O malabarismo do Copom

Na aba de ECONOMIA, a Coluna Econômica descreve o malabarismo da última ata do Copom.

Luis Nassif

47 Comentários

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  1. Continuo perguntando quando é
    Continuo perguntando quando é que o governo vai enviar para o Congresso, ou através das ineficientes agencias regulatorias, mudanças nos indicadores que ainda indexam nossa economia? Quebra de safra e commodities afetam a todos os países, e não é com o aumento de juros que se contem a parcela na inflação. Preços controlados tem maior influencia. Alguns são indices conjunturais. Gostaria sinceramente de enxergar onde está esta demanda elevada, e se ela existe, então estamos contratando pouco, já que a taxa de desempregados subiu no ano passado. Somos tão produtivos assim que não precisamos mais pessoas trabalhando? Se os empresarios não contratam, então é porque o custo de contratação é alto, então precisamos de reforma trabalhista. Que dia que ela chega no Congresso? Não me venham com forum para discutir isto porque o governo do Lula teve quatro anos, e mais do que ninguem, conhece a lei trabalhista e dos sindicatos, ou o T do partido é apenas fachada? Virou um partido de sindicalistas e funcionarios publicos, então acredito que conheçam a legislação dos sindicatos tambem.

  2. Leonardo, todo o mercado
    Leonardo, todo o mercado conhece o modelito do Copom. Tanto assim, que todas as previsões estão condicionadas pelo modelo. Se o modelo está certo ou errado, pouco importa para o mercado. O importante é chegar ao mesmo resultado do modelo.

  3. Nassif, e se o copom estiver
    Nassif, e se o copom estiver votando apenas para dar aos bancos e financeiras lucros? Será que não é simples assim? Seria interessante saber onde trabalha cada integrante do copom e onde eles aplicam seu rendimento. De qualquer maneira, concordo contigo no final: quem gerou Matheus foi o Lula.

  4. Prezado Nassif,

    Permita-me
    Prezado Nassif,

    Permita-me discordar em um ponto deste seu post. As coisas não são assim tão simples, todos nós sabemos. Não se lida c/ o topo da elite da elite de maneira assim tão abrupta, ou individual. O Lula só colocou certos elementos em certos postos do Bco. Central devido indicações diretas destes, tal qual fez o FHC, e qq outro vai fazer. E ai se vc contrariar … Não há provas cabais, mas acho que o único tonto que tentou algo nesse sentido foi o Collor, e aí deu no que deu …

    A diferença que vejo no Lula nesse sentido é que ele pelo menos não é da parte da sociedade que só lida com a elite da elite. Com certeza com o Lula pelo menos haverá um contra-peso, tentando por a gangorra na horizontal.

    Agora, dos demais não se pode esperar nada.

    O século XXI não admite mais nenhuma Joana Darc.

  5. Deodato, esse juro tem efeito
    Deodato, esse juro tem efeito direto sobre o câmbio e sobre as decisões de investimento (o investidor comparar o investimento produtivo com o que ele ganharia com a Selic).

  6. Caro nassif, não sou nenhum
    Caro nassif, não sou nenhum expert em ecconômia mas acabei de ler no ig o seguinte comentário “O mercado financeiro retomou a perspectiva de baixa para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, no fim deste ano. Na pesquisa semanal Focus divulgada hoje pelo Banco Central (BC), as previsões para a Selic do fim de 2007 dos economistas das 100 instituições financeiras consultadas recuaram de 11,75% para 11,50% ao ano” .
    Sempre que o COPOM se reunir os jornais já dão a noticia do que a maioria dos ecônomistas acham e sempre bate. Essa discussão de taxa de juros não é sem valor?
    Fica me parecendo que até os empresarios sabem que a taxa tem que ser essa e só reclamam para fazer fumaça.

  7. Caro Nassif:

    Faltou um dado
    Caro Nassif:

    Faltou um dado chave na sua planilha. Se os juros baixarem num ritmo mais acelerado, para onde irá o dinheiro das aplicações financeiras?

