O fórum sobre o biodiesel

Enquanto o novo sistema de fóruns não fica pronto, vou colocando para discussão alguns dos temas que estamos desenvolvendo no Projeto Brasil.

Biocombustível – Regulação

A necessidade de diversificar a matriz energética brasileira chega a um ponto crucial, em que decisões tomadas atualmente podem apresentar reflexos de longo prazo. Definição de metas e investimentos em projetos limpos são fundamentais para uma política energética forte. No entanto, para dar segurança aos contratos e garantir a estabilidade do setor, é necessária uma regulação forte e eficaz.

Colabore com o debate e envie trabalhos técnicos ou artigos de opinião sobre a regulação para o setor de biocombustível. Veja abaixo alguns dos principais pontos para uma legislação futura:

-Zoneamento agrícola;
-Produção;
-Distribuição;
-Exportação;
-Meio ambiente.

Quem quiser participar diretamente do fórum, para começarmos a constituir o acervo de comentários, clique aqui. O único inconveniente é ter de preencher um questionário de cadastramento um tanto longo. No próximo sistema será exigido apenas nome e email.

Quem quiser discutir pelo Blog, também pode.

Luis Nassif

14 Comentários

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  1. Nassif, grandes conglomerados
    Nassif, grandes conglomerados da área de equipamentos no mundo (por exemplo, GE, grandes empresas européias e várias montadoras ) se reuniram nos EUA em meados do ano passado para discutir a implementação de novas fontes de energia (ex. as pilhas de hirdogênio) em larga escala. Algumas montadoras colocaram como target, emissão ZERO de CO em 15 ou vinte anos (…!…). Tem esquerdista tupiniquim comemorando que o G7 agora está se preocupando com causas ecológicas. Alguns desses grandes conglomerados foram recentemente até Bush pressioná-lo para que assine protocolos como o de Kyoto (até com targets ainda mais apertados). Então temos a hipótese otimista/pessimista e a hipótese pessimista/otimista. Na primeira – a dos nossos ecologistas tupiniquins – azeitada pela nossa candura, acreditamos que os grandes tomadores de decisão (do grande capital) finalmente “tomaram consciência” do perigo “iminente” que o planeta Terra enfrenta em médio prazo e vão liderar a “salvação do mundo”…na segunda, esses grandes tomadores de decisão estão enxergando uma forma de catapultar muitos e muitos dólares na forma de energia (TOTALMENTE) limpa, injetando energia e grana neste rebuliço todo que há por aí, azeitando o seu futuro negócio e transformando os países desenvolvidos em credores (de crédito de carbono) pelos próximos 200 anos. Sou físico, e para mim todo esse escândalo que estão armando, não é em hipótese alguma, suportado por dados ou por modelos. Não há modelo metereológico no mundo (!) que vá além de 3 ou 4 dias sem o acúmulo de erros que fazem as previsões virarem uma chuva de verão. Há muita extrapolação. Enquanto ela der suporte a verbas de pesquisas para setores da ciência e enquanto for do interesse de conglomerados, não se verá outra coisa dando manchete em jornal.

  2. Hans, vetei um comentário seu
    Hans, vetei um comentário seu porque o link indicado era muito grande. Quando é assim, ele acaba desconfigurando a janela de comentários.

  3. Não exatamente sobre isso,
    Não exatamente sobre isso, mas tem uma análise no sítio do Greenpeace que vale a pena dar uma olhada (como argumento), chama-se Revolução Energética.

  4. Segundo especialistas que
    Segundo especialistas que vieram aos seminários do Projeto Brasil, esse tipo de energia (celulósica) é a que mais ameaças trará ao nosso biocombustível.

  5. Quem detem a tecnologia detém
    Quem detem a tecnologia detém vantagens na produtividade, na indústria de máquinas e equipamentos e mesmo na definição de preços.

  6. Marcos, participei de um
    Marcos, participei de um seminário com o editor de Energia do The Economist. O que ele diz é que nos EUA estão considerando a nova fase energética uma revolução comparável ao que se seguiu à invenção da luz elétrica.

  7. Olá a todos. No Brasil ainda
    Olá a todos. No Brasil ainda consideramos a energia nuclear como “alternativa”. Pensando restritamente, apenas em termos “tupiniquins” seria muito bom ampliarmos a contribuicão da energia nuclear. Dominamos a tecnologia, temos as reservas e seu benefício é reconhecido. Quanto aos resíduos, a maoir fracão volumétrica é aquela de baixa intensidade que em pouco tempo perde a periculosidade. Quanto aos residuos de alta pericolosidade, são materiais muito densos e ocupam pouco volume, não mais do que uma piscina olímpica para uma usina como Angra. Outra discussão importante é sobre o consumo da energia, não apenas em sua geracão. NÃo se pode discutir energia sem pensar em ampliar a eficiência em sua utilizacão, por exemplo na substituicão de maquinário antigo por novos equipamentos que consumam menos energia. Assim vejo a discussão sobre energia sustentada sobre três pilares: 1) reducão no consumo, 2) novas fontes e 3) uso das fontes tradicionais como a energia nuclear.

