O México de Calderon

De uma ex-repórter que acabou de chegar do México (em conversa pelo MSN):

“agora o governo do Calderon é um crime! não há estado de direito naquele país. Violações tenebrosas contra civis. A polícia prende sem justificativa, tortura, espanca, estupra, um horror! quase uma ditadura”.

Luis Nassif

30 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Ué!!? Muda o presidente,
    Ué!!? Muda o presidente, mudam as intituições, a justiça, os juízes, a polícia, os direitos civis..?.. Esse home é forte mesmo, heim?? Ainda bem que não nasceu aqui, senão….

  2. Caro Nassif:

    A situação por
    Caro Nassif:

    A situação por lá está brava mesmo. Como costumo proceder nesses casos, para evitar interpretações ambíguas, vou mencionar apenas fontes em inglês ( http://www.counterpunch.org/ross12042006.html ):

    “The militarized spectacle of this post-midnight swearing-in broadcast nationally by the nation’s two-headed television monopoly sends a clear signal of just how Felipe Calderon intends to govern this sharply polarized land – with the military and the media.

    Indeed, repression is right at the top of Calderon’s menu as evidenced by his cabinet appointees, many of them like him chosen from the right wing of the rightist party. The new interior secretary who oversees national security and internal political relations and whose powers are second only to the president, Jose Ramirez Acuna, had perhaps the blackest human rights record of any state governor outside of Oaxaca tyrant Ulisis Ruiz when he ruled Jalisco, never once accepting recommendations from the National Human Rights Commission (CNDH) to curtail flagrant abuses by his security forces.

    Ramirez Acuna was notorious for ordering the brutal repression of an anti-globalization demonstration during a Latin American-European Union summit in Guadalajara in May 2004 in which a hundred protestors were jailed and beaten, tortured for days by state police and thrown into Jalisco’s maximum lock-ups for months despite an outcry from national and international human rights organizations. Ramirez Acuna’s appointment as Interior secretary during a particularly turbulent moment of social upheaval her is a sign of the ‘Hard Hand’ (‘Mano Dura’) to come.

    Even more ominous is the naming of Eduardo Medina Mora as the nation’s attorney general. Medina Mora, former director of the CISEN, Mexico’s top intelligence agency, served as public security secretary under Fox and organized the bloodthirsty police attack on the rebellious farmers of San Salvador Atenco last May in which hundreds were brutalized, two young men killed, and 23 women raped or otherwise sexually abused by the security forces.”

    E o autor do artigo lembra que:

    “In Mexico, revolutions explode in hundred year cycles.

    In 1810, the black and brown underclass rose up to overthrow the Spanish and win the nation’s independence. In 1910, Mexico erupted in the first great social revolution of largely indigenous farmers in the Americas, a revolution that was sparked by a stolen election. For Felipe Calderon, 2010 looms on the horizon.”

  3. Estranho esse tipo de
    Estranho esse tipo de informação não encontrar eco na mídia internacional… no entanto qualquer coisa que aconteça no Brasil encontra ressonancia no mundo todo…

  4. A vitória de Calderon foi
    A vitória de Calderon foi ilegítima e ilegal.

    A diferença de votos foi mínima, que na recontagem se mostrou ainda menor.

    Com os casos que comprovam a fraude nas eleições, o mínimo que deveria ter sido feito era a recontagem voto a voto.

    Ao não fazer tal coisa, como deveria, diante de um caso de fraude em eleições e pequena diferença de votos em vitória, Calderon então passa a se tornar um presidente que não representa a população do méxico.

    A cobrança deve ser para a existência da recontagem, se ainda há tempo ou se ainda há eficiência para a mesma, depois de tanto tempo ou, caso tal não seja mais possível, requerer novas eleições.

    Por que Calderon não faz como o Chávez, ou seja, chamar um referendo?

    Não tem coragem de fazer a consulta democrática a população?

    Por essas e por outras, é que Chávez tem muito mais saldos positivos do que a maioria dos direitistas.

  5. Caros,
    Tive a oportunidade de
    Caros,
    Tive a oportunidade de viver quase 5 anos na cidade do México e minha experiência lá (até 2001) não confere com o relato da ex-reporter; obviamente o México ainda precisa evoluir em muitos aspectos institucionais, mas tenho falado com pessoas lá que estão mais preocupadas com a falta de crescimento econômico (não estamos sozinhos) e com a oposição agressiva do Lopez Obrador. Uma coisa posso dizer é que os código penal e sistema prisional de lá é mais severo que o que vemos aqui, lá não tem choradeira do pessoal de direitos humanos em relação a bandidos(que aqui no BR as vezes extrapolam…) Talvez essa seja a percepção que ela teve. Os abusos não devem ser muito maiores dos que se vê por aqui…