    É fato que a quantidade de dinheiro destinada ao PAC é pequena, com pouco ou nenhum impacto sobre a inflação – portanto o Banco Central nem sequer deveria se preocupar com ele.

    O que mais chama a atenção é a baixa alavancagem do programa, em outras palavras, o efeito multiplicador dos investimentos é reduzido. A situação mudaria de figura caso o sistema financeiro conseguisse estruturar fundos de investimento para aplicação em infra-estrutura, para a ampliação e melhoria da capacidade de exportação das empresas privadas (especialmente em agroenergia), para o fomento de Arranjos Produtivos Locais (APL), entre outras atividades.

    O caso dos APL, por exemplo, renderia para os bancos comerciais no mínimo duas vezes: no ganho sobre o dinheiro emprestado, no aumento da base de clientes (empresas, empregados e comunidades que giram em torno dos APL), sem contar o aumento da qualidade do crédito concedido, já que os bancos comerciais teriam melhor conhecimento dos segmentos produtivos nos quais operassem.

    Aí eu pergunto para você e para os leitores do blog: mesmo com todas essas vantagens, quantos fundos de investimento em APL existem?

    Os analistas parecem esquecer que para transacionar títulos públicos basta uma saleta equipada com meia dúzia de micros, alguns estagiários de economia e um fulano que saiba mexer com os aplicativos de computador programados com as regras de compra e venda de papéis.

    Montar uma estrutura para trabalhar com negócios ligados, por exemplo, à agroenergia seria mais caro, mais complexo e, sobretudo, mais arriscado. Vale a pena?

    Enquanto não se cria uma expertise para análise de planos como o PAC e para a elaboração de projetos correlatos, o Copom continuará a ter um poder muito maior do que realmente possui. Afinal, é muito mais fácil ganhar dinheiro na saleta.

  8. O que dá a entender, é que o
    O que dá a entender, é que o BC quer mostrar que é independente.
    Que não é por qualquer pressão, seja ela do governo, ou de qualquer órgão, que ele será influenciado.
    Não sei até que ponto isto é favorável p/ o Brasil. Porque a diminuição dos juros poderia ser maior, mas por política, ela acabou não acontecendo.

  9. Cláudio: 1) Impor restrições
    Cláudio: 1) Impor restrições ao capital especulativo. 2) Criar fundos de exprtação, que receberiam o excedente da exportação de primários, para ser aplicado no próprio setor, mas impedindo a invasão do país por excesso de dólares. 3) Redução de juros, aos níveis internacionais, para poder acumular reservas sem custo fiscal.

  10. Caro Nassif.

    A respostas
    Caro Nassif.

    A respostas às dúvidas sobre o copom e a maioria dos analistas(financeiros ou não) pricipalmente da
    grande mídia é : eles NÃO SABEM!
    Não existe modelo. Com isto, ganham tempo para os grandes bancos ganharem na arbitragem.
    Coisa semelhante ocorreu na Argentina; o presidente Dualde(?)
    ficou até que os Grandes retirassem
    os dólares de lá.

  11. O BC está boicotando o
    O BC está boicotando o Brasil, com uma política fundamentalista de juros extremamente altos!

    Acho que o BC não tem um e-mail, mas podemos reclamar pelo site: Reclamação contra os serviços prestados pelo Banco Central: http://www4.bcb.gov.br/Pre/ouvidoria/sistema_reclamacao.asp. Vamos mandar protestos!!!

    Também podemos mandar protestos para os que são os chefes dessa turma, pois, ao menos teoricamente, o BC está subordinado ao Ministério da Fazenda ( ouvidoria: https://portal.ouvidoria.fazenda.gov.br/sisouvidor/autoatendimento/cadastro/formularioMensagem.jsp ) e à Presidência da Republica ( fale com o Presidente: https://sistema.planalto.gov.br/falepr/exec/index.cfm?acao=email.formulario ).

    Vamos divulgar os meios de contato com as autoridades responsáveis por esses juros absurdos!!!

