Na Academia Brasileira de Letras

Pessoal, em breve vou fazer uma síntese de todos os argumentos contra e pró-cotas raciais que foram postados. Acostumem-se que o estilo do Blog cada vez mais será este, embora o modelo de blog não seja tão flexível quanto o de um fórum de discussões.

Só que vão ter que esperar um pouco porque estou no Rio de Janeiro, colhendo entrevistas para meus próximos livros.

Hoje (quinta) às 17 horas haverá um evento na Academia Brasileira de Letras (Av. Presidente Wilson, 203, 1o) do qual participo, e para o qual estão convidados os leitores do Rio de Janeiro. O tema será “A Construção do País e a Música Popular Brasileira”. A mediação será do Ricardo Cravo Albim. Estarão na mesa também o grande violinista pernambucano Cussy de Almeida, o sambista Martinho da Villa e, se não me engano, o historiador Zuza Homem de Mello.

Ao final, haverá a apresentação de uma ala da Mangueira – que, no samba enredo deste ano, celebrou a palavra.

Posteriormente, colocarei no Blog minhas considerações sobre o papel da música popular urbana na criação de uma identidade nacional nos anos 20, caminhando paralelamente ao descontentamento geral das classes médias com a falta de horizontes – e que resultou nas diversas quarteladas do período.

Hoje, julgo estarmos passando por processo similar. Depois do internacionalismo massacrante dos anos 90, há uma gradativa busca da identidade nacional por setores da classe média (vejo isso claramente nos botecos de música que freqüento) e uma insatisfação geral com a condução do país – expressa, desde o segundo governo FHC, em “quarteladas” midiáticas, CPIs e outras coisas mais. Toda essa insatisfação não é sinal de morte, é de vida. Há um leão pronto para ser parido, de um novo país. Esse, aliás, será o tema do meu próximo livro, “Os Cabeças de Planilha”.

Luis Nassif

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