  8. Muito legal essa sua
    Muito legal essa sua iniciativa!
    Porque não ampliar a discussão para todas as formas de energias alternativas – eólica, solar, por ex. Acho que a energia solar residencial é muito mal divulgada e poderia ser uma grande forma de economia. A Caixa poderia, através de finaciamento especial (menos oneroso) incentivar a construção de prédios e casas com energia solar. O governo federal poderia fazer mais propaganda incentivando esse uso. Enfim, temos que colocar TUDO em discussão e agir.
    Nassif, sei que vc já encabeça muita coisa, mas, gostaria de sugerir MAIS UMA: O LIXO. Mooorrro de preocupação com a pouca consciência que ainda existe sobre o assunto. As pessoas não estão nem aí para o lixo e o governo não está investindo nessa concientização.

  9. Caro Luis Nassif,

    Você leu a
    Caro Luis Nassif,

    Você leu a entrevista do cientista Miguel Nicolelis à Carta Capital (17.1.07)? Ele faz algumas reflexões sobre possíveis impactos sociais da revolução energética que está explodindo. Nicolelis já foi apontado pela Scientific American como um dos 50 principais líderes de pesquisa científica em todo o mundo, sendo premiado em 2004, por suas contribuições na área de engenharia biomédica. Em sua visão a Revolução Energética surgirá na África, no Brasil e na Austrália. Está convencido de que o futuro depende da biologia de ponta na criação de novas fontes de energia renováveis. Comenta que é possível também fazermos etanol de casca de arroz, triplicar a produtividade do biodiesel de pinhão-manso, mamona, girassol…O pinhão-manso (uma árvore perene que dura cerca de 40 anos) é uma planta oleoginosa com potencial para ser uma alternativa à soja ou à mamona na produção do biodiesel.

    A um certo ponto da entrevista ele mesmo pergunta e responde: “e qual a beleza disso?” Supondo-se que a agricultura familiar fosse a base dessa cadeia produtiva, um produtor que ganhava 300 reais com a venda da mandioca, passaria a ganhar 3.500 reais com a venda da mamona ou do pinhão-manso para a produção do biodiesel….Cria-se um mercado local que vai gerar demandas e “aí vem a avalanche”… A China decidiu misturar biodiesel no combustível dos caminhões e o Brasil poderá ser um fornecedor natural. América e Europa como mercados teriam menor importância, e o Hemisfério Sul emergiria como o centro geopolítico energético do mundo. E conclui: “O mais divertido é que muitas dessas oleaginosas, como o dendê, vêm da África.. O continente tem uma mina de ouro verde para ser colhida. Viramos a equação do mundo.”

    O médico Nicolelis divide seu tempo entre a direção do Laboratório de Neurociências da Universidade de Duke (EUA) e o Instituto Internacional de Neurociências de Natal (Piauí).
    Certa vez lhe perguntaram na alfândega americana o que fazia no Brasil, já que viajava tanto pra lá e pra cá… Então ele disse: “Vendo sonhos.” Mas será que observando a trajetória desse homem talentoso não concluiríamos que o que ele vende mesmo é energia?!

  10. Zoneamento agrícola e meio
    Zoneamento agrícola e meio ambiente.
    Não sou especialista, nem cientista, nem estudioso, mas como todo palpiteiro de botequim me preocupo com a área geográfica necessária para aplacar a sede dos tanques dos automóveis do mundo inteiro. Gostaria que vc me indicasse alguma literatura a respeito e que esse assunto sobre zoneamento agrícola seja convenientemente debatido.
    Repito aqui o já postei em outro tópico, na minha opinião, o biocombustível será a desgraça da Amazônia.
    Como não existem áreas a serem desbravadas na América do Norte, na Europa e na Ásia restam os imensos territórios da África e da Amazônia para o cultivo do biocombústivel.
    O cerrado brasileiro já está no seu limite de uso, o pantanal está sendo invadido a passos de gigante, e como a África é politicamente instável, só resta mesmo a Amazônia.
    Que energia limpa é essa? Se para evitar queimar petróleo precisamos desmatar? Destruir nossos ecossistemas?
    Precisamos ficar vigilantes para que as florestas da Amazônia não sejam devastadas para se tornarem campos de soja, cana, babaçu, dendê, mamona.
    Sou favorável ao reaproveitamento de terras degradadas e abandonadas para o cultivo do biocombustível, mas não é isto o que mostra a história da agricultura nos últimos séculos.
    Infelizmente a ganância pelo lucro sempre falou mais alto.

  11. olá! Apesar de ser estudante
    olá! Apesar de ser estudante de direito, tenho um interesse muito grande com relação ao nosso meio ambiente…Gostei quando vi nesse blog algo que tratasse do biocombustivel, esse foi um tema do qual discuti em um trabalho de iniciação científica.
    Creio que o biocomustivel ajudaria muito no desenvolvimento economico do pais, principalmente com relação aos pequenos produtores agricolas, que poderam dar vida melhor para suas familias.E na minha opinião nao vai prejudicar em nada a Amazônia e outros locais ricos do Brasil, muito pelo contrario, ganharemos mais “ar puro”, desenvolvimento economico, resumindo, teremos mais vantagem do que desvantagens. E, pretendo saciar minha sede de conhecimento sobre o assunto quem tiver materias sobre o assunto, que por favor, me enviassem!
    Abraços!

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