  12. relington,

    Boa parte da
    relington,

    Boa parte da inflação tem sido decorrente dos “preços controlados”, como telefonia e energia elétrica, por causa do modelo criado no governo FHC para garantir o lucro das empresas que compraram as estatais que foram privatizadas. Como isso foi mantido pelo governo Lula, continuamos pagando esse preço…

  13. Parece ser um traço da
    Parece ser um traço da cultura politica brasileira copiar a moldura e não o quadro, a forma e não o conteudo das instituições estrangeiras que nos servem de modelo. Foi assim desde a implantação de uma República que já nasceu com o nome de ” dos Estados Unidos do Brasil”, cópia horrivel de formato. O nosso COPOM clonou os rituais, até as oito sessões anuais no lugar das doze anteriores, só para ficar igual ao FOMC, o Copom do Fed.
    Mas os principios de operação e a transparência são muito diferentes. O FOMC tem 12 membros, sete do Board do Fed e cinco Presidentes de Fed regionais, o processo de divulgação e a clareza das atas não se comparam com o que se faz aqui e as minutas das discussões (transcripts) são colocadas à disposição do público após cinco anos, quer dizer, fica registrado para a história o que cada um disse e como votou. As atas do COPOM aqui são um primor de obscuridade, disfarce e ambiguidade, devem ser achar muito inteligentes para encobrir o pensamento, o espírito do FOMC não está presente, embora o formato seja clonagem direta do FOMC. O triste é que copias mal feitas viram caricaturas, seria melhor um COPOM abrasileirado , arejado e sensivel à economia real do que essa imitação barata de roupagens apenas para parecer moderno e globalizado. O importante é que lá o FOMC não faz o que o mercado quer, tanto é que mantiveram juros negativos por anos a fio na gestão Greenspan, evidentemente contra os interesses do mercado, enquanto que aqui o mercado acerta nove em dez decisões do COPOM, porque os sábios do BC mandam um questionário, perguntam ao mercado o que ele acha sobre a taxa SELIC e fazem exatamente aquilo que o mercado acha que vai acontecer, uma aberração que só tem no Brasil, isso não foi copiado de lugar nenhum.

  14. Nassif,

    Como se
    Nassif,

    Como se vê, não há uma justificativa tecnicamente plausível para o lento rítmo de queda da taxa Selic, pelo Copom.Fica cada vez mais claro a quem está servindo a diretoria do BC. Os banqueiros nacionais e estrangeiros, penhoradamente agradecem a esses “iluminados” pela coragem de sabotar um governo vacilante nas decisões.Aliás, quem tem esse tipo de aliados, não precisa de inimigos.

    Abs.

    Edmar Melo

  15. Não sou economista, mas me
    Não sou economista, mas me parece que as decisões do Copom não acompanham a avaliações técnicas dos economistas da imprensa e de outros organismos.
    Afinal, Economia é uma ciência ou um conjunto de achismos, e , em qual dessas duas vertentes estaria o Copom?

  16. Diógenes, obrigado pelo tom
    Diógenes, obrigado pelo tom condescendente com que tratou os meus comentários. Mas não estaria faltando inspirar-se um pouco mais em que serviu de inspiração para seu nome? Reduzir tudo ao aumento das despesas públicas, quando se tem um superávit dessa natureza? E considerar que todas as demais variáveis são decorrência do aumento das despesas públicas? E considerar que essa simplificação é pura técnica e que as demais visões sobre a economia são achismo? Acenda a lanterna, Diógenes!

  17. Marcos, agora eu não sei, mas
    Marcos, agora eu não sei, mas depois de suas passagens pelo governo os ilustres membros do COPOM vão trabalhar para importantes representantes do tal de mercado. E faturando horrores.

  18. Caro Nassif:

    Os leitores de
    Caro Nassif:

    Os leitores de seu blog são, em geral, pessoas muito inteligentes e com as quais vale manter longas, instrutivas e divertidas conversas. Várias vezes, quando faço uma afirmação mais polêmica, me solicitam as fontes.

