O caso do “grampo” descoberto na Secretaria da Administração Penitenciária ainda vai dar muito pano para manga. O telefone grampeado era do Secretário Adjunto Clayton Alfredo Nunes, que saiu com o Secretário Nagashi Furukawa. O telefone grampeado servia para ligações privativas e para comunicação com a Secretaria de Segurança, de Saulo de Castro Abreu, inimigo de Nagashi.
Na transição para o novo Secretário, permaneceu o Delegado Oswaldo Arcas Filho com a linha do ex-adjunto; e Nagashi foi substituído pelo procurador Antonio Ferreira Pinto, ligado a Saulo, que divulgou o “grampo” e atribuiu à disputa entre as duas Secretarias. Supõe-se que a vítima seja aquele que teve o telefone grampeado. Mas não foi o que ocorreu.
Já na nova gestão, o delegado Arcas pediu uma varredura nos telefones de sua sala, que eram utilizados por Clayton. Descobriu que um deles estava grampeado. Em vez de investigar a outra ponta, para saber onde o grampo iria dar, ordenou ao técnico que inutilizasse o aparelho, matando qualquer possibilidade de investigação.
Em seguida, o ex-dono do telefone grampeado foi apontado pelo Secretário de Segurança Saulo Abreu como autor do auto-grampo, antes mesmo da conclusão do inquérito policial.
O governador Cláudio Lembo não tem como afastar mais dele esse cálice. Ao acusar um funcionário público pelo “grampo” Saulo revelou um crime de Estado: do acusado, se ele tiver provas; dele próprio, se sua acusação não foi baseada em fatos e evidências.
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