Do Leitor Nagashi Furukawa
Caro Nassif,
Há algum tempo que estou para lhe escrever.
Primeiro, para dizer que nos vários artigos onde analisou a questão da segurança pública de São Paulo, chegou a conclusões irreprensíveis, fruto de seu apurado espírito crítico.
Segundo, para agradecer pelas referências elogiosas e também esclarecedoras que fez a meu respeito.
Eu não vinha abrindo seu blog, por falta de hábito e também porque alguns amigos vinham me repassando tudo o que você escrevia e que poderia me interessar.
Agora, com o tempo que o ócio me permite, estou vasculhando a internet e descobrindo coisas muito interessantes.
Para minha surpresa, vi hoje que no último dia 30 você escreveu sobre o que teria sido “uma pisada de bola” minha.
Não sei quem lhe informou sobre o episódio.
Porém, esclareço que a informação é completamente falsa. Nunca, em momento algum durante os seis anos e meio que fiquei na secretaria, pedi segurança especial para mim ou para meus familiares.
Só uma única vez falei do meu filho para o Governador, dizendo mais ou menos o seguinte: Governador, minha situação pessoal está bastante complicada. Tive até que pedir ao meu filho juiz que saísse alguns dias de férias para não ficar exposto excessivamente. Ele foi passar uma semana em Buenos Aires, porque é juiz em Mirandópolis, cidade com duas penitenciárias e muito freqüentada pelo pessoal do PCC. O Prof. Lembo não fez nenhuma referência ao fato de ter filha estudando no Mackenzie, sem segurança. Acho até que nem filha ele tem.
Essa conversa se deu no dia 15 de maio pela manhã, no gabinete do Governador, na presença dos três desembargadores membros do Conselho Superior da Magistratura, Drs. Celso Limongi, Canguçu de Almeida e Gilberto Passos de Freitas. Estava presente também o Dr. Cláudio Gracioto, chefe de gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça.
Foi isso que aconteceu. Simples comentário, sem nenhum pedido.
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