    Permita-me fugir do tema de seu comentário para que eu possa mencionar algumas delas. Embora mencione apenas trechos, recomendo a leitura completa dos artigos. São ótimos.

    1) Sobre a disciplina das tropas dos EUA ( http://www.counterpunch.org/cockburn02032007.html ):

    “In Vietnam the troops mutinied. Units shot their officers in the back or threw grenades into their tents. Navy ratings pushed aircraft off the side of aircraft carriers. In 1971 the Pentagon counted 503.926 ‘incidents of desertion’ over the previous five years and reckoned that more than half of US ground forces openly opposed the war. At Christmastime in 1971 Vietnam Vets Against the War seized the Statue of Liberty, draping it with a banner demanding Bring our Brothers Home.”

    2) Sobre as semelhanças entre a vida no Brasil e nos países árabes ( http://viomundo.globo.com/site.php?nome=MortePerto&edicao=97 ):

    “Confirmei no Iraque o que já havia visto em outros países muçulmanos.

    Desemprego, saúde e educação tiram o sono de mais gente do que o destino de Osama bin Laden.

    A batalha cotidiana para garantir o sustento da família e melhorar de vida é a mesma entre cristãos brasileiros ou muçulmanos da Jordânia, do Iraque ou do Marrocos. (…)

    O Marrocos, que tem um governo liberal para os padrões da região, é lindo – mas miserável.

    As favelas de Casablanca são cercadas por altíssimos muros brancos.”

    3) Sobre as revoltas populares a respeito da falta de alimentos. Para refletir nesses tempos de “soja e etanol”, eis um relato do que aconteceu nos EUA durante o governo Nixon ( http://www.michaelpollan.com/article.php?id=52 ):

    “The shift from an agricultural-support system designed to discourage overproduction to one that encourages it dates to the early 1970’s to the last time food prices in America climbed high enough to generate significant political heat. That happened after news of Nixon’s 1972 grain deal with the Soviet Union broke, a disclosure that coincided with a spell of bad weather in the farm belt. Commodity prices soared, and before long so did supermarket prices for meat, milk, bread and other staple foods tied to the cost of grain. Angry consumers took to the streets to protest food prices and staged a nationwide meat boycott to protest the high cost of hamburger, that American birthright. Recognizing the political peril, Nixon ordered his secretary of agriculture, Earl (Rusty) Butz, to do whatever was necessary to drive down the price of food.”

  19. creio que a decisão do COPOM
    creio que a decisão do COPOM já esta refletindo no cambio,e as compras de dolares pelo BC não esta sendo suficiente para conter a queda do dolar.

    Continuandfo com a queda do dolar e o indicadores de inflação apntarem para a inflação abaixo da meta, na próxima reunião o COPOM será obrigado a retomar pelos menos os cortes de 0,5%, para conter o dolar acima dos 2,10 reais.

  20. Prezado leitor Edouard : Esse
    Prezado leitor Edouard : Esse modelo de indicar equipe economica por pressão do mercado começou justamente com o Collor. Alguns dos cardeais de hoje iniciaram a vida nesse Governo. Procure se informar se o mercado nos EUA indica Governadores do Fed ou na Europa se indicam Governadores do BCE, ou no Chile aqui perto colocam genete no Banco Central do Chile. Pesquise e vc não encontrará ninguem ligado ao mercado nos Bancos Centrais. É justamente o contrário. Se for ligado ao mercado não serve, o Poder Executivo nem indica e o Parlamento não aprova. Essa anomalia só existe no Brasil, é o nosso jabuti e explica porque a nossa taxa de juros é a mais alta do mundo há vários anos. É porque este é o único grande País do mundo onde o mercado comanda o Banco Central.

  21. Nassif,

    Desejo esclarecer.
    Nassif,

    Desejo esclarecer.

    Não tenho o objetivo de contrariar o seu pensamento, mas tenho o dever de esclarecer um conceito errado e uma opinião equivocada, que conduz o cidadão comum ao erro de interpretação.

