos sentar encima. A estatística é mais ou menos assim.

  29. Apolonio, o grilo:
    Apolonio, o grilo: baseando-se na probabilidade, qual a chance de Daniel ter saído vivo da jaula dos leões; e qual a probabilidade daquela história ser um engodo?

  30. Nassif, como eu te levo a
    Nassif, como eu te levo a sério, vou te responder: Daniel não pode ser objeto desse tipo de inferência estatística. Se você tivesse perguntado qual a probabilidade de UMA pessoa sair viva de uma jaula cheia de leões, nós poderíamos, com base em experimentos estatísticos, responder a essa questão. Mas nunca saberíamos quais seriam essas pessoas. E como não existem 10% de Daniels ou 25% de Nassifs, esse tipo de pergunta está fora do escopo de uma teoria estatística séria, que reconhece suas limitações, que são impostas na verdade pelas mesmas questões fundamentais que acompanham o espírito humano há alguns milênios. Imbricada nela está por exemplo a questão da liberdade de escolha ou determinismo das ações humanas. Nassif deve ou não deve jogar na megasena acumulada semana que vem? São poucas as opções: só existem duas probabilidade possíveis para Nassif ganhar na megasena e Daniel escapar ileso da cova dos leões: 0% ou 100%. Ou seja, desconhecemos o futuro completamente – não há ainda ferramenta que tenha abolido o acaso. Mas se quiser jogar na megasena, o problema é seu. Eu não mandei…tampouco mandei o Daniel entrar na cova…

  31. Nassif e todos

    A respeito
    Nassif e todos

    A respeito das barreiras sobre fitoterápicos, noto que o custo não está em bilhões de dolares, mas chega fácil aos 500 mil US, e o problema nem é esse. O principal talvez seja a perspectiva do investidor recuperar seu dinheiro, o que tem poucas chances de acontecer se o fitoterápico não puder ser patenteado.

    Vai abaixo texto que publiquei em jornal a uns 5 anos, no mínimo, e portanto os dados de produção são dessa época. Mas a situação como um todo nada mudou.

    ————————

    A FDA – Food and Drug Administration, a poderosa agência norte americana que regulamenta alimentos e remédios nos Estados Unidos, está empenhada em modificar os rótulos dos chamados “suplementos alimentares”, o que inclui as ervas com efeitos medicinais.

    Por exemplo, uma determinada erva pode anunciar que “desperta ou aumenta o desejo e melhora o desempenho sexual”, mas não pode afirmar que “ajuda a restaurar o vigor, potência e desempenho sexual”. A diferença é sutil, mas importante.

    Ervas medicinais são utilizadas no planeta desde que o mundo é mundo, e na verdade estima-se que 1 em cada 4 medicamentos “químicos” tenha origem direta ou indireta em plantas.

    A Organização Mundial da Saúde estima que entre 65% a 80% da população de países em desenvolvimento dependam essencialmente de ervas para cuidados médicos primários. O uso das ervas medicinais tem crescido no mundo todo a uma taxa que varia de 5 a 18 % ao ano desde 1985, e neste ano os Estados Unidos irão gastar no mínimo 5 bilhões de dólares no seu consumo, e a Europa 7 bilhões, com a Alemanha respondendo por metade do consumo europeu.

    É um mercado claramente apetitoso, e as companhias farmacêuticas já demonstram seu interesse começando a lançar produtos nessa linha.

    A fitoterapia, o nome da modalidade de tratamento com ervas medicinais, é portanto bastante difundida e apresenta claras vantagens quando comparada com produtos sintéticos, como o custo mais baixo, indo de encontro a necessidades e expectativas de grande parte dos consumidores por terapias naturais, alternativas, com menos efeitos colaterais e que pode ser tomada sem necessidade de controle médico.

    Na Alemanha, aonde medicamentos a base de ervas são bastante procurados, a procura maior é para resfriado comum, gripe, transtornos digestivos, dores de cabeça, insônia, úlcera de estômago, “nervosismo”, bronquite, doenças de pele além de fadiga e exaustão.

    Como sempre, toda moeda tem duas faces, e o uso das ervas medicinais tem aspectos desagradáveis. Um grande problema é saber exatamente o que se está tomando. Um medicamento a base de ervas pode ser constituído de um único vegetal ou uma mistura de várias ervas, mas necessariamente padronizados, devem ter sempre a mesma quantidade das partes do vegetal que apresentam efeito terapêutico.

    Essa é a primeira dificuldade que o consumidor encontrará: saber se o que está ingerindo é mesmo a planta que contém as substâncias com ação medicamentosa, e se a linha de produção garante que cada cápsula ou saquinho de chá tem a mesma proporção.

    As dificuldades continuam na garantia de que não houve contaminação por pesticidas ou metais pesados. Existem ainda dificuldades no transporte, conservação e armazenamento, além da falta de estudos científicos que comprovem sua ação terapêutica e o potencial de ação tóxico.

    Nesse último aspecto, cada vez mais se torna problemática a administração conjunta de ervas medicinais com medicamentos sintéticos. Por exemplo, neste mês a FDA, a Food and Drug Administration norte americana, lançou um alerta mostrando que a popular Erva de São João, o Hypericum perforatum, muito usado em depressões leves e médias e de venda livre, quando administrado em conjunto com medicamentos destinados a controlar a infecção pelo vírus HIV, pode reduzir pela metade o potencial de inibição do vírus, facilitando o aparecimento da doença em infectados. A mesma erva também pode diminuir os efeitos das drogas utilizadas no controle de transplante de órgãos.

    No Brasil, mesmo com a nossa imensa flora, muito pouco esforço tem sido realizado no estudo das plantas medicinais. Em 1995 o Ministério da Saúde estabeleceu as exigências legais para registro e comercialização, exigindo documentação da eficácia, segurança e controle de qualidade.

    Até o momento, a resistência de muitas empresas em obedecer a legislação tem sido enorme.

    Ao consumidor, resta a certeza de que ervas medicinais são um poderoso arsenal terapêutico, mas que infelizmente seu controle de qualidade deixa muito a desejar, os estudos sobre eficácia são praticamente inexistentes e o risco de administração conjunta com remédios sintéticos muito grande.

    Até o momento, as ervas medicinais são “drogas órfãs”, não podem ser patenteadas, e assim nenhuma grande indústria farmacêutica se dispõe a investir os milhares de dólares necessários ao seu aprimoramento. Uma das saídas pode estar numa legislação mais detalhada que garanta a propriedade intelectual às empresas que se empenhem em aprimorar a produção e uso das ervas medicinais, garantido ao consumidor seu direito básico de saber o que está ingerindo.

    Cyro Masci – médico
    http://www.masci.com.br

  32. Caro Nassif,

    já há algum
    Caro Nassif,

    já há algum tempo que esse “mito” em torno do custo de desenvolvimento dos medicamentos vem sendo desmontado. Apenas como um exemplo, veja o livro THE TRUTH BEHIND THE COST OF NEW DRUGS de Merril Goozner. O que as indústrias farmacêuticas fazem, grosso modo, é adicionar os astronômicos custos de marketing ao custo de desenvolvimento. Outro livro interessantes (apesar da péssima tradução e da absurda aeticidade de todo o livro e da simplicidade quase constrangedora dos livros da adminstrocracia e marketing) é A Construção das Biomarcas Globais – Levando as Biotecnologias ao Mercado, da Editora Bookman. Nele, pode ser encontrada boa parte das estratégias de marketing adotadas pela indústria biofarmacêutica.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador