Nos últimos dias, dois grandes intelectuais brasileiros, Wanderley Guilherme dos Santos e Roberto da Matta, deram mostram soberbas do que é o pensamento independente.
Primeiro a denunciar suposta manobra golpista da oposição, em artigo na “Folha” desta semana Wanderley teceu duras críticas à banda marginal do PT envolvida com dossiês.
Crítico consistente dos desmandos do governo, em artigo hoje no “Estadão” Roberto da Matta traça um brilhante paralelo entre a descoberta da cidadania dos excluídos, promovida por Lula e o episódio dos “Canudos” — e a incompreensão dos dois fenômenos pela classe média dita culta.
Não concordo com a crítica de Clóvis Rossi a Wanderley, chamando-o de “áulico” (aquele que pertence a uma corte), e dizendo que “nem os áulicos agüentam”. Ou seja, se Wanderley defende o governo Lula, ele é “áulico”. Se critica, é porque “nem os áulicos agüentam”.
Áulico é quem gira em torno de uma corte e está permanentemente dizendo o que o rei quer ouvir. Wanderley decididamente não pertence a essa categoria.
Dos leitores
Tem razão leitores que lembram que grande parte dos envolvidos em problemas (como a quebra do sigilo do Francenildo) pertencia ao primeiro escalão do governo e do PT.
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