    Não se trata de buscar com uma lanterna acesa homens auto-suficientes e virtuosos como desejava o filósofo Diógenes. Almejo, muito menos, apenas a informação correta aos cidadãos e a sociedade.

    Acompanhe com calma e tente compreender. Serei bastante objetivo.

    O Governo, através do seu Banco Central, é o detentor legal e único do poder de controlar o capital monetário de um país. Só o BC de um país pode aumentar ou diminuir a quantidade de moeda legalmente. E, só posso falar em termos legais, sem cinismo, considerando o pensamento filosófico que trata do tema, caso contrário posso ser mal-interpretado.

    Fiz essa observação para que possa entender porque as despesas públicas, ou seja, a ação de governo é um elemento determinante para a inflação. Embora não lhe parece uma questão técnica por ser tão simples é assim que funciona. O óbvio é sempre muito complexo em algumas ocasiões, reconheço. Observe!

    Quando a procura monetária total excede o valor dos bens e dos serviços disponíveis para venda, a economia se vê sujeita à pressão expansionista. Os homens de negócios ante o declínio dos bens comerciáveis e dos estoques são fortemente induzidos a expandir a produção e a aumentar a sua procura por fatores de produção. Se a economia possui grandes reservas de recursos ociosos, o principal efeito da pressão expansionista será o de aumentar a oferta, até que sejam totalmente absorvidos os recursos ociosos. Porém, quando o nível de produção já encontra-se no limite ou, não existe a infra-estrutura capaz de suportar o aumento da produção de bens e serviços, o excesso de procura sobre a oferta disponível causa a inflação, desvalorização do poder de compra da moeda, e conseqüentemente o aumento dos preços. O excesso de moeda em relação ao volume de bens e serviços disponíveis deteriora o poder de compra da moeda. É simples e tecnicamente comprovada essa teoria.

    Para irmos um pouco além, haja vista que o seu texto busca uma forma de explicar o não desenvolvimento da economia brasileira posso lembrar que tecnicamente o desenvolvimento econômico passa indispensavelmente pela ação pública, tendo em vista que para ocorrer tal desenvolvimento é necessário que haja mudanças nas técnicas de produção, portanto na legislação vigente para uso das mesmas, nas atitudes sociais, portanto na educação, e nas instituições, aqui não preciso ser repetitivo. Diante da necessidade de maiores esclarecimentos é preciso que se diga da necessidade que tem alguns países subdesenvolvidos de um crescente fortalecimento do governo central e o revigoramento da legislação, quase sempre descurada e em outros há necessidade de mudanças nos costumes sociais, relativamente à espécie e à quantidade da propriedade que os indivíduos podem acumular ou às espécies de alimento com os quais se nutrem.

    Não estou tratando do pensamento filosófico sobre cinismo ou sobre a lanterna de Diógenes, porque seria demais esperar de um debate público, conhecimento de filosofia, mas a obrigatoriedade da informação correta eu espero para o conhecimento dos leigos e melhor compreensão sobre os fatos econômicos.

    Não tenho e nunca tive a intenção de ofender ou diminuir o seu texto, mas observei que não estava suficientemente fundamentado tecnicamente para ir a público com as devidas responsabilidades de quem informa.

  22. Nassif
    Tenha paciência
    Nassif
    Tenha paciência Nassif. Olha só! É só esperar mais um pouco. O rumo está certo, veja que boa notícia Nassif.

    A banca dá o recado, a choldra agradece:

    NOVA YORK (Reuters) – A agência de classificação de risco Fitch colocou a nota atribuída ao Brasil em perspectiva positiva nesta segunda-feira, citando que uma rápida melhora nas contas externas do país “eleva a chance de um upgrade nos próximos dois anos”.

    A nota da dívida soberana de longo prazo em moeda estrangeira e local foi mantida em “BB”, dois degraus abaixo da faixa de grau de investimento

    Nassif….mais um pouco e poderemos cantar, todos juntos, em uma só voz:
    Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor…

  23. A redução dos juros da selic
    A redução dos juros da selic para 8% anuais, caso seja conquistada permitirá reduzir a necessidade de superavit fiscal dos atuais 4,25% para 3% do PIB aumentando a capacidade de investimento do estado e/ou uma redução da carga tributária.