  6. Olá Nassif,
    Parece que a
    Olá Nassif,
    Parece que a repórter se refere à região de Oaxaca. Realmente a coisa lá está pegando. A referência à entrevista no site do MST num dos comentários pode concluir um viés ideológico da repórter (por favor, não estou fazendo juízo de valor).
    Tem um texto aí embaixo em inglês bastante curioso. Tá na cara que foi traduzido para o inglês (o original provavelmente é espanhol). Explico: além da construção t %!@$&@#latina, o que tem de frases longas e subordinadas não é comum na língua inglesa.
    [ ]´s

  7. Este comentário coclocado no
    Este comentário coclocado no post abaixo, demonstra como nos acostumamos com o absurdo que é o nosso cotidiano.:
    ” É verdade que ainda falta muito, mas mantenho contato com diversas famílias mexicanas e não me parece que a polícia deles prenda, torture, espanque ou estupre muito mais do que a nossa…”

    Se usarmos a nossa violência como referência, sobra poucos lugares menos violentos. Pior que eixo Rj/Sp, só Iraque, Israel/palestina, afeganistão…e por aí vai….Então, quem somos nós para criticar alguma coisa. Falta muito para eles chegarem onde estamos. Sorte deles.

  8. A oposição do Obrador é
    A oposição do Obrador é típico de quem quer ganhar no grito, reconheça logo que perdeu (por pouco mas perdeu) e faça uma oposição reposável, assim todos ganham, principalmente a nação mexicana!

  9. E o terceiro homem (carlos
    E o terceiro homem (carlos slim, mexicano) mais rico do mundo é dono da Embratel, empresa que foi construida com dinheiro de impostos suado pelo povão…
    Se um mexicano ganancioso tem a que foi uma das melhores empresas do brasil o que sobra pra nós cucarachas?

  10. Ué! O México não é o exemplo
    Ué! O México não é o exemplo a ser seguido pelo Brasil, segundo a imprensa??

    Sabe quando vamos ver isso na tela da Globo (bom, eu dificilmente vou ver, pois quase nao assisto a Rede Bobo)? É melhor esperar sentado….

  11. Acho que isto nao deve ser
    Acho que isto nao deve ser encarado como novidade aqui no Brasil ou no Mexico, que é o quintal dos americanos, onde um muro da vergonha está sendo construido. Eles sao como aqueles primos pobres como toda America Latina e que sao vistos com desconfiança e preconceito.

  12. o problema é o Chavez porque
    o problema é o Chavez porque ele defende a Venezuela, o Moralez pq é indio, o Fidel pq não morre, o Rafael Correa pq é moleque, o Lula pq ta arquitetando se perpetuar no poder através do PAC na leitura subliminar uspiana. O México é apenas um detalhe…

  13. As vezes ficamos totalmente
    As vezes ficamos totalmente perdidos com os comentaristas politicos e economicos. Certas épocas crticam porque querem um banco central independente, outras criticam o Presidente por deixar que o BC haja independente.`Realmente é mais facil criticar. Seja como for também não concordo com a estupides desta decisão. Estamos precisando de coragem, ousadia. As precisam precisam de trabalho, precisam de comida e com um BC $%$# destes estamos ferrados.

  14. E quem se importa com as
    E quem se importa com as violações do estado de direito no México? Só mesmo a pobre ex-repórter (e alguns poucos outros como você e eu)! Enquanto o Banco Central desse país continuar independente (do governo, e não da máfia que o governa, é claro), o governo pode violar o que quiser e vai continuar sendo chamado pela mídia de democracia. Mas no momento em que o governo eleito quiser tomar posse do Banco Central, vai ser imediatamente rotulado de ditadura, de autocracia, de nazismo etc..

  15. Fofoca? Estou falando de uma
    Fofoca? Estou falando de uma ex-repórter de bom nível, de minha estrita confiança, que acaba de chegar do México, visitando regiões distante da capital.

  16. Pois é Nassif,

    Entretanto,
    Pois é Nassif,

    Entretanto, essa histeria atrás de crescer 10% para mim é uma sandice. Importa reduzir a pobreza. Crescer sim mas sempre, ininterruptamente, conter o crescimento populacional, crescer no encaixe tecnológico e científico na nossa produção, sem demagogia. Nós não crescemos nem queremos crescer alavancados apenas por preços de commodities como ocorre com alguns países latino-americanos tidos como “exemplo”. Nesses casos, se a China pegar um resfriado, esses exemplos morrem de pneumonia.

  17. E quando a grande imprensa
    E quando a grande imprensa irá cobrir com mais profundidade os conflitos de Oaxaca? Enquanto isso continuamos com Chaves e sua trupe.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador