No plano dos direitos civis, Rui foi um gigante. Nos anos seguintes ao desastre econômico que comandou, passou um tempo fora do Brasil. Voltou e embrenhou-se em mil disputas jurídicas, com o objetivo de institucionalizar os direitos individuais no país. Seus discursos e artigos na imprensa ajudaram a moldar uma consciência jurídica no país.
Seu desempenho em Haia foi marcante. Mas Rui tornou-se beneficiário de algumas lendas que depois de revelaram falsas, como a de que teria sido a primeira pessoa a perceber o componente racista do caso Dreiffus (o oficial judeu alvo de uma perseguição da imprensa francesa).
A imprensa inglesa foi a primeira a identificar esse componente racista, no período em que Rui morou por lá, e já estava a pleno vapor quando Rui mandou suas colaborações para jornais brasileiros.
Mas, ao mesmo tempo, era um advogado controvertido. Autor de uma biografia demolidora sobre Rui, o historiador Raimundo Magalhães Jr relata episódios em que Rui abandonou um cliente no meio de uma causa, trocando-o pela outra parte que lhe pagava melhor.
Recentemente saiu um livro relatando seu comportamento algo sórdido no caso Dioguinho -em que uma fazendeira viúva de Ribeirão Preto foi acusada de ter contratado o jagunço para matar adversários.
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