  24. Azar o nosso. E azar o dele.
    Azar o nosso. E azar o dele.
    Nassif
    Chega a dar calafrio de pensar no desperdício de tempo. Não vamos desistir, isto é não desista. Vamos cobrar medidas, atitudes, correção de rota ou troca de pessoas.
    Acho que o ego deles são tão grande que eles não medem a responsabilidade de certas medidas.

  25. Esta conversa de afastar os
    Esta conversa de afastar os leigos da discussão é coisa de Khomeini.
    Típico papo de fundamentalista.

    Quem tem de fato a percepção clara da realidade? Um padre (ou economista…) entoando seus dogmas, ou a sociedade que vem sentindo no lombo, a irresponsabilidade da fé fundamentalista.

  26. Roberto, o BC monta uma
    Roberto, o BC monta uma planilha, através da qual justifica os juros elevados. O mercado ganha com juros elevados. Cada vez que vai se discutir a nova taxa, o BC cria fantasmas para mantê-la elevada. E ninguém mexe no BC com receio de que o mercado comece a especular pesado.

  27. Hans Bintje:

    “Se os juros
    Hans Bintje:

    “Se os juros baixarem num ritmo mais acelerado, para onde irá o dinheiro das aplicações financeiras?”
    “A situação mudaria de figura caso o sistema financeiro conseguisse estruturar fundos de investimento para aplicação em infra-estrutura..”
    “quantos fundos de investimento em APL existem?”

    a reciclagem da poupança financeira, redirecionando as aplicações na indústria de fundos depende obrigatoriamente da queda acelerada (não imediata, mas contínua e rápida) dos juros.

    trata-se de uma reengenharia a ser deflagrada e administrada pelo Governo, com Bacen e Tesouro atuando integrados na mesma estratégia, para fomentar o desenvolvimento via mercado de capitais, levando o sistema financeiro a reassumir sua atividade fim: crédito abundante e barato.

    CDB, TDA, debêntures, recebíveis diversos, fundos imobiliários são exemplos de migração de ativos efetuada pelos gestores de fundos, sem estarem limitados a títulos públicos.

    segundo as próprias leis do mercado e sem ruptura de contratos há muito que se fazer. não existe cenário de caos na economia em virtude da queda dos juros e retomada do desenvolvimento. muito pelo contrário…

  28. Azar o dele e de quem votou
    Azar o dele e de quem votou nele, pois esses não conseguem entender a escolha. Queriam revolução, agora são obrigados e se curvarem diante dos fatos.

  29. Estamos fora da
    Estamos fora da curva…

    Nenhum país do mundo civilizado ou semi-civilizado tem taxas de juros iguais às do Brasil…

    O Brasil é o quinto país em extensão territorial do mundo… O maior potencial agrícola do globo… Uma população de quase 200 milhões de habitantes.

    Um País que tem uma das maiores reservas de urânio e tório do mundo (tudo bem, não precisamos necessariamente encher o país de usinas nucleares – mas não dá para descartar), um imenso potencial para produção de energia de biomassa, eólica e (se houver vontade e produção de fotovoltaicas em grande escala) solar (não falo em hidrelétricas porque na minha opinião o dano ambiental não compensa a energia produzida).

    Hoje, com a internet, podemos massificar a educação com muito mais facilidade. Nosso problema educacional fica mais fácil de ser resolvido (podemos concentrar mais os recursos em educação básica e usar a tecnologia para reduzir custos no ensino secundário e superior).

    Não temos divisões étnicas ou raciais dignas de nota, pelo menos não iguais às de muitos outros países ditos “desenvolvidos”.

    Nosso sistema jurídico é bastante centralizado, não variando de Estado para Estado, o que é uma tremenda vantagem em termos de segurança jurídica.

    Somos um país em que do Oiapoque ao Chui, com desprezíveis variações, fala-se uma única língua.

    Temos um imenso potencial para o turismo.

    Gastos Previdenciários ? Tudo bem, eles tem de ser controlados e limitados… Mas hoje não são o problema. O potencial produtivo do País paga esses gastos com folga…É lógico que se ficarmos com o freio de mão puxado o tempo todo esses gastos vão começar a pesar.

    Então eu pergunto : Por que cargas d’água nós temos que ter os juros mais altos do mundo ? Qual é a nossa grande desvantagem comparativa frente a países como a Turquia, México e similares ?

    E o que falar da India ? mais de um bilhão de pessoas vivendo numa área que é a metade do Brasil…Mão de obra? mas e a comida para sustentar essa mão de obra ? E os conflitos étnicos ? E o regime de castas?

    China ? Deve ser seguro investir lá, não ? Uma ditadura…

    E na Rússia então – Dá-lhe 50 graus negativos metade do ano… E mais conflitos étnicos… E mais corrupção …. E mais ditadura.

    Mas eu acho que posso responder a razão porque temos taxas de juros mais altas que todos esses países:

    Em nenhum outro lugar os criminosos do colarinho branco ligado ao setor financeiro conseguiram tanto poder…

    Estamos financiando arbitragem de taxas de juros… Esse pessoal capta a 8, 9% no exterior e empresta a 30, 40 ou mais aqui.

    Alguém precisa garantir esses lucros, porque uma depreciação da moeda doméstica diminuiria a rentabilidade dessa arbitragem à qual eu acabei de me referir.

    Então o Banco Central segura os juros e o câmbio. Compra dólares não para desvalorizar a moeda e fortalecer as reservas (se o quisesse simplesmente reduziria os juros), mas sim para ter poder de fogo para manter a moeda num certo patamar e garantir os lucros da quadrilha.

    É um grande esquema de corrupção. A céu aberto. Estamos falando de quadrilheiros. E isso pelo menos desde 1994.

    P.S. : Tem um banqueiro aí que acha que pode continuar impune exigindo que os cheques destinados aos seus clientes sejam nominativos ao seu próprio banco…
    Vê se para de sonegar CPMF, ô meu…

  30. Nassif,

    é bom enfatizar que
    Nassif,

    é bom enfatizar que os ego-maníacos do BC, deste e em menor grau também do anterior, simplesmente acabaram com qualquer discussão pública aberta sobre a condução da política monetária. Ninguém ousa criticar o BC, com medo de represália. Tirando os “do contra” de plantão (CUT, FIESP, Nassif, hehehehehe) ninguém diz que o BC errou, esta errando e vai errar: dizem que é conservador. Pelo amor de Deus! As críticas, por vezes severas, existem, mas ficam restritas ao corredor: para o público, a sensação de unanimidade. Fica então o COPOM, fechado no seu mundinho, cercado de puxa-sacos e alheio da realidade: desde maio o Beviláqua põe na sua ate a necessidade de parcimônia… o PAC e as vendas no varejo de novembro deram a desculpa que ele procurava há oito meses: nunca vi alguém tão averso ao crescimento! Sem tirar a responsabilidade do presidente, cabe a pergunta: se a sociedade fizesse um contraponto público à condução da política monetária, a condução dela não seria diferente? Esta situação de cumplicidade BC-analistas/consultores/palpiteiros econômicos é absolutamente escandalosa!

    Ruben

    PS: Aliás, se com o BC já é difícil, sequer cogitem critiar a Dilma: a mulher é uma fera…

  31. Realmente, caso na nomeação
    Realmente, caso na nomeação do novo ministério, não seja contemplada uma nova diretoria do BC, e uma reformulação na composição do COPOM, com gente de pensamento mais arejado e evoluido, quem sabe até “iluministas” que ousem, será azar nosso e azar do Lula, que é o responsável em última instância.
    Quem sabe sejam afastados, a esperança é a última que morre, os cabeções da vida, que consideram a economia é uma ciência exata, ao invés de humana, baseada em planilhas deterministas sem qualquer preocupação social ou com o desenvolvimento.

  32. Esta última ata do copão
    Esta última ata do copão contém uma pérola (dentre tantas) particularmente brilhante…

    Algo como, “se reduzirmos menos a taxa agora poderemos continuar reduzindo a taxa por muito mais tempo”!!!

    No ano passado, os cabeções produziram uma jóia similar…”se reduzir menos a taxa agora poderemos reduzi-la mais no futuro”!!!

    Não pode ser só incompetência…

  33. Está aqui: eu tenho 1,70.
    Está aqui: eu tenho 1,70. Estou em uma piscina cheia com 3 metros de altura. Começam a esvaziar a água. O nível cai para 2 metros. É um metro abaixo do anterior, mas é 30 centímetros acima do meu nariz. Ou seja, os juros, nos níveis de hoje, mesmo tendo caído, continuam muito acima dos juros internacionais. Por isso, não interromperam o fluxo de dólares especulativos.

  34. o meireles pois o lula numa
    o meireles pois o lula numa sinuca de bico, como varias outras vezes.
    quem conhece o truco sabe que quem não dá facão, tem direito a um blefe.
    o povo está esperando o truque. os adversários tb. os apostadores tb.
    tá na hora de jogar o gato.

  35. E tem mais uma robusta pérola
    E tem mais uma robusta pérola que muito articulista e “consultor” (tem um do Estadão que não fala outra coisa) produz, tentando provar que juros elevados não tem nada a ver com crescimento econômico ou R$ valorizado!!!

    (Que os santos protetores dos economistas estúpidos os livrem do inferno)

    Alegam que a Selic já está caindo há tanto tempo e nada de PIB crescer ou US$ valorizar…

    Ora…segundo este “fantástico” raciocínio, quanto mais alta a taxa de juros, maior seria o desenvolvimento econômico e menos dólares ingressariam no país?

    Então já está resolvido o problema…O copão na verdade tem mais é que dobrar ou triplicar a Selic…aí o Brasil vai pra frente!!!

    Não pode ser só burrice ou incompetência…

  36. Wagner Marques,
    Desde julho
    Wagner Marques,
    Desde julho passado as reservas internacionais superam a dívida externa da união, que representam hoje meses de exportação do país. De lá pra cá as reservas cresceram mais 50%. Aparentemente, se você considerar os números da dívida externa, as reservas estão exageradas para um custo financeiro tão alto. Tem um porém. Parte cada vez mais substantiva da nossa dívida interna é composta por grana de “investidores” “externos” ( ninguém sabe qual a composição do dinheiro de Cayman ). O nível de reservas é para dar garantia para o capital de arribação. Não tem burrice, é tudo má fé.

  37. Zélic,
    Administradores de
    Zélic,
    Administradores de fundos de investimentos baseados em dívida pública ganham muito dinheiro quando os juros estão em queda. Aparentemente o trecho que você destacou é uma besteira, na realidade é um ato falho mostrando o real interesse por trás do procedimento. Uma queda prolongada abre inúmeras oportunidades de ganho financeiro.
    Incompetentes e burros eles não são, pois estes não chegam lá onde estão. É sempre bom lembrar a frase de Vitorino Freire, antigo político maranhense: “Jabuti não sobe em árvore”. Para seus interlocutores, ele sempre explicava: “Quando você ver um jabuti na forquilha de uma árvore, pode ter certeza que alguém com algum interesse o colocou lá”.
    Os jabutis do Copom têm donos, os mesmos que provavelmente os empregarão após se evadirem do BC.

  38. Neves …
    Verdade,
    Neves …
    Verdade, infelizmente.
    Como a gente poderia pressionar esta turma para se mexer ? Nossos parlamentares, juízes, enfim a sociedade civil ?
    Não dá pra ficar escravo dessa turma.
    Como cidadão, endossaria qualquer abaixo assinado, ação popular ou coisa que valesse contra esse arbítrio.
    abc
    WM

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